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Ave Cristo - Espiritismoemdebate.com.br

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108<<strong>br</strong> />

Aladas rosas de Ceres,<<strong>br</strong> />

Nascidas ao sol de Elêusis,<<strong>br</strong> />

Sois a morada dos deuses,<<strong>br</strong> />

Que vos engastam no céu...<<strong>br</strong> />

Dizei-nos que tudo é belo,<<strong>br</strong> />

Dizei -nos que tudo é santo,<<strong>br</strong> />

Inda mesmo quando há pranto<<strong>br</strong> />

No sonho que nos conduz.<<strong>br</strong> />

Proclamai à terra estranha,<<strong>br</strong> />

Dominada de tristeza,<<strong>br</strong> />

Que em tudo reina a beleza<<strong>br</strong> />

Vestida de amor e luz.<<strong>br</strong> />

Quando a noite for mais fria<<strong>br</strong> />

Pela dor que nos procura,<<strong>br</strong> />

Rompei a cadeia escura<<strong>br</strong> />

Que nos prenda o coração,<<strong>br</strong> />

Acendendo a madrugada<<strong>br</strong> />

No campo de Novo Dia,<<strong>br</strong> />

Onde a ventura irradia<<strong>br</strong> />

Eterna ressurreição<<strong>br</strong> />

Dai consolo ao peregrino,<<strong>br</strong> />

Que segue à mercê da sorte,<<strong>br</strong> />

Sem teto, sem paz, sem norte,<<strong>br</strong> />

Torturado, sofredor...<<strong>br</strong> />

Templos do Azul Infinito,<<strong>br</strong> />

Descerrai à Humanidade<<strong>br</strong> />

A glória da Divindade<<strong>br</strong> />

Na glória do vosso amor.<<strong>br</strong> />

Estrelasninhos da vida,<<strong>br</strong> />

Entre os espaços profundos,<<strong>br</strong> />

Novos lares, novos mundos,<<strong>br</strong> />

Velados por tênue véu...<<strong>br</strong> />

Aladas rosas de Ceres,<<strong>br</strong> />

Nascidas ao sol de Elêusis,<<strong>br</strong> />

Sois a morada dos deuses,<<strong>br</strong> />

Que vos engastam no céu...<<strong>br</strong> />

— Quem estará cantando assim? — perguntou Blandina, admirada.<<strong>br</strong> />

Taciano, impressionado, remou quase que instintivamente na direção de<<strong>br</strong> />

acolhedora praia vizinha e, à frente da jovem que cantava, ele e a filha não<<strong>br</strong> />

puderam conter a simpatia que lhes nascera nos corações.<<strong>br</strong> />

Amarrou o barco à margem e desceram.<<strong>br</strong> />

A moça, surpreendida, veio ao encontro da pequena, exclamando:<<strong>br</strong> />

— Bela menina, que os deuses te protejam ....<<strong>br</strong> />

— E protejam também nossa bela desconhecida — murmurou Taciano,<<strong>br</strong> />

bem humorado.<<strong>br</strong> />

E, no propósito de dissipar-lhe a timidez, acrescentou:

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