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INTRODUÇÃO<br />

AO PLANEJAMENTO<br />

E CONTROLE DE CUSTOS<br />

NA CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

BRASILEIRA<br />

Pedrinho Goldman<br />

• Orçamento<br />

• NBR 12721<br />

• Incorporação Imobiliária<br />

• Gerenciamento


PEDRINHO GOLDMAN<br />

• Engenheiro civil formado<br />

em 1977 pela Pontifícia<br />

Universidade Católica<br />

do Rio de Janeiro.<br />

• Diretor da Pekman<br />

Engenharia Ltda. - Empresa<br />

de Consultoria em Planejamento<br />

de Edificações, fundada<br />

em 9/2/1982.<br />

• Professor do curso<br />

"Orçamento e<br />

Acompanhamento de Custos<br />

na Construção Civil" (Núcleo<br />

de Treinamento Tecnológico RJ).<br />

• Mestre em produção civil;<br />

curso concluído em 1999 pela<br />

Universidade Federal<br />

Fluminense do Rio de Janeiro


P I N P<br />

INTRODUÇÃO<br />

AO PLANEJAMENTO<br />

E CONTROLE DE CUSTOS<br />

NA CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

BRASILEIRA<br />

Pedrinho Goldman<br />

• Orçamento<br />

• NBR 12721<br />

• Incorporação Imobiliária<br />

• Gerenciamento


Introdução ao planejamento e controle de custos na construção<br />

civil brasileira<br />

©Copyright Editora Pini Ltda.<br />

Todos os direitos de reprodução ou tradução reservados pela Editora Pini Ltda.<br />

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)<br />

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)<br />

Goldman, Pedrinho, 1954-<br />

Introdução ao planejamento e controle de custos<br />

na construção civil brasileira / Pedrinho Goldman. --<br />

4. ed. atual. -- São Paulo : Pini, 2004.<br />

Conteúdo parcial : Orçamento -- NBR 12721 --<br />

Incorporação imobiliária - Gerenciamento<br />

Bibliografia.<br />

ISBN 85-7266-155-7<br />

1. Construção - Custos 2. Construção -<br />

Planejamento 3. Indústria da construção - Brasil<br />

4. Indústria da construção - Planejamento<br />

I. Título.<br />

04-2982 CDD-692.5<br />

índices para catálogo sistemático:<br />

1. Construção : Custos : Tecnologia 692.5<br />

Coordenação Manuais Técnicos: Raquel Cardoso Reis<br />

Projeto gráfica, capa e diagramação: LL Artes Gráficas<br />

Revisão: Mônica Costa<br />

Editora Pini Ltda.<br />

Rua Anhaia, 964 - CEP 01130-900 São Paulo, SP<br />

Fone: 11 3352-7558 - Fax 11 3352-7587<br />

Internet: www.piniweb.com - E-mail: manuais@pini.com.br<br />

4~ Edição<br />

1 a tiragem: 1.000 exemplares, maio/2004<br />

2 a tiragem: 1.000 exemplares, set/2005


prefácio<br />

Toda construção começa com uma pergunta: os recursos disponíveis serão suficientes<br />

para concluir a obra? Em tempos de ajustamento à economia globalizada, em que as margens<br />

vão diminuindo à proporção inversa da competitividade empresarial, poucos especialistas<br />

brasileiros estão tão qualificados a respondê-la quanto Pedrinho Goldman, engenheiro<br />

com 29 anos de atuação na indústria de construção civil, responsável por alguns dos<br />

maiores projetos imobiliários do Rio de Janeiro e autor deste livro que você compartilha<br />

comigo do privilégio de ter em mãos.<br />

"Introdução ao Planejamento e Controle de Custos na Construção Civil", esta quarta<br />

edição, revista e atualizada, é leitura obrigatória que preenche uma lacuna na ainda carente<br />

bibliografia técnica sobre planejamento e gerenciamento financeiro no atual mercado brasileiro<br />

de construção civil. Nos dias de hoje, o cálculo financeiro e o planejamento total cie<br />

um empreendimento, antes mesmo de seu início efetivo, assumiram a mesma importância<br />

de um cálculo estrutural, uma vez que as margens de negócio atingiram um patamar menor<br />

que no passado. Hoje, o erro é a linha divisória entre sucesso e fracasso, lucro e prejuízo.<br />

Destinado a estudantes, engenheiros, técnicos e incorporadores, o livro de Pedrinho<br />

Goldman é um instrumento de extraordinário valor didático, este sim, incalculável. O incrível<br />

desenvolvimento tecnológico experimentado pelas técnicas de construção nos últimos<br />

vinte anos abriu para empreiteiros e incorporadores um vasto leque de conquistas e desafios.<br />

As conquistas traduzem-se numa escala magnificente de difusão de informações e<br />

conhecimentos nunca antes vivenciada na história humana. Os desafios brotam de cada<br />

novo projeto, impondo a engenheiros, arquitetos e empreendedores uma permanente<br />

reciclagem e revisão da metodologia científica de tudo o que se entende por engenharia e<br />

administração de recursos.<br />

A consciência da importância das finanças remonta à Grécia dos tempos de Péricles,<br />

que consolidou a supremacia econômica de sua terra promovendo intenso programa de<br />

obras públicas para embelezar Atenas e gerar empregos para a população. E, finalmente,<br />

a Demóstenes, que ensinou como orador e homem público que "ter recursos é necessário<br />

e sem eles nada que é necessário pode ser feito". Essa cultura do pleno conhecimento<br />

financeiro de cada etapa de uma empreitada - que atravessou séculos como qualidade


imprescindível para o êxito de qualquer empreendimento - pode ser flagrada em cada<br />

página desta obra.<br />

Engenheiro, consultor, auditor, professor e escritor, Pedrinho Goldman concebeu notável<br />

trabalho intelectual ao apontar fachos de luz às dúvidas habituais que brotam durante as<br />

fases de planejamento e gestão orçamentária. O conteúdo técnico e a qualidade de "Introdução<br />

ao Planejamento e Controle de Custos na Construção Civil" motivarão,<br />

indubitavelmente, novos investimentos para o mercado imobiliário. Durante mais de dez<br />

anos de convivência, período em que trabalhamos conjuntamente - fosse contratado por<br />

mim ou por terceiros - em projetos que saltaram de páginas em branco para a paisagem<br />

urbana carioca, presenciei a paixão com que Pedrinho Goldman se entrega ao trabalho,<br />

nunca restringindo sua atividade à frente de micros e planilhas, mas saindo a campo para<br />

pesquisar e concretizar na prática os princípios matemáticos resultantes de mais de duas<br />

décadas de pesquisas.<br />

O Brasil, com riqueza de matéria-prima e mão-de-obra qualificada, é uma das dez<br />

maiores economias do mundo. Este modelo, entretanto, é insuficiente para consolidar a<br />

inserção do País à atual conjuntura econômica mundial. A dimensão moderna deste modelo<br />

orbita em torno do perfeito gerenciamento de capital, matéria-prima e recursos humanos.<br />

Esse conceito está no centro do novo modelo, do novo paradigma. E, amparada em alicerces<br />

científicos como os que folheamos nas páginas a seguir, temos a certeza de que a<br />

indústria de construção civil brasileira caminha para atingir, muito em breve, níveis<br />

tecnológicos que em nada ficarão a dever aos observados nos países do Primeiro Mundo.<br />

Uma certeza tão absoluta quanto um planejamento do engenheiro Pedrinho Goldman.<br />

ROGÉRIO JONAS ZYLBERSZTAJN<br />

Engenheiro


Dedico aos meus pais,<br />

Ela Berek Goldman e Kejla Goldman,<br />

pelo apoio que nunca faltou


Agradeço à equipe da Pekman Engenharia, em especial,<br />

a Michelle Valentic Ferreira e Amália de Souza Neta pela colaboração nas<br />

modificações dos textos e conteúdos técnicos para a elaboração desta edição


índice<br />

CAPÍTULO 1 A ESTRUTURA DE UM SETOR DE PLANEJAMENTO TÉCNICO 11<br />

0 setor de planejamento técnico na empresa de construção 15<br />

Fluxograma do sistema 15<br />

1 . J fase - Viabilidade da construção 17<br />

2. -1 fase - Planejamento técnico-econômico da construção 20<br />

3."' fase - Controle físico-financeiro da construção 23<br />

A.* fase - Resultados físico-financeiros da construção 26<br />

CAPÍTULO 2 O PLANO DE CONTA NOS SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO 27<br />

Descrição de serviços principais 28<br />

Carimbo de lançamento contábil 38<br />

Plano de Contas de Construção detalhado 38<br />

CAPÍTULO 3 CADASTRO DE PREÇOS E COMPOSIÇÕES DOS SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO 67<br />

Cadastro de fornecedores 67<br />

Cadastro de preços de materiais e serviços 68<br />

Composições de serviços de construção 71<br />

Composição A - Execução de fôrma (e desforma) para<br />

fundações - sapatas, blocos e cintas 71<br />

Composição B - Preparo e lançamento de concreto estrutural 73<br />

Composição C Armação para estruturas de concreto<br />

(vigas, pilares e lajes) 76<br />

Composição D - Alvenaria de tijolo cerâmico furado 80<br />

Composição f Revestimento de piso cerâmico 83<br />

CAPÍTULO 4 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E DE ACABAMENTO DA OBRA 87<br />

Especificações gerais do empreendimento 89<br />

Generalidades 89<br />

Instalação da obra 90<br />

Movimentação de terra 90<br />

Fundações 91<br />

Estrutura 91<br />

Alvenaria 91


Soleiras, rodapés e peitoris 91<br />

Csquadrias 92<br />

Ferragens 92<br />

Vidros 92<br />

Cobertura 93<br />

Tratamentos 93<br />

Revestimentos 93<br />

Pinturas 94<br />

Pavimentação 94<br />

Instalações - generalidades 94<br />

Instalações elétricas 94<br />

Telefone 96<br />

Instalações hidráulicas 96<br />

Gás 96<br />

Incêndio 96<br />

Esgoto sanitário 97<br />

Águas pluviais 97<br />

Elevadores 97<br />

lixo 97<br />

Aparelhos 98<br />

Elementos decorativos 98<br />

Complementação da obra 98<br />

Fachadas 99<br />

Caderno complementar de especificações 99<br />

CAPÍTULO 5 ORÇAMENTO DA CONSTRUÇÃO POR ESTIMATIVAS 105<br />

Projetos 107<br />

Instalação da obra 107<br />

Serviços gerais 107<br />

Trabalhos em terra 107<br />

Fundação 108<br />

Estrutura 108<br />

Instalações 108<br />

Alvenaria 108<br />

Cobertura 108<br />

Tratamentos 108<br />

Esquadrias 108<br />

Revestimentos 108<br />

Pavimentação 109<br />

Rodapé, soleira e peitoril 109<br />

Ferragens 109<br />

Pintura 109


Vidros 109<br />

Aparelhos 109<br />

Complementarão 109<br />

Limpeza 109<br />

Remuneração da construtora 109<br />

Anexo I - Custos unitários/m- de área equivalente de construção 116<br />

Anexo II - Quadro percentual incidente de custo por serviço principal 117<br />

Anexo III - Quadro percentual incidente de custo por serviço principal 119<br />

CAPÍTULO 6 CONTROLE DOS SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO 121<br />

Materiais de utilização nos serviços 122<br />

Equipamentos 123<br />

Ferramentas 123<br />

Mão-de-obra 125<br />

Prazo de execução 126<br />

Considerações sobre o método de trabalho empregado 126<br />

A quantidade produzida do serviço 126<br />

Os custos correspondentes a cada insumo 128<br />

CAPÍTULO 7<br />

NBR 12721 - AVALIAÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS E PREPARO DE ORÇAMENTOS<br />

DE CONSTRUÇÃO PARA INCORPORAÇÃO DE EDIFÍCIO EM CONDOMÍNIO 133<br />

Definições para os efeitos da NBR 12721 134<br />

Projeto aprovado 134<br />

Projetos-padrão 134<br />

Dependências de uso privativo 134<br />

Dependências de uso comum 134<br />

Área coberta padrão 134<br />

Área real 134<br />

Área equivalente de construção 134<br />

Área de divisão não-proporcional 135<br />

Área de divisão proporcional 135<br />

Área de construção sub-rogada 135<br />

Custo unitário básico 135<br />

Características principais dos projetos padrão utilizado<br />

na NBR 12721 136<br />

Exemplos de preenchimento dos quadros I a VIII da NBR 12721 138<br />

Comentários dos quadros preenchidos 151<br />

Quadros para preenchimento de informações para arquivo<br />

no registro de imóveis 157


CAPÍTULO 8 INTRODUÇÃO À INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA BRASILEIRA 159<br />

Criação da empresa incorporadora<br />

Compra do terreno 161<br />

Estudo do projeto 161<br />

Estudo de viabilidade econômica do empreendimento 162<br />

Elaboração da documentação técnica e jurídica do<br />

empreendimento 163<br />

Construção do empreendimento 164<br />

Gerenciamento do empreendimento 165<br />

Venda do empreendimento 166<br />

Análise dos resultados 167<br />

Observações finais 167<br />

CAPÍTULO 9 INTRODUÇÃO AO GERENCIAMENTO DAS EDIFICAÇÕES 169<br />

I a Fase: viabilidade e planejamento da edificação 170<br />

2- Fase: produção 171<br />

3 a Fase: término da obra 172<br />

Anexo I - Percentual físico da obra 173<br />

Anexo 2 - Análise físico-financeira da construção 175


A estrutura de um setor<br />

de planejamento técnico<br />

O planejamento se constitui hoje em um dos principais fatores para o sucesso<br />

de qualquer empreendimento. No tocante à construção predial, faz-se necessário<br />

um sistema que possa canalizar informações e conhecimentos dos mais diversos<br />

setores e, posteriormente, direcioná-los de tal forma que todas essas informações e<br />

conhecimentos sejam utilizados para a construção.<br />

O setor de planejamento técnico surge exatamente desta necessidade de organização,<br />

deste complexo que á um empreendimento de construção predial.<br />

Com relação às empresas de construção, o setor de planejamento técnico interliga-se<br />

com quase todos os outros setores da empresa. Para que se conheça como<br />

esta engrenagem funciona, descrevemos a seguir o relacionamento do planejamento<br />

com os outros setores.<br />

a) Setor de planejamento e setor de arquitetura<br />

A primeira influência exercida pelo setor de planejamento no setor de arquitetura é<br />

no que tange à escolha de especificações a serem adotadas nas obras. Isto porque as<br />

facilidades ou dificuldades encontradas pela obra na execução de determinados materiais,<br />

como, por exemplo, se os materiais são de boa qualidade ou mais baratos que os<br />

similares, são informações e atribuições do setor de planejamento técnico.<br />

A perfeita coordenação do projeto arquitetônico com outros projetos (cálculo estrutural,<br />

instalações, outros) também é atribuição do planejamento. A responsabilidade<br />

na procura de novos materiais e serviços aliados à economia nos custos são atribuições<br />

que o planejamento deve dividir com o setor de arquitetura.<br />

b) Setor de planejamento e setor financeiro<br />

No setor financeiro, o planejamento geralmente fornece informações quanto à<br />

viabilidade econômica do empreendimento referente ao custo de construção obtido<br />

pelo orçamento detalhado da obra, pelo cronograma físico-financeiro e pelo<br />

custo de construção de cada unidade do empreendimento obtido da execução da<br />

NBR 12721, antiga NB 140.


Além disso, o planejamento também fornece as previsões de despesas da construção<br />

em períodos de interesse e as documentações técnicas necessárias ao pedido<br />

de financiamento.<br />

c) O setor de planejamento e o setor contábil<br />

É no setor contábil que o planejamento recebe os dados relativos às despesas reais<br />

de construção, para que possa avaliar, planejar e controlar os custos das obras. Também<br />

apropria todas as despesas de construção num sistema de codificações por item<br />

de serviços e o envia mensalmente ao setor de planejamento.<br />

O setor de planejamento pode, também, fornecer dados ao setor referentes às<br />

construções, sempre que for necessário, como no auxílio de dados de fiscalização<br />

contábil.<br />

d) O setor de planejamento e o setor de processamento de dados<br />

Os computadores eletrônicos são de grande valia para o setor de planejamento,<br />

principalmente na execução de serviços, tais como:<br />

Orçamentos<br />

Cronogramas físico-financeiros<br />

NBR12721<br />

Controle cie materiais e serviços<br />

Controle de despesas de construção<br />

Concorrências<br />

Previsões financeiras<br />

Projetos<br />

Gestão de contratos<br />

Relatórios gerenciais físico-financeiros<br />

Os itens descritos acima serão abordados posteriormente de maneira mais detalhada,<br />

pois eles formam a alma do planejamento.<br />

Estes serviços são praticamente todos elaborados por microcomputadores, inclusive<br />

nas empresas de pequeno porte.<br />

A elaboração dos projetos de arquitetura, cálculo estrutural e projetos de<br />

instalações com a utilização da informática estão em processo de crescimento<br />

no Brasil.


Acreditamos que este processo esteja em ritmo acelerado e as universidades têm<br />

um papel preponderante de difundir junto aos universitários, principalmente de engenharia<br />

e arquitetura, o hábito e a prática destas aplicações (CAD e softwares correlatos).<br />

e) O setor de planejamento e o setor de tesouraria<br />

É função do setor de planejamento enviar previsões de despesas ao setor de<br />

tesouraria, para o bom cumprimento das obrigações financeiras cia empresa. Em<br />

certos casos, as previsões financeiras são de grande importância, pois as empresas<br />

em geral colocam à disposição tão-somente os valores previstos pelo planejamento<br />

para o bom andamento do empreendimento. Caso as previsões apresentem grandes<br />

deformações, poderão acarretar sérios danos tanto para o empreendimento<br />

quanto para a empresa.<br />

f) O setor de planejamento e o setor jurídico<br />

O planejamento é responsável pelo envio da documentação técnica, que será<br />

anexada ao dossiê entregue nas repartições competentes para que o empreendimento<br />

seja efetivado. Entre outros, temos:<br />

Orçamento<br />

Cronograma físico-financeiro<br />

NBR 12721<br />

Especificações<br />

Cronograma detalhado<br />

g) O setor de planejamento e o setor de compras<br />

O setor de planejamento é em relação ao setor de compras o seu braço direito.<br />

Tanto serve de fornecedor como de controlador e age da seguinte maneira em<br />

relação a compras:<br />

-Todas as propostas são analisadas pelo planejamento, antes de fechadas, para<br />

serem comparadas com os respectivos valores orçamentários, fornecendo as<br />

devidas observações que serão enviadas ao setor de compras juntamente com<br />

a proposta em questão.<br />

- É com o auxílio do planejamento que o setor de compras adota o sistema de<br />

concorrência para determinados serviços ou materiais, pois se o planejamento<br />

tem um sistema de cadastro de materiais e conhece fatores como qualidade<br />

dos materiais, das empreiteiras, dificuldades de aplicação dos materiais e ou-


tros aspectos, possibilita que as concorrências tenham grande chance de ser<br />

bem-feitas e conseqüentemente os serviços sejam bem fechados.<br />

- O setor de planejamento deve montar um sistema integrado do tipo Planejamento-Obra-Compra,<br />

de forma que os pedidos de materiais, feitos pelas obras,<br />

sejam sempre conferidos pelo setor de planejamento, no sentido de serem estritamente<br />

necessários para a execução, não permitindo assim perdas desnecessárias<br />

que quase sempre afetam consideravelmente as despesas das obras.<br />

h) O setor de planejamento e o setor de engenharia-obras<br />

Finalmente, o planejamento afeta diretamente o fim último do empreendimento,<br />

ou seja, a execução da obra.<br />

Quase tudo que foi dito até agora em relação aos outros setores, de uma forma ou de<br />

outra, obriga a um relacionamento muito grande entre a obra e o planejamento.<br />

Existem empresas que procuram criar um setor de planejamento nas próprias<br />

obras, o que é correto no caso em que o porte destas não comporte ainda um setor<br />

nos seus escritórios.<br />

Porém, quando a empresa começa a se expandir, torna-se difícil o mecanismo<br />

de planejamento e controle isolado, necessitando de um centralizador de toclas as<br />

informações e dados das obras.<br />

Vários são os dados das obras que devem ser enviados ao planejamento, entre<br />

os quais:<br />

- Informações mensais de entrada de materiais, assim como seus gastos, locais<br />

de utilização e quantidade em estoque, com os quais montamos os sistemas<br />

de controle de materiais e apropriação de serviços.<br />

- Previsão de despesas, como programa de execução, para que não haja discrepância<br />

com o cronograma físico-financeiro.<br />

- Preenchimento de planilhas criadas pelo planejamento, com o objetivo de<br />

obter as produções efetuadas em obra. Estes dados, combinados com outros do<br />

planejamento, servirão de termômetro de custos, ou seja, fornecerão condições<br />

ao profissional do setor de planejamento para julgar o andamento físico-financeiro<br />

de qualquer obra.<br />

- Históricos técnicos de materiais e serviços, para que o setor de planejamento<br />

possa julgar a necessidade de manter ou alterar serviços, produtividade,<br />

empreiteiras, materiais, equipamentos e outros.


É junto à obra que o planejamento deve:<br />

-Testar novos materiais, assim como novas técnicas de execução.<br />

- Apropriar serviços, otimizando-os ao máximo.<br />

- Identificar as dificuldades da obra, para poder estudar e encontrar suas<br />

soluções.<br />

Em seguida, apresentamos um quadro em que se mostram as diversas fases de<br />

um empreendimento e como o setor de planejamento participa e atua.<br />

O SETOR DE PLANEJAMENTO TÉCNICO NA EMPRESA<br />

DE CONSTRUÇÃO<br />

- Responsável pelo estudo de viabilidade técnico-econômica do empreendimento<br />

- Responsável pelo planejamento técnico-econômico das obras<br />

- Responsável pelo controle técnico-econômico das obras em andamento<br />

- Responsável pela obtenção e análise dos resultados técnico-econômicos do<br />

empreendimento<br />

FLUXOGRAMA DO SISTEMA


Se analisarmos o percurso deste fluxograrna, concluímos:<br />

- Que ao iniciarmos os estudos dos novos empreendimentos, primeiro devemos<br />

fazer a sua viabilidade técnico-econômica. Se a resposta a essa viabilidade for<br />

não, trataremos de buscar novos empreendimentos. Caso contrário, seguiremos<br />

para a etapa seguinte.<br />

- Uma vez caracterizada a viabilidade técnico-econômica do empreendimento,<br />

parte-se para o planejamento propriamente dito. É nesta fase que<br />

toda a programação físico-financeira do empreendimento deve ser elaborada<br />

e não se deve considerar esta etapa como perda de tempo. Ao contrário,<br />

em geral um empreendimento bem planejado leva menos tempo de<br />

execução do que quando não o é. Além disso, nesta fase se constatam de<br />

maneira mais detalhada as informações financeiras elaboradas na fase de<br />

viabilidade. É bom lembrar que nunca é tarde para avaliar um mal que<br />

pode ser evitado, ou seja, caso as informações inviabilizem uma análise<br />

feita anteriormente, ainda há tempo de impedir que um empreendimento<br />

seja malsucedido.<br />

Em geral, o planejamento deve ser todo elaborado antes de a obra ser iniciada,<br />

o que ainda não ocorre na prática das construções de hoje.<br />

- A fase de controle de empreendimento se dá durante a sua execução.<br />

A qualidade deste controle está diretamente ligada à qualidade do planejamento<br />

previamente elaborado e à qualidade do acompanhamento<br />

físico-financeiro do empreendimento. Quanto melhor a organização da<br />

empresa e da obra, maior a probabilidade de as informações estarem<br />

corretas, possibilitando um bom controle. Nesta fase da obra não se faz<br />

apenas controle. O controle é feito para propiciar, neste mesmo período,<br />

um planejamento de curto prazo e obtenção de resultados, para<br />

que, nos casos de correções, estas possam ser feitas ainda durante os<br />

serviços em andamento e não pura e simplesmente para constatar uma<br />

deficiência já ocorrida.<br />

- Os resultados são obtidos através de comparação e avaliação das previsões<br />

e estudos do planejamento com as informações obtidas do controle do<br />

empreendimento. Estes resultados são obtidos tanto durante a execução da<br />

obra quanto após o seu término. Destes resultados, retornaremos às outras<br />

etapas de novos empreendimentos, para atualizar e melhorar os níveis do<br />

trabalho delas, formando assim a retroalimentação do sistema.


FASE - VIABILIDADE DA CONSTRUÇÃO<br />

Dados<br />

- Projeto arquitetônico<br />

- Especificações técnicas e de acabamento da obra<br />

- Prazo da obra<br />

Obter<br />

-Viabilidade do empreendimento<br />

Setores Envolvidos<br />

- Vendas: Valor do terreno<br />

Valor de venda dos imóveis<br />

Despesas com promoções<br />

- Financeiro: Despesas financeiras<br />

(financiamento ou recurso próprio)<br />

- Arquitetura: Estudos preliminares<br />

A I a<br />

fase - Viabilidade de construção - vê-se envolvida,<br />

principalmente, com três setores:<br />

a) Setor de Promoção e Comercialização<br />

As empresas de construção ou têm no seu quadro de funcionários profissionais altamente<br />

especializados no ramo de promoção e vendas, ou trabalham com empresas<br />

especializadas. Em função de uma série de fatores, tais como localização do terreno,<br />

padrão social da região, características do projeto, situação do mercado comprador e<br />

vendedor, entre outros aspectos, este setor fornecerá para a viabilidade:<br />

-Valor de terreno - Pode ser obtido diretamente com proprietários que tenham<br />

interesse na venda, através de um custo médio por m 2 de terreno (valores estimativos)<br />

e empresas imobiliárias especializadas.<br />

-Valor de venda dos imóveis - Pode ser obtido através de vendas de imóveis<br />

semelhantes, em regiões próximas ao local em estudo, através de anúncios<br />

publicados nos meios de comunicação, por estimativas do custo/m 2 de área útil<br />

da unidade, entre outros.<br />

- Despesas com promoções - Em função da política promocional da empresa<br />

ou através de percentual do volume geral de vendas, cobrado pelas empresas<br />

especializadas.


) Setor Financeiro<br />

Na obtenção da viabilidade econômica, outro setor de fundamental importância<br />

é o financeiro. Isto porque, em função da política da empresa empreendedora,<br />

pode-se empreender um projeto com recurso próprio, ou através de recursos de<br />

terceiros; entre eles, os financiamentos são os mais comuns. Tanto na utilização de<br />

recursos próprios como na utilização de recursos de terceiros, a empresa incorre<br />

em despesas financeiras que devem ser computadas na viabilidade do empreendimento.<br />

c) Setor Arquitetônico<br />

É o setor arquitetônico que fornecerá os subsídios básicos para a avaliação<br />

e para o próprio empreendimento, ou seja, o projeto arquitetônico e as<br />

especificações de acabamento de obra. Na fase do empreendimento, ou<br />

seja, a fase de viabilidade, em geral as empresas ainda não têm o projeto<br />

arquitetônico detalhado. Em muitos casos nem o projeto básico, mas simplesmente<br />

um estudo preliminar do empreendimento. O ideal é que, mesmo nesta<br />

fase, já se tenha o projeto arquitetônico detalhado. Ocorre que por questões de<br />

negociações nem sempre é possível esperar que o projeto esteja pronto, e por<br />

isso mesmo a viabilidade é feita de maneira "estimativa".<br />

Um elemento que hoje é também fundamental a uma correta viabilidade e que<br />

não se pode deixar de levar em conta é o prazo da obra. Considerando que o prazo<br />

é um pouco delimitado pelo prazo técnico de execução, não faz mal lembrar que<br />

a sua variação implica alterações no custo direto e indireto de construção e nas<br />

despesas financeiras, entre outros.<br />

A sua importância aumenta ainda mais, com acréscimo real dos custos da<br />

mão-de-obra e seus respectivos encargos sociais.<br />

Exemplo simplificado de uma viabilidade econômica:<br />

Seja uma edificação rnultifamiliar, formada por dez apartamentos com sala, três<br />

quartos, totalizando uma área equivalente de construção de 1.600 m 2 . O padrão de<br />

acabamento do empreendimento é normal, tendo um custo/m 2 de área equivalente<br />

de construção da ordem de RS 900,00/m 2 em setembro de 2003.<br />

A área do terreno tem 400,00 m 2 e o valor por metro quadrado do terreno é de<br />

R$ 600,00/m 2 .<br />

As despesas financeiras, levando-se em conta o prazo da construção, são de 8%.<br />

O valor da vencia de cada apartamento corresponde a R$ 270.000,00.


