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Revista Espírita - Primeiro Ano – 1858 - Portal do Espírito

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O Senhor Home<br />

<strong>do</strong>is dentes foi visivelmente assinalada durante mais de uma hora.<br />

A mão que aparece pode também escrever. Algumas vezes, se coloca no meio da mesa, toma<br />

o lápis e traça alguns caracteres sobre o papel coloca<strong>do</strong> para esse fim. O mais<br />

freqüentemente, leva o papel para sob a mesa e o traz to<strong>do</strong> escrito. Se a mão se mantém<br />

invisível, a escrita parece produzir-se toda sozinha. Obtém-se, por esse meio, resposta a<br />

diversas perguntas que se lhe podem dirigir.<br />

Um outro gênero de manifestações, não menos notável, mas que se explica pelo que<br />

acabamos de dizer, é o de instrumentos de música tocan<strong>do</strong> sozinhos. Comumente, são pianos<br />

ou acordeons. Nessa circunstância, vêem-se distintamente as teclas se agitarem e o fole se<br />

mover. A mão que toca é ora visível, ora invisível; a música que se faz ouvir, pode ser uma<br />

música conhecida, executada a pedi<strong>do</strong> que se lhe faça. Se o artista invisível é deixa<strong>do</strong> por si<br />

mesmo, produz acordes harmoniosos, cujo conjunto lembra a vaga e a suave melodia da<br />

harpa eólica. Na casa de um <strong>do</strong>s nossos assinantes, onde esses fenômenos se produziram<br />

muitas vezes, o <strong>Espírito</strong>, que assim se manifestava, era o de um jovem morto desde há<br />

algum tempo e amigo da família, e que, quan<strong>do</strong> vivo, tinha um notável talento como músico;<br />

a natureza das músicas que fazia ouvir de preferência, não poderia deixar nenhuma dúvida<br />

quanto à sua identidade, para as pessoas que o haviam conheci<strong>do</strong>.<br />

O fato mais extraordinário, nesse gênero de manifestações, não é, no nosso entender, o da<br />

aparição. Se essa aparição fosse sempre aeriforme, concordaria com a natureza etérea que<br />

atribuímos aos <strong>Espírito</strong>s; ora, nada se oporia a que essa matéria etérea se tornasse<br />

perceptível, à nossa visão, por uma espécie de condensação, sem perder sua propriedade<br />

vaporosa. O que há de mais estranho é a solidificação dessa mesma matéria, bastante<br />

resistente para deixar uma impressão visível sobre os nossos órgãos. Daremos, no próximo<br />

número, a explicação desse singular fenômeno conforme o ensinamento <strong>do</strong>s próprios<br />

<strong>Espírito</strong>s. Hoje, limitar-nos-emos em dele deduzir uma conseqüência relativa ao toque<br />

espontâneo <strong>do</strong>s instrumentos de música. Com efeito, desde que a tangibilidade temporária<br />

dessa matéria etérea é um fato adquiri<strong>do</strong>, que nesse esta<strong>do</strong> uma mão, aparente ou não,<br />

oferece bastante resistência para fazer uma pressão sobre os corpos sóli<strong>do</strong>s, não há nada de<br />

espantoso em que possa exercer uma pressão suficiente para fazer mover as teclas de um<br />

instrumento. De outra parte, fatos não menos positivos provam que essa mão pertence a um<br />

ser inteligente; nada tem de espantoso que essa inteligência se manifeste por sons musicais,<br />

como pode fazê-lo pela escrita ou pelo desenho. Uma vez se entran<strong>do</strong> nessa ordem de idéias,<br />

as pancadas, o movimento <strong>do</strong>s objetos e to<strong>do</strong>s os fenômenos espíritas de ordem material se<br />

explicam muito naturalmente.<br />

http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/re/<strong>1858</strong>/04f-o-senhor-home.html (2 of 2)7/4/2004 08:14:03

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