Revista Espírita - Primeiro Ano – 1858 - Portal do Espírito
Revista Espírita - Primeiro Ano – 1858 - Portal do Espírito
Revista Espírita - Primeiro Ano – 1858 - Portal do Espírito
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
As metades eternas<br />
Abailard e Héloise, que interrogamos sobre esse ponto, nos deram as respostas seguintes:<br />
P. As almas foram criadas duplas? - R. Se tivessem si<strong>do</strong> criadas duplas, as simples seriam<br />
imperfeitas.<br />
P. É possível que duas almas possam se reunir na eternidade e formarem um to<strong>do</strong>? - R. Não.<br />
P. Tu e tua Héloise formais, desde a origem, duas almas bem distintas? - R. Sim.<br />
P. Formais ainda, neste momento, duas almas distintas? - R. Sim, mas sempre unidas.<br />
P. To<strong>do</strong>s os homens se encontram nas mesmas condições? -R. Segun<strong>do</strong> sejam mais ou<br />
menos perfeitos.<br />
P. Todas as almas estão destinadas ase unirem, um dia, com uma outra alma? - R. Cada<br />
<strong>Espírito</strong> tem uma tendência a procurar um outro <strong>Espírito</strong> que lhe seja conforme; chamas isso<br />
de simpatia.<br />
P. Há, nessa união, uma condição de sexo? - R. As almas não têm sexo.<br />
Tanto para satisfazer o desejo <strong>do</strong> nosso assinante quanto para a nossa própria instrução,<br />
dirigimos as questões seguintes ao <strong>Espírito</strong> de São Luís.<br />
1. As almas que devem se unir, estão predestinadas a essa união desde a sua origem, e cada<br />
um de nós tem, em alguma parte <strong>do</strong> Universo, sua metade eterna à qual estará, um dia,<br />
fatalmente reuni<strong>do</strong>? - R. Não existe união particular e fatal entre duas almas. A união existe<br />
entre to<strong>do</strong>s os <strong>Espírito</strong>s, mas em graus diferentes, segun<strong>do</strong> a categoria que ocupam, quer<br />
dizer, segun<strong>do</strong> a perfeição que adquiriram: quanto mais são perfeitos, mais são uni<strong>do</strong>s. Da<br />
discórdia nascem to<strong>do</strong>s os males <strong>do</strong>s humanos; da concórdia resulta a felicidade completa.<br />
2. Em qual senti<strong>do</strong> se deve entender a palavra metade, da qual certos <strong>Espírito</strong>s,<br />
freqüentemente, se servem para designarem os <strong>Espírito</strong>s simpáticos? - R. A expressão é<br />
inexata; se um <strong>Espírito</strong> fosse a metade de outro, separa<strong>do</strong> deste, seria incompleto.<br />
3. Dois <strong>Espírito</strong>s perfeitamente simpáticos, uma vez reuni<strong>do</strong>s, o são por toda a eternidade, ou<br />
podem se separar e se unir a outros <strong>Espírito</strong>s? - R. To<strong>do</strong>s os <strong>Espírito</strong>s estão uni<strong>do</strong>s entre si;<br />
falo daqueles que atingiram a perfeição. Nas esferas inferiores, quan<strong>do</strong> um <strong>Espírito</strong> se eleva,<br />
não é mais simpático àqueles que deixou.<br />
4. Dois <strong>Espírito</strong>s simpáticos são o complemento um <strong>do</strong> outro, ou essa simpatia resulta de<br />
uma identidade perfeita? - R. A simpatia que atrai um <strong>Espírito</strong> para um outro, é o resulta<strong>do</strong><br />
da perfeita concordância de seus pen<strong>do</strong>res, de seus instintos; se um devesse completar o<br />
outro, perderia sua individualidade.<br />
5. A identidade necessária para a simpatia perfeita, não consiste senão na semelhança de<br />
pensamentos e de sentimentos, ou bem ainda na uniformidade de conhecimentos adquiri<strong>do</strong>s?<br />
- R. Na igualdade <strong>do</strong>s graus de elevação.<br />
6. Os <strong>Espírito</strong>s que não são simpáticos hoje, podem vir a sê-lo mais tarde? - R. Sim, to<strong>do</strong>s o<br />
http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/re/<strong>1858</strong>/05f-as-metades-eternas.html (2 of 3)7/4/2004 08:14:20