As despesas com promoção de vendas correspondem a 5% do valor geral de<br />

vendas.<br />

Pede-se:<br />

1 - Calcular o lucro do empreendimento<br />

2 - Calcular em porcentagem o lucro do empreendimento em relação às despesas<br />

da mesma<br />

3 - Calcular o índice que representa o lucro em relação ao valor do terreno<br />

4 - Calcular em porcentagem o lucro do empreendimento em relação à receita<br />

da mesma<br />

Solução:<br />

A - Receitas:<br />

- Quantidade: dez apartamentos<br />

-Valor venal: R$ 270.000,00 por apartamento<br />

- Receita total: 10 x R$ 270.000,00 = R$ 2.700.000,00<br />

B - Despesas:<br />

B.1 - Terreno:<br />

- Área do terreno: 400 m 2<br />

-Valor do terreno por metro quadrado de sua área: R$ 600,00/m 2<br />

Valor do terreno: R$ 600/m 2 x 400 m 2 = R$ 240.000,00<br />

B.2 - Construção:<br />

- Área total equivalente de construção: 1.600 m 2<br />

- Custo por metro quadrado de área equivalente de construção:<br />

R$ 900,00/m 2<br />

- Custo da construção: 1.600 m 2 x R$ 900,00/m 2 = R$ 1.440.000,00<br />

B.3 - Despesas financeiras:<br />

-Valor do custo da construção: R$ 1.440.000,00<br />

- Percentual de despesas financeiras: 8%<br />

- Despesas financeiras: 0,08 x R$ 1.440.000,00 = R$ 115.200,00


13.4 - Despesas com vendas:<br />

-Valor Geral de Vendas (V.G.V.): R$ 2.700.000,00<br />

- Percentual de despesas com vendas: 5%<br />

- Despesas com vendas: 0,05 x R$ 2.700.000,00 = R$ 135.000,00<br />

Total das despesas: B.1 + B.2+ B.3 + B.4 = R$ 1.930.200,00<br />

RESPOSTAS AOS QUESITOS:<br />

1- Lucro do Empreendimento: Receitas - Despesas =<br />

R$ 2.700.000,00 -1.930.200,00 = R$ 769.800,00<br />

2 - Percentagem do lucro em relação às despesas:<br />

(Lucro/Despesas) x 100 = (769.800,00/1.930.200,00) x 100 = 39,88%<br />

3 - índice do lucro em relação ao valor do terreno:<br />

(Lucro/terreno) x 100 = (769.800,00/240.000,00) x 100 = 320,75%<br />

4 - Percentagem do lucro em relação à receita total:<br />

(Lucro/Receita) x 100 = (769.800,00/2.700.000,00) x 100 = 28,51 %<br />

Nota:<br />

Apesar de termos apresentado um exemplo de forma simplista, adotamos nos<br />

quesitos cálculos muito usuais pelos incorporadores da construção civil.<br />

Eles podem variar consideravelmente pelo tipo de investimento, pela forma<br />

de obtenção dos recursos financeiros para empreender o projeto, pela expectativa<br />

de vendas (antes, durante e depois da construção), entre outros.<br />

2 a FASE - PLANEJAMENTO TÉCNICO-ECONÔMICO DA CONSTRUÇÃO<br />

Dados<br />

- Projeto arquitetônico completo<br />

- Projeto de cálculo estrutural completo (inclusive fundações especiais)<br />

- Projeto de instalações completas (inclusive os especiais)<br />

- Especificações técnicas e de acabamentos da obra


Obter<br />

- Quadros de áreas para fins de registro de imóveis (NBR 12721)<br />

e rateio das frações ideais<br />

- Orçamento detalhado da obra<br />

- Cronograma físico-financeiro da obra<br />

- Cronograma detalhado da obra<br />

- Relatórios para acompanhamento físico-financeiro<br />

Setores Envolvidos<br />

- Arquitetura e Projetos<br />

- Engenharia de Produção<br />

- Jurídico<br />

- Compras<br />

- Contabilidade<br />

- Financeiro<br />

A 2 a fase - Planejamento técnico-econômico da construção - envolve<br />

praticamente todos os setores da empresa:<br />

a) Setor de Arquitetura e Projetos<br />

Para uma boa elaboração do planejamento são necessários todos os projetos<br />

envolvidos, assim como as especificações de acabamentos. Quanto aos projetos,<br />

podemos citar entre os mais importantes:<br />

- Projeto arquitetônico básico e detalhado<br />

- Projeto de cálculo estrutural (inclusive fundação)<br />

- Projeto de instalações<br />

- Projetos especiais<br />

b) Setor de Engenharia de Produção<br />

É o setor que junto ao planejamento elaborará as especificações técnicas do empreendimento,<br />

tais como: equipes de trabalho, equipamentos e ferramentas a serem<br />

utilizados, o projeto de canteiro da obra, sistemas de execução de serviços, previsões<br />

de entrega de materiais, além de uma programação detalhada do andamento físico da<br />

obra, cujo prazo técnico conseqüentemente será caracterizado.


c) Setor Jurídico<br />

O setor de planejamento, nesta fase, fornece os subsídios e materiais técnicos<br />

necessários ao processamento jurídico do empreendimento, tais como a NBR 12721<br />

(antiga NB 140), quando da elaboração do memorial de incorporação, o valor do<br />

custo da construção e o prazo da obra, entre outros.<br />

d) Setor de Compras<br />

Nesta fase de planejamento do empreendimento, o setor de compras fornece o<br />

seu cadastro de preços atualizados, assim como o histórico das propostas fechadas<br />

para subsídios ao planejamento na elaboração do orçamento detalhado da obra.<br />

Além disso, pode alertar contra alguma especificação de material, sistema de<br />

serviço ou subempreitada aplicados anteriormente, que não tenham sido satisfatórios<br />

no aspecto compras.<br />

e) Setor Contábil<br />

Nesta fase, o setor de planejamento prepara o setor contábil para que na fase<br />

posterior, que é a de controle, este tenha um bom desempenho quanto às informações<br />

contábeis.<br />

f) Setor Financeiro<br />

É um setor muito importante do ponto de vista gerencial, que muitas vezes não<br />

recebe o devido valor por parte dos técnicos. A sua importância é devida à política<br />

cia empresa, já que o empresário, em geral, procura reservar apenas o capital<br />

necessário ao bom cumprimento de seus compromissos financeiros. Reservar mais<br />

que o necessário é perda de dinheiro, assim como reservar menos compromete a<br />

realização dos compromissos, podendo levar a graves conseqüências. Com isso,<br />

podemos ter a noção da importância e da responsabilidade da elaboração de um<br />

orçamento do custo da construção e, conseqüentemente, de uma previsão financeira<br />

realista à política financeira da empresa.<br />

Conclusão:<br />

Esta etapa de planejamento busca canalizar o máximo de informações dos<br />

mais diversos setores da empresa, a fim de que o planejamento da obra leve em<br />

conta todos os detalhes pertinentes. Podemos citar como relatórios mais importantes<br />

nesta fase:


- NBR 12721 - Avaliação de custos unitários e preparo de orçamento de construção<br />

para incorporação de edifício em condomínio.<br />

- Orçamento detalhado da obra, para fins de acompanhamento e controle físico-financeiro.<br />

- Cronograma físico-financeiro da obra.<br />

- Fluxo de desembolso de despesas por insumos, para a aprovação da diretoria.<br />

- Relatórios de acompanhamento físico-financeiro.<br />

- Documentação técnica para obtenção de financiamento.<br />

3- FASE - CONTROLE FÍSICO-FINANCEIRO DA CONSTRUÇÃO<br />

Engenharia<br />

de produção<br />

Nesta fase, os principais setores envolvidos são praticamente os mesmos da fase<br />

de planejamento, embora se inter-relacionem de maneira um pouco diferente.<br />

O inter-relacionamento com o setor de arquitetura e projetos se dá ao longo de<br />

todo o andamento da obra. Levando-se em conta que todos os projetos, assim como as<br />

especificações de acabamento, foram bem detalhados, mesmo assim ocorrem inúmeras<br />

alterações e modificações no andamento da obra. Isto se deve ao desenvolvimento<br />

de novas técnicas de execução de serviço, à criação de novos materiais principais ou<br />

auxiliares ou até mesmo pela inexistência no mercado de alguns materiais especificados<br />

na fase cie planejamento. Outro aspecto que deve ser levado em conta são as<br />

possíveis alterações motivadas, seja pela necessidade de redução de custos, seja pela<br />

melhoria do padrão da obra para facilitar a venda do empreendimento.<br />

O setor financeiro deverá ser alimentado das informações de previsão, periodicamente,<br />

a fim de não permitir distorções grandes em previsões de médio e longo<br />

prazo. Às vezes ocorre o inverso, ou seja, por questões de ordem financeira, a obra<br />

poderá reduzir o seu ritmo ou até mesmo aumentá-lo, caso seja do interesse da<br />

política da empresa naquele determinado momento. As previsões financeiras, em<br />

geral, são divididas em duas partes:


1 a - A previsão de compromissos já assumidos (contas a pagar).<br />

2 J - A previsão de compromissos a assumir, em geral, elaborada pelo setor de<br />

planejamento em conjunto com o setor de produção.<br />

As previsões financeiras são feitas em parcelas semanais, podendo ser de curto,<br />

médio e longo prazos. Muitas empresas elaboram um previsão financeira completa<br />

na fase de planejamento e, ao longo da obra, previsões mensais (previsão bem<br />

detalhada) e de períodos em períodos (exemplo: três em três meses) uma previsão<br />

financeira de médio prazo. Com isso, o setor financeiro pode alterar as previsões<br />

conforme os resultados obtidos, a fim de não permitir um grande desvio entre o<br />

previsto e o gasto.<br />

O setor contábil, nesta fase, tem um papel preponderante para o setor de<br />

planejamento. Será a contabilidade informada, mensalmente, a ferramenta principal<br />

para a avaliação dos resultados entre os gastos reais da obra e os custos<br />

preestabelecidos em orçamento. Importante salientar a responsabilidade das<br />

informações prestadas, assim como a perfeita alocação dos gastos da construção<br />

segundo as suas contas correspondentes. Para isso será necessário que a<br />

empresa tenha um plano de serviços que seja o mesmo para todos os setores<br />

da empresa, para que todos possam usar uma mesma linguagem. Chamamos<br />

a este plano de serviços "plano de contas de construção''. Este plano de contas<br />

permitirá que tanto a contabilidade quanto o planejamento comparem<br />

valores de um mesmo insumo ou serviço.<br />

Ao setor de compras, o setor de planejamento interage nesta fase de maneira<br />

dinâmica. Praticamente todas as compras e contratos devem anteriormente ter o<br />

aval do setor de planejamento, a fim de não permitir deformações de ordem quantitativa<br />

e financeira.<br />

Uma vez efetuadas as compras e contratos, o planejamento deverá emitir<br />

seu parecer em nível de relatório gerencial, analisando a performance<br />

(vantagens e desvantagens) dos contratos fechados. Portanto, cabe ao setor<br />

de planejamento cumprir o papel de assessor técnico e de controlador com<br />

a finalidade de não permitir grandes deformações em relação às previsões.<br />

Características semelhantes ao inter-relacionamento com o setor de compras<br />

ocorrem com o setor de produção. Ao mesmo tempo em que o setor de planejamento<br />

assessora, ele controla. É por parte da obra que o planejamento receberá<br />

quase todas as informações de ordem quantitativa dos insumos (materiais, mãode-obra<br />

e equipamentos). Isto se dará através de planilhas de apropriação preen-


chidas na obra, sob a supervisão e orientação de profissionais do planejamento.<br />

Não é demais alertar para o perfeito preenchimento das informações, a fim de<br />

que as avaliações sejam precisas e confiáveis. Mais uma vez entra em cena o<br />

plano de contas de construção para possibilitar informações bem definidas, tornando<br />

possível a mesma linguagem à empresa. Por sua vez, o planejamento<br />

deve, sempre que possível, devolver as análises em curto prazo para que, nos<br />

casos de deformações indesejáveis, estas possam ser sanadas em tempo, propiciando<br />

o mínimo de prejuízo.<br />

Exemplo 1:<br />

Setor de Planejamento - Setor de produção<br />

Análise de execução de Alvenaria de barro 1/2 vez<br />

Obra<br />

Planejamento<br />

Descrição<br />

Unidade<br />

índice<br />

índice<br />

Quantidade<br />

Quant./m 2<br />

Quantidade<br />

Quant./m 2<br />

Produção m 2 100,00 - 1 30,00 -<br />

Produtividade<br />

Pedreiro hs 160,00 1,60 195,00 1,50<br />

Servente lis 90,00 0,90 130,0 1,00<br />

Consumos<br />

Cimento saco 19,00 0,19 26,00 0,20<br />

Areia m J 3,00 0,03 2,60 0,02<br />

Saibro m 3 2,00 0,02 3,90 0,03<br />

Tijolo 10x20x30 unid. 1.590,00 15,90 1.950,00 15,00<br />

Tijolo 10x20x20 unid. 370,00 3,70 650,00 5,00<br />

Perda dos tijolos % 10,20 - 10,00 -<br />

Exemplo 2:<br />

Setor de planejamento - Setor de compras<br />

Seja a análise da contratação dos serviços de pintura para uma edificação<br />

composta por 20 apartamentos de sala/dois quartos. Com base em contratos anteriormente<br />

fechados, em edificações com características muito semelhantes à que<br />

está em questão, temos:


Previsão: 20 apartamentos x RS 5.000,00/apartamento = RS 100.000,00<br />

Melhor proposta: RS 90.000,00, correspondente a R$ 4.500,00 por apartamento.<br />

4 a FASE - RESULTADOS FÍSICO-FINANCEIROS DA CONSTRUÇÃO<br />

Gastos<br />

^ . . Consumos Produtividades _ 4<br />

Contratos<br />

Estoques<br />

V<br />

Relatórios gerenciais<br />

4 a fase - Resultados<br />

É a fase em que, mesmo durante o andamento da obra ou quando do seu término,<br />

podemos perceber se a sua performance foi boa ou não. As principais informações<br />

nesta fase são dos setores de contabilidade, compras e produção. Podemos destacar:<br />

Principais Informações<br />

Setor<br />

1 - Contratos e compras compras<br />

2 - Consumos produção<br />

3 - Gastos financeiros contabilidade<br />

4 - Produtividade produção<br />

5 - Estoques produção<br />

Com todas estas informações, analisadas e comparadas com as preestabelecidas<br />

na fase de planejamento, podemos emitir pareceres que sairão sob a forma de "relatórios<br />

gerenciais". Estes relatórios são de grande valia para os setores técnicos e, principalmente,<br />

para a diretoria, já que em linhas gerais eles traçam um retrato físicofinanceiro<br />

da obra.<br />

Quando os relatórios forem elaborados apenas para serviços específicos, eles<br />

podem ser feitos em curtíssimo prazo (ex.: semana). Quando analisados todos os<br />

serviços da obra, são feitos mensalmente ou em períodos maiores de tempo.<br />

Comentário sobre os setores das empresas:<br />

Com a tendência de terceirização, um número expressivo de empresas está<br />

reformulando sua estrutura organizacional, reduzindo ou eliminando alguns setores,<br />

buscando como alternativa a contratação de empresas que venham a substituir<br />

parcialmente ou totalmente alguns setores, tais como de arquitetura, de contabilidade<br />

e o setor jurídico.


O plano de conta nos<br />

serviços de construção<br />

O primeiro passo necessário para que se tenha um bom planejamento e controle<br />

de obras é a organização. A construção de um modo geral é um complexo<br />

que deve ser bem caracterizado quanto aos seus insumos (materiais, mão-deobra<br />

e equipamentos). É baseando-se neste fato que se verifica a necessidade de<br />

uma plano, discriminando-o e procurando-se organizar as várias fases de execução<br />

da obra e, ao mesmo tempo, englobando tudo que afete diretamente a construção.<br />

Chamaremos tal organização de "Plano de Contas de Construção".<br />

É importante ressaltar que o plano de contas tem uma estrutura de modo a se<br />

adequar às construções em geral, mas esta deve ser modelada, detalhada a cada<br />

caso, a cada empresa junto às suas necessidades e nas diversas formas de trabalho.<br />

É em função cio plano de contas que obteremos a distribuição da obra em serviços,<br />

sendo mais específicos quanto mais detalhadamente se quiser controlar a obra.<br />

Através do plano de contas obteremos a sistemática do controle cios materiais por<br />

serviço e, finalmente, a integralização dos custos e materiais, que é sobretudo "o<br />

abrir de portas" para todas as possibilidades de planejamento, apropriação e controle<br />

de obras.<br />

Para fins de organização empresarial, adota-se que cada obra tenha um número<br />

que a identificará. Em seguida, cada serviço terá uma conta de identificação e<br />

cada um dos itens de serviço terá uma subconta como identificação.<br />

O plano de contas deve ser dinâmico, porque no decorrer do tempo novos<br />

materiais, técnicas de execução e mudanças de critérios de apropriação fazem<br />

com que deva ser sempre atualizado para que não ocorram discrepâncias entre o<br />

que é realizado nas obras e o que é apropriado a elas.<br />

O funcionamento do plano deve ser feito da seguinte forma: toclas as notas<br />

fiscais, faturas e outros tipos cie recebimento deverão levar um carimbo em que<br />

constarão o código da obra, o valor do recebimento, a conta e a subconta. Após<br />

esse processo, serão enviados ao escritório central (ou ficar na própria obra), onde<br />

serão contabilizados. Ao final de cada mês as contas serão totalizadas, dando<br />

condições ao perfeito controle das despesas por serviço.


O leitor deve sentir que, a partir do que foi acima descrito, todo o resto do sistema de<br />

planejamento e controle terá como base o plano de contas.<br />

O orçamento executado deverá também ser totalizado no sistema de contas de construção.<br />

As previsões financeiras também serão basedas nos desmembramentos de serviços<br />

do plano, assim como os materiais de obra.<br />

Abaixo, descrevemos um dos muitos planos de contas que podem ser utilizados<br />

nas diversas empresas de construção.<br />

DESCRIÇÃO DE SERVIÇOS PRINCIPAIS<br />

Conta<br />

Serviços<br />

001 Projetos<br />

002 Análise de Solos<br />

003 Análises de Custos<br />

004 Cópias e Reproduções<br />

005 Instalações Provisórias da Obra<br />

006 Equipamentos e Ferramentas<br />

007 Transportes e Carretos<br />

008 Impostos e Taxas<br />

009 Escritório da Obra<br />

010 Administração<br />

011 Diversos<br />

012 Trabalhos em Terra<br />

013 Fundações<br />

014 Estruturas<br />

015 Instalações<br />

016 Alvenaria<br />

017 Coberturas<br />

018 Tratamentos<br />

019 Esquadrias<br />

020 Revestimentos<br />

021 Pavimentações<br />

022 Rodapés<br />

023 Solei ras<br />

024 Peitoris<br />

025 Ferragens


026 Pinturas<br />

027 Vidros<br />

028 Aparelhos<br />

029 Ligações<br />

030 Utensílios Complementares<br />

031 Limpeza Final<br />

Descrição dos itens dos serviços principais<br />

001 - Projetos<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Arquitetura<br />

0002 Maquete<br />

0003 Paisagismo<br />

0004 Desenho Decorativo<br />

0005 Instalações<br />

0006 Cálculo Estrutural<br />

0007 Exaustão Mecânica<br />

0008 Ar Condicionado<br />

0009 Acústica<br />

0010 Prevenção a Incêndio<br />

0011 Piscina<br />

002-Análise de Solos<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Sondagem<br />

0002 Serviços Topográficos<br />

0003 Serviços Aerofotogramétricos<br />

0004 Aspectos Geológicos<br />

003 - Análises de Custos<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Orçamento<br />

0002 NBR 12721<br />

0003 Cronograma Físico-Financeiro<br />

0004 Documentação para Financiamentos<br />

0005 Assessoria e Acompanhamento de Custos


0006 Avaliações<br />

0007 Consultoria e Gerenciamento<br />

004 - Cópias e Reproduções<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Cópias Heliográficas<br />

0002 Xerox<br />

0003 Vegetal Copiativa<br />

0004 Plotagem e Digitalização<br />

005 - Instalações Provisórias da Obra<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Barracão<br />

0002 Tapume<br />

0003 Banheiros Provisórios<br />

0004 Cantinas<br />

0005 PC Provisório<br />

0006 Caixa-D'água Provisória<br />

0007 Materiais de Segurança<br />

0008 Placas de Obra<br />

0009 Demolição<br />

0010 Locação de Obra<br />

0011 Estande de Vendas<br />

006 - Equipamentos e Ferramentas<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Equipamentos<br />

0002 Ferramentas<br />

007 - Transportes e Carretos<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Transportes<br />

0002 Entulhos<br />

008 - Impostos e Taxas<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Licenças


0002 Taxas<br />

0003 Registros<br />

0004 Seguros<br />

0005 Impostos<br />

0006 Multas<br />

0007 Certidões<br />

009 - Escritório da Obra<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Manutenções<br />

0002 Medicamentos<br />

0003 Conduções<br />

0004 Telefonemas<br />

0005 Limpeza<br />

0006 Pagamentos<br />

0007 Vigilância<br />

010-Administração<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Administração da Construtora<br />

0002 Impostos de Serviços da Construtora<br />

011 - Diversos<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Proteção de Transeuntes<br />

0002 Reparo dos Vizinhos<br />

0003 Diversos<br />

012 - Trabalhos em Terra<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Escavação<br />

0002 Muros<br />

0003 Escoramentos<br />

0004 Cortes<br />

0005 Aterros<br />

0006 Rebaixamento do Lençol Freático<br />

0007 Retirada de Terra e Materiais


013 - Fundações<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Ferro<br />

0002 Madeira<br />

0003 Concreto Pré-Misturado<br />

0004 Estacas Metálicas<br />

0005 Estacas Pré-Moldadas<br />

0006 Materiais Auxiliares<br />

0007 Controle Tecnológico<br />

014-Estruturas<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Ferro<br />

0002 Madeira<br />

0003 Escoras Metálicas<br />

0004 Concreto Pré-Misturado<br />

0005 Materiais Auxiliares<br />

0006 Controle Tecnológico<br />

0007 Protensào<br />

0008 Fôrmas de Isopor<br />

015 - Instalações<br />

Subconta<br />

Descrição<br />

0001 Instalações Hidráulicas<br />

0002 Instalações Elétricas<br />

0003 Instalações de Esgotos<br />

0004 Instalações de Gás<br />

0005 Pára-Raios<br />

0006 Antena Coletiva<br />

0007 Instalações Contra Incêndio<br />

0008 Compactador<br />

0009 Elevadores<br />

0010 Escada Rolante<br />

0011 Exaustão Mecânica<br />

0012 Ar Condicionado<br />

0013 Subempreitada


0014 Instalações de Infra-Estrutura<br />

0015 Drenagem<br />

016 - Alvenarias<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Barro<br />

0002 Concreto<br />

0003 Placas Pré-Moldadas<br />

0004 Diversos<br />

0005 Painéis de Gesso Cartonado<br />

0006 Painéis de Isopor com Gradeamento Galvanizado<br />

017-Coberturas<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Madeiramento<br />

0002 Telhamento<br />

0003 Subempreitada<br />

018-Tratamentos<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Impermeabilizantes<br />

0002 Proteção Térmica<br />

0003 Proteção Acústica<br />

0004 Juntas de Dilatação<br />

0005 Subempreitada<br />

019 - Esquadrias<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Madeira<br />

0002 Ferro<br />

0003 Alumínio<br />

0004 P.V.C.<br />

020 - Revestimento<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Aditivos


0002 Pastilhas<br />

0003 Andaimes<br />

0004 Lambris<br />

0005 Azulejos<br />

0006 Cerâmicas<br />

0007 Mármore<br />

0008 Granito<br />

0009 Gesso<br />

0010 Pedras<br />

0011 Fórmica<br />

0012 Papel de Parede<br />

021 - Pavimentações<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Cimentado<br />

0002 Enchimentos<br />

0003 Tacos<br />

0004 Frisos<br />

0005 Cerâmica<br />

0006 Asfaltos<br />

0007 Mármore<br />

0008 Granito<br />

0009 Pedras<br />

0010 Carpete<br />

0011 Deck de Madeira<br />

0012 Marmorite<br />

0013 Pedra Portuguesa<br />

0014 Elementos Pré-Moldados<br />

022 - Rodapés<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Mármore<br />

0002 Granito<br />

0003 Madeira<br />

0004 Cerâmica<br />

0005 Cimentado


023- Soleiras<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Mármore<br />

0002 Granito<br />

0003 Madeira<br />

0004 Cerâmica<br />

0005 Cimentado<br />

0006 Alumínio<br />

024 - Peitoris<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Mármore<br />

0002 Granito<br />

0003 Madeira<br />

0004 Alumínio<br />

0005 Cimentado<br />

025 - Ferragens para Esquadrias<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Material<br />

0002 Subempreitada<br />

026-Pinturas<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Material<br />

0002 Subempreitada<br />

027-Vidros<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Liso<br />

0002 Laminado<br />

0003 Temperado<br />

028 - Aparelhos Sanitários<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Louças<br />

0002 Metais


029 - Ligações<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Provisórias<br />

0002 Definitivas<br />

030- Utensílios Complementares<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Ajardinamento<br />

0002 In ter fone<br />

0003 Aparelho de Iluminação<br />

0004 Sauna<br />

0005 Piscina<br />

0006 Play-Cround<br />

031 - Limpeza Final<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Material<br />

0002 Subempreitada<br />

Como já foi dito anteriormente, cada empresa de construção criará um plano<br />

de contas de forma a atender às suas necessidades. Normalmente o plano é moldado<br />

em função do tipo de trabalho da empresa. Considerar que os serviços sob<br />

responsabilidade da empresa deverão ter maior desmembramento de itens, quando<br />

da necessidade de um controle mais rigoroso.<br />

Existem materiais e mão-de-obra que não podem ser alocados imediatamente<br />

após sua compra ou contrato, devido às grandes quantidades compradas ou contratadas,<br />

e servem para mais de um serviço específico. São eles, entre outros:<br />

Cimento<br />

Pedra<br />

Areia<br />

Saibro<br />

Cimento Branco<br />

Mão-de-Obra e Encargos Sociais<br />

Nestes casos, cabe ao responsável pelas requisições quantificar os materiais e<br />

mão-de-obra pelos serviços que serão utilizados, de tal forma que os mesmos se-


jam codificados segundo o plano de contas, antes de serem aplicados, da mesma<br />

forma que os demais insumos de construção.<br />

Antes de descrevermos o plano de contas detalhado, é importante comentarmos<br />

sobre a rotina da contabilização.<br />

Todos os materiais, mão-de-obra, equipamentos e demais serviços que incidam<br />

diretamente na construção deverão ser contabilizados na respectiva obra e segundo<br />

o código de contas. Para isso é necessário que se crie um carimbo para obra, a<br />

fim de que todas as notas fiscais, faturas, duplicatas ou outro documento de cobrança<br />

levem no seu verso os seguintes dados:<br />

- Código da obra;<br />

- N.° do documento;<br />

- N.° do pedido;<br />

-Tipo de compra;<br />

- Conta principal do plano de contas para cada insumo;<br />

- Subconta do plano de contas para cada insumo;<br />

-Valor do insumo correspondente a cada conta e subconta;<br />

-Valor total da nota;<br />

- Assinaturas do apontador e engenheiro;<br />

- Data do preenchimento.<br />

Este preenchimento é feito tanto na obra quanto no escritório. Normalmente, a maioria<br />

dos documentos são enviados para a obra e o restante para o escritório central. Em<br />

geral, o documento é carimbado e preenchido no próprio local de recebimento e é feita<br />

uma revisão pelo profissional responsável pelo lançamento dos custos no diário contábil.<br />

Todos os profissionais, responsáveis pelo preenchimento dos carimbos, deverão<br />

estar conscientes da responsabilidade e da importância do correto lançamento dos<br />

custos. Estes mesmos profissionais deverão possuir uma cópia completa do plano de<br />

contas, para que nos casos de dúvidas sejam feitas as consultas necessárias. É também<br />

muito importante a assessoria do profissional de planejamento aos elementos<br />

responsáveis pela contabilização dos insumos. O mais simples erro de lançamento<br />

contábil poderá gerar análises e conclusões completamente ilógicas e erradas.<br />

Exemplo: Digamos que na obra o apontador, ao receber uma nota fiscal de azulejos,<br />

codifique no verso da nota o valor da compra com o código do plano de contas<br />

para tijolos. Na análise dos dois serviços, mesmo que estes se apresentem com um<br />

andamento regular, a contabilidade acusará um custo excessivo de materiais em alvenaria<br />

e um saldo positivo considerável para a execução de revestimento-azulejo.


Quando os valores são razoavelmente altos, outras informações complementares<br />

(tais como contratos fechados, planilha de controle de materiais) podem nos alertar<br />

quanto a erros contábeis. Caso contrário, fica bastante difícil a constatação de erros.<br />

Portanto, todo cuidado é pouco e toda assessoria é salutar.<br />

Em seguida mostraremos um modelo de carimbo para a utilização nos documentos<br />

de contabilização.<br />

CARIMBO DE LANÇAMENTO CONTÁBIL<br />

Obra n° Documento n" Pedido Tipo<br />

Requisição<br />

Conla Subconta Valor<br />

Proposta<br />

Total<br />

Apontador Engenheiro Gerenciador Data<br />

PLANO DE CONTAS DE CONSTRUÇÃO DETALHADO<br />

0001 - Projetos<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Arquitetura<br />

Nesta subconta serão lançados todos os honorários profissionais para<br />

a execução de projetos arquitetônicos para a prefeitura, projetos de<br />

execução, detalhes e elaboração de especificações.<br />

Incluem-se ainda as despesas com projeto auxiliado por computador<br />

- CAD.<br />

0002 Maquete<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas para a elaboração<br />

de maquetes.<br />

0003 Paisagismo<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com projetos de<br />

paisagismo.


Desenho Decorativo<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

honorários profissionais para execução de desenhos decorativos.<br />

0005 Instalações<br />

Nesta subconta serão lançados todos os honorários profissionais para<br />

execução dos projetos de instalações hidráulicas, esgoto, elétrica,<br />

gás, P. I., P. C., telefone e águas pluviais.<br />

Incluem-se ainda as despesas com projeto auxiliado por computador-CAD.<br />

0006 Cálculo Estrutural<br />

Nesta subconta serão lançados todos os honorários profissionais para<br />

a execução de projetos completos de:<br />

a - Concreto Armado - fôrmas, armações e detalhes,<br />

b - Projetos especiais de fundação, concreto protendido e outros,<br />

c - Projetos com estruturas metálicas,<br />

d - Projetos de obra-de-arte.<br />

e - Consultorias e assessorias técnicas relativas a cálculo estrutural,<br />

f - Projeto auxiliado por computador - CAD.<br />

Subconta Descrição<br />

0007 Exaustão Mecânica<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com desenhos e<br />

honorários profissionais para a execução de projeto para exaustão<br />

mecânica, assim como para consultoria técnica.<br />

Incluem-se ainda as despesas com projeto auxiliado por computador-CAD.<br />

0008 Ar Condicionado<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com desenhos e<br />

todos os honorários profissionais para a execução de projeto para<br />

ar condicionado, assim como para consultoria técnica.<br />

Incluem-se ainda as despesas com projeto auxiliado por computador<br />

- CAD.


0009 Acústica<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com desenhos e<br />

todos os honorários profissionais para a execução de projeto para<br />

tratamento acústico, assim como para consultoria técnica.<br />

0010 Prevenção a Incêndio<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com desenhos e<br />

todos os honorários profissionais para a execução de projeto de prevenção<br />

a incêndios, assim como para consultoria técnica.<br />

Incluem-se ainda as despesas com projeto auxiliado por computador<br />

- CAD.<br />

0011 Piscina<br />

Nesta subconta serão lançados todos os honorários profissionais para<br />

a execução de projeto para piscinas.<br />

002 - Análise de Solos<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Sondagem<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas para a execução<br />

de sondagens de reconhecimento, rotativa e outras, além das despesas<br />

com transporte de equipamento.<br />

0002 Serviços Topográficos<br />

Nesta subconta serão lançados todos os honorários profissionais<br />

para a execução de serviços topográficos, desenhos e laudos.<br />

0003 Serviços Aerofotogramétricos<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas para execução dos<br />

serviços aerofotogramétricos, plantas, fotos, relatórios e laudos.<br />

0004 Aspectos Geológicos<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas para a execução<br />

de estudos, relatórios e laudos sobre aspectos geológicos.


003 - Análise de Custos<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Orçamento<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com todos os<br />

honorários para a elaboração de orçamentos básicos detalhados ou<br />

estimativas da construção.<br />

0002 NBR12721<br />

Nesta subconta serão lançados todos os honorários profissionais para a<br />

elaboração da NBR 12721 (quadros I a VIII), inclusive os impostos sobre<br />

serviços correspondentes.<br />

0003 Cronograma Físico-Financeiro<br />

Nesta subconta serão lançados todos os honorários profissionais para<br />

a elaboração de cronogramas físico-financeiros.<br />

0004 Documentação para Financiamentos<br />

Nesta subconta serão lançados todos os honorários profissionais para<br />

a elaboração de documentação técnica para solicitação de financiamento<br />

junto aos órgãos financeiros, inclusive os impostos sobre<br />

serviços correspondentes.<br />

0005 Assessoria e Acompanhamento de Custos<br />

Nesta subconta serão lançados todos os honorários profissionais para<br />

a assessoria e acompanhamento de custos, tais como criação cio<br />

plano de contas, criação do manual de rotinas operacionais, assessoria<br />

técnica e relatórios gerenciais.<br />

0006 Avaliações<br />

Nesta subconta serão lançados todos os honorários profissionais para<br />

a elaboração de avaliações técnicas e perícias. Também estão incluídos<br />

neste item materiais necessários ao trabalho, tais como fotografias,<br />

plantas e outros.<br />

0007 Consultoria e Gerenciamento<br />

Nesta subconta serão lançados todos os honorários profissionais para a<br />

consultoria e gerenciamento de obras.


004 - Cópias e reproduções<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Cópias Heliográficas<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas referentes às cópias<br />

heliográficas.<br />

0002 Cópias Reprográficas<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas referentes a cópias<br />

simples, duplex, reduzida ou emendada.<br />

0003 Vegetal Copiativa<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas referentes à reprodução<br />

em vegetal copiativa.<br />

0004 Plotagem e Digitalização<br />

Nesta subconta serão lançados todos os honorários profissionais para<br />

a digitalização de projetos por meio de computadores, assim como<br />

as impressões dos projetos por meio de plotagem.<br />

005 - Instalações Provisórias da Obra<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Barracão<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais (tais<br />

como madeira e prego) e subempreitadas para a execução de barracões<br />

da obra.<br />

0002 Tapume<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais<br />

(tais como macieira e prego) e subempreitadas para a execução<br />

de tapume.<br />

0003 Banheiros Provisórios<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas de materiais, tais<br />

como madeira, prego, vaso, tubos e subempreitada para a execução<br />

de banheiros provisórios.


0004 Cantinas<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas de materiais, tais<br />

como madeira, prego, louça, torneira e subempreitada para a execução<br />

de cantina.<br />

0005 Quadro de Força Provisório<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais, tais<br />

como fios, tubos, disjuntores e subempreitada para a execução do<br />

quadro de força provisório.<br />

0006 Caixa-D'água Provisória<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais, tais<br />

como madeira, prego, tubo, registro, caixa de fibrocimento e subempreitada<br />

para a execução de caixa-d'água provisória.<br />

0007 Materiais de Segurança<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais, tais como<br />

botinas, cinto de segurança, óculos de proteção, luvas, capacetes e outros<br />

para a proteção pessoal.<br />

0008 Placas da Obra<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas para a confecção<br />

e colocação das placas da obra.<br />

0009 Demolição<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

subempreitadas para a execução de demolição de construções existentes.<br />

0010 Locação da Obra<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

subempreitada para a execução da locação da obra.<br />

0011 Estande de Vendas<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais, tais<br />

como madeira, prego, ferragens e subempreitada para a execução<br />

de estande de vendas.


