Revista Espírita - Primeiro Ano – 1858 - Portal do Espírito
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Variedades - Calúnias contra o senhor Home<br />
Variedades - Calúnias contra o<br />
senhor Home<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Espírita</strong>, abril de <strong>1858</strong><br />
A malevolência, em certos indivíduos, não conhece limites; a calúnia tem sempre que vir para<br />
quem se eleve acima da multidão. Os adversários <strong>do</strong> senhor Home acharam a arma <strong>do</strong><br />
ridículo muito fraca; deveria, com efeito, se enfraquecer contra os nomes honoráveis que o<br />
cobrem com a sua proteção. Não poden<strong>do</strong>, pois, fazer rir às suas custas, quiseram denegrilo.<br />
Difundiu-se o boato, adivinha-se com qual objetivo, e as más línguas a repetir, que o<br />
senhor Home não havia parti<strong>do</strong> para a Itália, como se havia anuncia<strong>do</strong>, mas que estava<br />
oculto em Mazas sob o peso das mais graves acusações, que se lhe formulam em chistes, <strong>do</strong>s<br />
quais os desocupa<strong>do</strong>s e os ama<strong>do</strong>res <strong>do</strong> escândalo estão sempre ávi<strong>do</strong>s. Podemos afirmar<br />
que não há uma palavra de verdade em todas essas maquinações infernais. Temos, sob os<br />
olhos, várias cartas <strong>do</strong> senhor Home, datadas de Piza, de Roma, e de Nápoles, onde está<br />
neste momento.e estamos prontos para darmos a prova <strong>do</strong> que afirmamos. Os <strong>Espírito</strong>s têm<br />
muita razão em dizerem que os verdadeiros demônios estão entre os homens.<br />
Lê-se num jornal: "Segun<strong>do</strong> a Gazette dês Hôpitaux, contam-se, neste momento, no hospital<br />
de aliena<strong>do</strong>s de Zurique, 25 pessoas que perderam a razão graças às mesas girantes e aos<br />
<strong>Espírito</strong>s bate<strong>do</strong>res."<br />
Perguntaremos, primeiro, se está bem averigua<strong>do</strong> que esses 25 aliena<strong>do</strong>s devem toda a<br />
perda da sua razão aos <strong>Espírito</strong>s bate<strong>do</strong>res, o que é, pelo menos, contestável, até haver<br />
prova autêntica. Supon<strong>do</strong> que esses estranhos fenômenos hajam podi<strong>do</strong> impressionar,<br />
deploravelmente, certos caracteres fracos, perguntaremos, por outro la<strong>do</strong>, se o me<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
diabo não fez mais loucos <strong>do</strong> que a crença nos <strong>Espírito</strong>s. Ora, como não se impedirá, aos<br />
<strong>Espírito</strong>s, de baterem, o perigo está na crença de que to<strong>do</strong>s os que se manifestam são<br />
demônios. Afastada essa idéia, fazen<strong>do</strong> conhecer a verdade, disso não se terá mais me<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
que aos fogos fátuos; a idéia de se estar assedia<strong>do</strong> pelo diabo está bem feita para perturbar<br />
a razão. Eis, de resto, a contrapartida <strong>do</strong> artigo acima: "Existe um curioso <strong>do</strong>cumento<br />
estatístico, de funestas conseqüências, de que encanta, ao povo inglês, o hábito da<br />
intemperança e de bebidas fortes. Sobre 100 indivíduos admiti<strong>do</strong>s no hospício de loucos de<br />
Hamwel, há 72 cuja alienação mental deve ser atribuída à embriaguez."<br />
http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/re/<strong>1858</strong>/04g-variedades.html7/4/2004 08:14:05