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Ave Cristo - Espiritismoemdebate.com.br

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62<<strong>br</strong> />

criação de Corvino, o ambiente festivo da recepção.<<strong>br</strong> />

Cestos de frutos e cântaros <strong>com</strong> abundante provisão de suco de uvas<<strong>br</strong> />

foram artisticamente espalhados entre os bancos de mármore.<<strong>br</strong> />

O corpo musical da herdade, constituído por escravos jovens, foi trazido à<<strong>br</strong> />

reunião.<<strong>br</strong> />

Garbosos moços, empunhando liras e alaúdes, tambores e sistros,<<strong>br</strong> />

improvisavam melodias alegres.<<strong>br</strong> />

Dividia-se a fazenda em duas correntes partidárias: a dos servidores<<strong>br</strong> />

cristãos, inflamados de júbilo e esperança, dirigidos pelo otimismo de Pontimiana,<<strong>br</strong> />

e a dos cooperadores, devotos dos deuses olímpicos, capitaneados<<strong>br</strong> />

por Alésio, que não enxergavam o acontecimento <strong>com</strong> bons olhos. De um lado,<<strong>br</strong> />

surgiam preces e sorrisos de fraternidade, mas de outro apareciam impropérios<<strong>br</strong> />

e rostos som<strong>br</strong>ios.<<strong>br</strong> />

Com a sabedoria do apóstolo e <strong>com</strong> a ingenuidade da criança, o irmão<<strong>br</strong> />

Corvino penetrou o recinto perfumado, conduzindo três dezenas de petizes, em<<strong>br</strong> />

singela apresentação.<<strong>br</strong> />

Orientados pelo mentor, chegaram cantando um hino simples, que exprimia<<strong>br</strong> />

caricioso voto de paz.<<strong>br</strong> />

Companheiro,<<strong>br</strong> />

Companheiro!<<strong>br</strong> />

Na senda que te conduz,<<strong>br</strong> />

Que o Céu te conceda a vida<<strong>br</strong> />

As bênçãos da Eterna Luz!...<<strong>br</strong> />

Companheiro,<<strong>br</strong> />

Companheiro!<<strong>br</strong> />

Recebe por saudação<<strong>br</strong> />

Nossas flores de alegria<<strong>br</strong> />

No vaso do coração...<<strong>br</strong> />

As vozes humildes assemelhavam-se a um coro de anjos que o bosque<<strong>br</strong> />

recebesse pelas asas do vento.<<strong>br</strong> />

Taciano acolheu, bondoso, a colmeia infantil.<<strong>br</strong> />

Dois bailarinos executaram números cômicos, enquanto a petizada se ria,<<strong>br</strong> />

feliz.<<strong>br</strong> />

Alguns jogos inocentes foram postos em prática.<<strong>br</strong> />

Seis meninos recitaram poesias de no<strong>br</strong>e delicadeza, através de<<strong>br</strong> />

monólogos e diálogos que encantaram a assembléia da qual constavam muitas<<strong>br</strong> />

dezenas de escravos em trajes festivos.<<strong>br</strong> />

Em certo momento, Taciano tomou a palavra, referindo-se aos ideais da<<strong>br</strong> />

pátria e da raça, no engrandecimento da Humanidade.<<strong>br</strong> />

Logo após, a merenda farta espalhou o contentamento culminante.<<strong>br</strong> />

O prestimoso jardineiro que se fizera o afortunado credor de tantas<<strong>br</strong> />

atenções, trouxe ao jovem patrício o menor da turma. Era Silvano, um menino<<strong>br</strong> />

de cinco anos apenas, filho de um legionário que morrera no porto. A desditosa<<strong>br</strong> />

viúva, atacada pela peste, confiara-lhe o garoto, semanas antes.<<strong>br</strong> />

Taciano a<strong>br</strong>açou-o, <strong>com</strong> sincera ternura, dirigindo-lhe a palavra,<<strong>br</strong> />

carinhosamente.<<strong>br</strong> />

O irmão Corvino declarou que lhe cabia providenciar o regresso das<<strong>br</strong> />

crianças e, por isso, designava Silvano para dizer uma prece pela felicidade do

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