006 - Equipamentos e Ferramentas<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Equipamentos<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas, seja através de<br />

compras de locações com equipamentos, tais como serra elétrica,<br />

betoneira, vibrador, grua, central de concreto, torres, guinchos, máquinas<br />

de furar e outros. Incluem-se ainda nesta subconta as despesas<br />

com peças de reposição e contratos de manutenção.<br />

0002 Ferramentas<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com ferramentas,<br />

tais como serrote, martelo, ponteiras, talhadeiras, picaretas, baldes,<br />

pás, cordas e outros. Incluem-se ainda nesta subconta as despesas<br />

com manutenção para as ferramentas.<br />

007 - Transportes e Carretos<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Transportes<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com transporte de<br />

materiais e equipamentos que não estejam vinculadas aos custos<br />

deles ou que venham de outras obras.<br />

0002 Entulho<br />

Nesta subconta serão lançados os gastos com carretos para a retirada<br />

de entulho no decorrer da obra.<br />

008 - Impostos e Taxas<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Licenças<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com licenças, tais<br />

como alvará da obra, licença de placas de propaganda, abertura de<br />

logradouros, loteamento, modificação de projeto e outros.<br />

0002 Taxas<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com taxas de ligações<br />

provisórias e definitivas de água, luz, esgoto, gás e outros.


Registros<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com registros, tais<br />

como memorial de incorporação e outros.<br />

0004 Seguros<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com seguros, tais corno<br />

seguro de responsabilidade civil, contra incêndio e contra roubo.<br />

0005 Impostos<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com impostos, tais<br />

como imposto territorial e imposto predial.<br />

0006 Multas<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com multas.<br />

0007 Certidões<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com certidões, tais<br />

como certidões negativas e certidão de regularidade jurídico-fiscal.<br />

009 - Escritório da obra<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Manutenção<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

subempreitada para pequenas manutenções, tais como substituição<br />

de lâmpadas e fusíveis.<br />

0002 Medicamentos<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais para<br />

pequenos socorros.<br />

0003 Condução<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com condução,<br />

tais como metrô, ônibus ou táxi.<br />

0004 Telefonemas<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas telefônicas.


Limpeza<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais de<br />

limpeza durante a obra, tais como vassouras, detergente e ácidos.<br />

0006 Pagamentos<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com firmas<br />

especializadas em cálculos de folhas de pagamento, assim como transportes<br />

e entrega dos pagamentos.<br />

0007 Vigilância<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com firmas<br />

especializadas em vigilância do canteiro de obras.<br />

010 - Administração<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Administração da Construtora<br />

Nesta subconta serão lançados todos os honorários correspondentes<br />

aos serviços da construtora.<br />

0002 Impostos de Serviços da Construtora<br />

Nesta subconta serão lançados todos os impostos sobre serviços correspondentes<br />

aos honorários da construtora.<br />

011 - Diversos<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Proteção de Transeuntes<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais para a<br />

proteção de transeuntes, tais como madeira, prego, tela de arame e<br />

subempreitada para a sua execução.<br />

0002 Reparo dos Vizinhos<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com subempreitadas<br />

e materiais para reparo de danos causados pela obra aos vizinhos.<br />

0003 Diversos<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com serviços, tais como<br />

desratização, carro-pipa e gratificações.


012 - Trabalhos em Terra<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Escavação<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

serviços para escavação mecânica ou manual do terreno.<br />

0002 Muros<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

serviços para a execução de muros de contenção.<br />

0003 Escoramentos<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

serviços para a execução de escoramentos diversos do terreno.<br />

0004 Cortes<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

serviços para a execução de cortes de pedra.<br />

0005 Aterros<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

serviços para execução de aterros mecânicos e manuais.<br />

0006 Rebaixamento do Lençol Freático<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas para execução de<br />

rebaixamento do lençol d'água, tais como aluguel de equipamentos.<br />

0007 Retirada de Terra e Materiais<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com carretos para<br />

retirada de terra ou outros materiais resultantes da escavação.<br />

013 - Fundações<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Ferro<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com ferro para a<br />

execução das fundações, tais como ferro CA 50, CA 60 e subempreitada.


0002 Madeira<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais para<br />

a execução das fundações, tais como tábuas, pernas e subempreitada.<br />

0003 Concreto Pré-Misturado<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas de materiais e<br />

serviços com concreto pronto para a execução das fundações.<br />

0004 Estacas Metálicas<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais, tais<br />

como perfis metálicos, soldas e serviços para a execução de estaqueamento<br />

metálico.<br />

0005 Estacas Pré-Moldadas<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais, tais<br />

como estacas e serviços para a execução do estaqueamento em peças<br />

pré-moldadas.<br />

0006 Materiais Auxiliares<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais<br />

auxiliares à execução da fundação, tais como pregos, arames e<br />

aditivos para concreto.<br />

0007 Controle Tecnológico<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com ensaios e testes<br />

referentes à fundação, tais como ensaios com corpos-de-prova de<br />

concreto.<br />

014-Estruturas<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Ferro<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com ferro para a execução<br />

cia estrutura, tais como ferro CA 50, ferro CA 60 e subempreitada.<br />

0002 Madeira<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com madeira para<br />

a execução de estrutura, tais como tábua, perna e subempreitada.


0003 Escoras Metálicas<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com escoras metálicas<br />

para a execução da estrutura, tais como aluguel ou aquisição dos<br />

equipamentos e subempreitada.<br />

0004 Concreto Pré-Misturado<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

serviços para a execução de concreto pré-misturado para estrutura.<br />

0005 Materiais Auxiliares<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais<br />

auxiliares à execução da estrutura, tais como pregos, arames e<br />

aditivos para concreto.<br />

0006 Controle Tecnológico<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com testes e ensaios<br />

de materiais e serviços para o controle tecnológico de estrutura, tais<br />

como verificação da resistência do concreto em corpos-de-prova.<br />

0007 Protensão<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com os serviços<br />

especializados de protensão em estruturas de concreto armado.<br />

0008 Fôrmas de Isopor<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com os serviços<br />

especializados cie execução de fôrmas para concreto armado em<br />

peças de isopor montáveis.<br />

015 - Instalações<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Instalações Hidráulicas<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais<br />

e equipamentos de instalações hidráulicas, tais como tubos galvanizados,<br />

tubos de cobre, tubos em PVC, conexões e bombas<br />

de recalque.


Instalações Elétricas<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

equipamentos de instalações elétricas, tais como fios, cabos, tubos<br />

eletrodutos, quadros disjuntores e quadro de força.<br />

Instalações de Esgoto<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais de<br />

instalação de esgoto, tais como tubos de ferro fundidos, tubos de<br />

PVC e conexões.<br />

Instalações de Gás<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais de<br />

instalação de gás, tais como tubo galvanizado, conexões e registros.<br />

Pára-Raios<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais para<br />

a execução de pára-raios, tais como cordoalha de cobre, captor, eletrodo<br />

e braçadeira.<br />

Antena Coletiva<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais para<br />

a instalação de antena coletiva, tais como fios e tubos eletrodutos.<br />

Instalação contra Incêndio<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

equipamentos de instalação contra incêndio, tais como extintores,<br />

mangotes, registros, bomba de pressurização e sistema de sprinklers.<br />

Compactador<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

equipamentos para compactador de lixo.<br />

Elevadores<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais, equipamentos<br />

e serviços para execução de elevadores, além de impostos<br />

e valores correspondentes à correção monetária dos contratos.


0010 Escada Rolante<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais, equipamentos<br />

e serviços para execução da escada rolante, além de impostos<br />

e valores correspondentes à correção monetária dos contratos.<br />

0011 Exaustão Mecânica<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />

equipamentos e serviços para execução da exaustão mecânica,<br />

tais como dutos, grelhas e exaustor.<br />

0012 Ar Condicionado<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com o sistema<br />

de ar condicionado, tais como dutos, grelhas e maquinária.<br />

0013 Subempreitada<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas referentes a<br />

subempreitadas de instalações hidráulicas, elétricas, de esgoto e gás.<br />

0014 Instalações de Infra-estrutura<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e mãode-obra<br />

subempreitada para a execução de instalações de infra-estrutura,<br />

tais como sistema de esgoto com estação de tratamento, dutos e<br />

cabos elétricos entre as edificações e a rede pública, rede hidraúlica<br />

entre edificações e a rede pública e rede de incêndio, entre outros.<br />

0015 Drenagem<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas referentes a materiais<br />

e mão-de-obra empreitada para a execução de drenagem<br />

do terreno.<br />

0016 - Alvenaria<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Barro<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />

tais como tijolos de barro furado e tijolos de barro maciço e subempreitada<br />

para a execução da alvenaria de barro.


0002 Concreto<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />

tais como bloco de concreto furado 10 x 20 x 40 e subempreitadas<br />

para a execução de alvenaria de concreto.<br />

0003 Placas Pré-Moldadas<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

serviços para a execução de placas pré-moldadas, tais como concreto<br />

leve e fibra de vidro.<br />

0004 Diversos<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais<br />

auxiliares e alvenaria, tais como madeira para andaimes, prego,<br />

tijolos de vidro e vergas.<br />

0005 Painéis de Gesso Cartonado<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

serviços para a execução de painéis de gesso cartonados.<br />

0006 Painéis de Isopor com Gradeamento Galvanizado<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

serviços para a execução de painéis de isopor com gradeamento<br />

galvanizado.<br />

017-Coberturas<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Madeiramento<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />

tais como madeira e prego para a execução do madeiramento.<br />

0002 Telhamento<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais, tais<br />

como telhas de fibrocimento e parafusos para a execução do telhamento.<br />

0003 Subempreitada<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com subempreiteiros<br />

para a execução de madeiramento e telhamento.


018-Tratamentos<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Impermeabilizantes<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais<br />

para impermeabilizações, tais como pentox, betúvia, manta em<br />

pevefilm e sika.<br />

0002 Proteção Térmica<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais<br />

para proteções térmicas, tais como lã de vidro e isopor.<br />

0003 Proteção Acústica<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais<br />

para proteção acústica, tais como cortiça.<br />

0004 Juntas de Dilataçao<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais<br />

para tratamento de juntas de dilataçao, tais como neoprene e isopor.<br />

0005 Subempreitada<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com subempreitadas<br />

para a execução de impermeabilização, proteção térmica, proteção<br />

acústica e tratamento de juntas de dilataçao.<br />

019 - Esquadrias<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Madeira<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais, tais<br />

como portas, janelas, aduelas, alizares, pregos e subempreitada para<br />

a execução de esquadrias de madeira.<br />

0002 Ferro<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />

tais como portão, basculante, gradis e subempreitada para a<br />

execução de esquadrias de ferro.


0003 Alumínio<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />

tais como portas, gradis e subempreitada para a execução de<br />

esquadrias de alumínio.<br />

0004 PVC<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />

tais como portas, janelas, basculantes e subempreitadas para a execução<br />

de esquadrias de PVC.<br />

020 - Revestimentos<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Aditivos<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais<br />

aditivos para revestimentos.<br />

0002 Pastilhas<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

subempreitada para a execução de pastilhas, inclusive as despesas<br />

com materiais auxiliares.<br />

0003 Andaimes<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com compra, aluguel<br />

e manutenção de materiais e equipamentos para andaimes,<br />

para revestimentos, assim como serviços subempreitados.<br />

0004 Lambris<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

subempreitada para a execução de lambris de madeira.<br />

0005 Azulejos<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />

tais como azulejos, materiais auxiliares e subempreitada para a<br />

execução de revestimentos em azulejos.<br />

0006 Cerâmicas<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,


tais como cerâmicos, materiais auxiliares e subempreitada para a<br />

execução de revestimentos em cerâmica.<br />

0007 Mármore<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com mármores<br />

para revestimento, materiais auxiliares e subempreitada para a<br />

sua execução.<br />

0008 Granito<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com granitos<br />

para revestimento, materiais auxiliares e subempreitada para a<br />

sua execução.<br />

0009 Gesso<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com gesso para<br />

revestimentos, materiais auxiliares e subempreitada para a sua<br />

execução.<br />

0010 Pedras<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com pedras para<br />

revestimentos, materiais auxiliares e subempreitada para a sua<br />

execução.<br />

0011 Fórmica<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com fórmicas<br />

para revestimentos, materiais auxiliares e subempreitada para a<br />

sua execução.<br />

0012 Papel de Parede<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com papel de parede,<br />

materiais auxiliares e subempreitada para a sua execução.<br />

021 - Pavimentações<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Cimentados<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

subempreitada para a sua execução.


Enchimentos<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />

tais como concreto celular, blocos de concreto leve, tijolos e<br />

subempreitada para a execução de enchimento.<br />

Tacos<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com tacos de<br />

madeira, materiais auxiliares como pregos, piche e subempreitada<br />

para a sua execução.<br />

Frisos de Madeira<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com frisos de<br />

madeira, materiais auxiliares como pregos, granzepes e subempreitada<br />

para a sua execução.<br />

Cerâmicas<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com cerâmica<br />

para pavimentação, materiais auxiliares, tais como cola e subempreitada<br />

para a sua execução.<br />

Asfalto<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

subempreitada para a execução do asfaltamento.<br />

Mármore<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com mármore<br />

para pavimentação, materiais auxiliares e subempreitada para a<br />

sua execução.<br />

Granito<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com granito para<br />

pavimentação, materiais auxiliares e subempreitada para a sua<br />

execução.<br />

Pedras<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com pedras


para pavimentação, materiais auxiliares e subempreitada para a<br />

sua execução.<br />

0010 Carpete<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com carpete, materiais<br />

auxiliares como cola e subempreitada para a sua execução.<br />

0011 Deck de Madeira<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas de materiais, tais<br />

como madeira, prego e subempreitada para a sua execução.<br />

0012 Marmorite<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais<br />

auxiliares e subempreitada para a execução de marmorite.<br />

0013 Pedra Portuguesa<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

subempreitada para a execução de pedra portuguesa.<br />

0014 Elementos Pré-Moldados<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

subempreitada para a execução de elementos pré-moldados.<br />

022 - Rodapés<br />

Subconta<br />

0001<br />

Descrição<br />

Mármore<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

subempreitada para a execução de rodapés de mármore.<br />

0002<br />

Granito<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

subempreitada para a execução de rodapés de granito.<br />

Madeira<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com rodapés de<br />

madeira, materiais auxiliares e subempreitada para a sua execução.


0004 Cerâmica<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com rodapés<br />

de cerâmica, materiais auxiliares e subempreitada para a sua<br />

execução.<br />

0005 Cimentado<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

subempreitada para a execução de rodapés cimentados.<br />

023 - Soleiras<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Mármore<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

subempreitada para a execução de soleiras cie mármore.<br />

0002 Granito<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

subempreitada para a execução de soleiras de granito.<br />

0003 Madeira<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

subempreitada para a execução de soleiras de madeira.<br />

0004 Cerâmica<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

subempreitada para a execução de soleiras de cerâmica.<br />

0005 Cimentado<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

subempreitada para a execução de soleiras cimentadas.<br />

0006 Alumínio<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

subempreitada para a execução de soleiras de alumínio.


024 - Peitoris<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Mármore<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

subempreitada para a execução de peitoris de mármore.<br />

0002 Granito<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

subempreitada para a execução de peitoris de granito.<br />

0003 Madeira<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

subempreitada para a execução de peitoris de madeira.<br />

0004 Alumínio<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

subempreitada para a execução de peitoris de alumínio.<br />

0005 Cimentado<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

subempreitada para a execução de peitoris cimentados.<br />

025 - Ferragens<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Material<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais<br />

para ferragens, para portas e janelas, tais como fechadura, dobradiça<br />

e maçaneta.<br />

0002 Subempreitada<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com subempreitada<br />

para a colocação de ferragens.<br />

026-Pinturas<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Material<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais<br />

para pintura, tais como tintas e massas.


0002 Subempreitada<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com subempreitada<br />

para a execução de pintura.<br />

027-Vidros<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Liso<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais<br />

e subempreitada para a execução de vidro liso.<br />

0002 Laminado<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

subempreitada para a execução de vidro laminado.<br />

0003 Temperado<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

subempreitada para a execução de vidro temperado.<br />

028 - Aparelhos Sanitários<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Louças<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais, tais<br />

como vaso, bidê, lavatório, cabide, papeleira e subempreitada para<br />

colocação das louças.<br />

0002 Metais<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />

tais como registros, torneiras, chuveiros, válvulas de descarga e<br />

subempreitada para colocação dos metais.<br />

029 - Ligações<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Provisórias<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas necessárias à<br />

obtenção das ligações provisórias pelas concessionárias.


Definitivas<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas necessárias à<br />

obtenção das ligações definitivas pelas concessionárias.<br />

030 - Utensílios complementares<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Ajardinamento<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />

subempreitada para a execução de ajardinamento.<br />

0002 Interfone<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />

equipamentos e serviços para a instalação de interfone.<br />

0003 Aparelhos de iluminação<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />

equipamentos e serviços para a instalação de aparelhos de iluminação.<br />

0004 Sauna<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />

equipamentos e serviços para a instalação de sauna.<br />

0005 Piscina<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />

equipamentos e serviços para a instalação de piscina.<br />

0006 Play-Ground<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />

equipamentos e serviços para a instalação de play-ground.<br />

031 - Limpeza Final<br />

Subconta Descrição<br />

0001 Material<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais de<br />

limpeza, tais como detergente, escova, ácido, sabão e álcool.


0002 Subempreitada<br />

Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com subempreiteiros<br />

para a execução da limpeza final da obra.<br />

EXERCÍCIO:<br />

Codificar segundo o plano de contas os seguintes materiais:<br />

Código obra:<br />

Assinatura do responsável:<br />

Endereço<br />

Conta Descrição Valor<br />

Projeto de ar condicionado<br />

Serviços topográficos<br />

Despesas com cópias heliográíicas<br />

Escavação mecânica<br />

Tijolos dc barro<br />

Janelas dc alumínio<br />

Azulejos<br />

Vidro liso<br />

Rodapé de madeira<br />

Solução do Exercício:<br />

Descrição<br />

Plano de conta<br />

1 - Projeto de ar condicionado 001.0008<br />

2 - Serviços topográficos 002.0002<br />

3 - Despesas com cópias heliográficas 004.0001<br />

4 - Escavação mecânica 012.0001<br />

5 - Estacas metálicas 013.0004<br />

6 - Tijolos de barro 016.0001<br />

7 - janela de alumínio 019.0003<br />

8 - Azulejos 020.0005<br />

9 - Vidro liso 027.0001<br />

10 - Rodapé de madeira 022.0003


SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO<br />

MASTER FORMAT<br />

O Instituto Americano de Especificações da Construção (CSI) em conjunto com<br />

o Instituto Canadense cie Especificações da Construção (CSC) têm desenvolvido<br />

normas que são aceitas por grande parte da indústria da construção de seus países.<br />

O "Master Format" é uma lista cie números e descrições para a indústria cia<br />

construção. Trata-se de um sistema para organização detalhada de informações de<br />

construção, em uma seqüência lógica, com base em produtos e métodos.<br />

O Master Format promove a normatização e facilidade de recuperação de<br />

informações.<br />

Subdividido em dezesseis divisões principais, discrimino abaixo essas divisões<br />

e correlaciono com os vinte grandes itens dos serviços de construção, que adotamos<br />

largamente para a elaboração de orçamentos no Brasil e que serão abordados em<br />

outros capítulos deste livro.<br />

Quadro comparativo entre Master Format e Itens Principais Orçamentários:<br />

Master Format<br />

Itens Principais de<br />

Serviços<br />

Divisão Descrição Item Descrição<br />

(01) Requisitos Gerais (01) Projetos<br />

(02) Local da Construção (02) Instalações da obra<br />

(03) Concreto (03) Serviços Gerais<br />

(04) Alvenaria (04) Trabalhos em terra<br />

(05) Metais (05) Fundação<br />

(06) Madeira e plástico (06) Estrutura<br />

(07) Proteção térmica e de chuva (07) Instalações<br />

(08) Portas e Janelas (08) Alvenaria<br />

(09) Acabamentos (09) Cobertura<br />

(10) Especiais (10) Tratamentos<br />

(11) Equipamentos (11) Esquadrias<br />

(12) Mobiliários (12) Revestimentos<br />

(13) Construções Especiais (13) Pavimentação


(14) Sistemas de Transporte (14) Rodapé, soleira e peitoril<br />

(15) Mecânico (15) Ferragens das esquadrias<br />

(16) Elétrico (16) Pinturas<br />

(17) Vidros<br />

(18) Aparelhos sanitários<br />

(19) Complementação<br />

(20) Limpeza Final<br />

Observação:<br />

Segundo estes institutos, as dezesseis divisões do Master Format não seguem<br />

uma seqüência da construção, nem está organizada segundo as contratações<br />

tradicionais ou negócios de construção.<br />

Seguem uma relação de grupamento lógico por conveniência de subdivisões e<br />

é de fácil memorização.<br />

Por outro lado, os vinte itens orçamentários têm uma ordenação lógica e<br />

seqüencial na construção brasileira para o subsetor de edificações, que está mais<br />

próxima da nossa realidade e facilita as avaliações e retroalimentações dos serviços<br />

da construção.<br />

Correlação entre o master format e os itens principais de serviços:<br />

Master Format<br />

Itens Principais de Serviços<br />

Divisão Descrição Item Descrição<br />

(01) Requisitos gerais (01) Projetos<br />

(03) Serviços Gerais<br />

(02) Local de construção (02) Instalação da obra<br />

(04) Trabalhos em terra<br />

(03) Concreto (05) Fundação<br />

(06) Estrutura<br />

(04) Alvenaria (08) Alvenaria


(05) Metais (06) Estrutura<br />

(11) Esquadrias<br />

(06) Madeiras e Plásticos (11) Esquadrias<br />

(12) Revestimento<br />

(13) Pavimentação<br />

(07) Proteção térmica e de chuva (10) Tratamentos<br />

(08) Portas e Janelas (11) Esquadrias<br />

(15) Ferragens das esquadrias<br />

(17) Vidros<br />

(09) Acabamentos (12) Revestimentos<br />

(13) Pavimentação<br />

(14) Rodapé, soleira e peitoril<br />

(19) Complementação<br />

(20) Limpeza geral<br />

(10) Especiais (19) Complementação<br />

(11) Equipamentos (18) Aparelhos sanitários<br />

(12) Mobiliários (19) Complementação<br />

(13) Construções Especiais (06) Estrutura<br />

(14) Sistemas de transportes (07) Instalações<br />

(15) Mecânico (07) Instalações<br />

(16) Elétrico (07) Instalações


Cadastro de preços e<br />

composições dos serviços<br />

de construção<br />

O setor responsável pela criação e manutenção de um cadastro de preços á,<br />

sem dúvida, o setor de compras. É para ele que serão encaminhados os pedidos de<br />

compras e através dele os fornecedores e empreiteiros serão convidados a participar<br />

das tomadas de preços.<br />

Além do cadastro de preços, o setor de compras é responsável também pela<br />

criação e manutenção do cadastro de fornecedores. Este cadastro tem como objetivo<br />

facilitar e agilizar o trabalho do profissional responsável pelo contato com os<br />

fornecedores. Além disso, facilita a consulta de qualquer pessoa que queira saber<br />

qual o fornecedor de determinado material ou serviço.<br />

CADASTRO DE FORNECEDORES<br />

O cadastro de fornecedores, assim como qualquer cadastro, deverá ter apenas<br />

os dados realmente necessários à consulta, evitando-se sempre que possível excessos<br />

de dados.<br />

Podemos citar como exemplo um cadastro de fornecedores que seja composto<br />

dos seguintes dados:<br />

- código do fornecedor;<br />

- nome do fornecedor;<br />

- endereço;<br />

- cidade;<br />

- Estado;<br />

-CEP;<br />

- contato;<br />

- telefone;<br />

- fax;<br />

- e-mail;<br />

- código do insumo.<br />

Sob a forma de planilha, pode ficar da seguinte maneira:


Cadastro dc Forncccdorcs<br />

Código Fornecedor Endereço Cidade listado CEP Contato Telefone Fax e-mail Código<br />

Insumo<br />

CADASTRO DE PREÇOS DE MATERIAIS E SERVIÇOS<br />

O Cadastro de Preços de Materiais e Serviços possibilita à construtora, entre<br />

outras vantagens:<br />

- reduzir o prazo de execução dos orçamentos de custo de construção das<br />

obras e o de execução de concorrências de materiais e serviços;<br />

- facilitar a consulta dos preços de materiais, equipamentos, mão-de-obra própria<br />

e subempreitadas, mantendo-os sempre atualizados. Pelo fato de ser um<br />

material de consulta freqüente, o cadastro deve ser simples e funcional. Em<br />

países cujos índices inflacionários são altos e, conseqüentemente, há alterações<br />

freqüentes nos preços dos insumos, é aconselhável que se façam atualizações<br />

nos preços em períodos não superiores a 30 dias.<br />

A classificação dos insumos pode ser feita de diversas maneiras, a critério e<br />

interesse da construtora. Podemos exemplificar uma destas formas:<br />

- materiais;<br />

- equipamentos;<br />

- mão-de-obra própria;<br />

- subempreitada.<br />

No caso de concorrências, assim como para cadastramento de preços dos<br />

insumos, é aconselhável que se faça a cotação de um insumo pelo menos em três<br />

fornecedores diferentes, a fim de que se possa comprar aquele que venha a oferecer<br />

melhores vantagens. No que tange ao orçamento, caso os valores apresentem<br />

diferenças consideráveis, é usual obter uma média dos valores informados para o<br />

cálculo dos custos do serviço ao qual o insumo se insere.<br />

São várias as formas possíveis de montagem de um cadastro de preços. Apresentamos<br />

uma dessas formas, que consta de:<br />

- código de insumo;<br />

- descrição do insumo;


- unidade;<br />

- preço unitário;<br />

- código do fornecedor correspondente;<br />

- data de atualização.<br />

Sob a forma de planilha, pode ficar da seguinte maneira:<br />

Cadastro de Preços de Materiais e Serviços<br />

Código Descrição Unidade Preço<br />

Unitário<br />

Código do<br />

Fornecedor<br />

Dala de<br />

Atualização<br />

COMPOSIÇÕES DOS SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO<br />

O orçamento detalhado da obra é, sem dúvida, a mais importante ferramenta<br />

para o planejamento e acompanhamento dos custos de construção. Para a sua<br />

elaboração é necessária, entre outras, a seguinte documentação relativa ao empreendimento:<br />

- Projeto arquitetônico completo;<br />

- Projeto de cálculo estrutural;<br />

- Projeto de instalações;<br />

- Projetos especiais e complementares;<br />

- Memorial descritivo das especificações técnicas e de acabamentos da obra.<br />

Com base nesta documentação, o técnico responsável pela elaboração do orçamento<br />

poderá iniciar o seu trabalho, que constará do levantamento dos quantitativos<br />

de cada serviço de construção.<br />

A etapa de levantamento das quantidades por serviço é muito importante, porque<br />

é nela que se definirão praticamente as quantidades de materiais que serão<br />

comprados na obra e o dimensionamento de equipes de trabalho em função dos<br />

prazos preestabelecidos. Portanto, é necessário o máximo de atenção na obtenção<br />

destes quantitativos. Para que a possibilidade de erros seja a menor possível, assinalamos<br />

dois itens de destaque nesta fase:


1 Q - Que todos os compartimentos do projeto tenham suas especificações<br />

de acabamentos totalmente definidos, a fim de que não se possa ter dúvidas<br />

quanto aos acabamentos a serem empregados ou possibilitar esquecimentos<br />

nos levantamentos das quantidades.<br />

2.° - Para cada serviço a ser executado, estarem plenamente definidos os métodos<br />

ou critérios adotados para os levantamentos das quantidades. Não nos<br />

esqueçamos de que os quantitativos orçamentários deverão corresponder à realidade<br />

construtiva e que estes deverão ser comparados aos quantitativos executados<br />

na obra, na fase de acompanhamento e controle.<br />

Para que se possa fechar o orçamento da obra é necessária a obtenção dos custos<br />

unitários correspondentes aos serviços já levantados na etapa anterior. Estes custos<br />

unitários dos serviços são obtidos através das chamadas "composições de custos".<br />

Denominamos "composição de serviço" a união de todos os insumos (materiais,<br />

mão-de-obra, equipamentos, ferramentas) que atuam diretamente em uma<br />

determinada atividade.<br />

Nos orçamentos, as composições de serviços são apresentadas sob a forma de<br />

composições de custos, onde cada um de seus insumos apresenta um índice de consumo<br />

por unidade de serviço que, multiplicado pelo respectivo custo unitário, resulta no<br />

valor unitário do insumo para a execução da unidade daquele serviço.<br />

As composições de custos foram desenvolvidas no sentido de agilizar e facilitar<br />

o trabalho do orçamentista. As composições permitem calcular todas as quantidades<br />

e custos dos insumos componentes de uma atividade, apenas com base no levantamento<br />

das quantidades do serviço em projeto e nos preços unitários dos insumos.<br />

Mas para que estas composições possam espelhar a realidade construtiva, ou por<br />

outra, para que o planejamento técnico possa ser confiável junto ao acompanhamento,<br />

é necessário que se saiba como obter uma composição correta ou de que<br />

forma foi obtida a composição de serviços que estamos utilizando.<br />

As composições de custos adotadas pelo mercado da construção, em geral, são<br />

obtidas por:<br />

1 - Apropriações de serviços feitos pela própria empresa em diversas obras;<br />

2 - Utilização de composições de revistas técnicas tradicionais no mercado;<br />

3 - Utilização de composições de livros técnicos tradicionais no mercado;<br />

4 - Utilização de composições de empresas de consultoria especializadas em<br />

planejamento de custos de construção;


5 - Utilização de composições de fabricantes, fornecedores e/ou empreiteiras<br />

de materiais e serviços de construção.<br />

Abordaremos a seguir alguns serviços de construção, levantando considerações<br />

quanto aos critérios e metodologias a serem empregadas, no intuito de obter composições<br />

de custos.<br />

COMPOSIÇÕES DE SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO<br />

Composição A - Execução de fôrma (e desforma) para fundações -<br />

sapatas, blocos e cintas (unidade: m 2 )<br />

Data-base: outubro de 2003<br />

Descrição Unidade Multiplicador Preço unitário Total R$<br />

1 - pregos mistos kg 0,240 2,50 0,60<br />

2-tábua de pinho 3 J 1x12" ml 2,500 3,00 7,50<br />

3 - sarrafo de pinho 2' 1 1 x 4" ml 3,000 1,37 4,11<br />

4 - servente hora 1,30 4,70 6,11<br />

5 - carpinteiro hora 1,30 6,39 8,31<br />

Total: RS 26,63 /m><br />

Análise e comentário<br />

- Trata-se de uma composição de custos referente à execução de moldagem e<br />

desmoldagem de fôrma para blocos, cintas e sapatas. Como características principais,<br />

que deverão ser levadas em conta nesta composição, podemos citar:<br />

I - A unidade desta composição é metro quadrado de área desenvolvida pelas<br />

fôrmas, para a execução do concreto armado. É importante a clareza deste<br />

critério, uma vez que o levantamento do quantitativo de projeto deverá ser<br />

feito desta forma.<br />

II - Para esta composição, foi levado em conta um reaproveitamento das tábuas,<br />

pernas e sarrrafos em duas vezes.<br />

III - Da composição:<br />

- Esta composição é formada por cinco insumos que aparecem sob a coluna de<br />

descrição.<br />

- Na coluna unidade, aparecem as unidades correspondentes aos insumos, em<br />

geral sob a forma de comercialização.


