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Ave Cristo - Espiritismoemdebate.com.br

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Reencontro<<strong>br</strong> />

Ao término de 233, numa sala singela da igreja de São João, em Lião,<<strong>br</strong> />

pequena assembléia de <strong>com</strong>panheiros se instalara para o exame de assuntos<<strong>br</strong> />

urgentes, relacionados <strong>com</strong> a o<strong>br</strong>a do Evangelho.<<strong>br</strong> />

Três homens de idade avançada, e um outro, em plena madureza,<<strong>br</strong> />

discutiam as necessidades do movimento cristão.<<strong>br</strong> />

O Império vivia assolado por uma peste que procedia do Oriente, fazendo<<strong>br</strong> />

vítimas inumeráveis.<<strong>br</strong> />

Em Roma, a situação era das mais graves.<<strong>br</strong> />

A epidemia penetrara as Gálias e a <strong>com</strong>unidade cristã, em Lião, mobilizava<<strong>br</strong> />

todos os recursos para amenizar os problemas do povo.<<strong>br</strong> />

O mais jovem integrante do conjunto era o Irmão Corvino, que advogava a<<strong>br</strong> />

causa dos enfermos abandonados e infelizes.<<strong>br</strong> />

— Se desprezamos o próximo — <strong>com</strong>entava ele, inflamado de confiança —<<strong>br</strong> />

, <strong>com</strong>o atender ao nosso mandato de caridade? Cristianismo é viver o espírito<<strong>br</strong> />

do <strong>Cristo</strong> em nós.<<strong>br</strong> />

Vemos no estudo das narrativas apostólicas que as legiões do Céu se<<strong>br</strong> />

apossam da Terra, em <strong>com</strong>panhia do Senhor, transformando os homens em<<strong>br</strong> />

instrumentos da Infinita Bondade. Desde o primeiro contacto de Jesus <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

Humanidade, observamos a manifestação do mundo espiritual, que busca nas<<strong>br</strong> />

criaturas pontos vivos de apoio para a o<strong>br</strong>a de regeneração. Zacarias<<strong>br</strong> />

éprocurado pelo anjo Ga<strong>br</strong>iel que lhe <strong>com</strong>unica a vinda de João Batista. Maria<<strong>br</strong> />

Santíssima é visitada pelo mesmo anjo, que lhe anuncia a chegada do<<strong>br</strong> />

Salvador. Um enviado celeste procura José da Galiléia, em sonho, para<<strong>br</strong> />

tranqüilizá-lo, quanto ao nascimento do Redentor. E, erguendo-se o Mestre Divino,<<strong>br</strong> />

entre os homens, não se limita a cumprir a Lei Antiga, repetindo-lhe os<<strong>br</strong> />

preceitos <strong>com</strong> os lábios. Sai de si mesmo e coloca-se ao encontro das angústias<<strong>br</strong> />

do povo. Limpa os leprosos da estrada. Estende mãos amigas aos<<strong>br</strong> />

paralíticos e levanta-os. Restitui a visão aos cegos. Reergue Lázaro do sepulcro.<<strong>br</strong> />

Restaura doentes. Reintegra as mulheres transviadas na dignidade<<strong>br</strong> />

pessoal. Infunde aos homens novos princípios de fraternidade e perdão. Ainda<<strong>br</strong> />

na cruz, conversa amorosamente <strong>com</strong> dois malfeitores, procurando<<strong>br</strong> />

encaminhar-lhes as almas para o mais alto. E, depois dele, os apóstolos abnegados<<strong>br</strong> />

continuam-lhe a gloriosa tarefa do reerguimento humano, prosseguindo<<strong>br</strong> />

no ministério do esclarecimento da alma e da cura do corpo, devotando-se ao<<strong>br</strong> />

Evangelho até ao derradeiro sacrifício.<<strong>br</strong> />

— Compreendemos a sensatez da exposição —objetou o presbítero<<strong>br</strong> />

Galiano, velho gaulês que se demorara por muito tempo, na Patagônia —, entretanto,<<strong>br</strong> />

é preciso escapar às arremetidas do tentador. Penso haver chegado o<<strong>br</strong> />

momento de cogitar da construção do nosso retiro nas terras que possuímos<<strong>br</strong> />

na Aquitânia. Não podemos atingir o Céu sem a centralização de nossa alma<<strong>br</strong> />

na prece...<<strong>br</strong> />

— Como conseguiremos, porém, ajudar a Humanidade, simplesmente<<strong>br</strong> />

orando? — ajuntou Corvino, seguro de si. — Temos <strong>com</strong>panheiros admiráveis<<strong>br</strong> />

estacionados no deserto. Organizam pousos solitários, desfiguram-se,<<strong>br</strong> />

atormentam-se e crêem auxiliar, por esse modo, a o<strong>br</strong>a de redenção humana.<<strong>br</strong> />

Mas se devêssemos procurar a tranquilidade própria, a fim de servir ao Criador,<<strong>br</strong> />

por que motivo teria Jesus vindo até nós, partilhando conosco o pão da vida?

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