Numarine 78

Por Guilherme Kodja | Fotos Mozart Latorre
Numarine 78
Algo de novo no mar
A marcante Numarine 78 HT
é fabricada na Turquia,
com projeto italiano
e chega ao Brasil
com uma proposta
nova e ousada
para um grande
barco
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Sol para todos
O formato incomum das janelas
e as muitas claraboias também de vidro
no teto da cabine são características
marcantes no projeto da Numarine 78
HT, que ainda combina linhas retas no
casario com curvas suaves nos costados.
O resultado é uma lancha de perfil
vigoroso, com muita personalidade
— e uma área bem convidativa na proa,
que mais parece uma sala aberta
A
Numarine 78 HT, uma belíssima lancha lançada há menos de dois
anos na Europa, foi apresentada pela primeira vez no Brasil no último Rio Boat
Show, pelo primeiro representante da marca Numarine no país. E deu o que falar.
Com um estilo ousado e bem diferente, ela surpreendeu até pela sua origem, a
Turquia, país que, de tempos para cá, tal qual o Brasil no momento, vem sendo usado para
sediar fábricas de grandes marcas de barcos. Mas, no caso, a história é um pouco diferente,
porque o estaleiro Numarine é 100% turco e sediado em Istambul, onde produz sete modelos
de grandes lanchas, entre 55 e 102 pés, todas projetadas por especialistas italianos, o que, em
parte, explica bem o design arrojado deste barco. No Brasil, o estaleiro é representado pela
empresa Motorinvest, especializada em bens de luxo e está sendo oferecida por algo em torno
de R$ 13 milhões. Não, não é pouco. Mas esta não é mesmo uma lancha para muitos.
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Proa com
sala e tenda
Proa que mais parece uma sala
aberta, com sofás e generosos solários
é uma ideia copiada dos superiates
que virou tendência entre as lanchas
modernas de maior porte. A Numarine
78 HT não é exceção a esta regra e
sua proa mais parece uma varanda,
com duas grandes áreas acolchoadas,
corredores entre elas e um sofá (que
também vira solário) confortavelmente
coberto por uma espécie de tenda
de abrir e fechar, para quando o sol
começar a incomodar. Um lugar onde
dá ainda mais vontade de ficar.
Desempenho e consumo
No dia do nosso teste, com mar mexido,
ondas de quase um metro e ventos de 13 nós, a
Numarine 78 HT mostrou ser uma lancha fácil de pilotar
— apesar de suas 33 toneladas. E o desempenho, com
dois motores de centro de 1 550 hp cada, foi bom.
Em velocidade de cruzeiro, a 2 000 rpm, navegou a
29,5 nós, gastando 460 litros/hora — o que permite uma
autonomia suficiente para ir de Paranaguá a Angra dos
Reis sem reabastecer, já que seu tanque de combustível
soma 5 000 litros. Já, na velocidade máxima, que
no teste foi de 33,5 nós, consumiu 630 litros/hora,
o que é bastante. Mas lanchas deste porte raramente
navegam a altas velocidades por muito tempo
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Amuradas
estilizadas
As amuradas são altas,
salientes, arqueadas
e fazem parte do
design deste barco
tanto quanto o casario,
com o qual se harmonizam
perfeitamente (as suas
aberturas, por exemplo, têm
o mesmo formato das janelas,
para tirar a visibilidade delas).
Também passam bem acima
dos guarda-mancebos,
tornando as laterais do
convés largos e bem
seguros corredores.
A proa segue a
tendência do momento.
Tem um grande sofá,
dois solários e muito espaço
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loft com teto solar
A sala é dividida em quatro ambientes abertos
e integrados, como num loft, e dispostos ao longo
de um corredor totalmente livre, da proa à popa.
Na entrada, há uma minicozinha e, ao lado do posto de
comando, uma mesa para seis pessoas — olhando assim, mais
parece um apartamento moderno, não um barco. Um dos
truques é sua grande área envidraçada. As janelas laterais são
enormes e acrescidas de claraboias e de um teto solar que,
quando aberto, aumenta ainda mais a luminosidade, fazendo
o interior deste barco parecer maior do que já é.
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A sala não tem degraus
e é muito clara e iluminada.
Mais parece um apartamento
moderno, não um barco
Área de serviço
Perto da entrada da sala,
há uma discreta escada, que leva a
“área de serviço” do barco. Lá estão
um camarote para dois marinheiros, a
lavanderia e a cozinha principal — que,
assim sendo, fica isolada do restante
do barco. Isso é bom ou ruim. Bom para
quem quer privacidade, porque deixa a
tripulação mais afastada da parte social
do barco, mas ruim para quem gosta de
cozinhar a bordo, porque isola demais
a pessoa dos demais convidados.
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São quatro camarotes.
No principal, o banheiro
mais parece uma extensão
do próprio quarto
Sala e popa
num só nível
O espaço a bordo
também é ótimo
na parte de trás
deste barco. Sala e praça
de popa formam um
só ambiente, no mesmo
nível do piso e separados
apenas por uma porta de
vidro, de grande abertura.
Quando totalmente
aberta, os dois cômodos
viram uma coisa só.
E a popa se transforma
numa espécie de varanda
para a sala, com um
gostoso sofá ao ar livre
ao fundo.
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Camarote
com banheiro
integrado
A suíte principal,
a meia-nau, aproveita toda
a largura do casco e tem
dimensões residenciais,
além de uma cama que,
só de olhar, já dá vontade
de deitar. Mas é mesmo
o seu banheiro que rouba
o espetáculo. Além de bem
grande e com áreas isoladas
e fechadas, para chuveiro e
vaso sanitário, a porta que o
separa do quarto é de correr
e abre de ponta a ponta,
formando assim um só
ambiente. Ou não. Depende
da vontade do usuário.
Tudo na base
do toque
Conforto e tecnologia
até nos pequenos detalhes.
As luzes da cabine são controladas
por painéis touch-screen.
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