- Os multiplicadores de cada insumo representam o seu consumo por unidade<br />

do serviço, ou seja:<br />

1 - Para cada metro quadrado de fôrma são consumidos 0,24 kg de pregos mistos.<br />

2 - Para cada metro quadrado de fôrma são consumidos 2,50 ml de tábua de<br />

pinho 3. a 1 x 12".<br />

3 - Para cada metro quadrado de fôrma são consumidos 3,00 ml de sarrafo de<br />

pinho 2. a 1 x 4".<br />

4 - Para cada metro quadrado de fôrma são consumidas 1,30 horas de servente.<br />

5 - Para cada metro quadrado de fôrma são consumidas 1,30 horas de carpinteiro.<br />

Exemplo a:<br />

Em uma determinada obra serão executados 700 m 2 de fôrma desenvolvida<br />

para blocos, cintas e sapatas. Calcule os consumos de materiais e mão-de-obra<br />

para a execução total deste serviço:<br />

Solução:<br />

Para cada metro quadrado de fôrma desenvolvida temos os seguintes consumos<br />

unitários:<br />

Descrição Unidade Multiplicador<br />

1 - Pregos mistos kg 0,24<br />

2 - Tábua pinho 3. J 1 x 12" ml 2,50<br />

3 - Sarrafo pinho 2.' 1 1 x 4" ml 3,00<br />

4 - Servente horas 1,30<br />

5 - carpinteiro horas 1,30<br />

Para obtermos a quantidade necessária dos insumos, para a execução total do<br />

serviço, basta que multipliquemos todos os multiplicadores pela quantidade total,<br />

ou seja, 700 m 2 . Portanto:<br />

1 - Pregos 0,24 kg/m 2 x 700 m 2 168 kg<br />

2 - Tábua 2,50 ml/m 2 x 700 m 2 1.750 ml<br />

3 - Sarrafo 3,00 ml/m 2 X 700 m* 2.100 ml<br />

4 - Servente 1,30 horas/m 2 x 700 m' 910 hs<br />

5-Carpinteiro 1,30 horas/m 2 x 700 m 2 910 hs


-Voltando à composição original, a coluna relativa a preços unitários contém<br />

os preços unitários dos insumos em uma determinada data-base. Na composição<br />

descrita, os preços foram obtidos na base de outubro de 2003. Os preços<br />

unitários para mão-de-obra foram majorados dos encargos sociais, para que<br />

seja permitida a obtenção do custo global efetivo do serviço (encargos sociais<br />

aplicados no caso = 115%).<br />

- A coluna relativa ao custo total do insumo é obtida através da multiplicação<br />

do preço unitário do insumo pelo multiplicador correspondente. O custo total<br />

unitário da composição é o somatório do total obtido para cada insumo.<br />

Exemplo b:<br />

Calcule o custo total dos materiais e mão-de-obra para a execução de 1.000 m 2<br />

de fôrma para fundação:<br />

Solução:<br />

Aproveitando ainda a composição ora descrita, basta multiplicarmos a quantidade<br />

total a ser executada pelo preço total unitário obtido para cada um dos<br />

insumos separadamente, ou seja:<br />

1 - Pregos<br />

2 - Tábuas<br />

3 - Sarratos<br />

4 - Serventes<br />

5 - Carpinteiros<br />

R$ 0,60/m 2 x 1.000 m 2<br />

RS 600,00<br />

RS 8,31/m 2 x 1.000 m 2 RS 8.310,00<br />

R.$ 7,50/m ? x 1.000 m 2<br />

RS 7.500,00<br />

R$ 4,11/m 2 x 1.000 m 7<br />

RS 4.110,00<br />

RS 6,1 l/m 2 x 1.000 m ;<br />

RS 6.110,00<br />

Total de materiais:<br />

Total de mão-de-obra:<br />

Total geral:<br />

RS 12.210,00<br />

RS 14.420,00<br />

RS 26.630,00<br />

Composição B - Preparo e lançamento de concreto estrutural<br />

F ck = 150 kg/cm 2 ou 15 MPa (unidade: m 3 )<br />

Data-base: outubro de 2003


Descrição Unidade Multiplicador Preço Total<br />

Unitário R$ R$<br />

1 - Cimento saco 7,000 16,49 115,43<br />

2 - Areia m } 0,622 23,00 14,31<br />

3 - Pedra Britada n° 1 m» 0,364 33,00 12,01<br />

4 - Pedra Britada n° 2 m 3 0,364 33,00 12,01<br />

5 - Servente hora 8,000 4,70 37,60<br />

6 - Pedreiro hora 1,000 6,39 6,39<br />

Total: RS 197,75/m 1<br />

Análise e comentário<br />

I - Trata-se de uma composição de custos referente à execução de preparo e<br />

lançamento de concreto estrutural, preparado o concreto no canteiro da obra, com<br />

a utilização de betoneira no preparo e vibrador para o adensamento.<br />

II - A unidade desta composição é metro cúbico do volume dimensionado no<br />

projeto de cálculo estrutural. É importante a clareza deste critério, uma vez que o<br />

levantamento do quantitativo de projeto será feito desta forma.<br />

Nos casos em que a obra apresentar características diferentes das composições,<br />

deve-se adaptá-las a fim cie que possam retratar, o máximo possível, a situação<br />

real da obra. Podemos citar, por exemplo, a utilização de aditivos no preparo<br />

do concreto, ou a consideração de perdas de materiais, devido ao transporte ou<br />

dificuldades na execução do concreto.<br />

III - Da composição:<br />

- Esta composição é formada por seis insumos que estão descritos na coluna<br />

"descrição".<br />

- Na coluna "unidade", aparecem as unidades correspondentes aos insumos,<br />

em geral sob a forma de comercialização.<br />

- Os multiplicadores de cada insumo representam o seu consumo por unidade<br />

do serviço, ou seja:<br />

1 - Para cada metro cúbico de concreto estrutural são consumidos 7,0 sacos<br />

de cimento;<br />

2 - Para cada metro cúbico de concreto estrutural são consumidos 0,622 m 3<br />

de areia;<br />

3 - Rira cada metro cúbico de concreto estrutural são consumidos 0,364 m 3 de<br />

pedra britada n.° 1 ;<br />

4 - Para cada metro cúbico de concreto estrutural são consumidos 0,364 m 3 de<br />

pedra britada n.° 2;


5 - Para cada metro cúbico de concreto estrutural são consumidas 8,00<br />

horas de servente;<br />

6 - Para cada metro cúbico de concreto estrutural é consumida 1,00 hora de<br />

pedreiro.<br />

Exemplo:<br />

Em uma determinada obra serão executados 80 m 3 de concreto estrutural, conforme<br />

levantamento feito pelo projeto de cálculo estrutural. Com base na composição<br />

B, anteriormente descrita, calcular:<br />

1 - Os consumos dos materiais e mão-de-obra para o serviço.<br />

2 - O custo total dos materiais e mão-de-obra para o serviço.<br />

Solução:<br />

1 - Utilizando os multiplicadores da composição, que são na realidade os<br />

consumos por unidade do serviço, temos:<br />

1 -Cimento 7,000 sacos/m 3 X 80 m 3 : 560 sacos<br />

2 - Areia 0,622 mVm 4 X 80 m 3 49,76 m 3<br />

3 - Pedra britada 1 0,364 mVm J X 80 m 3 29,12 m 3<br />

4 - Pedra britada 2 0,364 mVm J X 80 m 3 29,12 m 3<br />

5 - Servente 8,000 horas/m 3 X 80 m 3 : 640 horas<br />

6 - Pedreiro 1,000 horas/m 3 X 80 m 3 : 80 horas<br />

Através dos resultados obtidos, pode-se fazer uma boa programação de compras<br />

de materiais, assim como dimensionar corretamente a equipe de trabalho, em<br />

função do prazo previsto para a execução do serviço. Digamos que, para este<br />

exemplo, esteja prevista a concretagem em 30 horas de trabalho. O dimensionamento<br />

da equipe de trabalho seria:<br />

Servente: 640 horas/homem de trabalho -s- 30 horas = 22 homens p/<br />

executar 80 m 3<br />

Pedreiro: 80 horas/homem de trabalho -s- 30 horas = 3 homens p/ executar<br />

80 m 3<br />

2 - Com relação ao custo total do serviço, basta multiplicarmos as quantidades<br />

obtidas pelo preço unitário de cada insumo:


1 -Cimento 560 sacos x R$ 16,49/saco = RS 9.234,40<br />

2 - Areia 49,76 m 3 x RS 23,00/m 3 RS 1.144,48<br />

3 - Pedra britada n° 1 29,12 m 3 x R$ 33,00/m 3 RS 960,96<br />

4 - Pedra britada n° 2 29,12 m 3 X R$ 33,00/m 3 RS 960,96<br />

5 - Servente 640,00 horas X R$ 4,70/hora RS 3.008,00<br />

6 - Pedreiro 80,00 horas X R$ 6,39/hora RS 511,20<br />

-Total de materiais: R$ 12.300,80<br />

-Total de mão-de-obra: R$ 3.519,20<br />

-Total Geral: R$ 15.820,00<br />

Composição C - Armação para estruturas de concreto (vigas, pilares e<br />

lajes) - unidade: kg<br />

Data-base: outubro de 2003<br />

Descrição Unidade Multiplicador Preço Total<br />

Unitário R$ R$<br />

1 - Arame recozido n° 1 8 kg 0,020 2,22 0,04<br />

2 - Ferro CA 50- 10,0 mm kg 0,112 1,78 0,20<br />

3-FerroCA 50- 12,5 mm kg 0,202 1,69 0,34<br />

4 - Ferro CA 50 - 16,0 mm kg 0,300 1,69 0,51<br />

5 - Ferro CA 50 - 20,0 mm kg 0,187 1,69 0,32<br />

6 - Ferro CA 60 - 4,6 mm kg 0,101 2,15 0,22<br />

7 - Ferro CA 60 - 6,4 mm kg 0,149 2,15 0,32<br />

8 - Servente hora 0,090 4,70 0,42<br />

9 - Armador hora 0,090 6,39 0,58<br />

Total: R$ 2,95/kg<br />

Análise e comentário<br />

I - Trata-se de uma composição de custos referente à execução de corte, dobramento<br />

e colocação de ferros para a execução de concreto armado.<br />

Vale lembrar que as composições são obtidas através de levantamentos de<br />

quantitativos em projetos, assim como de apropriações feitas em obras.<br />

Esta composição apresenta consumos unitários para armações conjugadas de<br />

vigas, pilares e lajes.


Observação:<br />

- Composição de custos para armação, obtidos por levantamentos efetuados<br />

por projetos de cálculos estruturais de diferentes projetistas, tendem a ser um pouco<br />

diferentes entre si.<br />

- A perda de ferro prevista nesta composição á de 5%.<br />

- A apropriação deste serviço e, conseqüentemente, a obtenção dos<br />

multiplicadores pode ser feita da seguinte maneira:<br />

a - Obtenção dos consumos de materiais no levantamento do projeto de cálculo<br />

estrutural.<br />

b - Consumos efetivamente gastos e perdas obtidas, através de apropriação do<br />

serviço e controle das saídas de materiais pelo estoque,<br />

c - Obtenção dos índices de produtividade da mão-de-obra, através das apropriações<br />

das horas gastas por profissional para a execução da armação e a<br />

produção efetiva.<br />

Um outro dado importante a ser levantado é quanto à tabela de pesos dos<br />

ferros. É interessante que a tabela utilizada pelo calculista seja a mesma que a do<br />

fornecedor dos ferros e que, por sua vez, esteja dentro dos parâmetros estabelecidos<br />

pelas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).<br />

II - Da composição:<br />

- Esta composição é formada por nove insumos, que estão descritos sob a coluna<br />

"descrição''.<br />

- Na coluna "unidade", aparecem as unidades correspondentes aos insumos,<br />

em geral, sob a sua forma de comercialização.<br />

- Os multiplicadores de cada insumo representam o seu consumo por unidade<br />

do serviço, ou seja:<br />

1 - Para cada quilo de armação em estruturas são consumidos 0,020 kg de<br />

arame recozido n.° 18.<br />

2 - Para cada quilo de armação em estruturas são consumidos 0,112 kg de<br />

ferro CA 50 - 10 mm.<br />

3 - Para cada quilo de armação em estruturas são consumidos 0,202 kg de<br />

ferro CA 50 - 12,5 mm.<br />

4 - Para cada quilo de armação em estruturas são consumidos 0,300 kg de<br />

ferro CA 50 - 16,0 mm.<br />

5 - Para cada quilo de armação em estruturas são consumidos 0,187 kg de<br />

ferro CA 50-20,0 mm.


6 - Para cada quilo de armação em estruturas são consumidos 0,101 kg de<br />

ferro CA 60 - 4,6 mm.<br />

7 - Para cada quilo de armação em estruturas são consumidos 0,149 kg de<br />

ferro CA 60 - 6,4 mm.<br />

8 - Para cada quilo de armação em estruturas são consumidas 0,090 horas<br />

de servente.<br />

9 - Para cada quilo de armação em estruturas são consumidas 0,090 horas<br />

de armador.<br />

Exemplo:<br />

Em uma determinada obra foram levantados, em projeto, 8.000 kg de armação<br />

para execução de uma laje estrutural. Com base na composição C, calcular:<br />

a - Os consumos de materiais e mão-de-obra para o serviço;<br />

b - O custo total do serviço.<br />

Solução:<br />

a - Para obtermos os consumos por insumo para este serviço, basta multiplicarmos<br />

a quantidade a ser executada pelos consumos unitários apresentados pela<br />

composição, ou seja:<br />

1 - Arame recozido 0,020 kg/kg X 8.000 kg armação 160 kg<br />

2 - Ferro CA 50 - 10 mm 0,112 kg/kg X 8.000 kg armação 896 kg<br />

3 - Ferro CA 50 -12,5 mm 0,202 kg/kg X 8.000 kg armação = 1.616 kg<br />

4 - Ferro CA 50 -16,0 mm 0,300 kg/kg X 8.000 kg armação = 2.400 kg<br />

5 - Ferro CA 50 -20,0 mm 0,187 kg/kg X 8.000 kg armação = 1.496 kg<br />

6 - Ferro CA 60 - 4,6 mm 0,101 kg/kg X 8.000 kg armação 808 kg<br />

7 - Ferro CA 60 - 6,4 mm 0,149 kg/kg X 8.000 kg armação = 1.192 kg<br />

8 - Servente 0,090 horas/kg X 8.000 kg armação 720 horas<br />

9 - Armador 0,090 horas/kg X 8.000 kg armação 720 horas<br />

A programação de compra dos materiais pode ser feita com base nos consumos<br />

obtidos. As perdas correspondentes a 5% já estão incluídas. Com relação à mãode-obra,<br />

considerando que os operários trabalhem 10 horas/dia e tenham cinco<br />

dias para a execução da armação, quantos operários serão necessários para que o<br />

serviço seja cumprido em tempo?


Servente = 720 homens/hora ^-(10 horas x 5 dias) = 15 homens<br />

Armador = 720 homens/hora + (10 horas x 5 dias) = 15 homens<br />

b - O custo total do serviço pode ser obtido pela multiplicação dos custos<br />

unitários dos insumos pela quantidade a ser executada:<br />

Descrição Preço da composição Unidade Quantidade Total<br />

unitária<br />

RS<br />

1 - Arame recozido 0,04 R$/kg 8.000,00 320,00<br />

2 - Ferro CASO -10,0 mm 0,20 RS/kg 8.000,00 1.600,00<br />

3 - Ferro CASO -12,5 mm 0,34 R$/kg 8,000,.00 2.720,00<br />

4-Ferro CA50-16,0 mm 0,51 R$/kg 8.000,00 4.080,00<br />

5 - Ferro CASO - 2,0 mm 0,32 RSfkg 8.000,00 2.560,00<br />

6- Ferro CA60 - 4,6 mm 0,22 R$/kg 8.000,00 1.760,00<br />

7 - Ferro CA60 - 6,4 mm 0,32 R$/kg 8.000,00 2.560,00<br />

8 - Servente 0,42 R$/kg 8.000,00 3.360,00<br />

9 - Armador 0,58 RS/kg 8.000,00 4.640,00<br />

Total de materiais: R$ 15.600,00<br />

Total de mão-de-obra: R$ 8.000,00<br />

Total geral: R$ 23.600,00<br />

Para esta composição, os percentuais cios custos cie materiais e mão-de-obra,<br />

em relação ao serviço, se apresentam da seguinte forma:<br />

- Material: 66,10%<br />

- Mão-de-obra: 33,90%<br />

-Total: 100,00%


Composição D - Alvenaria de tijolo cerâmico furado - 10 cm - unidade: rrr<br />

Data-base: outubro de 2003<br />

Descrição Unidade Multiplicador Preço Total<br />

Unitário R$ R$<br />

1 - Qualimassa<br />

saco<br />

0,400<br />

6,80 2,72<br />

2 - Tijolo cerâmico furado 10 x 20 x 30<br />

mil<br />

0,015<br />

285,00 4,28<br />

3 - Tijolo cerâmico furado 10 x 20 x 20<br />

4 - Servente<br />

5 - Pedreiro<br />

mil<br />

hora<br />

hora<br />

0,005<br />

1,000<br />

1,000<br />

190,00 0,95<br />

4,70 4,70<br />

6,39 6,39<br />

Total: R$ 19,04/m-'<br />

Análise e comentário:<br />

I - Trata-se de uma composição de custos referente à execução de alvenaria de<br />

barro furado, espessura 10 cm, traço da argamassa de 1:3:3. Nesta composição<br />

estão englobados os serviços de marcação, assentamento propriamente dito e aperto<br />

da alvenaria.<br />

A perda considerada para os tijolos foi de 10%.<br />

II - Para obtenção dos quantitativos de projetos para fins de orçamento detalhado<br />

da obra, o critério a ser estabelecido para o levantamento da alvenaria é o<br />

cálculo do metro quadrado de paredes efetivo.<br />

Quer dizer, será levantada a metragem quadrada de paredes do projeto, descontando-se<br />

todos os vãos que interfiram nelas.<br />

III - Existem casos em que as composições ou a obra propriamente dita executam<br />

a alvenaria através da mão-de-obra empreitada. Neste caso, o critério de<br />

quantidades de metros quadrados a serem executados poderá ser diferente. Em<br />

alguns casos utilizam-se critérios de não serem descontados vãos de até dois<br />

metros quadrados, sendo que para vãos maiores que dois metros quadrados todo<br />

o resto será descontado, ou será descontado 50% do que exceder a dois metros<br />

quadrados. Enfim, o importante é que na previsão orçamentária, ou seja, na fase<br />

de planejamento, as composições a serem utilizadas sejam aquelas que melhor<br />

refletirão a realidade construtiva.<br />

IV - A determinação de uma composição como esta pode ser feita de uma boa<br />

apropriação em obra.


Por um lado, os materiais serão controlados através de saídas dos almoxarifados e<br />

do controle de consumos por material ensacado ou padiolas. A mão-de-obra, por sua<br />

vez, é controlada segundo as horas efetivamente gastas na execução do serviço.<br />

Finalmente, a produção é obtida pelo levantamento, no local, do serviço executado.<br />

Os consumos com materiais e mão-de-obra, segundo as unidades de<br />

comercialização, divididas pela produção efetiva em metros quadrados, resultarão<br />

em índices de consumos por unidade de serviço, ou seja, os multiplicadores da<br />

composição.<br />

V - Da composição:<br />

- Esta composição é formada por cinco insumos, descritos sob a coluna "descrição".<br />

- Na coluna "unidades" aparecem as unidades dos insumos sob a sua forma de<br />

comercialização.<br />

- Os "multiplicadores" de cada insumo representam o seu consumo pela unidade<br />

do serviço, ou seja:<br />

1 - Para cada metro quadrado de alvenaria são consumidos 0,400 sacos de<br />

qualimassa.<br />

2 - Para cada metro quadrado de alvenaria são consumidas 15,00 unidades<br />

de tijolo cerâmico furado 10x 20x 30.<br />

3 - Para cada metro quadrado de alvenaria são consumidas 5,00 unidades<br />

de tijolo cerâmico furado 10x 20x20.<br />

4 - Para cada metro quadrado de alvenaria são consumidas 1,00 hora de<br />

servente.<br />

5 - Para cada metro quadrado de alvenaria são consumidas 1,00 hora de<br />

pedreiro.<br />

Exemplo:<br />

Em uma determinada obra foram levantados, em projetos, 600 m 2 de alvenaria em<br />

tijolo de barro furado - 10 cm de espessura. Com base na composição D, calcular:<br />

a - Os consumos totais de materiais e mão-de-obra para o serviço;<br />

b - O custo total do serviço.<br />

Solução:<br />

a - Para obtermos os consumos dos insumos, basta multiplicarmos a quantidade<br />

levantada em projeto pelos multiplicadores apresentados pela composição. Vejamos:


Descrição<br />

1 - Qualimassa<br />

2 -Tijolo 10x20x30<br />

3-Tijolo 10x20x20<br />

4 - Servente<br />

5 - Pedreiro<br />

Multiplicador<br />

0,400 saco<br />

0,015 mil<br />

0,005 mil<br />

1,000 horas<br />

1,000 horas<br />

Quantidade<br />

Consumo<br />

600 m 2<br />

240,00 sacos<br />

600 m 2<br />

9,00 mil<br />

600 m 2<br />

3,00 mil<br />

600 m 2<br />

600,00 horas<br />

600 m 2 600,00 horas<br />

Uma vez obtidas as quantidades a serem gastas fica fácil fazer uma programação<br />

de compras. As perdas dos tijolos já estão incluídas nos quantitativos.<br />

Se quisermos dimensionar a equipe da mão-de-obra para a execução do serviço<br />

em 20 dias úteis, por exemplo, temos:<br />

20 dias úteis x 10 horas/dia = 200 horas<br />

Portanto:<br />

Servente: 600 horas/homem<br />

Pedreiro: 600 horas/homem<br />

200 horas = 3 homens<br />

200 horas = 3 homens<br />

b - O custo total do serviço pode ser obtido pela multiplicação dos custos<br />

unitários dos insumos pela quantidade a ser executada:<br />

Descrição Custo unitário da Unidade Quantidade (m 2 ) Total R$<br />

composição<br />

1 -Qualimassa 2,72 RS/m 2 600 1.632,00<br />

2-Tijolo 10x20x30 4,28 R$/m- 600 2.568,00<br />

3-Tijolo 10x20x20 0,95 R$/m 2 600 570,00<br />

4 - Servente 4,70 R$/m 2 600 2.820,00<br />

5 - Pedreiro 6,39 R$/m 2 600 3.834,00<br />

Total de materiais: RS 4.770,00<br />

Total de mão-de-obra: R$ 6.654,00<br />

Total geral: RS 11.424,00<br />

Para esta composição, os pesos dos custos de materiais e mão-de-obra em relação<br />

ao serviço se apresentam da seguinte forma:<br />

- Material: 41,75%<br />

- Mão-de-obra: 58,25 %<br />

-Total: 100,00%


Composição E - Revestimento de piso cerâmico (unidade: m 2 )<br />

Data-base: outubro de 2003<br />

Descrição Unidade Multiplicador Preço unitário R$ Total R$<br />

1 - Areia m 5 0,050 23,00 1,15<br />

2 - Cimento saco 0,040 16,49 0,66<br />

3 - Rejunte kg 0,284 1,50 0,43<br />

4 - Piso cerâmico 20 x 20 m ? 1,050 13,00 13,65<br />

5 - Ladrilheiro hora 1,75 6,39 11,43<br />

6 - Servente hora 1,75 4,70 8,23<br />

Total: r$ 35,55/m 2<br />

Análise e comentário:<br />

I -Trata-se de uma composição de custos referente à execução de piso cerâmico<br />

incluindo-se a regularização de base e o assentamento propriamente dito, ambos<br />

executados pelo profissional auxiliado por servente. A perda considerada para o<br />

material cerâmico é de 5%.<br />

II - Para a obtenção dos quantitativos de projetos para fins orçamentários, o<br />

critério de levantamento é o cálculo da metragem quadrada de piso efetivo, ou<br />

seja, a área do piso com os descontos de áreas que não levem o material cerâmico.<br />

III - Muitas vezes a execução de piso cerâmico é feita por empresas<br />

especializadas, subcontratadas para a execução do serviço. Nestes casos, a composição<br />

deve estar compatível com o sistema executivo, para que a previsão não<br />

corra riscos de consideráveis diferenças financeiras.<br />

IV - Da composição<br />

- Esta composição é formada por seis insumos, descritos sob a coluna "descrição".<br />

- Na coluna "unidade" aparecem as unidades dos insumos sob a forma de<br />

comercialização.<br />

-Os "multiplicadores" cie cada insumo representam o seu consumo pela unidade<br />

do serviço, ou seja:<br />

1 - Para cada metro quadrado cie piso cerâmico são consumidos 0,050 m 3 de<br />

areia.<br />

2 - Para cada metro quadrado de piso cerâmico são consumidos 0,040 sacos<br />

de cimento.


3 - Para cada metro quadrado de piso cerâmico são consumidos 0,284 kg de<br />

rejunte.<br />

4 - Para cada metro quadrado de piso cerâmico são consumidos 1,050 m 2 de<br />

piso cerâmico.<br />

5 - Para cada metro quadrado de piso cerâmico são consumidas 1,750 horas<br />

de ladrilheiro<br />

6 - Para cada metro quadrado de piso cerâmico são consumidas 1,750 horas<br />

de servente.<br />

Exemplo:<br />

Em uma determinada obra foram levantados, em projetos, 300 m 2<br />

cerâmico. Com base na composição E, calcular:<br />

a - Os consumos totais de materiais e mão-de-obra para o serviço;<br />

b - O custo total do serviço.<br />

de piso<br />

Solução:<br />

a - Para obtermos os consumos dos insumos, basta multiplicarmos a quantidade<br />

levantada em projeto pelos multiplicadores apresentados pela composição E. Portanto:<br />

1 - Areia 0,050 m 3 /m 2 x 300 m 2 = 15,00 m J<br />

2 -Cimento 0,040 sacos/m 2 x 300 m 2 = 12,00 sacos<br />

3 - Rejunte 0,284 kg/m 2 X 300 m 2 = 85,20 kg<br />

4 - Piso cerâmico 1,050 m 2 /m 2 X 300 m 2 = 315,00 m 2<br />

5 - Ladrilheiro 1,75 horas/m 2 X 300 m 2 = 525,00 horas<br />

6 - Servente 1,75 horas/m 2 X 300 m 2 = 525,00 horas<br />

Obtidas as quantidades totais a serem consumidas, pode-se fazer uma programação<br />

completa das compras dos materiais, assim como dimensionar a equipe de trabalho em<br />

função do prazo de término do serviço.<br />

Considere que para a execução deste serviço foi planejado um prazo de dez dias<br />

úteis e que cada operário trabalha 8 horas/dia. Para dimensionar a equipe, temos:<br />

- Ladrilheiro 690 horas/homem + (10 dias x 8 horas) = 9 homens<br />

- Servente: 600 horas/homem +(10 dias x 8 horas) = 8 homens


- O custo total do serviço pode ser obtido pela multiplicação dos custos<br />

unitários dos insumos pela quantidade a ser executada.<br />

Descrição Preço unitário da Unidade Quantidade Total R$<br />

composição<br />

1 - Areia 1,15 R$/m 2 300 345,00<br />

2 - Cimento 0,66 R$/m- 300 198,00<br />

3 - Rejunte 0,43 R$/m 2 300 129,00<br />

4 - Piso cerâmico 13,65 R$/m- 300 4.095.00<br />

5 - Ladrilheiro 11,43 R$/m' 300 3.429,00<br />

6 - Servente 8,23 R$/m 2 300 2.469,00<br />

Total de materiais: RS 4.767,00<br />

Total de mão-de-obra: RS 5.898,00<br />

Total geral: RS 10.665,00<br />

Para esta composição, os pesos dos custos de materiais e mão-de-obra em relação<br />

ao serviço se apresentam da seguinte forma:<br />

- Material: 44,70%<br />

-Mão-de-obra: 55,30%<br />

-Total: 100,00%


4<br />

Especificações<br />

técnicas<br />

e de acabamento da obra<br />

As especificações técnicas e de acabamento de uma obra representam fatores<br />

importantes para o planejamento e a execução da obra. Elas incidem diretamente em:<br />

1 - Custos da construção.<br />

2 - Métodos construtivos para a execução dos serviços.<br />

3 - Prazo técnico da obra.<br />

4 - Padrão de acabamento do empreendimento.<br />

As especificações técnicas, que devem ser determinadas ainda na fase do planejamento<br />

da obra (portanto antes do início da construção), são aquelas que definem<br />

métodos e técnicas para a execução de serviço de construção, descritos ou<br />

não nos projetos.<br />

Estas informações são primordiais para a elaboração de um orçamento de obra,<br />

para fins de acompanhamento físico-financeiro. A falta destas informações leva o<br />

orçamentista a fazer considerações a respeito das características técnicas da obra<br />

que, muitas vezes, fogem bastante da realidade construtiva.<br />

Com as definições prévias das especificações técnicas o engenheiro da obra<br />

comete o mínimo possível de improvisos. Além disso, elas possibilitam uma programação<br />

para fechamento de contratos (materiais e serviços), com a antecedência<br />

conveniente.<br />

Para subsidiar o planejamento técnico da obra, podemos citar os seguintes elementos,<br />

como relevantes, a serem especificados:<br />

- Detalhamento dos projetos: sempre que possível, desenvolver os projetos<br />

no seu melhor nível de detalhamento.<br />

- Tipo de sondagem a ser executada.<br />

- Projeto de canteiro da obra: trata-se de uma ferramenta valiosa, desde que<br />

bem elaborada. Constam deste projeto a execução de barracões, almoxarifados,<br />

silos, tapumes, área de passagens, inclusive para acesso a caminhões<br />

de transporte, equipamentos e suas localizações.


- Equipe de administração da obra: constam desta equipe mestre, engenheiros,<br />

encarregados gerais, vigias, almoxarifes, guincheiros.<br />

- Seguros: os tipos de seguro usualmente utilizados para a obra.<br />

-Trabalhos em terra: definições dos trabalhos que serão executados, tais como<br />

escavação mecânica, escavação manual, contenções, rebaixamento do lençol<br />

d'água, desmonte de rocha, aterros.<br />

-Tipo de fundação: se a fundação será direta ou profunda, sistema de execução<br />

a ser empregado, resistência característica do concreto, entre outros.<br />

-Tipo de estrutura: sistema construtivo das fôrmas, tipo de escoramento, método<br />

de execução do concreto, resistência característica do concreto.<br />

- Marca e padrão de elevadores.<br />

- Entre os principais serviços a serem executados, quais serão com mão-deobra<br />

própria e com a utilização de subempreiteiros.<br />

- Sistema de aquecimento de água.<br />

- Definição dos equipamentos complementares da obra, tais como iluminação<br />

das partes comuns, equipamentos para hall social, interfone.<br />

-Taxa de remuneração da construtora.<br />

- Prazo de execução da obra.<br />

As especificações de acabamento definem claramente quais serão os materiais<br />

que comporão os revestimentos e acessórios do empreendimento, em cada compartimento<br />

e no seu todo.<br />

Vários são os critérios a serem adotados para a definição dos acabamentos do<br />

projeto. Podemos citar, entre outros:<br />

- Conforto na sua utilização;<br />

- Aspecto estético;<br />

- Conservação e manutenção dos materiais;<br />

- Aspecto de redução dos custos;<br />

- Limitações da legislação local;<br />

- Característica de comercialização do empreendimento.<br />

Muitas vezes as especificações de acabamentos são alteradas durante a obra,<br />

motivadas por situações como falta do material no mercado, materiais que não<br />

são mais fabricados, alteração do padrão de especificação por parte dos investidores,<br />

para adequá-lo às condições de mercado. Quanto mais detalhado for o caderno<br />

de especificações, mais detalhado e preciso será o planejamento técnico.


