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Revista Espírita - Primeiro Ano – 1858 - Portal do Espírito

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Obseda<strong>do</strong>s e subjuga<strong>do</strong>s<br />

palavras, os pontos principais que não é preciso jamais perder de vista, porque são como a<br />

chave da abóbada <strong>do</strong> edifício.<br />

1 º Os <strong>Espírito</strong>s não são iguais nem em poder, nem em saber, nem em sabe<strong>do</strong>ria. Não sen<strong>do</strong><br />

outra coisa senão as almas humanas desembaraçadas de seu envoltório corpóreo,<br />

apresentam ainda mais variedade <strong>do</strong> que não as encontramos entre os homens na Terra,<br />

porque vêm de to<strong>do</strong>s os mun<strong>do</strong>s; e que entre os mun<strong>do</strong>s, a Terra não é nem o mais atrasa<strong>do</strong><br />

nem o mais avança<strong>do</strong>. Há, pois, <strong>Espírito</strong>s muito superiores, e outros muito inferiores; muito<br />

bons e muito maus, muito sábios e muito ignorantes; há levianos, malignos, mentirosos,<br />

velhacos, hipócritas, engraça<strong>do</strong>s, espirituosos, zomba<strong>do</strong>res, etc.<br />

2 º Estamos, sem cessar, cerca<strong>do</strong>s de um enxame de <strong>Espírito</strong>s que, por estarem invisíveis aos<br />

nossos olhos materiais, não deixam de estar no espaço, ao re<strong>do</strong>r de nós, ao nosso la<strong>do</strong>,<br />

espian<strong>do</strong> nossas ações, len<strong>do</strong> em nossos pensamentos, uns para nos fazerem o bem, outros<br />

para nos fazerem o mal, segun<strong>do</strong> sejam mais ou menos bons.<br />

3 º Pela inferioridade, física e moral, de nosso globo na hierarquia <strong>do</strong>s mun<strong>do</strong>s, os <strong>Espírito</strong>s<br />

inferiores neles são mais numerosos que os <strong>Espírito</strong>s superiores.<br />

4 º Entre os <strong>Espírito</strong>s que nos cercam, há os que se ligam a nós, que agem mais<br />

particularmente sobre o nosso pensamento, nos aconselham, e <strong>do</strong>s quais seguimos o<br />

impulso, com o nosso desconhecimento; felizes se escutamos a voz daqueles que são bons.<br />

5 º Os <strong>Espírito</strong>s inferiores não se ligam senão àqueles que os escutam, junto aos quais têm<br />

acesso, e aos quais se prendem. Se chegam a imperar sobre alguém, se identificam com o<br />

seu próprio <strong>Espírito</strong>, o fascinam, o obsedam, o subjugam e o conduzem como uma verdadeira<br />

criança.<br />

6 º A obsessão jamais se dá senão pelos <strong>Espírito</strong>s inferiores. Os bons <strong>Espírito</strong>s não fazem<br />

experimentar nenhum constrangimento; eles aconselham, combatem a influência <strong>do</strong>s maus,<br />

e se não são escuta<strong>do</strong>s, afastam-se.<br />

7 º O grau <strong>do</strong> constrangimento e a natureza <strong>do</strong>s efeitos que ela produz marcam a diferença<br />

entre a obsessão, a subjugação e a fascinação.<br />

A obsessão é a ação, quase que permanente, de um <strong>Espírito</strong> estranho que faz que se seja<br />

solicita<strong>do</strong>, por uma necessidade incessante, a agir em tal ou tal senti<strong>do</strong>, a fazer tal ou tal<br />

coisa.<br />

A subjugação é uma ligação moral que paralisa a vontade daquele que a sofre, e o impele aos<br />

atos mais insensatos e, freqüentemente, mais contrários aos seus interesses.<br />

A fascinação é uma espécie de ilusão produzida, seja pela ação direta de um <strong>Espírito</strong><br />

estranho, seja por seus raciocínios capciosos, ilusão que engana sobre as coisas morais,<br />

falseia o julgamento e faz tomar o mal pelo bem.<br />

8 º O homem pode sempre, pela sua vontade, sacudir o jugo <strong>do</strong>s <strong>Espírito</strong>s imperfeitos,<br />

porque, em virtude de seu livre arbítrio, tem a escolha entre o bem e o mal. Se o<br />

constrangimento chegou ao ponto de paralisar sua vontade, e se a fascinação é muito grande<br />

para obliterar o seu julgamento, a vontade de uma outra pessoa pode substituí-la.<br />

http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/re/<strong>1858</strong>/10a-obseda<strong>do</strong>s-e-subjuga<strong>do</strong>s.html (2 of 9)7/4/2004 08:16:31

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