Revista Espírita - Primeiro Ano – 1858 - Portal do Espírito
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<strong>Espírito</strong>s impostores - O falso Padre Ambroise<br />
lo, não o fizeram seguir de algumas observações corretivas, que pudesse impedir, às pessoas<br />
superficiais, tomá-lo por uma amostra <strong>do</strong> estilo sério de além-túmulo. Mas, apressamo-nos<br />
em dizer que esse círculo não tem apenas comunicações desse gênero; tem também de outra<br />
ordem diferente, onde se encontram toda a sublimidade <strong>do</strong> pensamento e da expressão <strong>do</strong>s<br />
<strong>Espírito</strong>s superiores.<br />
Pensamos que a evocação <strong>do</strong> verdadeiro e <strong>do</strong> falso padre Ambroise poderia oferecer um útil<br />
objeto de observação sobre os <strong>Espírito</strong>s impostores; foi, com efeito, o que ocorreu, como se<br />
pode julgar pela entrevista seguinte:<br />
1. Peço a Deus To<strong>do</strong>-poderoso permitir ao <strong>Espírito</strong> <strong>do</strong> verdadeiro padre Ambroise, faleci<strong>do</strong> em<br />
Louisiane, no século passa<strong>do</strong>, e que deixou uma memória venerada, se comunicar conosco. -<br />
R. Estou aqui.<br />
2. Podeis dizer-nos se foi realmente vós quem tivestes, com Clément XIV, a conversa narrada<br />
no Spiritualiste de Ia Nouvelle-Orléans e da qual demos leitura em nossa última sessão? - R.<br />
Lamento os homens que foram vítimas <strong>do</strong>s <strong>Espírito</strong>s, lamentan<strong>do</strong> igualmente a estes.<br />
3. Qual é o <strong>Espírito</strong> que tomou- o vosso nome? - R. Um <strong>Espírito</strong> bufão.<br />
4. E o interlocutor era realmente Clément XIV? - R. Era um <strong>Espírito</strong> simpático àquele que<br />
havia toma<strong>do</strong> o meu nome.<br />
5. Como deixastes debitar semelhantes coisas sob vosso nome, e por que não viestes<br />
desmascarar os impostores? - R. Porque não posso sempre impedir os homens e os <strong>Espírito</strong>s<br />
de se divertirem.<br />
6. Concebemos isso em relação aos <strong>Espírito</strong>s; mas quanto às pessoas que recolheram essas<br />
palavras são pessoas sérias e que não procuravam se divertir. - R. Razão a mais; deveriam<br />
bem pensar que tais palavras não poderiam ser senão a linguagem de <strong>Espírito</strong>s zombeteiros.<br />
7. Por que os <strong>Espírito</strong>s não ensinam em Nouvelle-Orléans, princípios em tu<strong>do</strong> idênticos aos<br />
que se ensinam aqui? - R. A Doutrina que vos foi ditada ce<strong>do</strong> lhes servirá; não haverá senão<br />
uma.<br />
8. Uma vez que essa Doutrina deverá ser ensinada mais tarde, parece-nos que, se o fosse<br />
imediatamente, isso apressaria o progresso e evitaria, no pensamento de alguns, uma<br />
incerteza deplorável? - Os caminhos de Deus, freqüentemente, são impenetráveis; não<br />
haverá outras coisas que vos parecem incompreensíveis nos meios que empregam para<br />
chegar aos seus fins? É preciso que o homem se exercite para distinguir o verdadeiro <strong>do</strong><br />
falso, mas nem to<strong>do</strong>s poderiam receber a luz subitamente sem se ofuscarem.<br />
9. Podeis, eu vos peço, dizer-nos sua opinião pessoal sobre a reencarnação? - Os <strong>Espírito</strong>s<br />
são cria<strong>do</strong>s ignorantes e imperfeitos: uma única encarnação não poderá bastar-lhes para<br />
tu<strong>do</strong> aprenderem; é preciso que se reencarnem, para aproveitarem as bondades que Deus<br />
lhes destina.<br />
10. A reencarnação pode ocorrer sobre a Terra, ou somente em outros globos? - R. A<br />
reencarnação se dá segun<strong>do</strong> o progresso <strong>do</strong> <strong>Espírito</strong>, em mun<strong>do</strong>s mais ou menos perfeitos.<br />
http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/re/<strong>1858</strong>/07e-espiritos-impostores.html (2 of 4)7/4/2004 08:15:32