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que jazem nas trevas!... Reunir-te-ás a nós, <strong>br</strong>evemente! Arrima-te ao bordão<<strong>br</strong> />
da fé e não desfaleças!... Seguir-te-emos o trabalho, passo a passo... Quando<<strong>br</strong> />
o sacrifício te parecer mais doloroso e mais áspero, agradece a Jesus a<<strong>br</strong> />
oportunidade do precioso <strong>com</strong>bate! Se algo existe no mundo que possa<<strong>br</strong> />
expressar nosso serviço <strong>com</strong> Deus, é a plena realização da tarefa<<strong>br</strong> />
eno<strong>br</strong>ecedora que a vida nos assinala. E, porque o esforço da renúncia não é<<strong>br</strong> />
acessível a todos ao mesmo tempo, recebe a gradativa imolação de ti mesma<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o bênção do Alto. Não perguntes pelas razões que te impuseram a<<strong>br</strong> />
cegueira física! Não te sintas injustiçada !... A vida é sempre um milagroso<<strong>br</strong> />
tecido da Divina Sabedoria. Às vezes, a aflição é véspera da felicidade, tanto<<strong>br</strong> />
quanto o prazer, frequentemente, é produção de angústia... Nunca te esqueças<<strong>br</strong> />
do Enviado que nos re<strong>com</strong>endou o perdão setenta vezes sete para cada<<strong>br</strong> />
ofensa, que nos inclinou ao amor pelos inimigos e à prece pelos<<strong>br</strong> />
perseguidores... Curta é a passagem de nosso Espírito pelo lamaçal da vida<<strong>br</strong> />
terrestre... A dor é o lado avesso da alegria, assim <strong>com</strong>o a som<strong>br</strong>a é o reverso<<strong>br</strong> />
da luz... Mas, na economia das verdades eternas, só a alegria e a luz nunca<<strong>br</strong> />
morrem. Treva e sofrimento são estados de nossa posição imperfeita, à frente<<strong>br</strong> />
do Altíssimo... Entrega-te, pois, à boa luta, <strong>com</strong> serenidade e destemor.<<strong>br</strong> />
Permaneceremos junto de ti, orientando-te no esca<strong>br</strong>oso caminho!...<<strong>br</strong> />
Basílio imprimiu longo intervalo às considerações que emitia, enlaçando<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> ternura a filha jubilosa.<<strong>br</strong> />
Lívia respondeu-lhe o gesto de carinho, <strong>com</strong>o se quisesse retê-lo no<<strong>br</strong> />
próprio coração.<<strong>br</strong> />
Todavia, embora encorajada e ditosa, refletia no imediatismo do mundo.<<strong>br</strong> />
Que seria dela quando se visse novamente só?<<strong>br</strong> />
Caíra a noite... Onde a<strong>br</strong>igar-se?<<strong>br</strong> />
Estaria sentenciada a enregelar-se na via pública?<<strong>br</strong> />
O benfeitor espiritual percebeu-lhe os pensamentos e logo a eles<<strong>br</strong> />
respondeu:<<strong>br</strong> />
— Não temas! O Pai que nutre os passarinhos, cada manhã, jamais nos<<strong>br</strong> />
esqueceria. O socorro não tarda... Não cerres o coração à bondade e à confiança<<strong>br</strong> />
para que o Senhor não encontre dificuldades em ajudar-te. A cegueira<<strong>br</strong> />
dos olhos não é inutilidade da alma... Recorda a nossa po<strong>br</strong>eza laboriosa. Não<<strong>br</strong> />
encontrávamos ambos, na música, a nossa razão de viver?<<strong>br</strong> />
Nesse instante, Lívia escutou, não longe, uma voz de criança que cantava,<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>ovente, a<strong>com</strong>panhada por um alaúde mal tangido:<<strong>br</strong> />
Somos po<strong>br</strong>es, po<strong>br</strong>ezinhos...<<strong>br</strong> />
Vivemos de déu em déu)<<strong>br</strong> />
Mas somos afortunados<<strong>br</strong> />
Da graça que vem do Céu...<<strong>br</strong> />
Minha mãezinha doente,<<strong>br</strong> />
Cansada de tanta dor,<<strong>br</strong> />
Em minha voz de menino<<strong>br</strong> />
Pede uma esmola de amor...<<strong>br</strong> />
Um pequeno de sete anos, robusto mas po<strong>br</strong>emente vestido, parara junto<<strong>br</strong> />
dela, seguido por esquelética tuberculosa.<<strong>br</strong> />
Evidentemente, eram pedintes.