Para que o leitor perceba melhor a importância destas definições, descrevemos,<br />

a seguir, as especificações técnicas e de acabamento de uma edificação residencial<br />

multifamiliar. Constam ainda deste caderno de especificações algumas generalidades<br />

que dizem respeito à responsabilidade da construtora no empreendimento.<br />

ESPECIFICAÇÕES GERAIS DO EMPREENDIMENTO<br />

Obra: Rua A, n.° 10<br />

Incorporadora: Incorporadora XXX<br />

Prazo da obra: 24 meses<br />

01 - Generalidades:<br />

01.01 - Equipe administrativa:<br />

- um engenheiro residente<br />

- um mestre-de-obras<br />

- um apontador<br />

- um almoxarife<br />

- um vigia noturno<br />

- um vigia diurno<br />

01.02 - Equipamentos que serão utilizados:<br />

- uma betoneira<br />

- dois guinchos de embreagem<br />

- duas torres metálicas com pranchas de cargas<br />

- uma serra portátil<br />

- dois vibradores de imersão<br />

- uma máquina de cortar ferro<br />

- uma máquina de dobrar ferro<br />

01.03 - As normas, projetos de normas, especificações, métodos de ensaios e<br />

padrões aprovados e recomendados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas,<br />

bem como toda a legislação em vigor, referentes a obras civis, inclusive sobre<br />

segurança do trabalho, serão parte integrante destas especificações, como se nelas<br />

estivessem transcritas.<br />

01.04 - Estas especificações são complementadas pelos projetos e detalhes de<br />

execução, devendo ser integralmente obedecidas.


01.05 - Em caso de divergências, prevalecerão:<br />

- As especificações estabelecidas sobre os desenhos;<br />

- As cotas assinaladas sobre as dimensões medidas em escalas;<br />

- Os desenhos de maior escala sobre os de menor escala.<br />

01.06 - A mão-de-obra e os materiais a serem empregados na execução dos<br />

serviços deverão ser de boa qualidade, em obediência a estas especificações e<br />

aos padrões em vigor.<br />

01.07 - A aplicação de materiais industrializados ou de emprego especial obedecerá<br />

às recomendações dos fabricantes, cabendo à construtora, em qualquer<br />

caso, a responsabilidade técnica.<br />

01.08 - Os ensaios de materiais julgados necessários serão providenciados pela<br />

construtora.<br />

01.09 - São de responsabilidade da construtora:<br />

- As licenças e suas prorrogações.<br />

-Todas as providências junto aos órgãos públicos, institutos de previdência e<br />

concessionárias de serviços públicos, cumprindo quaisquer formalidades e sanções<br />

exigidas, desde que digam respeito à obra ou a sua execução.<br />

-Todas as medidas para a obtenção do "Habite-se", bem como averbação da<br />

construtora no Registro Geral de Imóveis, inclusive o fornecimento de documentos<br />

e pagamentos de taxas e emolumentos.<br />

02 - Instalação da obra:<br />

02.01 - Serão demolidas as construções porventura existentes no terreno e este<br />

roçado e limpo.<br />

02.02 - A obra será cercada por tapume de aspecto agradável e dotada de<br />

dispositivos que garantam as condições adequadas de segurança.<br />

02.03 - A construtora providenciará, junto aos órgãos competentes, as ligações<br />

de serviços públicos.<br />

02.04 - O canteiro deverá ser organizado e limpo, cabendo à construtora manter<br />

estas condições durante a obra, retirando quaisquer materiais, equipamentos,<br />

entulhos e outros que não sejam necessários à execução.<br />

03 - Movimentação de terra:<br />

03.01 - A locação da obra será feita rigorosamente de acordo com os níveis e<br />

indicações constantes dos projetos e detalhes.


03.02 - As escavações manuais ou mecânicas serão executadas dentro cia melhor<br />

técnica comprovada pela experiência e/ou normas, assim como garantindo as<br />

condições adequadas de segurança.<br />

03.03 - Os aterros que porventura existirem serão executados em camadas<br />

uniformes, constituídas por material escolhido e isento de matéria orgânica, molhada<br />

e compactada.<br />

04 - Fundações:<br />

04.01 - As fundações serão projetadas de acordo com as características do<br />

terreno e orientadas por sondagens a serem realizadas previamente.<br />

05 - Estrutura:<br />

05.01 - A estrutura será em concreto armado, obedecendo às normas da ABNT:<br />

NB-1, NB-4 e NB-5, com a resistência do concreto fixada de acordo com cálculo<br />

estrutural e com tensões calculadas nos diversos elementos estruturais. Durante a<br />

execução serão previstas as passagens necessárias para a execução das instalações.<br />

05.02 - Serão realizados ensaios com corpos-de-prova, de acordo com as recomendações<br />

da ABNT.<br />

05.03 - A execução será feita como determina a boa técnica, sendo o concreto<br />

adensado por meio de vibradores.<br />

06 - Alvenaria:<br />

06.01 - As paredes serão de tijolos de barro ou blocos de concreto, assentados<br />

com argamassa de cimento, cal e areia, no traço recomendado, regularmente<br />

colocados, perfeitamente nivelados e aprumados, nos alinhamentos e dimensões<br />

indicados nos projetos e detalhes aprovados.<br />

06.02 - Os apertos serão executados com argamassa de cimento e areia no<br />

traço recomendado, com espessura máxima de 0,03 m e somente após decorridos<br />

dez dias do levantamento das paredes.<br />

06.03 - Sobre os vãos de portas e janelas, sempre que necessário, serão colocadas<br />

vergas de concreto convenientemente dimensionadas.<br />

07 - Soleiras, rodapés e peitoris:<br />

07.01 - As janelas e basculantes terão peitoris de mármore branco, onde<br />

indicadas no projeto, sendo assentados com argamassa de cimento e areia, sobre<br />

base limpa, observados os nivelamentos e dimensões indicadas no projeto.


07.02 - As soleiras serão de mármore, onde indicado no projeto, colocadas<br />

onde houver mudança de piso.<br />

08 - Esquadrias:<br />

08.01 - As esquadrias de madeira serão previamente secas, isentas de falhas,<br />

não empenadas, sem nós ou fendas.<br />

08.02 - As aduelas e alizares serão de madeira de lei, colocadas em esquadro,<br />

fixadas em tacos de madeira ranhurados, imunizados e previamente colocados na<br />

alvenaria, em quantidades adequadas.<br />

08.03 - As portas serão executadas de acordo com as dimensões especificadas<br />

no projeto aprovado, todas em compensado de cedro semi-ocas, preparadas para<br />

pintura a óleo.<br />

08.04 - As portas de acesso aos apartamentos serão folheadas em cerejeira.<br />

08.05 - As janelas e basculantes serão de esquadrias de alumínio, de acordo<br />

com o projeto, em perfis de linha 25, anodizados e fixados por meio de contramarcos<br />

com alizares.<br />

08.06 - As esquadrias de ferro serão protegidas da oxidação por meio de pintura<br />

antiferruginosa.<br />

09 - Ferragens:<br />

Serão empregadas ferragens de marca recomendada, a seguir discriminadas:<br />

a) Nas portas de entrada das unidades:<br />

-Três dobradiças 3" x 2.1/2"<br />

- Conjunto de fechaduras<br />

- Placa esmaltada com número de unidade<br />

b) Nas portas internas:<br />

-Três dobradiças 3" x 2.1/2"<br />

- Conjunto de fechaduras<br />

c) Nas portas dos banheiros:<br />

-Três dobradiças 3" x 1/2"<br />

- Conjunto de fechaduras<br />

10 - Vidros:<br />

10.01 - Os vidros serão assentados com massa própria, nas dimensões compatíveis,<br />

sem ondulações, contraventamento ou falhas.<br />

10.02 - As janelas de alumínio receberão vidros lisos de 4 mm.


10.03 - Os basculantes receberão vidro canelado.<br />

10.04 - No hall social do prédio será colocado um painel de vidro temperado,<br />

na espessura adequada.<br />

11- Cobertura:<br />

11.01 - A cobertura do prédio será protegida em chapas onduladas (fibrocimento<br />

6 mm), com recobrimento mínimo recomendado pelo fabricante, assentes sobre<br />

estrutura de madeira de lei.<br />

11.02 - As chapas serão aparafusadas na estrutura de acordo com as instruções<br />

do fabricante, utilizando-se os acessórios necessários para a vedação.<br />

11.03 - Deverá ser observado cuidado especial na colocação das colunas de ventilação<br />

cie esgoto, a fim de evitar a possibilidade de infiltração.<br />

11.04 - Serão executados rufos de concreto onde as telhas se encontrarem com<br />

as paredes.<br />

12 - Tratamentos:<br />

12.01 - Os interiores dos reservatórios d'água, as lajes de cobertura e áreas<br />

descobertas levarão um tratamento à base de material impermeabilizante, para<br />

evitar infiltração de água. A sua execução será em total conformidade com as<br />

recomendações do fabricante, executadas com a boa técnica e o que prescrevem<br />

as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas.<br />

13 - Revestimentos:<br />

13.01 - As argamassas de revestimento, do tipo emboço paulista, serão de<br />

cimento, areia e cal, nos traços recomendados com acabamento camurçado, executadas<br />

de forma cuidadosa, bem niveladas e aprumadas, sem depressões, saliências<br />

ou trincas, arrematadas em canto vivo.<br />

13.02 - As argamassas prontas deverão ser aplicadas conforme recomendações<br />

do fabricante, assumindo total responsabilidade pelos resultados obtidos.<br />

13.03 - Os tetos em que houver passagem de tubulação aparente serão rebaixados<br />

em gesso, sempre que o projeto assim o indicar.<br />

13.04 - Os azulejos serão de marca recomendada, de primeira qualidade, isentos<br />

de falhas, trincas ou diferenças na tonalidade, assentados com junta reta e rejuntados<br />

com cimento branco.


14 - Pinturas:<br />

14.01 - As superfícies a serem pintadas serão isentas de quaisquer defeitos de<br />

revestimento.<br />

14.02 - Deverão ser dadas tantas demãos quantas forem necessárias, no mínimo<br />

duas, até se obter a coloração uniforme e o cobrimento desejado.<br />

14.03 - As esquadrias de madeira serão emassadas e lixadas, quando necessário,<br />

e deverão ser aplicadas tantas demãos de óleo quantas sejam necessárias ao<br />

bom acabamento.<br />

15 - Pavimentação:<br />

15.01 - Os pisos cerâmicos ou de madeira serão assentados sobre argamassa de<br />

cimento, areia e cal, na espessura e traço recomendados, perfeitamente alisados,<br />

nivelados e limpos.<br />

15.02 - Os pisos cerâmicos serão de marca recomendada, de primeira qualidade,<br />

rejuntados com cimento branco.<br />

16 - Instalações - Generalidades:<br />

16.01 - Caberá à construtora desenvolver, aprovar e executar os projetos de<br />

acordo com a legislação vigente, assumindo a responsabilidade técnica sobre eles.<br />

16.02 - A construtora providenciará as ligações definitivas do empreendimento<br />

às redes públicas.<br />

17 - Instalações elétricas:<br />

17.01 - Caberá à construtora a execução de toda a rede elétrica, a seu ônus,<br />

inclusive subestações, câmaras subterrâneas, trechos externos e tudo o mais que<br />

vier a ser exigido pela concessionária, para a ligação à rede pública existente.<br />

17.02 - O material básico a ser empregado deverá atender ao que segue:<br />

a) As caixas serão em chapas de ferro, pintadas com uma demão de zarcão e<br />

esmalte isolante preto, com tampa aparafusada e nas dimensões compatíveis<br />

com a aplicação.<br />

b) Chaves: terão base de ardósia ou outro material aceito pela concessionária.<br />

c) Condutores: serão de cobre, isolados por camada de plástico.<br />

d) Eletrodutos: serão de ferro ou PVC rígido, conforme normas da concessionária.<br />

e) Espelhos e placas para caixas: serão de material plástico resistente, bem<br />

acabados, sem rebarbas, de marca recomendada.<br />

f) Interruptores e tomadas: serão de embutir, de marca recomendada.


g) Quadros de distribuição: com dispositivos de comando quick-lag montados<br />

em quadro de ferro esmaltado com porta.<br />

1 7.03 - Cada unidade autônoma disporá de quadro de distribuição instalado de<br />

acordo com o projeto, dotado de circuito independente para os aparelhos de arcondicionado.<br />

17.04 - Haverá tomadas para instalações adequadas à utilização de aparelhos<br />

de ar-condicionado, com a tubulação e fiação na sala e nos quartos.<br />

17.05 - Serão instaladas luminárias nas partes comuns do prédio, de acordo<br />

com o projeto.<br />

17.06 - Cada apartamento terá tubulação seca para futura instalação, pelo<br />

condomínio, de sistema de antena coletiva.<br />

1 7.07 - Cada apartamento possuirá previsão para um ponto de telefone interno<br />

de comunicação com a portaria de prédio.<br />

1 7.08 - As unidades autônomas disporão dos seguintes pontos de luz:<br />

Sala: 2 pontos no teto<br />

1 interruptor<br />

2 tomadas baixas<br />

1 tomada para ar-condicionado<br />

1 tomada para antena coletiva<br />

Quartos:<br />

1 ponto no teto<br />

1 interruptor<br />

2 tomadas baixas<br />

1 tomada para ar-condicionado<br />

Circulação:<br />

1 ponto no teto<br />

1 interruptor<br />

Banheiro:<br />

1 ponto no teto<br />

1 interruptor<br />

1 tomada<br />

Cozinha/área de serviço:<br />

2 pontos no teto<br />

2 interruptores


1 tomada para geladeira<br />

1 tomada<br />

1 tomada para máquina de lavar<br />

1 campainha<br />

1 ponto para interfone<br />

18 - Telefone:<br />

18.01 - Caberá à construtora executar todos os serviços a partir do ponto de<br />

alimentação deixado pela concessionária, inclusive tubulação e tomadas.<br />

18.02 - Haverá tomada para telefone externo nas salas das unidades autônomas,<br />

além de outros compartimentos, de acordo com as exigências da concessionária.<br />

19 - Instalações hidráulicas:<br />

19.01 - Os serviços da construtora partirão do ponto de alimentação deixado<br />

pela concessionária, compreendendo tubulações, registros, caixas e tudo o mais<br />

que, constante ou não dos projetos, se faça necessário ao adequado funcionamento<br />

das instalações.<br />

19.02 - Serão atendidas todas as exigências da concessionária.<br />

19.03 - Além dos aparelhos assinalados no projeto aprovado, serão previstos: um<br />

ponto de espera de filtro em cada cozinha, um ponto de água com registro para<br />

máquina de lavar em cada área de serviço e torneiras para lavagem nas área externas.<br />

19.04 - Os tubos e conexões serão de ferro galvanizado de marca recomendada,<br />

onde necessário, ou também de PVC rígido, onde exigido pelo projeto.<br />

19.05 - O prédio será dotado de duas bombas de recalque de comando automático,<br />

dimensionadas para funcionarem independentes, de marca recomendada.<br />

20 - Gás:<br />

20.01 - Serão atendidas as normas da concessionária.<br />

20.02 - As tubulações e conexões serão de ferro galvanizado, de marca recomendada.<br />

20.03 - Haverá P.l. com locais previstos para instalação de medidores individuais<br />

para cada unidade autônoma.<br />

21 - Incêndio:<br />

21.01 - Serão instalados todos os dispositivos de prevenção e combate a incêndio,<br />

em conformidade com o Laudo de Exigências e o projeto aprovado pelo Corpo<br />

de Bombeiros.


22 - Esgoto sanitário:<br />

22.01 - Os serviços da construtora compreenderão tudo o que, constante ou<br />

não dos projetos, se faça necessário ao esgotamento das águas servidas, devendo<br />

ser atendidas todas as exigências da concessionária.<br />

22.02 - As tubulações e conexões serão de ferro fundido ou de PVC rígido, de<br />

marcas recomendadas.<br />

22.03 - As áreas de serviços serão providas de instalações adequadas à utilização<br />

de máquina de lavar roupa, independente do tanque, de modo a evitar o<br />

transbordamento de sabão pelo ralos.<br />

22.04 - Os ralos simples e sifonados serão de PVC com grelha.<br />

23 - Águas pluviais:<br />

23.01 - Será executado um sistema de drenagem nas áreas externas cio empreendimento,<br />

conforme projeto específico.<br />

23.02 - Serão colocados ralos, sempre que necessário, conforme dimensionamento<br />

do projeto.<br />

23.03 - As calhas serão dotadas de ralos de ferro fundido, do tipo "abacaxi".<br />

24 - Elevadores:<br />

24.01 - Os elevadores, compreendendo máquinas, cabines e sistemas auxiliares,<br />

serão de marca recomendada.<br />

24.02 - As cabines terão as medidas adequadas à capacidade, em conformidade<br />

com o cálculo de tráfego, sendo revestidas internamente de acordo com o projeto,<br />

com iluminação fluorescente, sistema de ventilação natural e porta pintada.<br />

24.03 - As portas dos pavimentos serão cie eixo vertical, com fecho de segurança<br />

e visor, pintadas a esmalte.<br />

24.04 - Serão dotados dos dispositivos de segurança exigidos pela municipalidade<br />

e pelo Corpo de Bombeiros.<br />

25 - Lixo:<br />

25.01 - Será executado sistema de acumulação cie lixo, de acordo com projeto<br />

em conformidade com as normas da municipalidade.<br />

25.02 - Será colocada uma porta-caçamba metálica em cada pavimento, dentro<br />

do compartirnento apropriado.


26 - Aparelhos:<br />

26.01 - Os aparelhos sanitários e peças complementares serão de louça de<br />

primeira qualidade, de marcas recomendadas.<br />

26.02 - Os metais serão cromados, de marcas recomendadas.<br />

26.03 - São os seguintes os aparelhos sanitários e respectivos pertences a serem<br />

instalados nos locais assinalados no projeto aprovado:<br />

a) Lavatório<br />

- Lavatório médio<br />

-Torneira de 1/2" cromada<br />

-Válvula de PVC cromada de 1" x 2"<br />

- Sifão de PVC de 1" x 1"<br />

b) Vaso sanitário<br />

- Vaso sanitário<br />

-Vávula de descarga com registro<br />

-Tubo de conexão com canopla<br />

c) Banca de cozinha<br />

- Banca de mármore branco<br />

- Pia de aço 1/2" cromada<br />

-Válvula de PVC cromada de 1" x 2"<br />

- Sifão de PVC de 1" x 1"<br />

d) Tanque de louça<br />

- Tanque de louça<br />

-Torneira de 1/2" cromada<br />

-Válvula de PVC 1" x 2"<br />

26.04 - As peças de embutir deverão ficar perfeitamente niveladas e aprumadas.<br />

26.05 - As bancas de pia das cozinhas terão as dimensões do projeto.<br />

27 - Elementos decorativos:<br />

27.01 - O prédio será dotado de escaninho de correspondência, de acordo com<br />

as exigências da Empresa de Correios e Telégrafos.<br />

28 - Complementação da obra:<br />

28.01 - A obra será entregue inteiramente limpa e acabada, isenta de quaisquer<br />

vestígios de obra.


29 - Fachadas:<br />

29.01 - As fachadas serão revestidas com pastilha cerâmica de marca recomendada,<br />

reboco camurçado e concreto aparente, de acordo com detalhamento do projeto.<br />

29.02 - As pastilhas serão nas cores definidas pelo autor do projeto.<br />

CADERNO COMPLEMENTAR DE ESPECIFICAÇÕES<br />

I - Fachadas<br />

Revestimento - pastilha cerâmica e reboco camurçado<br />

Esquadrias - alumínio anodizado fosco<br />

Vidro fume 4 mm<br />

II - Áreas sociais comuns<br />

11.1 - Entrada social e hall social<br />

Piso - lambri de madeira<br />

Parede - acabamento liso - pintura plástica<br />

Teto - forro de gesso - pintura plástica<br />

Esquadrias - porta de madeira - pintura a óleo<br />

11.2 - Hall de circulação - Pavimentos-tipo<br />

Piso - cerâmica<br />

Parede - acabamento liso - pintura plástica<br />

Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />

III - Áreas comuns<br />

II 1.1 - Estacionamento<br />

Piso - cimentado áspero em placas<br />

Parede - emboço paulista - pintura plástica<br />

Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />

111.2 - Entrada de serviço e hall de serviço<br />

Piso - cerâmica<br />

Parede - emboço paulista - pintura Emalux<br />

Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />

Esquadrias - porta de madeira - pintura a óleo<br />

Ferragens - cromadas<br />

111.3 - Medidores de gás e força-luz<br />

Piso - cimentado liso


Parede - emboço paulista - caiação<br />

Teto - emboço paulista - caiação<br />

Esquadrias - porta de madeira - pintura a óleo<br />

Ferragens - cromadas<br />

111.4 - Escadas<br />

Piso - mármore<br />

Paredes - emboço paulista - pintura Emalux<br />

Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />

Esquadrias - porta tipo corta-fogo<br />

111.5 - Depósito de lixo e compartimento de lixo nos andares<br />

Piso - cerâmica<br />

Paredes - azulejo branco até o teto<br />

Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />

II 1.6 - Recreação coberta e descoberta<br />

Piso - pedra São Tomé<br />

Parede - emboço paulista - pintura plástica<br />

Teto - acabamento liso - pintura plástica<br />

III.7 - Sala de administração<br />

Piso - cerâmica<br />

Parede - emboço paulista - pintura plástica<br />

Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />

Esquadrias - alumínio anodizado tosco<br />

porta de madeira - semi-oca para pintura a óleo<br />

Ferragens - cromadas<br />

II 1.8 - Copa da administração<br />

Piso - cerâmica<br />

Parede - azulejo de cor até o teto<br />

Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />

Esquadrias - alumínio anodizado fosco<br />

Vidro - canelado<br />

Equipamentos - banca de pia em mármore branco nacional<br />

metais - crornados


II 1.9 - Banheiro de uso comum<br />

Piso - cerâmica<br />

Parede - azulejo de cor até o teto<br />

Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />

Esquadrias - alumínio anodizado fosco<br />

|x>rta de macieira - compensada semi-oca para pintura a óleo<br />

Ferragens - cromadas<br />

Vidro - canelado<br />

Equipamentos - louças - marcas recomendadas<br />

metais - cromados<br />

banca do lavatório em mármore branco nacional<br />

IV - Unidades autônomas<br />

IV. 1 - Varandas<br />

Piso - cerâmica<br />

Paredes - pastilha cerâmica<br />

Teto - forro de gesso - pintura plástica<br />

Gradil - alumínio anodizado fosco<br />

IV.2 -Salas<br />

Piso - tábua corrida em macieira cie lei<br />

Parede - emboço paulista - pintura plástica<br />

Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />

Esquadrias - alumínio anodizado fosco<br />

porta de madeira - semi-oca folheada em cerejeira<br />

Ferragens - cromadas<br />

IV.3 - Quartos<br />

Piso - tábua corrida em macieira de lei<br />

Parede - emboço paulista - pintura plástica<br />

Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />

Esquadrias - alumínio anodizado fosco<br />

porta de madeira - semi-oca - pintura a óleo<br />

Ferragens - cromadas<br />

VI.4 - Circulação<br />

Piso - tábua corrida em macieira de lei


Parede - emboço paulista - pintura plástica<br />

Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />

IV.5 - Banheiros<br />

Piso - cerâmica<br />

Parede - azulejo decorado até o teto<br />

Teto - forro de gesso - pintura plástica<br />

Esquadrias - porta de madeira - semi-oca - pintura a óleo<br />

Ferragens - cromadas<br />

Equipamentos - louças - marcas recomendadas<br />

metais - cromados<br />

Vidros - canelado<br />

IV.6 - Cozinhas<br />

Piso - cerâmica<br />

Parede - azulejo de cor até o teto<br />

Teto - acabamento liso - pintura plástica<br />

Esquadrias - porta de madeira - semi-oca - pintura a óleo e folheada em cerejeira<br />

Ferragens - cromadas<br />

Equipamentos - louças - banca de pia em mármore branco nacional<br />

metais - cromados - cuba em aço inoxidável<br />

IV.7 - Área de serviço<br />

Piso - cerâmica<br />

Parede - azulejo de cor até o teto<br />

Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />

Equipamentos - tanque em louça - marca recomendada<br />

metais - cromados<br />

IV.8 - Banheiro de empregada<br />

Piso - cerâmica<br />

Parede - azulejo branco até o teto<br />

Teto - forro de gesso - pintura plástica<br />

Esquadrias - porta de madeira - semi-oca - pintura a óleo<br />

Ferragens - cromadas


Equipamentos - louças - marcas recomendadas<br />

Vidros - canelado<br />

metais - cromados<br />

V - Cobertura<br />

V.l - Casa de bombas de incêndio<br />

Piso - cimentado liso<br />

Parede - emboço paulista - caiação<br />

Teto - emboço paulista - caiação<br />

Esquadrias - porta tipo corta-fogo<br />

alumínio anodizado fosco<br />

Vidros - canelado<br />

V.2 - Casa de máquinas de elevadores<br />

Piso - cimentado liso<br />

Parede - emboço paulista - caiação<br />

Teto - emboço paulista - caiação<br />

Esquadrias - porta tipo corta-fogo<br />

alumínio anodizado fosco<br />

Vidros - canelado<br />

VI - Apartamento do zelador<br />

VI.1 - Sala<br />

Piso - tábua corrida em madeira de lei<br />

Parede - emboço paulista - pintura plástica<br />

Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />

Esquadrias - alumínio anodizado fosco<br />

porta de madeira - semi-oca - pintura a óleo<br />

Ferragens - cromadas<br />

Vidros - canelado<br />

VI.2 - Banheiro<br />

Piso - cerâmica<br />

Parede - azulejo branco até o teto<br />

Teto - emboço paulista - pintura plástica


Esquadrias - alumínio anodizado fosco<br />

porta de madeira - semi-oca - pintura a óleo<br />

Ferragens - cromadas<br />

Vidros - canelado<br />

Equipamentos - louças - marcas recomendadas<br />

metais - cromados<br />

VI.3 - Cozinha<br />

Piso - cerâmica<br />

Parede - azulejo branco até o teto<br />

Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />

Esquadrias - alumínio anodizado fosco<br />

porta cie madeira - semi-oca - pintura a óleo<br />

Ferragens - cromadas<br />

Vidros - canelado<br />

Equipamentos - banca de mármore branco nacional<br />

metais - cromados<br />

VI.4 - Área de serviço<br />

Piso - cerâmica<br />

Paredes - azulejo branco até o teto<br />

Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />

Equipamentos - louça - marca recomendada<br />

metais - cromados


5<br />

Orçamento<br />

da construção<br />

por estimativas<br />

O orçamento da obra é uma das primeiras informações que o empreendedor<br />

deseja conhecer ao estudar determinado projeto. Seja um empreendimento com<br />

fins lucrativos ou não, sabemos que a construção implica gastos consideráveis e<br />

por isso mesmo elevem ser determinados, já que, em função de seu valor, o empreendimento<br />

estudado será viável ou não.<br />

Muitas empresas fazem o estudo de viabilidade do empreendimento ainda com<br />

o projeto arquitetônico em fase de anteprojeto, com as especificações técnicas e<br />

de acabamentos por serem totalmente definidas e ainda com os projetos complementares<br />

(estrutura, instalações especiais) por fazer.<br />

Nestes casos, é praticamente impossível executar um bom orçamento detalhado.<br />

Além disso, nem há tempo hábil para tal, uma vez que em poucos dias o<br />

empreendimento ou parle dele precisa ser comercializado.<br />

Em face deste problema, procura-se criar uma alternativa a fim de que o empresário<br />

não fique desprovido de informações importantes para o estudo de viabilidade<br />

econômica do empreendimento. Executa-se, portanto, o que chamamos de<br />

orçamento por estimativas.<br />

O orçamento por estimativas nada mais é que um orçamento simplificado da<br />

obra. Ele tem como objetivo obter o custo de construção da obra levando em<br />

conta apenas os ciados técnicos que ela possa dispor, assim como obter os resultados<br />

em tempo consideravelmente inferior ao que seria obtido, caso fosse executado<br />

o orçamento detalhado.<br />

Naturalmente que, em contrapartida, o fato de o orçamento por estimativas<br />

não poder dispor, e considerar vários aspectos de ordem técnica por não estarem<br />

ainda definidos, leva o trabalho a uma margem de incerteza que deve ser levada<br />

em conta no estudo de viabilidade do empreendimento.<br />

Várias são as alternativas viáveis de orçamento por estimativas para o cálculo<br />

do custo da construção. Citaremos duas formas possíveis de serem obtidos os<br />

custos da construção por orçamentos expeditos. São elas:<br />

a - Cálculo simplificado, obtido pelo custo unitário do metro quadrado da construção:


Trata-se de um orçamento estimativo, obtido através da multiplicação de dois<br />

fatores:<br />

1Área equivalente de construção: É a somatória das áreas equivalentes de<br />

todos os pavimentos da construção. As áreas reais da obra nem sempre têm o<br />

mesmo padrão de especificação, como por exemplo o estacionamento e a<br />

sala dos apartamentos. A Norma Brasileira revisada, NBR 12721 (Avaliação<br />

de custos unitários e preparo de orçamento de construção para incorporação<br />

de edifício em condomínio), antiga NB 140, estabelece critérios para o cálculo<br />

de transformação de áreas reais de padrões diferentes em áreas equivalentes<br />

correspondentes a um mesmo padrão.<br />

2.°) Custo unitário do metro quadrado de construção: É o custo unitário obtido<br />

cie revistas técnicas, sindicatos da construção e empresas de consultoria,<br />

que fornecem mensalmente o custo por metro quadrado de área equivalente<br />

de construção para os diversos casos de edificação, inclusive para os variados<br />

padrões de especificação. De acordo com o disposto no item 4.2.3.4 da<br />

NBR 12721, até o dia 5 de cada mês os Sindicatos Estaduais de Construção<br />

Civil divulgarão os valores dos Custos Unitários Básicos, correspondentes<br />

aos diversos projetos-padrão.<br />

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Município do Rio cie janeiro apresenta<br />

os Custos Unitários da construção de projetos-padrão com um, quatro, oito e 12<br />

pavimentos, para apartamentos de dois e três quartos nos padrões baixo, normal e alto.<br />

Exemplo:<br />

Um empreendimento é composto de:<br />

- pavimento de acesso<br />

- 1.72.° pavimentos-tipo<br />

- cobertura<br />

- casa de máquinas<br />

A edificação apresenta uma área real total de 2.356 m 2 e uma área equivalente<br />

de construção correspondente a 1.885 rn 2 , e tem um total de 12 unidades residenciais.<br />

Sabendo-se que o custo por metro quadrado de área equivalente de construção<br />

para o padrão correspondente a este empreendimento é de R$ 1.200,00/m 2<br />

(um mil e duzentos reais por metro quadrado em outubro de 2003), calcular o


valor do custo da construção desta edificação. Qual é o custo médio de construção<br />

por apartamento?<br />

Solução:<br />

1° ) Área Equivalente de Construção: 1.885 m 2<br />

2 o ) Custo por metro quadrado de construção: R$ 1.200,00/m 2<br />

- Custo da construção total:<br />

1.885 m 2 x R$ 1.200,00/m 2 = R$ 2.262.000,00<br />

- Custo médio por apartamento:<br />

R$ 2.262.000,00/12 apartamentos = RS 188.500,00 por apartamento.<br />

b - Orçamento por estimativas, segundo os principais itens e serviços de construção:<br />

Trata-se de um orçamento estimativo, levando-se em conta os principais serviços<br />

de construção, calculando-se seus custos de maneira simplificada e rápida.<br />

Neste caso, faz-se necessário um arquivo com valores unitários históricos e atuais<br />

de determinados serviços, a fim de que os cálculos unitários não sejam trabalhosos<br />

pois, caso contrário, tal solução não atenderá aos objetivos desejados.<br />

Entre outros, podemos dar o seguinte tratamento para a obtenção do orçamento<br />

estimativo:<br />

1 - Projetos<br />

O cálculo deste item pode ser obtido através da multiplicação da área real total da<br />

construção pelo custo por metro quadrado dos projetos.<br />

2 - Instalação da obra<br />

O cálculo estimado do custo deste item pode ser obtido através da área total do<br />

terreno multiplicada pelo custo unitário desta mesma área.<br />

3 - Serviços gerais<br />

O valor estimado do custo de serviços gerais pode ser obtido através cio custo<br />

unitário mensal do item pelo prazo total da obra.<br />

4 - Trabalhos em terra<br />

Pode ser estimado com base numa estimativa em volume cie escavação mecânica<br />

multiplicado pelo preço unitário do metro cúbico de escavação.


