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Ave Cristo - Espiritismoemdebate.com.br

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7<<strong>br</strong> />

lição do Divino Mestre <strong>br</strong>ilhe mais intensamente nos domínios da carne mortal.<<strong>br</strong> />

O mentor explanou ainda, por vários minutos, quanto aos deveres que<<strong>br</strong> />

aguardavam os legionários do Evangelho, entre os obstáculos do mundo,<<strong>br</strong> />

descendo,<<strong>br</strong> />

(1) 2ª epístola aos Coríntios, capítulo 4, versículos 8 a 11. (Nota do Autor<<strong>br</strong> />

espiritual.)<<strong>br</strong> />

por fim, da tribuna dourada para o cultivo da conversação fraterna.<<strong>br</strong> />

Vários amigos oscularam-lhe as mãos, <strong>com</strong>entando, <strong>com</strong> entusiasmo, os<<strong>br</strong> />

mapas de trabalho a que se prenderiam, de futuro.<<strong>br</strong> />

Diminuíam os entendimentos e as rogativas de proteção, quando o<<strong>br</strong> />

pregador foi procurado por alguém <strong>com</strong> intimidade afetuosa.<<strong>br</strong> />

— Varro! — exclamou ele, a<strong>br</strong>açando o recém-chegado e contendo a<<strong>br</strong> />

emoção.<<strong>br</strong> />

Tratava-se de velho romano, de olhar percuciente e triste, cuja túnica muito<<strong>br</strong> />

alva, confundida <strong>com</strong> a roupagem <strong>br</strong>ilhante do <strong>com</strong>panheiro, assemelhava-se a<<strong>br</strong> />

uma nesga de neblina apagada, de encontro a repentino clarão de aurora.<<strong>br</strong> />

No amplexo de ternura que permutavam, era bem de ver-se a<<strong>br</strong> />

reaproximação de dois amigos que, por momentos, olvidavam a autoridade e a<<strong>br</strong> />

aflição de que eram portadores, para se transfundirem um no outro, depois de<<strong>br</strong> />

longa separação.<<strong>br</strong> />

Trocadas as primeiras impressões em que antigos eventos do pretérito<<strong>br</strong> />

foram recordados, Quinto Varro, o romano de fisionomia simpática e amargurada,<<strong>br</strong> />

explicou ao <strong>com</strong>panheiro, então guindado a esfera superior, que<<strong>br</strong> />

pretendia voltar ao plano físico, em <strong>br</strong>eve tempo.<<strong>br</strong> />

O representante da Esfera Mais Alta ouviu-o <strong>com</strong> atenção e obtemperou,<<strong>br</strong> />

admirado:<<strong>br</strong> />

— Mas, porquê? Conheço-te o acervo de serviços, não somente à causa<<strong>br</strong> />

da ordem, mas igualmente à causa do amor. No mundo patrício, as tuas<<strong>br</strong> />

derradeiras romagens foram as do homem correto até ao extremo sacrifício e<<strong>br</strong> />

os teus primeiros ensaios na edificação cristã foram dos mais dignos. Não seria<<strong>br</strong> />

aconselhável o prosseguimento de tua marcha, acima das inquietantes<<strong>br</strong> />

paisagens da carne?<<strong>br</strong> />

O interlocutor fixou um gesto silencioso de súplica e aduziu:<<strong>br</strong> />

— Clódio, abençoado amigo! peço-te!... Sei que conservas o poder de<<strong>br</strong> />

autorizar minha volta. Sim, sem dúvida, os apelos de cima <strong>com</strong>ovem-me a<<strong>br</strong> />

alma!. .. Anseio por reunir-me, em definitivo, aos nossos da vanguarda... No<<strong>br</strong> />

entanto — e a voz dele se fêz quase sumida pela emotividade —, de todos os<<strong>br</strong> />

que ficaram para trás, tenho um filho do coração, perdido nas trevas, que eu<<strong>br</strong> />

desejaria Socorrer...<<strong>br</strong> />

— Taciano? — indagou o mentor, intrigado.<<strong>br</strong> />

— Ele mesmo...<<strong>br</strong> />

E Varro prosseguiu, <strong>com</strong> encantadora humildade:<<strong>br</strong> />

— Sonho conduzi-lo ao <strong>Cristo</strong>, <strong>com</strong> os meus próprios <strong>br</strong>aços. Tenho<<strong>br</strong> />

implorado ao Senhor semelhante graça, <strong>com</strong> todo o fervor de meu paternal<<strong>br</strong> />

carinho. Taciano é para mim o que a rosa significa para o arbusto espinhoso<<strong>br</strong> />

em que nasceu. Em minha indigência, ele é o meu tesouro e, em minha<<strong>br</strong> />

fealdade, é a beleza de que desejava orgulhar-me. Daria tudo por dedicar-me a<<strong>br</strong> />

ele, de novo... Acariciá-lo, junto do coração, para orientar-lhe os passos na

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