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anfitrião.<<strong>br</strong> />
O pequeno, submisso, trocando jubiloso olhar <strong>com</strong> o orientador, procurou o<<strong>br</strong> />
centro da praça.<<strong>br</strong> />
O momento era de extrema expectativa.<<strong>br</strong> />
Todos os circunstantes entreolharam-se, aflitos...<<strong>br</strong> />
O pupilo de Vetúrio a<strong>com</strong>panhava a cena, sorridente, certo de que seria<<strong>br</strong> />
lem<strong>br</strong>ado numa oração <strong>com</strong>um às Divindades.<<strong>br</strong> />
O pequeno, de cabeça erguida ao Céu, <strong>com</strong>o um soldadinho triunfante,<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>eçou a falar, <strong>com</strong>ovidamente:<<strong>br</strong> />
— Jesus, nosso Divino Mestre ! ... Ajuda-nos...<<strong>br</strong> />
Nesse instante, porém, súbita palidez co<strong>br</strong>iu a face do moço patrício. A<<strong>br</strong> />
fisionomia, dantes calma e educada, tornou-se-lhe irreconhecível. Feroz<<strong>br</strong> />
expressão eclipsou-lhe a alegria. Repentinamente convertido numa fera<<strong>br</strong> />
humana, rugindo cólera, clamou, terrível:<<strong>br</strong> />
— Abaixo os nazarenos! abaixo os nazarenos!... Maldito Corvino!... Maldito<<strong>br</strong> />
Corvino!... que desgraça! quem se atreveu a introduzir cristãos em minha<<strong>br</strong> />
casa? Farei justiça, justiça! Acabarei <strong>com</strong> esta praga!...<<strong>br</strong> />
Penosa surpresa dominou o recinto.<<strong>br</strong> />
O paternal benfeitor aproximou-se dele e implorou:<<strong>br</strong> />
— Piedade! Piedade!...<<strong>br</strong> />
Taciano, contudo, não viu as lágrimas que fulguravam nos olhos dele.<<strong>br</strong> />
Recuando, desesperado, respondeu em voz seca:<<strong>br</strong> />
- Piedade? Reparem o velho refrão dos imundos galileus!.<<strong>br</strong> />
E agitando um bastão de ponta metálica, rugia, estentórico:<<strong>br</strong> />
— Fora daqui! para fora daqui, gênios infernais!... Víboras do monturo,<<strong>br</strong> />
filhos das trevas, para fora daqui!...<<strong>br</strong> />
O jovem parecia possesso de demônios do crime, tal a máscara de<<strong>br</strong> />
indignação e perversidade que lhe surgira no rosto.<<strong>br</strong> />
Os pequerruchos tremiam imóveis.<<strong>br</strong> />
Entre eles e o filho encolerizado, o coração de Varro não sabia o que fazer.<<strong>br</strong> />
Muitos servidores do grupo de Alésio passaram a gargalhar ruidosamente.<<strong>br</strong> />
Taciano relanceou os olhos na assembléia e <strong>br</strong>adou para o capataz que<<strong>br</strong> />
conhecia <strong>com</strong>o sendo o mais ferrenho inimigo dos cristãos:<<strong>br</strong> />
- Epípodo, traze o cão selvagem! Expulsemos a canalha! Aniquilemos os<<strong>br</strong> />
embusteiros!...<<strong>br</strong> />
O escravo não hesitou. Atendeu, presto, e, em poucos instantes,<<strong>br</strong> />
aproximava-Se um cão enorme a ladrar e a rosnar <strong>com</strong> fúria.<<strong>br</strong> />
Os meninos debandaram aos gritos, dilacerando-se muitos deles na<<strong>br</strong> />
ramaria espinhosa das roseiras em flor.<<strong>br</strong> />
O irmão Corvino, atônito, procurava acalmar os ânimos, entretanto, a fera<<strong>br</strong> />
alcançou o caçula, abocanhando-lhe o corpo tenro.<<strong>br</strong> />
Aos gemidos de Silvano, a esposa de Alésio avançou, corajosa, e arrebatou<<strong>br</strong> />
a criança, contendo energicamente os movimentos do furioso mastim, que<<strong>br</strong> />
obedeceu em ganidos estridentes.<<strong>br</strong> />
Apressou-Se Varro a recolher o pequeno ferido que chorava a esvair-se em<<strong>br</strong> />
sangue.<<strong>br</strong> />
Aflito, tentava aliviá-lo, enquanto Taciano, desvairado, se dirigia ao interior<<strong>br</strong> />
doméstico, repetindo:<<strong>br</strong> />
— Todos pagarão!... todos pagarão!...<<strong>br</strong> />
Rufo, velho escravo da quinta, abeirou-se do presbítero, oferecendo-lhe os<<strong>br</strong> />
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