5 - Fundação<br />

O valor estimado para o custo deste item pode ser obtido através do custo unitário<br />

de concreto armado multiplicado pelo volume estimado de concreto para fundação.<br />

6 - Estrutura<br />

Assim como no item Fundação, o custo em estrutura pode ser obtido da multiplicação<br />

do custo unitário do metro cúbico de concreto pelo valor estimativo do<br />

volume total da estrutura.<br />

7 - Instalações<br />

O valor estimado deste item pode ser obtido pela multiplicação do número de<br />

unidades existentes em projeto pelo valor unitário de instalações (material e mãode-obra)<br />

correspondente à unidade. Caso haja elevadores, pode-se calcular o custo<br />

unitário da parada de elevador multiplicado pelo número de paradas existentes.<br />

8 - Alvenaria<br />

O cálculo do valor estimativo de alvenaria pode ser feito através da multiplicação<br />

do custo unitário de alvenaria pelo quantitativo estimado.<br />

9 - Cobertura<br />

O cálculo do custo deste item pode ser feito através do custo unitário do serviço<br />

multiplicado pela quantidade estimada.<br />

10- Tratamentos<br />

Assim como no item Cobertura, o cálculo estimado para a obtenção dos custos<br />

de tratamentos se faz através da multiplicação do custo unitário do serviço pela<br />

quantidade estimada.<br />

11 - Esquadrias<br />

Obtém-se o valor estimado do serviço através das estimativas de quantidades<br />

multiplicadas por seus respectivos custos unitários.<br />

12 - Revestimentos<br />

O cálculo de estimativa deste item pode ser feito através de estimativas de<br />

quantidades multiplicadas por seus respectivos custos unitários. Outra alternativa<br />

é a de ser comparada a custos de outros serviços, levando-se em conta a proporção<br />

de custos, como por exemplo as esquadrias.


13 - Pavimentação<br />

O valor estimativo de custos deste item pode ser obtido através da estimativa<br />

de quantidades multiplicadas pelos correspondentes custos unitários.<br />

14 - Rodapé, soleira e peitoril<br />

Uma alternativa possível para estimativa de seu custo é através da avaliação de<br />

um percentual de custos em relação a outros serviços, por exemplo, pavimentação.<br />

15 - Ferragens<br />

Pode-se calcular o custo deste item pela multiplicação do número de unidades<br />

do empreendimento pelo seu custo unitário.<br />

16 - Pintura<br />

Calcula-se o valor estimativo de pintura, multiplicando-se o preço por unidade<br />

do serviço pelo total de unidades do empreendimento.<br />

17-Vidros<br />

Multiplicando-se a quantidade total de vidros pelos custos unitários correspondentes,<br />

obtemos, portanto, o seu custo estimado.<br />

18 - Aparelhos<br />

O cálculo do custo pode ser obtido pela multiplicação do custo de aparelhos por<br />

apartamento pelo número de unidades do empreendimento.<br />

19 - Complementação<br />

Em função do padrão da obra estima-se uma verba para as despesas com<br />

complementação da obra.<br />

20 - Limpeza<br />

Para a avaliação deste serviço multiplica-se o número de unidades do empreendimento<br />

pelo custo de limpeza por apartamento.<br />

21 - Remuneração da construtora<br />

Quando não fornecido, o percentual de remuneração em relação ao custo da<br />

construção é estimado em função da área da obra, do porte da construtora e do<br />

volume de dinheiro envolvido.


Exemplo:<br />

Seja um prédio com as seguintes áreas reais:<br />

Térreo - 500 m 2<br />

Pilotis - 300 m 2<br />

1ao 5.° tipo - 250 m 2 (três apartamentos com sala e dois quartos por andar)<br />

Telhado-250 m 2<br />

Considerando ainda que:<br />

1 - O item Projetos custa R$ 18,00/m 2 de área real.<br />

2 - O item Instalações da obra custa R$ 60,00/m 2 de área do terreno.<br />

3 - O Prazo da obra é de 20 meses e o custo de Serviços Gerais é cie R$<br />

11.000,00/mês.<br />

4 - A Escavação Mecânica (trabalhos em terra) será executada até 1,50 metros<br />

de profundidade cio nível do terreno, em 80% de sua área.<br />

5 - O volume da fundação direta é de 25% da área do terreno.<br />

6 - A laje média da estrutura é 0,18. O total da área estrutural é de 1.800,00 m 2 .<br />

7 - O custo dos materiais e da mão-de-obra de instalações é de R$ 15.000,00/<br />

apartamento. O prédio tem 14 paradas de elevadores.<br />

8 - O projeto apresenta um consumo cie alvenaria da ordem de 250 m 2 meia<br />

vez por apartamento.<br />

9 - A cobertura será executada 80% de sua área em madeiramento e telhamento<br />

fibrocimento.<br />

10 - A área a ser impermeabilizada representa 25% da área total real do prédio.<br />

11 - O prédio apresenta o seguinte consumo de esquadrias:<br />

- 13 portas por apartamento.<br />

- 20 m 2 de esquadrias de alumínio por apartamento.<br />

12 - O revestimento do prédio representa cerca de 100% a mais que o valor<br />

das esquadrias.<br />

13 - A área a ser pavimentada (pavimentação) apresenta uma metragem da<br />

ordem de 140 m 2 por apartamento.<br />

14 - Rodapé, soleira e peitoril representam 20% do custo da pavimentação.<br />

15 - O custo de ferragens é de R$ 1.000,00 por apartamento.<br />

16 - A pintura tem um custo de R$ 6.800,00 por apartamento.<br />

17 - Os vidros apresentam um consumo de 20,00 m 2 por apartamento.<br />

18 - O valor de louças e metais é de aproximadamente R$ 3.500,00 por apartamento.


19 - Estima-se uma verba de serviços complementares da ordem de R$ 45.000,00.<br />

20 - A limpeza final apresenta um custo de R$ 600,00 por apartamento.<br />

21 - A remuneração da construtora é 15% do valor total da obra.<br />

22 - Data-Base: outubro de 2003.<br />

Pergunta-se:<br />

1 - Qual o total por item de serviço?<br />

2 - Quanto custa a obra?<br />

3 - Qual seu custo/m 2 , levando-se em conta que a área equivalente de construção<br />

é cerca de 80% da área real?<br />

4 - Quais os percentuais de cada um dos serviços em relação ao total da obra?<br />

Dados complementares:<br />

1 - Custo/m 3 de escavação mecânica: R$ 13,00/m 3 .<br />

2 - Custo/m 3 de fôrma, concreto e armação para fundação: R$ 630,00/m 3 .<br />

3 - Custo/m 3 de concreto, fôrma e armação para a estrutura: RS 795,00/m 3 .<br />

4 - A composição de alvenaria meia vez apresenta um custo de RS 17,70/m 2 .<br />

5 - O custo de madeiramento e telhamento de fibrocimento é de RS 37,00/m 2 .<br />

6 - Custo por m 2 de impermeabilização: R$ 29,00/m 2 .<br />

7 - Os preços médios para esquadrias são:<br />

- Portas: RS 200,00 por unidade.<br />

- Esquadria de alumínio: RS 275,00 por metro quadrado.<br />

8 - Cada parada do elevador custa RS 7.000,00.<br />

9 - O preço médio de pisos por metro quadrado é de RS 40,00/m 2 .<br />

10 - O preço unitário do vidro é de RS 37,00 por metro quadrado.<br />

Solução:<br />

Quesito 1:<br />

1 - Projetos:<br />

Custo unitário: RS 18,00/m 2<br />

Área real total:<br />

500 m 2 - térreo<br />

300 m 2 - pilotis<br />

5 x 250 m 2 - 1 o ao 5 o tipo<br />

250 m 2 - telhado<br />

2.300,00 m 2 -total


Custo de projetos = RS 18,00/m 2 x 2.300 m 2 = R$ 41.400,00<br />

2 - Instalações da obra:<br />

Área real total do terreno: 500 m 2<br />

Custo unitário : R$ 60,00/m 2<br />

Custo de instalações da obra: 500,00 m 2 x R$ 60,00/m 2 = R$ 30.000,00<br />

3 - Serviços Gerais:<br />

Custo unitário : R$ 11.000,00/mês<br />

Prazo da obra: 20 meses<br />

Custo de Serviços Gerais = RS 11,000,00/mês x 20 meses = RS 220.000,00<br />

4 - Trabalhos em Terra:<br />

Volume de escavação: 1,5 metros x 500 m 2 terreno x 80% = 600 m 3 .<br />

Custo/m 3 escavação: RS 13,00/m 3<br />

Custo de Trabalho em Terra: RS 13,00/m 3 x 600 m 3 = RS 7.800,00<br />

5 - Fundação:<br />

Volume de concreto: 25% x 500 m 2 = 125 m 3<br />

Custo unitário para fundação: R$ 630,00/m 3<br />

Custo de Fundação: 125 m 3 x RS 630,00/m 3 = R$ 78.750,00<br />

6 - Estrutura:<br />

Volume de concreto: 0,18 m x 1.800 m 2 = 324,00 m 3<br />

Custo por m 3 de concreto armado: R$ 795,00/m 3<br />

Custo de Estrutura: 324 m 3 x RS 795,00/m 3 = R$ 257.580,00<br />

7 - Instalações:<br />

Custo do material e mão-de-obra por unidade: RS 15.000,00/apartamento.<br />

Total de apartamentos: 5 pavimentos x 3 apartamentos/pavimento = 15 apartamentos.<br />

Número de parada de elevadores: 14.<br />

Custo de elevadores por parada: RS 7.000,00/parada<br />

Custo de instalações: RS 15.000,00/apartamento x 15 apartamentos + 14 paradas<br />

x R$ 7.000,00/parada = RS 323.000,00


8 - Alvenaria:<br />

Quantidade de alvenaria: 250 m 2 /apartamento x 15 apartamentos = 3.750 m 2<br />

Custo unitário da alvenaria: R$ 17,70/m 2<br />

Custo de Alvenaria: 3.750 m 2 x R$ 17,70/m 2 = R$ 66.375,00<br />

9 - Cobertura:<br />

Quantidade de telhamento: 80% x 250 m 2 = 200 m 2<br />

Custo de telhamento: R$ 37,00/m 2<br />

Custo da Cobertura: 200 m 2 x R$ 37,00/m 2 = R$ 7.400,00<br />

10- Tratamentos:<br />

Quantidade de impermeabilização: 0,25 x 2.300 = 575 m 2<br />

Custo unitário de impermeabilização: R$ 29,00/m 2<br />

Custo de Impermeabilização: 575 m 2 x R$ 29,00/m 2 = R$ 16.675,00<br />

11- Esquadrias:<br />

Quantidade de esquadrias:<br />

a - 13 portas/apartamento x 15 apartamentos = 195 portas<br />

b - 20 m 2 de esquadrias de alumínio/apartamento x 15 apartamentos = 300 m 2<br />

esquadrias<br />

Custos unitários:<br />

-portas: R$ 200,00/unid.<br />

- esquadria de alumínio: R$ 275,00/m 2<br />

Custos de Esquadrias: 195 portas x R$ 200,00/unidade + 300 m 2 esquadrias x R$<br />

275,00/m 2 = R$ 121.500,00.<br />

12 - Revestimentos:<br />

Valor da esquadria: R$ 121.500,00<br />

Custo de Revestimento: 2 x R$ 121.500,00 = R$ 243.000,00<br />

13 - Pavimentação:<br />

Quantidade de pavimentação: 140 m 2 /unid. x 15 unidades = 2.100 m 2<br />

Custo unitário de pavimentação: R$ 40,00/m 2<br />

Custo de Pavimentação: 2.100 m 2 x R$ 40,00/m 2 = R$ 84.000,00


14 - Rodapé, soleira e peitoril:<br />

Valor da pavimentação: R$ 84.000,00<br />

Custo de rodapé, soleira e peitoril: 20% x R$ 84.000,00 = R$ 16.800,00<br />

15 - Ferragens:<br />

Quantidade: 15 unidades<br />

Custo/unidade: RS 1.000,00/unidade<br />

Custo de Ferragens: 15 unidades x RS 1.000,00/unid. = R$ 15.000,00<br />

16 - Pintura:<br />

Quantidade: 15 apartamentos<br />

Custo unitário: RS 6.800,00/apartamento.<br />

Custo de Pintura: 15 apart. x RS 6.800,00/apart. = R$ 102.000,00<br />

17 - Vidros:<br />

Quantidade de vidros: 15 unidades x 20 m 2 /apart. = 300 m 2<br />

Custo unitário do vidro: R$ 37,00/m 2<br />

Custo do Vidro: 300 m 2 x RS 37,00/m 2 = R$ 11.100,00<br />

18 - Aparelhos:<br />

Quantidade: 15 unidades<br />

Custo/apartamento: R$ 3.500,00/apartamento<br />

Custo de aparelhos: 15 unidades x RS 3.500/unid = R$ 52.500,00<br />

19 - Complementação:<br />

Custo de complementação: RS 45.000,00<br />

20 - Limpeza:<br />

Quantidade: 15 apartamentos<br />

Custo unitário: RS 600,00/apart.<br />

Custo de Limpeza: 15 apart. x RS 600,00/apart. = RS 9.000,00<br />

21- Remuneração da Construtora:<br />

Valor total da obra = Somatório dos Serviços = RS 1.748.880,00<br />

Percentual de remuneração: 15%<br />

Valor de Remuneração da Construtora: 15% x R$ 1.748.880,00 = RS 262.332,00


Quesito 2<br />

Custo global da obra: R$ 1.748.880,00 + 262.332,00 = R$ 2.011.212,00<br />

Quesito 3<br />

Área equivalente de construção: 80% x 2.300 m 2 = 1.840 m 2<br />

Custo global da obra: R$ 2.011.212,00<br />

Custo da obra por m 2 de construção: R$ 2.011.212,00/1.840 m 2 = R$ 1.093,05/m 2 .<br />

Item Valor %<br />

Quesito 4<br />

1 - Projeto: R$41.400,00 2,37<br />

2 - Instalações da obra: R$30.000,00 1/72<br />

3 - Serviços gerais: R$ 220.000,00 12,58<br />

4 - Trabalhos em terra: R$ 7.800,00 0,45<br />

5 - Fundações: R$ 78.750,00 4,50<br />

6 - Estrutura: R$257.580,00 14,73<br />

7 - Instalações: R$323.000,00 18,47<br />

8 - Alvenaria: R$66.375,00 3,80<br />

9 - Cobertura: R$ 7.400,00 0,42<br />

10 - Tratamentos: R$ 16.675,00 0,95<br />

11 - Esquadrias: R$ 121.500,00 6,95<br />

12 - Revestimentos: R$243.000,00 13,89<br />

13 - Pavimentações: R$ 84.000,00 4,80<br />

14 - Rodapé, soleira e peitoril: R$ 16.800,00 0,96<br />

15 - Ferragens: R$15.000,00 0,86<br />

1 6 - Pintura: R$ 102.000,00 5,83<br />

17-Vidros: R$11.100,00 0,63<br />

18 - Aparelhos: R$52.500,00 3,00<br />

19 - Complementação: R$45.000,00 2,57<br />

20 - Limpeza: R$ 9.000,00 0,51<br />

Subtotal R$ 1.748.880,00 100<br />

Com a finalidade de possibilitar que o leitor se utilize de informações práticas<br />

com base na elaboração de orçamento detalhado de edificações, apresentamos os<br />

seguintes anexos:


ANEXO I<br />

Custos unitários/m 2 de área equivalente de construção<br />

Padrão R$/m 2<br />

Baixo 500,00 a 700,00<br />

Normal 701,00 a 900,00<br />

Normal/alto 901,00 a 1.100,00<br />

Alto 1.101,00 a 1.700,00<br />

Comercial 1.000,00 a 2.200,00<br />

Comentários:<br />

- O quadro anexo I foi elaborado com base em orçamentos para a cidade do<br />

Rio de Janeiro.<br />

- O custo-base é de outubro de 2003.<br />

- Observações:<br />

Os valores informados pretendem apenas fornecer aos leitores valores obtidos<br />

com base em orçamentos elaborados detalhadamente ao longo de 2003, para fins<br />

de orçamentos por estimativas.<br />

Exemplo:<br />

Seja uma edificação residencial multifamiliar, formada por pavimento térreo,<br />

pav. garagem elevada, pav. uso comum. 1 o a 5 o pavimento-tipo e pav. de telhado.<br />

A edificação apresenta como área real total 2.616 m 2 e área equivalente de construção<br />

2.051 m 2 . Cada pavimento-tipo contém dois apartamentos com sala, três<br />

quartos, dois banheiros sociais, varanda, cozinha, área de serviço, quarto e w.c. de<br />

empregada. Sabendo-se que o padrão de especificação de acabamentos é normal/<br />

alto, pede-se:<br />

1) Custo estimativo global da obra;<br />

2) Custo por apartamento.<br />

Solução:<br />

Tomando-se como base o mês de outubro de 2003, temos:<br />

(a) Custo por m 2 padrão normal/alto: R$ 901,00/m 2 a R$ 1.100,00/m 2<br />

(b) Número de apartamentos: 2x5 = 10 unidades.


(1) Custo Global Estimado:<br />

- Área equivalente de construção da obra: 2.051,00 m 2<br />

- Custo/m 2 médio padrão normal/alto: (901,00 + 1.100,00)/2 = RS 1.000,50/m 2<br />

- Custo global: R$ 1.000,50/m 2 x 2.051 m 2 = R$ 2.052.025,50<br />

(2) Custo por apartamento: RS 2.052.025,50/10 unidades = R$ 205.202,55/unid.<br />

ANEXO II<br />

Quadro percentual incidente de custo por serviço principal:<br />

Descrição do serviço Percentual de custo (%)<br />

Projetos 1,60 a 2,70<br />

Instalação da obra 2,20 a 4,40<br />

Serviços gerais 8,00 a 13,00<br />

Trabalhos em terra 0,50 a 1,00<br />

Fundação 4.50 a 6,50<br />

Estrutura 14,00 a 19,00<br />

Instalações 12,00 a 17,00<br />

Alvenaria 3,30 a 6,50<br />

Cobertura 0,60 a 1,10<br />

Tratamentos 1,00 a 2,70<br />

Esquadrias 5,50 a 7,50<br />

Revestimentos 8,50 a 14,00<br />

Pavimentação 4,50 a 7,50<br />

Rodapé, soleira e peitoril 0,80 a 1,60<br />

Ferragens 0,80 a 1,50<br />

Pinturas 2,20 a 4,40<br />

Vidros 1,00 a 2,20<br />

Aparelhos 2,70 a 5,50<br />

Complementação 0,50 a 0,90<br />

Limpeza 0,15 a 0,45<br />

Observações:<br />

- Os percentuais de custos dos serviços representam a parcela de custo do<br />

serviço em relação ao custo total da obra.


- Os índices foram obtidos com base em cerca de 100 orçamentos detalhados<br />

de edificações, dos mais diversos padrões de acabamentos de obras da cidade do<br />

Rio de Janeiro, no período de 1982 a 1985.<br />

Várias são as possibilidades de utilização destes percentuais para o planejamento<br />

de custos das obras. Uma delas á a previsão de custo de construção a curto,<br />

médio e longo prazo.<br />

Exemplo:<br />

Aproveitando os resultados do exemplo anterior, e sabendo que nos seis primeiros<br />

meses de obra o cronograma íísico-financeiro da obra indica a execução de:<br />

Projetos 100%<br />

Instalações da obra 100%<br />

Serviços gerais 30%<br />

Trabalhos em terra 100%<br />

Fundação 100%<br />

Estrutura 80%<br />

Instalações 30%<br />

Calcular, com base na média dos pesos do anexo II, o gasto no final do 6.° mês,<br />

por serviço.<br />

Solução:<br />

Custo global da obra: R$ 2.052.025,50<br />

(a)<br />

(b)<br />

Descrição dos Serviços % média de custo % cronograma a x b x custo glolwl<br />

Projetos 2,15 100 44.118,55<br />

Instalações da obra 3,30 100 67.716,84<br />

Serviços gerais 10,50 30 64.638,80<br />

Trabalhos em terra 0,75 100 15.390,19<br />

Fundação 5,50 100 112.861,40<br />

Estrutura 16,50 80 270.867,37<br />

Instalações 14,50 30 89.263,11<br />

Total: R$664.856,26<br />

O valor previsto, ao final do 6° mês, corresponde a 32,40% do custo global da obra.


ANEXO III<br />

Quadro percentual incidente de custo por serviço principal:<br />

1995 e 1996 2002 e 2003<br />

Descrição dos serviços Percentual de custo (%) Percentual de custo (%)<br />

Projetos 2,00 a 4,00 2,30 a 4,40<br />

Instalações da obra 2,00 a 4,00 2,20 a 4,00<br />

Serviços gerais 10,00 a 20,00 12,00 a 24,00<br />

Trabalhos em terra 0,70 a 2,00 0,30a 1,60<br />

Fundação 4,00 a 7,50 3,00 a 8,00<br />

Estrutura 14,00 a 19,00 11,50 a 20,50<br />

Instalações 12,00 a 18,00 10,00 a 15,00<br />

Alvenaria 3,00 a 6,00 3,00 a 4,00<br />

Cobertura 0,30 a 1,00 0,30 a 1,00<br />

Tratamentos 1,00 a 3,00 1,20 a 3,50<br />

Esquadrias 5,50 a 8,00 4,00 a 9,00<br />

Revestimentos 8,00 a 12,00 8,00 a 14,00<br />

Pavimentação 4,00 a 7,50 4,00 a 7,40<br />

Rodapé, soleira e peitoril 0,50 a 1,50 1,20 a 2,70<br />

Ferragens 0,30 a 0,80 0,20 a 0,50<br />

Pinturas 2,50 a 5,00 2,20 a 4,30<br />

Vidros 0,50 a 2,50 0,50 a 2,20<br />

Aparelhos 2,00 a 3,50 1,20 a 3,30<br />

Complementação 0,50 a 1,50 0,40 a 2,50<br />

Limpeza 0,40 a 0,80 0,20 a 0,70<br />

Observações:<br />

- Os percentuais de custos dos serviços representam a parcela de custo do<br />

serviço em relação ao custo total da obra.<br />

- Os índices foram obtidos com base em vinte orçamentos detalhados de<br />

edificações dos mais diversos padrões de acabamentos de obras da cidade do Rio<br />

de janeiro em 1995 e 1996 e em treze orçamentos detalhados em 2002 e 2003.


6<br />

Controle dos serviços de<br />

construção<br />

O controle dos serviços de construção, assim como o planejamento, é de suma<br />

importância para o sucesso do empreendimento. Ele requer do profissional que exercerá<br />

o papel de controlador um bom conhecimento dos diversos serviços que irá controlar.<br />

Quando isto não for possível, o profissional deverá buscar informações junto às técnicas<br />

gabaritadas, subsídios a fim de que não se deixem passar certos detalhes que possam<br />

afetar consideravelmente a eficiência do controle. Antes que efetivamente se comece a<br />

controlar, é necessário que o serviço já esteja devidamente detalhado, através do planejamento<br />

previamente elaborado, permitindo uma seleção de prioridades e importâncias<br />

no controle. Quando não há esta preocupação, muitas vezes os profissionais se perdem<br />

em controles minuciosos, que trarão pouco ou nenhum benefício.<br />

Muitos são os métodos possíveis de controle. Em geral não existe um "pacote"<br />

prefixado de como adotar o sistema ideal de controle. Cada serviço, em cada caso<br />

ou em cada empresa, poderá ter uma maneira própria de ser controlado. E a resolução<br />

da maneira mais apropriada de controle deve ser aquela que puder resultar<br />

em respostas mais precisas às questões formuladas. Nem sempre o melhor sistema<br />

de controle é aquele mais minucioso, cheio de informações.<br />

Com o advento dos computadores eletrônicos, os sistemas de controle se desenvolveram<br />

consideravelmente. Os computadores permitem reduzir, em segundos<br />

ou minutos, dezenas ou centenas de horas de trabalho de profissionais, com<br />

precisões difíceis de serem superadas. Em contrapartida, as empresas passam a<br />

depender destas máquinas e cie suas manutenções.<br />

O controle dos serviços deve ser muito bem interligado ao planejamento correspondente,<br />

pois um sempre estará assessorando o outro. O controle somente poderá<br />

ser bem-feito se o planejamento correspondente tiver sido elaborado corretamente.<br />

Como já foi dito anteriormente, para um bom controle deve-se conhecer tudo o que<br />

acontece em torno dos serviços a controlar. Portanto, elevem ser conhecidas as<br />

especificações técnicas e de acabamentos, os projetos, o orçamento detalhado, o<br />

cronograma físico-financeiro e o de execução, os detalhes construtivos e outros elementos<br />

que porventura possam afetar direta ou indiretamente o andamento ou custo da obra.


O controle tem um papel importante a cumprir junto ao planejamento, que é o<br />

de, em tempo e hora, fornecer os subsídios físico-financeiros para a análise do<br />

serviço. Isto permite que, caso haja algo funcionando mal, possa ser sanado em<br />

pouco tempo, não permitindo que este mal prossiga até o final do serviço e que<br />

possa trazer resultados negativos.<br />

O projeto de canteiro de obra, ferramenta que deve ser desenvolvida ainda em<br />

fase de planejamento, tem grande influência nos resultados obtidos pelo controle.<br />

Um canteiro bem organizado propicia uma redução nas perdas de materiais, tão<br />

comuns em transportes e estocagens. Propicia também uma otimização de gastos<br />

de horas de mão-de-obra em transportes de materiais e deslocamentos em frentes<br />

de trabalho. Quando não há o projeto ou quando este é mal elaborado, os resultados<br />

dos serviços, quase sempre, ao findar a obra, ficam meio obscuros e os analistas<br />

não conseguem enxergar os motivos dos excessos (perdas de materiais e horas<br />

a mais de operários), o que pode provocar análises distorcidas.<br />

O controle dos serviços requer quase sempre desmembramentos em:<br />

a) Materiais que serão utilizados na execução dos serviços.<br />

b) Os equipamentos auxiliares para execução.<br />

c) As ferramentas de trabalho dos operários.<br />

d) A mão-de-obra necessária à execução.<br />

e) O prazo de execução do serviço.<br />

f) Considerações sobre o método de trabalho empregado.<br />

g) A quantidade produzida do serviço.<br />

h) Os custos correspondentes a cada insumo.<br />

Para que o controle possa ser eficiente, é necessário que a obra disponha de<br />

condições favoráveis à obtenção criteriosa dos itens discriminados anteriormente.<br />

Caso isto não ocorra, corre-se o risco de as informações não serem de todo confiáveis.<br />

Chamamos de condições favoráveis o apoio incondicional da diretoria da empresa,<br />

do setor de produção propriamente dito, da capacidade profissional dos<br />

elementos que trabalharão diretamente no controle e a organização nas apropriações<br />

dos serviços.<br />

A) MATERIAIS DE UTILIZAÇÃO NOS SERVIÇOS<br />

Os materiais de utilização serão definidos e especificados ainda em fase de<br />

planejamento do empreendimento. Os insumos serão levantados segundo os lo-


cais especificados, para a utilização no planejamento e controle. De posse do<br />

material quantificado, monta-se um quadro do qual poderão constar:<br />

Previsão<br />

- previsão orçamentária da quantidade.<br />

- previsão das datas de inicio e término do serviço.<br />

- previsão do prazo do serviço.<br />

Execução<br />

- quantidade efetivamente executada.<br />

- as datas de início e término reais do serviço.<br />

- o prazo efetivamente utilizado para execução do serviço.<br />

Exemplo:<br />

Analisar a situação do material azulejo, de acordo com o quadro adiante discriminado:<br />

Análise:<br />

1 A obra gastou 550 m 2 de azulejo contra 500 m 2 previstos em orçamento. Isto<br />

corresponde a um consumo de 10% superior ao previsto.<br />

2.°) O serviço teve início na mesma data que o previsto. Quanto ao término, a<br />

obra levou dez dias a menos que o previsto, que corresponde a cerca de 11%.<br />

(Ver quadro comparativo de materiais.)<br />

B) EQUIPAMENTOS<br />

Para a previsão de utilização de equipamentos, o profissional responsável deve<br />

selecionar ainda em fase de planejamento os equipamentos que melhor seriam aproveitados<br />

para a execução dos serviços. O controle físico é feito de maneira similar ao<br />

dos materiais, ou seja, por meio de comparações entre o planejado e o executado do<br />

quantitativo físico, das datas de início e término e finalmente do prazo de execução.<br />

Na fase de planejamento, é muito importante que o profissional encarregado<br />

de estudar os equipamentos que serão utilizados nos serviços tenha conhecimento<br />

da potencialidade de cada equipamento a fim de que se possa otimizar os serviços<br />

e possibilitar uma redução em prazos e custos.<br />

C) FERRAMENTAS<br />

Da mesma forma que os equipamentos, a seleção das ferramentas deverá ser feita


PLANEJAMENTO<br />

REAL<br />

Descrição Quantidade Início Término Prazo Descrição Quantidade Início Término Prazo<br />

Azulejo 500 m 2 01.11.03 30.01.04 90 dias Azulejo 550 m 2 01.11.03 20.01.04 80 dias


por profissional que conheça as possibilidades e aproveitamentos que cada ferramenta<br />

proporciona. A cada período novas ferramentas e métodos de trabalho surgem no mercado.<br />

É importante estar atento para este avanço tecnológico. Verificamos muitas vezes<br />

diferenças gritantes entre métodos e materiais de trabalho, num mesmo serviço, entre<br />

empresas de mesmo porte. E isto se deve exatamente a diferenças de importância entre<br />

empresas, na pesquisa de novas alternativas de execução.<br />

D) MÃO-DE-OBRA<br />

Este é um item que além de ter um peso de custos bastante considerável em<br />

relação ao empreendimento, muito pode ser feito pela otimização e controle. A<br />

mão-de-obra nos serviços de construção possibilita, em certas ocasiões, bons resultados<br />

práticos nos custos dos serviços, mas em proporção muitas vezes superior, os<br />

gastos são maiores, provocando até o comprometimento da viabilidade econômica<br />

do empreendimento.<br />

Na realidade, o problema todo se resume em se estruturar, de tal ordem que,<br />

com um controle razoável da mão-de-obra, seja possível obter, em tempo e hora,<br />

as informações necessárias e a avaliação dos gastos. Se constatadas nas avaliações<br />

diferenças indesejadas, é possível que sejam corrigidas sem que estas deformações<br />

possam comprometer todo o trabalho.<br />

No quadro de controle, muito semelhante ao elaborado para materiais, devem<br />

constar:<br />

- previsão orçamentária da quantidade de horas consumidas por profissional.<br />

- previsão das datas de início e término do serviço.<br />

- previsão do prazo de duração do serviço.<br />

- quantidade de horas efetivamente gastas.<br />

- as datas de início e término reais do serviço.<br />

- o prazo efetivamente utilizado para execução.<br />

Exemplificamos a situação da mão-de-obra de colocação de azulejo, conforme<br />

o quadro adiante:<br />

Análise:<br />

1 A obra consumiu com ladrilheiro 1.300 horas, enquanto o orçamento previa<br />

1.250 horas. Isto corresponde a um consumo superior a 4% do previsto.<br />

2.°) A obra consumiu com ajudante 1.200 horas, enquanto o orçamento previa<br />

1.250 horas. Isto correspondeu a um consumo inferior a 4% cio previsto.


3.°) O serviço teve início na data prevista. Quanto ao término, a obra ficou<br />

pronta dez dias antes do previsto, o que corresponde a uma redução de prazo<br />

de cerca de 11 %.<br />

(Ver quadro comparativo da mão-de-obra.)<br />

E) PRAZO DE EXECUÇÃO<br />

O prazo de execução é um fator muito importante para o planejamento e o<br />

controle da construção. A cada serviço o profissional de planejamento avaliará<br />

as condições da atividade para determinar o prazo técnico compatível. O ideal<br />

é que a execução cumpra o serviço de acordo com o prazo técnico determinado.<br />

Na realidade, a execução do empreendimento está intimamente ligada a uma<br />

série de fatores não-técnicos, fazendo com que inúmeras vezes os prazos de<br />

execução não sejam os prazos técnicos obtidos. Podemos citar como exemplo as<br />

condições do mercado para compra e vencia de imóveis, disponibilidade de caixa<br />

do empreendedor, condições climáticas, condições políticas e outros.<br />

Se analisarmos somente do ponto de vista técnico, verificamos que ao ultrapassar<br />

o prazo técnico de execução possivelmente já estarão ocorrendo ociosidades e<br />

despesas não previstas, o cjue implicará um dispêndio financeiro maior.<br />

F) CONSIDERAÇÕES SOBRE O MÉTODO DE TRABALHO EMPREGADO<br />

Cada serviço da construção será executado segundo um metodologia de trabalho.<br />

Verificamos que a construção, assim como outras áreas produtivas, evoluiu com<br />

o passar do tempo. Vários tipos de métodos construtivos foram criados e são adotados<br />

amplamente. É necessário ficar atento a estas evoluções a fim de manter-se em dia<br />

com os novos métodos empregados. Dentro deste ponto de vista podemos dizer que<br />

as novas técnicas tendem a otimizar o trabalho, trazendo o barateamento de custos,<br />

simplificando soluções, reduzindo prazos e atendendo necessidades do mercado.<br />

As pesquisas de novos métodos podem ser feitas através de livros técnicos,<br />

revistas técnicas especializadas, visitas a fabricantes e empreiteiros, visitas e encontros<br />

com empresas da mesma atividade, participação em congressos e exposições,<br />

participação em cursos de reciclagem.<br />

G) A QUANTIDADE PRODUZIDA DO SERVIÇO<br />

Para se controlar a quantidade produzida por serviço, primeiro é necessário que se<br />

escolha um profissional que tenha condições de cumprir de forma eficiente a tarefa.<br />

Isto porque o controle de quantidade envolve algumas tarefas específicas, tais como:


Obra:<br />

Exemplo:<br />

Data-base:<br />

Quadro comparativo da mão-de-obra<br />

PLANEJAMENTO<br />

REAL<br />

Descrição Quantidade Início Término Prazo Descrição Quantidade Início Término<br />

Ladrilheiro 1.250 hs 01.11.03 30.01.04 90 dias<br />

Ajudante<br />

1.250hs<br />

Ladrilheiro 1.300 hs 01.11.03 20.01.04 80 dias<br />

Ajudante<br />

1.200 hs


- organização de planilha de controle por lotes, tais como compartimentos,<br />

apartamentos, pavimentos.<br />

- bom entrosamento com os elementos administrativos, tais como mestre, encarregado,<br />

apontador, almoxarife.<br />

- percorrer periodicamente a obra, indicando, seja em projeto ou no local, os<br />

serviços executados de tal forma que, ao final do serviço, estas indicações<br />

possam ser transformadas nas quantidades executadas reais. Na maioria das<br />

vezes, além das indicações de serviço, o profissional necessita informar também<br />

o operário que executou a tarefa e a respectiva data.<br />

- obter as quantidades desejadas em tempo hábil.<br />

- ser perseverante e preciso nas anotações dos serviços, pois o seu trabalho será<br />

a base para a avaliação dos resultados das execuções dos serviços.<br />

H) OS CUSTOS CORRESPONDENTES A CADA INSUMO<br />

Por se ter um controle efetivo dos serviços, é importante que se controlem os<br />

custos correspondentes. O controle é feito com base no controle contábil da obra.<br />

Todos os materiais e serviços terão um código numérico, segundo o plano de contas<br />

de construção, e serão lançados numa planilha contábil conforme o seu consumo.<br />

0 controle se dará através da comparação dos custos realmente gastos com os<br />

previstos em orçamento, levando-se em conta as correções correspondentes para a<br />

época. Além disso, o controle também é feito por meio da comparação entre o<br />

custo unitário de cada serviço, calculado através da divisão dos gastos pelas quantidades<br />

executadas, e os custos unitários de mercado, obtidos por informações de<br />

fornecedores, empreiteiros, revistas técnicas ou empresas de consultoria.<br />

Dependendo da organização da empresa, o profissional responsável pela análise<br />

poderá obter as informações de custos na obra ou no escritório.<br />

Exemplo:<br />

Seja a execução de alvenaria V2 vez em tijolos de barro furado. A obra apresentou<br />

os seguintes dados:<br />

1 - A quantidade de alvenaria levantada no local do serviço totalizou 300 m 2 .<br />

2 - O número de horas trabalhadas pelos profissionais foi:<br />

- Pedreiro - 588 horas trabalhadas<br />

- Servente - 432 horas trabalhadas<br />

3 - O consumo de materiais, obtido através da planilha de controle de gastos<br />

dos materiais, foi o seguinte:


- qualimassa - 135 sacos<br />

- tijolo 10 x 20 x 30 - 4.920 unidades<br />

- tijolo 10x20x 20- 1.080 unidades<br />

4 - O custo global de material e mão-de-obra correspondeu a R$ 8.313,12.<br />

5 - Para o planejamento técnico do serviço, foram considerados os seguintes<br />

elementos:<br />

a - Produtividade da mão-de-obra<br />

- Pedreiro - 1,00 hora/m 2 de alvenaria<br />

- Servente - 1,00 hora/m 2 de alvenaria<br />

b - Consumo dos materiais:<br />

- qualimassa - 0,400 sacos/m 2<br />

- tijolo 10 x 20x 30- 15,00 unidades/m 2 de alvenaria<br />

- tijolo 10 x 20 x 20 - 5,00 unidades/m 2 de alvenaria<br />

c - Custo unitário de alvenaria Vi vez:<br />

O custo previsto foi de R$ 19,04/m 2<br />

d - Quantidade de serviço:<br />

- foi prevista a quantidade de 310 m 2 de alvenaria Vi vez.<br />

Com base nas informações apresentadas, analisar os resultados obtidos em comparação<br />

aos dados previstos pelo planejamento.<br />

Análise e Comentário:<br />

I) Produção:<br />

Descrição Unidade Obra Planejamento<br />

Alvenaria'/2 vez m 2 300,00 310<br />

Comentário:<br />

A obra executou 10 rn 2 a menos que o previsto pelo planejamento, ou seja, o<br />

planejamento projetou um quantidade 3,33% a mais que o realmente executado.


II) Produtividade:<br />

Descrição Unidade Obra Planejamento<br />

Pedreiro horas/m 2 1,96 1,50<br />

Servente horas/m 2 1,44 1,00<br />

Total horas/m 2 3,40 2,50<br />

Comentários:<br />

Para a obtenção dos índices da produtividade, dividimos as horas correspondentes<br />

a cada profissional pela produção total do serviço. Portanto, temos:<br />

- índice de produtividade do pedreiro: 588 horas + 300 m 2 = 1,96 horas/m 2<br />

- índice de produtividade do servente: 432 horas -r 300 m 2 = 1,44 horas/m 2<br />

Numa análise global, o consumo de horas trabalhadas por metro quadrado foi<br />

superior ao previsto em planejamento cerca de 36%.<br />

III) Consumos:<br />

Descrição Unidade Obra Planejamento<br />

qualimassa sacos/m 2 0,45 0,40<br />

tijolo 10x20x30 unidade/m 2 16,40 15,00<br />

tijolo 10x20x20 unidade/m 2 3,60 5,00<br />

Comentários:<br />

Para a obtenção dos consumos unitários reais, dividimos a quantidade gasta de<br />

cada material pela produção total do serviço. Portanto, temos:<br />

- consumo de qualimassa: 135 sacos -f 300 m 2 = 0,45 sacos/m 2<br />

- consumo de tijolo 10 x 20 x 30: 4.920 unidades -r 300 m 2 = 16,40 unidades/m 2<br />

- consumo de tijolo 10 x 20 x 20: 1.080 unidades -f 300 m 2 = 3,60 unidades/m 2<br />

Numa comparação com o previsto em planejamento, verificamos:<br />

- O consumo de qualimassa por metro quadrado foi superior ao previsto no<br />

planejamento em 12,50%.<br />

- O consumo de tijolo 10x20x30 por metro quadrado foi superior ao previsto<br />

em planejamento em 9,33%.<br />

- O consumo de tijolo 10 x 20 x 20 por metro quadrado foi inferior ao previsto<br />

em planejamento em 28%.


Para obtenção da perda efetiva de tijolos, transformaremos os tijolos consumidos<br />

em áreas de ocupação. Assim procedendo, temos:<br />

- 1 tijolo 10 x 20 x 30 corresponde a 0,20 x 0,30 = 0,06 m 2 Vi vez<br />

- 1 tijolo 10 x 20 x 20 corresponde a 0,20 x 0,20 = 0,04 m 2 Vi vez<br />

Quantidade gasta na obra = 4.920 unidades x 0,06 m 2 + 1.080 unidades x 0,04<br />

m 2 = 295,20 m 2 + 43,20 = 338,40 m 2<br />

Perda de tijolos na execução =<br />

Quantidade gasta - Quantidade produzida<br />

Quantidade produzida<br />

300,00<br />

Perda prevista em planejamento:<br />

338,40-300,00 = 12,80%<br />

= 10,00%<br />

Tijolo 10 x 20x 30- 15 tijolos/m 2 x (0,20 x 0,30) m 2 /tijolos<br />

= 15 x 0,06 = 0,90 m 2<br />

Tijolo 10 x 20 x 20 - 5 tijolos/m 2 x (0,20 x 0,20) m 2 /tijolos<br />

= 5 x 0,04 = 0,20 m 2<br />

Perda de tijolos em planejamento =<br />

(0,90+ 0,20)-1,00 1,10- 1,00<br />

1,00 1,00<br />

IV) Custos:<br />

Descrição<br />

Custo global Alvenaria<br />

Custo unitário<br />

Unidade<br />

Obra<br />

R$<br />

R$/m 2 8.313,12<br />

27,71<br />

Planejamento<br />

5.902,40<br />

19,04


Comentários:<br />

- O custo unitário de execução foi obtido da divisão do custo global informado<br />

pela metragem quadrada produzida, ou seja:<br />

Custo unitário do serviço: R$ 8.313,12/300 m 2 = R$ 27,71/m 2<br />

- O custo global de planejamento foi obtido pela multiplicação do custo unitário<br />

previsto pela quantidade também prevista, portanto:<br />

Custo global de planejamento = R$ 19,04/m 2 x 310 m 2 = R$ 5.902,40<br />

A obra terminou o serviço com um custo global superior ao previsto em planejamento<br />

cerca de 40,84%.


NBR 12721 -<br />

7Avaliação de custos unitários<br />

e preparo de orçamentos de<br />

construção para incorporação<br />

de edifício em condomínio<br />

O objetivo da Norma Brasileira Revisada 12721 (antiga NB 140) é o de atender<br />

ao que foi prescrito à Associação Brasileira de Normas Técnicas pela Lei Federal<br />

n.° 4.591 de 16 de dezembro de 1964, que dispõe sobre o condomínio em edificações<br />

e as incorporações imobiliárias.<br />

A Lei 4.591 impõe exigências no propósito de definir as responsabilidades dos<br />

diversos participantes das incorporações e as condições técnicas e econômicas<br />

em que estas se realizam, para a alienação total ou parcial da edificação.<br />

Alguns dos principais itens de artigos componentes da Lei n.° 4.591:<br />

- A cada unidade caberá, como parte inseparável, uma fração ideal do terreno<br />

e coisas comuns, expressa sob forma decimal ou ordinária.<br />

- O incorporador somente poderá negociar sobre unidades autônomas após ter<br />

arquivado no cartório competente de registro de imóveis os seguintes dados,<br />

entre outros:<br />

a) Projeto de construção devidamente aprovado pelas autoridades competentes.<br />

b) Cálculo das áreas cias edificações discriminando área global, a das partes<br />

comuns, e indicando em cada tipo de unidade a respectiva metragem de<br />

área construída.<br />

c) Memorial descritivo das edificações da obra projetada.<br />

d) Avaliação do custo global da obra, atualizada à data do arquivamento,<br />

discriminado-se também o custo de construção da cada unidade.<br />

- Os Sindicatos Estaduais da Indústria da Construção Civil ficam obrigados a<br />

divulgar mensalmente, até o dia 5 de cada mês, os custos unitários de construção<br />

a serem adotados nas respectivas regiões jurisdicionais.<br />

- Na ocorrência de omissão de Sindicato Estadual, o construtor usará os índices<br />

fixados por outro Sindicato Estadual, em cuja região os custos de construção<br />

mais se assemelhem aos da sua obra.<br />

NBR 12721 - Avaliação de custos unitários e preparo de orçamentos de consiruçáo para incorporação de editiclo em condomínio 133


- É crime contra a economia popular promover incorporação, fazendo em proposta<br />

contratos, prospectos ou comunicação ao público ou aos interessados, afirmação<br />

falsa sobre a constituição do condomínio, alienação das frações ideais do<br />

terreno ou sobre a construção das edificações.<br />

Pena: Reclusão de um a quatro anos e multa de cinco a 50 vezes o maior<br />

salário mínimo legal vigente no país.<br />

DEFINIÇÕES PARA OS EFEITOS DA NBR 12721<br />

- Projeto aprovado:<br />

É o projeto de plantas da edificação aprovado pela autoridade local competente.<br />

- Projetos-padrão:<br />

São os projetos considerados na norma, selecionados para representar os tipos<br />

de edificações usualmente empregados nas incorporações e definidos segundo os<br />

números de pavimentos, número de dependências por unidade, áreas de construção<br />

privativa das unidades autônomas e o padrão de construção.<br />

- Dependências de uso privativo:<br />

São dependências de uma unidade autônoma, cuja utilização é reservada aos<br />

respectivos titulares de direito.<br />

- Dependências de uso comum:<br />

São dependências da edificação que poderão ser utilizadas em comum<br />

por todos ou parte dos titulares de direito das unidades autônomas.<br />

- Área coberta padrão:<br />

É a área coberta com padrão de acabamento semelhante ao do tipo escolhido,<br />

dentre os padronizados na norma, para avaliação do custo global de construção.<br />

- Área real:<br />

É a área medida da superfície de quaisquer dependências, nela incluídas as<br />

superfícies das projeções de paredes, de pilares e demais elementos construtivos.<br />

- Área equivalente de construção:<br />

É a área estimada, correspondente a uma área real de padrão diferente, que, ao<br />

Custo Unitário Básico determinado, tenha o mesmo valor estimado em reais.


Exemplo:<br />

- Área real de padrão diferente: 100 m 2 , correspondente a R$ 50.000,00.<br />

- Área equivalente de construção: 50 m 2<br />

- Custo unitário básico: R$ 1.000,00/m 2<br />

- Custo: 50 m 2 x R$ 1.000,00/m 2 = R$ 50.000,00<br />

- Área de divisão não-proporcional:<br />

É a área privativa ou área de uso comum que por sua finalidade tenha sua construção<br />

atribuída à responsabilidade dos titulares de direito, independente de qualquer<br />

relação de proporcionalidade. Exemplos: apartamentos, vaga de garagem.<br />

- Área de divisão proporcional:<br />

É área de uso comum cuja construção é de responsabilidade dos titulares de<br />

direito das diferentes unidades autônomas, que compõe a edificação na proporção<br />

das respectivas áreas de construção de divisão não proporcional. Exemplos: hall<br />

social, apartamento do porteiro.<br />

- Área de construção sub-rogada:<br />

É a área de construção a ser entregue em pagamento de parte ou de todo o terreno.<br />

- Custo unitário básico:<br />

É a parte do custo por metro quadrado da construção do projeto-padrão considerado,<br />

calculada de acordo com a norma, pelo Sindicato Estadual da Construção<br />

Civil. No cálculo do valor do custo unitário básico não são consideradas as despesas<br />

relativas às fundações especiais, elevadores, instalações e equipamentos diversos,<br />

obras complementares, impostos e taxas, honorários profissionais com projetos<br />

e outros.<br />

Para atender aos objetivos, a NBR 12721 é composta por oito quadros para<br />

preenchimento cias informações correspondentes à edificação, que servirão de<br />

informações para arquivo no Registro de Imóveis. São eles:<br />

Quadro I - Cálculo das áreas nos pavimentos e das áreas globais.<br />

Quadro II - Cálculo das áreas das unidades autônomas.<br />

Quadro III - Avaliação do custo global da construção e do preço por metro<br />

quadrado cia construção.<br />

Quadro IV - Avaliação do custo de construção de cada unidade autônoma.<br />

Quadro V - Informações gerais.<br />

NBR 12721 - Avaliação de custos unitários e preparo de orçamentos de construção para incorporação de edifício em condomínio 135


Quadro VI - Memorial descritivo dos equipamentos.<br />

Quadro VII - Memorial descritivo dos acabamentos das dependências de uso<br />

privativo.<br />

Quadro VIII - Memorial descritivo dos acabamentos das dependências de uso<br />

comum.<br />

Para a obtenção dos custos unitários básicos, para uso dos Sindicatos de Construção,<br />

a NBR 12721 estabeleceu projetos-padrão, com as seguintes características<br />

principais e especificações de acabamento:<br />

a) Edificação:<br />

Foram consideradas as edificações habitacionais e comerciais.<br />

b) Designação do projeto-padrão:<br />

Foram considerados os seguintes projetos:<br />

- habitacional com um pavimento.<br />

- habitacional com quatro pavimentos.<br />

- habitacional com oito pavimentos.<br />

- habitacional com 12 pavimentos.<br />

Todos os projetos habitacionais, considerando dois ou três quartos da unidade<br />

autônoma, excluído o de empregadas.<br />

-Comercial com 12 pavimentos.<br />

c) Padrão de construção:<br />

Foram considerados os padrões:<br />

- alto.<br />

- normal.<br />

- baixo.<br />

d) Área de construção<br />

Foram consideradas as seguintes áreas de construção privativa das unidades<br />

autônomas:<br />

- 60 metros quadrados<br />

- 100 metros quadrados.


Os custos unitários básicos serão determinados pelos Sindicatos Estaduais da<br />

Construção Civil, para cada um dos projetos-padrão considerados para esse fim e<br />

representados pelos lotes básicos de materiais e mão-de-obra. Para os projetospadrão<br />

com oito e 12 pavimentos, poderão ser adotados os mesmos custos unitários<br />

básicos calculados para os projetos-padrão de quatro pavimentos, desde que a<br />

diferença entre os custos unitários básicos correspondentes não exceda 5%.<br />

A obtenção do valor estimado do custo global da construção é feita através da<br />

adição de:<br />

1 ° - Produto da área de construção global pelo custo unitário básico correspondente<br />

ao projeto-padrão que mais se assemelhe ao da edificação objeto da<br />

incorporação.<br />

2 o - Parcelas adicionais relativas a todos os elementos não incluídos quantitativamente<br />

pelo projeto-padrão considerado, tais como:<br />

- Acréscimo de custos a fundações especiais, elevadores, instalações especiais,<br />

equipamentos diversos, obras complementares.<br />

- Impostos e taxas.<br />

- Custo dos projetos.<br />

- Remuneração do construtor.<br />

Para um melhor entendimento da montagem e funcionamento da Norma Brasileira<br />

Revisada NBR 12721, apresentamos os oito quadros preenchidos para uma<br />

edificação residencial.<br />

NBR 12721 - Avaliação de custos unitários e preparo de orçamentos de construção para incorporação de edilicio em condominio 1 3 7


w<br />

CO<br />

Informações para Arquivo do Registro de Imóveis<br />

-O<br />

CD<br />

o.<br />

o<br />

o<br />

o.<br />

3<br />

l.ocal do imóvel<br />

(Lei 4.591 - 16/12/64 - Art. 32 e NB 140)<br />

Quadro 1 - Cálculo das Áreas nos Pavimentos e das Áreas Globais<br />

Colunas 1 a 18<br />

Folha<br />

n° 1<br />

Adotar numeração<br />

seguida do quadro 1 ao VIII<br />

Total de tolhas: 13<br />

Nome:<br />

Assinatura:<br />

Data:<br />

Incorpora dor<br />

Profissional responsável pelo cálculo<br />

Nome:<br />

Assinatura:<br />

Dala: 3 junho, 2003 Registro CREA:<br />

Áreas de divisão não-proporcional<br />

Área de divisão proporcional<br />

Coberta<br />

padrão<br />

Área privativa Área de uso comum Área dc uso comum<br />

Coberta<br />

de padrão<br />

diferente ou<br />

descoberta<br />

Real<br />

Real<br />

(2 + 3)<br />

Totais<br />

Equivalente<br />

cb<br />

construção<br />

Reconstrução<br />

12 + 4)<br />

|<br />

"3<br />

i<br />

o<br />

Coberta de<br />

padrão diferente<br />

ou descoberta<br />

Real<br />

Equivalente<br />

de<br />

construção<br />

Real<br />

(7 + 8)<br />

Totais<br />

ce<br />

construção<br />

(7 + 9)<br />

Pavimento<br />

Coberla<br />

padrão<br />

Coberta de<br />

padrãoditerente<br />

ou descoberta<br />

Real<br />

Equivalentede<br />

construção<br />

Real<br />

(12+13)<br />

Totiis<br />

Q><br />

construção<br />

(12+14)<br />

Área do pavimento<br />

Real<br />

(5+10+<br />

15)<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18<br />

Q?<br />

construção<br />

(6+11 +<br />

16)<br />

Acesso 657,35 328,39 657,35 328,39 157,39 259,31 69,27 416,70 226,66 1.074,05 555X15 1<br />

Mezanir» 423,80 211,90 423,80 211,90 46,48 88.93 44.46 135,41 90,94 559,21 .502,84 1<br />

2"|>iso 798,77 399,39 798,77 39939 86,62 42,02 21,01 128,64 107,63 927,41 507,02 1<br />

3"|)iso 528,32 179.67 111,87 707,99 640,19 75,67 75,67 75,67 783,66 715,86 1<br />

4 ()",«'•,<br />

10* pisos 562,54 26,20 20,% 588,74 583,50 22,01 22,01 22,01 610,75 60531 4<br />

5", ?',<br />

9 o pisos 528,32 2620 20,% 554,52 549,28 75,67 75,67 75,67 630,19 624,95 3<br />

Casa de<br />

máquinas 56,21 570,4-1 114,09 626,65 170,30 626,65 170,30 1<br />

total £ 4.363,44 363,07 258,59 4.726,51 4.622,03 0,00 1.879,92 939,68 1.879,92 939,68 737,42 960,70 248,83 1.698,12 986,25 8304,53 6347,96<br />

Área real global: 8.3M,55 Área de construção global: 6347,96<br />

Observações


CO<br />

DD<br />

ro<br />

-vi<br />

ro<br />

Informações para Arquivo do Registro de Imóveis<br />

(Lei 4.591 16/12/64 - Art. 32 e NB 140)<br />

Quadro II - Cálculo das Áreas das Unidades Autônomas<br />

Colunas 19 a 38<br />

Folha<br />

n° 2<br />

Local do imóvel<br />

Adotar numeração<br />

seguida do quadro 1 ao VIII<br />

Total de folhas: 13<br />

S<br />

Nome:<br />

Assinatura:<br />

Data:<br />

Incorpora dor<br />

Nome:<br />

Assinatura:<br />

Data: 3 junho, 2003<br />

Profissional responsável pelo cálculo<br />

Registro CR EA:<br />

Áreas de divisão não proporcional<br />

Área dc divisão proporcional<br />

"2.<br />

Unidade<br />

Coberta padrão<br />

Área privativa<br />

Coberta<br />

de padrão<br />

diferente ou<br />

desccberta<br />

Real<br />

Re.il<br />

(20+21)<br />

Totais<br />

Decora<br />

trução<br />


Informações para Arquivo no Registro de Imóveis<br />

(Lei 4.591 - 16/12/64 - Art. 32 e NB 140)<br />

Quadro III - Avaliação dos Custo Global da<br />

Construção c do Preço por m 2 da Construção<br />

Folha<br />

n" 3<br />

Local do Imóvel<br />

Nome:<br />

Assinatura:<br />

Data:<br />

Incorporador<br />

Adotar numeração<br />

seguida do<br />

quadro I ao VIII<br />

Total de folhas: 13<br />

Profissional responsável pelo cálculo<br />

Nome:<br />

Assinatura:<br />

Data: 3 junho, 2003 Registro CRFA:<br />

a:<br />

<<br />

£<br />

a:<br />

o.<br />

O<br />

u- <<br />

5<br />

Cd<br />

C<br />

u.<br />

O<br />

U*<br />

ac<br />

C —<br />

O<br />

L> L_<br />

Cí<br />

Q.<br />

u<br />

o<br />

C<br />

•< 0<br />

<<br />

1<br />

l. Projeto-Padrão (Lei 4.591 art. 53 í t) que mais se assemelha ao d.» incorporação projetada.<br />

Designação<br />

fòdrâode<br />

número de dependências de uso privativo da unidade autônoma<br />

área de construção<br />

acabamento<br />

pavimentos quartos salas banheiros<br />

ew.c.<br />

quartos de<br />

empregados<br />

da unidade privativa<br />

autônoma<br />

II n/a 8 3 l 4 ou 5 1 Variável<br />

2. Sindicato que forneceu o custo básico:<br />

3. Custo unitário básico: RS<br />

•4. Áreas globais do prédio projetado<br />

4.1 Área real privativa global<br />

4.2 Área real de uso comum global<br />

•4.3 Área real global<br />

4.4 Árcadeconstr. privativa global<br />

4.5 Área de constr. comum global<br />

4.6 Área de construção vjobal<br />

826.81 /nv I Maio 2003<br />

(mês) (ano ><br />

(Ql. £5)<br />

(QI, I10 + E15)<br />

(QU17)<br />

(QI.3E6)<br />

(Ql. Ill +116)<br />

tQI.118)<br />

5. Area de construção global (4.6) x Custo unitário básico (3)<br />

6. Parcelas adicionadas não consideradas no projeto padrão<br />

6. l Fundações especiais < no projeto padrão foram consideradas fundações diretas 50 à m) 2,<br />

6.2 Elevadores<br />

6.3 Equipamentos dc instalações de:<br />

6.3.1 fogões<br />

6.3.2 Aquecedores<br />

6.3.3 Bombas de recalque<br />

6.3.4 Compactador<br />

6.3.5 Ar condicionado<br />

6.3.6 Calefação<br />

6.3.7 Ventilação e exaustão<br />

6.3.8 Garagem<br />

6.3.9 * Play ground"<br />

6.3.10<br />

6.3.11<br />

6.4 Obras e serviços complementares:<br />

6.4.1 Terraplanagem<br />

6.4.2 Urbanização<br />

6.4.3 Recreação (piscinas, campos de esporte)<br />

6.4.4 Ajardinamento<br />

6.4.51 igações dc serviços públicos (art. 51)<br />

6.4.6 Instalação e regulamentação do condomínio<br />

6.4.7<br />

6.4.8<br />

6.5 Outros serviços discriminados em anexo:<br />

7. l ü SubTotal<br />

8. Impostos e taxas<br />

9. Projeto<br />

9.1 Honorários do autor do projeto arquitetônico<br />

9.2 Honorários do autor do projeto estrutural<br />

9.31 lonorários do autor do projeto de instalações<br />

9.4 Projeto de custos<br />

9.5<br />

10.2-Subtotal<br />

11. Remuneração do construtor: 15%<br />

12. Remuneração do incorporadoc<br />

13. Custo global da construção:<br />

14. Preço por nv (Li construção: (13) • (4) = RS1010,00/nv"<br />

N8 - Os valores correspondentes aos itens 9.1, 9.2, 9.3. quando ainda não contratados,<br />

fornecidas pelos respectivos órgãos de classe.<br />

4.726,51 ni<br />

3.578.04 m<br />

8.304,55 m<br />

4.662,03 m<br />

1.925,93 m<br />

6.547,96 m<br />

56,91 %<br />

43,09%<br />

100,00%<br />

71,20%<br />

29,41%<br />

100.00%<br />

ks; 5.413.920,60<br />

RS 110.000.00<br />

RS 122.400,00<br />

RS<br />

RS<br />

RS 1.000.00<br />

RS<br />

RS<br />

RS<br />

RS<br />

RS<br />

RS<br />

RS<br />

RS<br />

RS<br />

RS<br />

RS<br />

RS<br />

RS<br />

RS<br />

RS<br />

RS<br />

RS<br />

RS 5.647320,00<br />

RS<br />

RS<br />

RS 50.000,00<br />

RS 30.000,00<br />

RS 17.000,00<br />

RS 6.500,00<br />

RS<br />

RS 5.750.820,00<br />

RS 862.623,00<br />

RS<br />

RS 6.613.443,00<br />

poderão ser calculados de acordo com as tabela


o<br />

-J<br />

rvj<br />

Quadro IV<br />

Informações para Arquivo no Registro de Imóveis<br />

(Lei 4.591 16/12/64 - Art. 32 e Nfi 140)<br />

Avaliação do Custo de Construção de Cada Unidade Autônoma<br />

Colunas 39 a 48<br />

1 local do Imóvel<br />

Adotar numeração<br />

><br />

seguida do<br />

g.<br />

quadro I ao VIII<br />

W O Total de folhas: 13<br />

CO<br />

0<br />

C<br />

Incorporador<br />

Profissional responsável pelo cálculo<br />

Nome:<br />

Nome:<br />

§ Assinatura: Assinatura:<br />

SB Bi Data: Data: 3 junho, 2003 Registro CREA:<br />

i<br />

CD<br />

rs<br />

cZ<br />

T3<br />

Cus:o de construção<br />


Informações para Arquivo no Registro de Imóveis<br />

(Lei 4.591 - 16/12/64 - Ari. 32 e NB 140)<br />

Quadro V - Informações gerais Folha n° 5<br />

local do Imóvel<br />

Incorporador<br />

Nome:<br />

Assinatura:<br />

Data:<br />

Adotar numeração seguida<br />

do quadro I ao VIII<br />

Total de folhas: 13<br />

Profissional responsável pelo cálculo<br />

Nome:<br />

Assinatura:<br />

Data: 3 junho, 2003 Registro CR LA:<br />

DO EMPREENDIMENTO<br />

Trata-se de um empreendimento para construção de prédio residencial multifamiliar localizado<br />

a<br />

• Autor do Projeto de Arquitetura:<br />

• Autor do Projeto de Cálculo Estrutural:<br />

• Autor do Projeto de Instalações:<br />

• Responsável Técnico da Obra:<br />

• Prazo da Obra: 50 meses<br />

DA EDIFICAÇÃO<br />

Composta por uma edificação residencial com pavimento de acesso e 22 vagas para<br />

estacionamento; mezanino com 13 vagas para estacionamento; 2 o piso-G3 com 21 vagas para<br />

estacionamento; 3 o , 5°, 7° e 9° pavimentos com 8 apartamentos formando duplex com os<br />

pavimentos 4°, 6 o , 8° c 10° e pavimento de casa de máquinas.<br />

DAS UNIDADES<br />

APARTAMENTOS 304. 307 DUPLEX<br />

Hall, sala, lavabo, copa-cozinha, w.c. serviço, quarto de empregada, área de serviço,<br />

despensa, varanda, terraço, escada, 2 quartos, 2 circulações, banheiro, closet, 1 quarto com<br />

banheiro formando suíte.<br />

APARTAMENTO? 305. 300 • DUPLEX,<br />

Sala, lavabo, copa-cozinha, w.c. serviço, quarto de empregada, área de serviço, despensa,<br />

terraço, escada, circulação, 3 quartos com 3 banheiros formando suíte.<br />

APARTAMENTOS 301, 302, 501, 502, 701, 702, 901, 902 DUPLEX.<br />

Sala, lavabo, copa-cozinha, w.c. serviço, quarto de empregada, área de serviço, despensa,<br />

04 varandas, escada, circulação, 03 quartos com 03 banheiros formando suíte.<br />

APARTAMENTOS 505, 506, 705, 706, 905, 906 DUPLEX.<br />

Sala, lavabo, copa-cozinha, w.c. serviço, quarto de empregada, área de serviço, despensa,<br />

escada, circulação, 03 quartos com 03 banheiros formando suíte.<br />

APARTAMENTOS 303.304.307, 309,503.504,507. 508. 703,704.707.709,903.904.907.<br />

9Q8 - DUPLEX.<br />

Hall, sala, lavabo, copa-cozinha, w.c. serviço, quarto de empregada, área de serviço,<br />

despensa, 02 varandas, escada, 2 quartos, 2 circulações, banheiro, closct, 1 quarto com banheiro<br />

formando suíte.<br />

DOS PAVIMENTOS<br />

Pavimento Térreo<br />

Partes comuns: Compostas por estacionamento com 22 vagas de garagem com 657,35 m 2<br />

real e 328,39 nr de construção, ambas áreas de uso comum de divisão não proporcional;<br />

portaria, circulação, lavatório, banheiro def. , salão de festas, entrada e saída de automóveis,<br />

rampa de acesso ao mezanino, lixeira, escada enclausurada, 2 elevadores, 416,70 m 2 real e<br />

226,66 m- de construção ambas áreas de uso comum de divisão proporcional; totalizando<br />

1.074,05 m 2 real e 555,05 nr de construção para o pavimento.


Informações para Arquivo no Registro de Imóveis<br />

(Lei 4.591 - 10/12/64 - Art. 32 e NB 140)<br />

Quadro V - Informações gerais Folha n° 6<br />

Local do Imóvel<br />

Incorporador<br />

Nome:<br />

Assinatura:<br />

Data:<br />

Adotar numeração seguida<br />

do quadro I ao VIII<br />

Total de folhas: 13<br />

Profissional responsável pelo cálculo<br />

Nome:<br />

Assinatura:<br />

Data: 3 junho, 2003 Registro CREA:<br />

Me^aninp<br />

Partes comuns: Constituídas por estacionamento com 13 vagas de garagem com 423,80 nv'<br />

real e 211,90 nv' de construção, ambas áreas de uso comum de divisão não proporcional; 2<br />

elevadores, circulação, antecâmara, lixo, duto, escada enclausurada, rampas de acesso ao<br />

térreo e ao 2 o piso com 135,41 m- real e 90,94 nv de construção ambas áreas de uso comum de<br />

divisão proporcional; totalizando 559,21 nv' real e 302,84 nv' de construção para o pavimento.<br />

2° Piso - G3<br />

Partes comuns: Constituídas por estacionamento com 21 vagas de garagem com 798,77 nv'<br />

real e 399,39 nv' de construção, ambas áreas de uso comum de divisão não proporcional; 2<br />

armários para bateria de gás, 2 elevadores, circulação, aniecâmera, lixo, duto, escada<br />

enclausurada, rampas de acesso ao mezanino, sala, banheiro, cozinha, área de serviço e<br />

quarto; 128,64 nv' real e 107,63 nv de construção ambas áreas de uso comum de divisão<br />

proporcional; totalizando 927.41 nv' real e 507,02 nv' de construção para o pavimento.<br />

3° Pavimento<br />

Partes privativas: Constituídas por 8 apartamentos formando duplex com o 4 o pavimento, já<br />

anteriormente descritos com 707,99 nv 2 real e 640,19 nv' de construção, ambas áreas de uso<br />

privativo de divisão não proporcional.<br />

Partes comuns: Constituídas por circulação, 2 elevadores, antecâmara, duto, escada<br />

enclausurada e lixeira, com 75,67 nv real e 75,67 nv' de construção, ambas áreas de uso comum<br />

de divisão proporcional; totalizando 783,66 nv' real e 715,86 nv' de construção para o pavimento.<br />

4°. 6°. 8° e 10° Pavimentos<br />

Partes privativas: Constituídas por 8 apartamentos formando duplex com os pavimentos<br />

ímpares, já anteriormente descritos com 588,74 nv' real e 583,50 m 2 de construção, ambas áreas<br />

de uso privativo de divisão não proporcional.<br />

Partes comuns: Constituídas por 2 vãos de elevadores e escada enclausurada, com 22,01 nv'<br />

real e 22,01 m J de construção, ambas áreas de uso comum de divisão proporcional; totalizando<br />

610,75 nv' real e 605,51 nv' de construção para o pavimento.<br />

5°. 7° e 9" Pavimentos<br />

Partes privativas: Constituídas por 8 apartamentos formando duplex com os pavimentos<br />

pares, já anteriormente descritos com 554,52 nv' re.il e 540,28 nv tle construção, ambas áreas<br />

de uso privativo de divisão não proporcional.<br />

Partes comuns: Constituídas por circulação, 2 elevadores, antecâmara, duto, escada<br />

enclausurada e lixeira, com 75,67 nv' real e 75,67 nv' de construção, ambas áreas de uso comum<br />

de divisão proporcional; totalizando 630,19 nv' real e 624,95 nv' de construção para o pavimento.<br />

Pavimento da Casa de máquinas<br />

Partes comuns: Constituídas por circulação, telhado, duto, escada enclausurada, casa de<br />

máquinas, casa de bombas, sala de antenas com 626,65 nv' real e 170,30 nv' de construção,<br />

ambas áreas de uso comum de divisão proporcional; totalizando 626,65 nv' real e 170,30 nv' de<br />

construção para o pavimento.<br />

NBR 12721 - Avaliação de custos unitários e preparo de orçamentos de construção para incorporação de edilicio em condorninio 1 43


Informações para Arquivo no Registro de Imóveis<br />

(Lei 4.591 - 16/12/64 - Art. 32 e NB 140)<br />

Quadro V - Informações gerais olha n° 7<br />

Local do Imóvel<br />

Incorporador<br />

Nome:<br />

Assinatura:<br />

Data:<br />

Adotar numeração seguida<br />

do quadro I ao VIII<br />

Tolal de folhas: 13<br />

Profissional responsável pelo cálculo<br />

Nome:<br />

Assinatura:<br />

Data: 3 junho, 2003 Registro CREA:<br />

Quadro de áreas reais (m 2 )<br />

Unidade (X) Privativa Comum Total<br />

301, 302, 501, 502, 701, 8 149,83 83,56 233,39<br />

702, 901, 902<br />

304, 307 2 154,10 84,04 238,14<br />

305 1 204,25 92,29 296,54<br />

306 1 195,24 90,63 285,87<br />

505, 506, 705, 706,<br />

6 132,42 79,12 21 1,54<br />

905, 906<br />

303, 308, 503, 504, 507 14 144,69 82,52 227,21<br />

508, 703, 704, 707, 708,<br />

903, 904, 907, 908<br />

Vagas 24 38,69 38,69<br />

Total 4.726,51 3.578,04 8.304,55


CD<br />

ZD<br />

ro<br />

-vi<br />

rvo<br />

"2.<br />

S.<br />

Local do Imóvel<br />

Nome:<br />

Assinatura:<br />

Data:<br />

Informações para Arquivo no Registro de Imóveis<br />

(Lei 4.591 16/12/64 Art. 32 e NB 140)<br />

Quadro VI - Memorial Descritivo dos Equipamentos Folha n° 8<br />

Incorporador<br />

Nome:<br />

Assinatura:<br />

Data: 3 junho, 2003<br />

Equipamento Tipo (ou marca) Acabamento Detalhes gerais<br />

• Bombas de recalque<br />

• Equipamento de incêndio<br />

• Elevadores<br />

• Instalações elétricas<br />

• l ios e cabos<br />

• Eletrodutos<br />

• Disjuntores<br />

• Interruptores e tomadas<br />

• Quadro corta-circuito<br />

• Instalações hidráulicas<br />

• Tubos e conexões<br />

• Registro de gaveta<br />

• Instalações sanitárias<br />

• Telefone<br />

• Instalações de gás<br />

• Tubos e conexões<br />

• Instalações esgoto /<br />

águas pluviais<br />

Dancor, Worthington<br />

ou Berkley<br />

Firestop, Ecil<br />

Atlas, Thyssen-Sur,<br />

Otis ou Schindler<br />

Pirelli / Siemens/ Ficap<br />

Apoio / Tigre / lortilit<br />

Eletromagnético<br />

Padrão Piai Legran<br />

Tigre/ lortilit<br />

Fabrimar / Deca<br />

Tigre / Fortilit<br />

Ferro<br />

PVC<br />

Motor fechado<br />

("obre eletrolítico<br />

PVC rígido ou flexível<br />

eletromagnéticos ou fusíveis<br />

Caixas metálicas com portas<br />

PVC e CPVC Rígido<br />

PVC e CPVC Rígido<br />

PVC Rígido<br />

Galvanizado sem costura<br />

Rígido<br />

Adotar numeração<br />

seguida do<br />

quadro 1 ao VIII<br />

Total de folhas: 13<br />

Profissional responsável pelo cálculo<br />

Registro CRLA:<br />

Serão instaladas bombas de recalque automáticas<br />

com potência adequada ao consumo do prédio.<br />

Execução dos serviços e projetos de acordo<br />

com as normas da ABNT e CBERJ.<br />

Serão instalados 02 (Dois) Elevadores, com<br />

capacidade e velocidade adequada ao tráfego.<br />

Execução dos serviços e projetos de acordo com<br />

as normas da ABNT e Concessionária.<br />

Execução dos serviços e projetos de acordo<br />

com as normas da ABNT e Concessionária.<br />

Execução dos serviços e projetos de acordo<br />

com as normas da ABNT e Concessionária.<br />

Execução dos serviços e projetos de acordo<br />

com as normas da ABNT e Concessionária.<br />

Execução dos serviços e projetos de acordo com as<br />

normas da ABNT e Concessionária.<br />

Vi


Local raça tfc> Rio cie Janeiro • RJ.<br />

2 - Não foram incluídas nas especificações eorçamentos da obra, e serão rateadas pelos condôminos, em épocas próprias e na proporção da fração ideal do terreno de cada um, as seguintes despesas: Subestação de força,<br />

se exigida pela l ight, Projetos de Instalações especiais que venham a ser exigidos pelas Concessionárias de serviço público ou autarquias federais, estaduais ou municipais, no prédio ou nas Redes Externas, inclusive<br />

extensões de redes de abastecimento de águi, Antenas Coletivas de IV e respectiva fiação,Instalação e Decoração do Hall Social, Equipamentos e fiação de interfonia, Central Telefônica, Automatização de Portões. Circuito<br />

Fechado de T\{ Sistemas de Informatização, TV a Cabo, Equipamentos de Piscina, Equipamentos de Sauna, Brinquedos da Recreação Infantil, Porteiro Eletrônico, Ajardinamento, Equipamentos doCoffee-Shop e dos Vestiários,<br />

Taxas e Orçamentos para execução de ligações Definitivas, exigências para plantiode árvores pelo Departamento de Parques e Jardins da PMRJ, instalação de gerador e de luzes de emergência, extensão de redes de luz<br />

e gás, rede externa de água, rede de gás, ligação de águas pluviais, serviços de vault, cabos de interligação definitiva da rua até o PC, taxas e emolumentos cobrados pela I ight com a ligação de luz. portões das garagens,<br />

estação de tratamento de esgotos ou fossa liltro, ligação de esgoto e instalação do condomínio.<br />

3 - Também não foram incluídos nestas es|>ecificações e orçamento da obra e ficarão por conta de cada condômino: Fogões. Armários Embutidos, Aparelhos de Ar-Condicionado, Filtros, Armários e Espelho nos banheiros.<br />

Aquecedores, Padeiras, Saboneteiras, Luminárias e Mobiliário em Geral, fiaçãodos aparelhos de ar-cortdicionado,alarmes nos acessos das vagas dos estacionamentos, persianas, fechamento-padràodo vão para o exterior<br />

das áreas de serviço, secadores de roupas, chuveiro elétrico, fechamento dos boxes dos banheiros, pedidos de ligação de luz, gás e telefone para as unidades residenciais, olho mágico nas portas, grades não previstas<br />

no Projeto de Arquitetura ou em qualquer outro projeto inerente à obra.<br />

4 - Fica estipulado que as diferenças de metragens que porventura ocorrerem na construção das áreas comuns ou nas de utilização privativa, de até 5% daquelas constantes no projeto aprovado.não darão aos contratantes<br />

quaisquer direitos e ressarcimento pelas diferenças que até aquele limite resultarem da execução dasobras.


CO<br />

DD<br />

ro<br />

-vi<br />

ro<br />

Informações para Arquivo no Registro de Imóveis<br />

(Lei 4.591 - 16/12/64 - Art. 32 e NB 140)<br />

Quadro VII - Memorial Descritivo dos Acabamentos<br />

(dependências de uso privativo)<br />

Folha<br />

n° 10<br />

Local do Imóvel<br />

Adotar numeração<br />

seguida do<br />

quadro 1 ao VIII<br />

Total de folhas: 13<br />

S<br />

Nome:<br />

Assinatura:<br />

Data:<br />

Incorporador<br />

Nome:<br />

Assinatura:<br />

Data: 3 junho, 2003<br />

Profissional responsável pelo cálculo<br />

Registro CREA:<br />

"2.<br />

-s,<br />

S.<br />

Dependências pisos paredes letos peitoris<br />

Revestimento acabamento soleira revestimento acabamento rodapé revestimento acabamento<br />

3 o , 5 o , 7 o e 9® pisos<br />

Varanda cerâmica esmaltada granito cera nuca esmaltada granito gesso pintura granito<br />

WcempfeçKb cerâmica esmaltada granito ceramica esmaltada gesso pintura granito<br />

Quarto cm|X€gada cimentado p' laminado liso granito emboço emassamento/ pintura madeira emboço piníura granito<br />

Sala cimentado p/ laminado liso granito emboço emassamento/ pintura madeira enix>ço pintura granito<br />

Serviço cerâmica esmaltada granito ceramica esmaltada gesso pintura granito<br />

Copa cozinha cerâmica esmaltada granito ceramica esmaltada - gesso pintura granito<br />

Despensa cerâmica esmaltada granito ceramica esmaltada - gesso pintura granito<br />

Lavabo ceramica esmaltada granito cera nuca esmaltada gesso pintura granito<br />

Escada intema cimentado p/ laminado liso granito emlxiço emassamento/ pintura madeira - pintura solxe concreto -<br />

Hall cimentado p' laminado liso granito emboço emissamcnto/ pintura madeira gesso pintura<br />

Terraço ceramica esmaltada granito ceramica esmaltada granito - •<br />

4 o , 6 o , 8 o e 10' pisos<br />

Varanda ceramica esmaltada granito ceramica esmaltada granito gesso pintura granito<br />

Banheiros suites cerarmca esmaltada granito ceramtca esmaltada granito gesso pintura granito<br />

Suíte ceramica esmaltada granito cera nuca esmaltada granito enijoço pintura granilo<br />

Circulação cimentado p/ laminado liso granito emlxx, o/reboco pintura madeira gesso pintura granito<br />

Banheirosocial ceramica esmaltada granito ceramica esmaltada gesso pintura granito<br />

(Quarto cimentado p/ca-j)ete liso granito emlxiço pintura madeira emboço pintura granito<br />

Closet cimentado p/capete liso granito emboço pintura madeira eniboço pintura -<br />

Circulação suíte cimentado p/capete liíO granito emboço pintura madeira emíwço pintura granito


"D<br />

CD<br />

CL<br />

O<br />

o<br />

cs.<br />

3<br />

local do Imóvel<br />

Nome:<br />

Assinatura:<br />

Data:<br />

Informações para Arquivo no Registro de Imóveis<br />

(Lei 4.591 - 16/12/64 - Art. 32 e NB 140)<br />

Quadro VIII - Memorial Descritivo dos Acabamentos<br />

(dependências de uso comum)<br />

Incorporador<br />

Folha<br />

n° 11<br />

Adotar numeração<br />

seguida do<br />

quadro I ao VIII<br />

Total de folhas: 13<br />

Profissional responsável pelo cálculo<br />

Nome:<br />

Assinatura:<br />

Data: 3 junho, 2003<br />

Registro CREA:<br />

Dependências pisos paredes tetos peitoris<br />

Revestimento acabamento soleira revestimento acabamento rodapé revestimento acabamento<br />

1 o piso (acesso)<br />

Área frontal pedra portuguesa - • - - -<br />

Pbrtaria granito polido granito emboço pintura granito gesso pintura granito<br />

Garagem cimentado liso granito emboço pintura ardósia - pintura sobre concreto -<br />

Rampa acesso mezanino cimentado liso granito emboço pintura ardósia • pintura sobre conc reto<br />

Circulação cimentado liíO granito emboço pintura ardósia gesso pintura granito<br />

MaSdcres cimentado liso granito emboço pintura ardósia emboço pintura -<br />

Salão de festas ceramtca esmaltada granito emboço pintura madeira cmlxx^o pintura granito<br />

Lavatóno cerâmica esmaltada granito ceramtca esmaltada - gesso pintura granito<br />

Banheiro ceramica esmaltada granito ceramtca esmaltada - gesso pintura granito<br />

Lixeira ceramtca esmaltada granito ceramtca esmaltada • gesso pintura<br />

Escada cimentado liso granito emboço pintura - emboço pintura -<br />

Mezanino<br />

Circulação ceramtca esmaltada granito emboço pintura granito gesso pintura<br />

Lixeira ceramica esmaltada granito azulejo esmaltado - gesso pintura -<br />

Antecâmara cimentado liso granito emboço pintura - emboço pintura -


CO<br />

DD<br />

ro<br />

-vi<br />

ro<br />

Local do Imóvel<br />

Nome:<br />

Assinatura:<br />

Data:<br />

Informações para Arquivo no Registro de Imóveis<br />

(Lei 4.591 - 16/12/64 - Art. 32 e NB 140)<br />

Quadro VIII - Memorial Descritivo dos Acabamentos<br />

(dependências de uso comum)<br />

Incorporador<br />

Folha<br />

n° 12<br />

Adotar numeração<br />

seguida do<br />

quadro 1 ao VIII<br />

Total de folhas: 13<br />

Profissional responsável pelo cálculo<br />

Nome:<br />

Assinatura:<br />

Data: 3 junho, 2003<br />

Registro CREA:<br />

"2.<br />

a<br />

Dependências pisos paredes tetos peitoris<br />

Revestimento acabamento soleira revestimento acabamento rodapé revestimento acabamento<br />

Garagem dmentado liso granito emboço pintura ardósia - pintura sobre concreto<br />

Rampas deacesso cimentado liso ardósia emboço pintura ardósia laje cm concreto pintura solxeconcreto -<br />

Escada cimentado liso ardósia emboço pintura • laje cm concreto pintura solxeconcreto<br />

2°piso-G3<br />

Garagem ementado liso ardósia emboço pintura ardósia laje em concreto pintura solxeconcreto<br />

Sala ceramica esmaltada granito cmlxiço pintura madeira emlxjço pintura granito<br />

Cozinha ceramica esmaltada granito azulejo esmaltado - gesso pintura granito<br />

Serviço cerâmica esmaltada granito azulejo esmaltado - gesso pintura granito<br />

Quuto cerâmica esmaltada granito emboço pintura madeira emboço pintura granito<br />

Banheiro ceramica esmaltada granito azulejo esmaltado - gesso pintura granito<br />

Escada dmentado liso granito emboço pintura - emboço pintura -<br />

Antecâmara dmentado liso granito emboço pintura - emboço pintura<br />

Circulação ceramica esmaltada granito emboço pintura granito gesso pintura<br />

Lixeira ceramica esmaltada granito azulejo esmaltado - gesso pintura -<br />

3° piso<br />

Circulação ceramica esmaltada granito emboço pintura granito gesso pintura granito


Local do Imóvel<br />

Informações para Arquivo no Registro de Imóveis<br />

(Lei 4.591 - 16/12/64 - Art. 32 e NB 140)<br />

Quadro VIII - Memorial Descritivo dos Acabamentos<br />

Folha<br />

(dependências de uso comum) n° 13<br />

Adotar numeração<br />

seguida do<br />

quadro 1 ao VIII<br />

Total de tolhas: 13<br />

Incorporador<br />

Profissional responsável pelo cálculo<br />

Nome:<br />

Nome:<br />

Assinatura:<br />

Assinatura:<br />

Data: Data: 3 junho, 2003 Registro CRI A:<br />

Dependências pisos paredes tetos peitoris<br />

Revestimento acabamento soleira revestimento acabamento rodapé revestimento acabamento<br />

Ante câmara Cimentado Liso Ardósia Emboço Pintura - Emboço Pintura -<br />

Escada Cimentado Liso Granào Emboço Pintura - Laje em concreto Pintura -<br />

Terraço Cerâmica Esmaltada Granito Cerâmica Esmaltada Granito - -<br />

Casa de máquinas<br />

Casa de máquinas Cimentado Liso Ardósia Emboço Pintura Laje em concreto Pintura Ardósia<br />

Antenas<br />

Casa de bombas<br />

Cimentado<br />

Cmentado<br />

Liso<br />

liso<br />

Ardósia<br />

Ardósia<br />

frHxx;o<br />

Emboço<br />

Pintura<br />

Pintura<br />

Ardósia<br />

Laje em concreto<br />

Laje em concreto<br />

Pintura<br />

Pintura<br />

Ardósia<br />

Ardósia<br />

Escada Cimentado Liso Ardósia Emboço Pintura Laje em concreto Pintura Aidósia<br />

CircuLição Cmentado liso Ardósia Emboço Pintura Ardósia Laje cm concreto Pintura Ardósia<br />

Fachadas<br />

Frontal - - - Granito/cerámica Polido/esmaltada - - - -<br />

Fundos - - - Granito/cerámica Polido/esmaltada - - - -<br />

Laterais • • - Cerâmica Esmaltada • - •


COMENTÁRIOS DOS QUADROS PREENCHIDOS<br />

Quadro I<br />

Este quadro tem o objetivo de destacar as diversas áreas do empreendimento,<br />

totalizando-as por pavimento. A sua montagem é desmembrada segundo as colunas:<br />

- Pavimento<br />

- Área de divisão não-proporcional, colunas 2 a 11 podendo compor-se de<br />

áreas privativas ou áreas de uso comum.<br />

- Área cie divisão proporcional, colunas 12 a 16, composta por área de uso<br />

comum.<br />

- Área total do pavimento, colunas 17 e 18.<br />

Neste exemplo, o empreendimento é composto de acesso, mezanino, 2 o , 3 Q ,<br />

4-, 6 Q , 8 2 , 10


- Unidade, coluna 19.<br />

- Áreas de divisão não-proporcional, podendo compor-se de áreas privativas ou<br />

áreas de uso comum, colunas 20 a 30.<br />

- Coeficiente de proporcionalidade, coluna 31.<br />

-Área de divisão proporcional, composta pela área de uso comum, colunas 32 a 36.<br />

- Área total da unidade, colunas 37 e 38.<br />

Neste exemplo, a edificação é formada por oito apartamentos por andar, todos<br />

duplex, em oito pavimentos. Além disso, contém 24 vagas de garagem comercializadas<br />

em separado.<br />

-As áreas privativas de divisão não-proporcional estão desmembradas por apartamento,<br />

difenciando-se do quadro I.<br />

- Áreas de uso comum, referentes às vagas de automóveis, são informadas<br />

unitariamente.<br />

- O coeficiente de proporcionalidade de cada unidade autônoma é obtido pela<br />

divisão da área de construção de divisão não-proporcional de cada unidade,<br />

pela soma das áreas de todas as unidades e somente delas, inclusive as vagas<br />

independentes.<br />

- Com base nos coeficientes de proporcionalidade de cada unidade é feito o<br />

rateio das áreas de divisão proporcional, obtidas no quadro I, pelas respectivas<br />

unidades autônomas.<br />

- As áreas totais (real e de construção) das unidades são calculadas pela somatória<br />

das áreas de divisão não-proporcional e proporcional.<br />

- As áreas totais (real e de construção) do empreendimento deverão ser iguais<br />

ao do quadro I.<br />

Quadro III<br />

O quadro III faz uma avaliação global da construção e do preço por metro<br />

quadrado da construção.<br />

As informações preliminares destacam as caracterísitcas do empreendimento<br />

em relação às designadas pela norma, o custo unitário básico por metro quadrado<br />

fornecido pelo Sindicato Regional e as principais áreas do projeto segundo os<br />

quadros I e II, referentes ao empreendimento.<br />

Na avaliação do custo global e preço por metro quadrado de construção é<br />

calculado o valor da construção obtido pelo custo unitário básico, somado aos<br />

valores complementares não constantes do custo unitário básico. O total do


custo da construção dividido pela área de construção global resultará no custo<br />

de construção por metro quadrado.<br />

Quadro IV<br />

O quadro IV trata da avaliação do custo da construção de cada unidade autônoma.<br />

Isto é feito pela combinação das informações do quadro II, através das áreas de<br />

construção de cada unidade, com as informações do quadro III, relativo ao valor do<br />

custo global de construção.<br />

As informações das áreas de construção possibilitam calcular o coeficiente de<br />

construção relativo a cada unidade. Por sua vez, o custo global da obra multiplicado<br />

pelo coeficiente de cada unidade resultará no valor de construção da unidade.<br />

Neste exemplo, há área sub-rogada. Neste caso, cada unidade autônoma é<br />

acrescida de uma parcela de área de sua responsabilidade e, conseqüentemente,<br />

é acrescentado ao seu custo de construção. As unidades sub-rogadas estão indicadas<br />

em observações e são rateadas proporcionalmente às demais unidades, como indicado<br />

nas colunas 43 a 45<br />

Quadro V<br />

O quadro V trata das informações gerais do empreendimento, tais como o tipo<br />

de edificação e os responsáveis pelo empreendimento e projetos, e faz uma descrição<br />

sumária dos compartimentos de cada pavimento, relacionando-os com as<br />

áreas obtidas nos quadros I e II.<br />

Quadro VI<br />

O quadro VI destaca o memorial descritivo dos equipamentos componentes da<br />

edificação. É formado pela descrição dos equipamentos, pelo ti|x> ou marca do equipamento,<br />

as características relativas ao seu acabamento e finalmente os detalhes gerais.<br />

Quadro VII<br />

O quadro VII tem como objetivo descrever as especificações de acabamentos<br />

relativas às dependências de uso privativo. Esta discriminação é feita por dependência,<br />

abordando os acabamentos de pisos, paredes, tetos e complementos como<br />

rodapé, soleira e peitoril.<br />

Quadro VIII<br />

Tem o objetivo de descrever as especificações de acabamentos relativas às<br />

NBR 12721 - Avaliação de custos unitários e preparo de orçamentos de construção para incorporação de edilicio em condomínio 153


dependências de uso comum da edificação. Esta discriminação é feita da mesma<br />

forma que a do quadro VII.<br />

Exercício:<br />

Seja uma edificação composta de:<br />

- Pavimento térreo contendo 14 vagas para automóveis.<br />

- Pilotis elevado.<br />

- Seis pavimentos-tipo, compostos de dois apartamentos por andar.<br />

- Pavimento de cobertura, formado por um apartamento.<br />

- Telhado.<br />

Levando-se em conta que os cálculos das áreas do empreendimento foram feitos<br />

segundo as "planilhas de cálculo de áreas" apresentadas a seguir, efetuar o<br />

preenchimento dos quadros I e II da Norma Brasileira Revisada, NBR 12721.<br />

Solução:<br />

a) Quadro I<br />

- O primeiro pavimento a ser preenchido é o pavimento térreo. As suas áreas<br />

compõem-se de área de uso comum de divisão não-proporcional, relativas às<br />

vagas de estacionamento e áreas de uso comum de divisão proporcional, relativas<br />

ao hall social, portaria, depósito e outros.<br />

- Pilotis - As áreas que compõem o pilotis, neste exemplo, são todas de divisão<br />

proporcional, correspondente ao apartamento do zelador, escada e pilotis social.<br />

- Pavimento-tipo - São lançadas as áreas relativas aos apartamentos no quadros<br />

de áreas privativas de divisão não-proporcional, enquanto as partes comuns, como<br />

circulação e escada, são lançadas nas áreas de divisão proporcional.<br />

- Pavimento de cobertura - Dá-se o mesmo tratamento que no do pavimento-tipo.<br />

-Telhado - As áreas componentes são todas de uso comum de divisão proporcional.<br />

Na linha de somatória, são obtidos os totais para cada coluna e finalmente os<br />

totais de área real e área de construção para o prédio.<br />

b) Quadro II<br />

- O preenchimento é feito para obtenção de áreas para cada unidade. Nas<br />

colunas relativas à área privativa de divisão não-proporcional são alocadas as


áreas correspondentes aos apartamentos: a área do apartamento em coberta-padrão,<br />

a área das varandas em coberta diferente da padrão (real) e a área das varandas<br />

correspondente à equivalência de construção.<br />

Nas colunas de áreas de uso comum de divisão não-proporcional são lançadas<br />

as áreas correspondentes às vagas de garagens. Elas podem ser lançadas vinculadas<br />

aos apartamentos ou desmembradas conforme o exemplo.<br />

A coluna de total de área de construção (coluna 30) corresponde à soma das<br />

áreas equivalentes cie construção para área privativa e comuns de divisão nãoproporcional.<br />

O coeficiente de proporcionalidade é obtido através da divisão da área de<br />

construção da unidade pela área total de construção das unidades autônomas. A<br />

soma destes coeficientes logicamente resultará em 100%. Neste exemplo, as vagas<br />

de garagem foram desmembradas cias unidades e não contêm coeficiente de<br />

proprocionalidade. De posse destes coeficientes, as áreas de uso comum de divisão<br />

proporcional serão rateadas proporcionalmente às unidades, segundo os coeficientes<br />

obtidos. A soma das áreas rateadas a cada unidade resultará na quantidade<br />

total utilizada previamente.<br />

Para se calcular, por unidade, a área total real e a área total de construção,<br />

basta somar o total correspondente às áreas cie divisão não-proporcional com o<br />

total das áreas cie divisão proporcional. A soma de todas as unidades e vagas<br />

resultará no total da obra, exatamente igual ao obtido pelo quadro I.<br />

NBR 12721 - Avaliação de custos unitários e preparo de orçamentos de construção para incorporação de edifício em condomínio 155


Ul<br />

"D<br />

CD<br />

o.<br />

o<br />

o.<br />

3<br />

O)<br />

Cálculo de áreas<br />

Obra: Fls 1 Data:<br />

Pavimento Medições % Cob. pad. Real Equival.<br />

1 - Térreo - 254,00 m 2<br />

Coberta-padrão (hall.<br />

portaria, escada, outros) 1,00 49,40<br />

Depósito 0,60 19,60 11,76<br />

- Estacionamento Acessos independentes - 14 vagas 0,50 - 185,00 92,50<br />

Subtotal 254,00 153,66<br />

2 - Pilotis - 303,00 m 2<br />

- Coberta-padrão (sala<br />

adminislr., apart. zelador, escada) 1,0 138,70<br />

- Pilotis social 0,65 - 164,30 106,80<br />

Subtotal 303,00 245,50<br />

3 Pavimento tipo (x 6)<br />

Parte comum 1,0 31,02<br />

Apt. 01 1,0 108,59<br />

Varandas 0,8 9,64 7,71<br />

Apt. 02 1,0 1 12,95<br />

- Varandas - 9,79 7,83<br />

271,99 268,10<br />

Subtotal (x 6) 1.631,94 1.608,60<br />

4 - Apt. dc cobertura = 279,01 m 2<br />

- Partes comuns 1,0 30,69<br />

Apt. cober. padrão 1,0 108,39 - -<br />

Varandas 0,8 - 4,05 3,24<br />

Terraço descoberto 0,65 135,88 88,32<br />

Subtotal 279,01 230,64<br />

5 Telhado = 155,22 m 2<br />

- Cobcrtura-padrão 1,0 34,90<br />

- Telhados e calhas 0,2 - 120,32 24,06<br />

Subtotal 155,22 58,96<br />

Total 2.623,17 2.297,36<br />

Verificação em planta:


CO<br />

DD<br />

ro<br />

-vi<br />

ro<br />

"2.<br />

Local do imóvel<br />

Nome:<br />

Assinatura:<br />

Data:<br />

Pavimento<br />

Coberta<br />

padrão<br />

Informações para Arquivo do Registro de Imóveis<br />

(Lei 4.591 16/12/64 - Art. 32 e NB 140)<br />

Quadro 1 - Cálculo das Áreas nos Pavimentos e das Áreas Globais<br />

Colunas 1 a 18<br />

Incorporador<br />

Nome:<br />

Assinatura:<br />

Data:<br />

Profissional responsável pelo cálculo<br />

Registro CRFA:<br />

Áreas de divisão não-proporcional<br />

Áreas de divisão proporcional<br />

Area privativa Área de uso comum Área de uso comum<br />

Coberta<br />

Coberta<br />

Totais<br />

de padrão Totais<br />

depodrão Totais<br />

diferente ou<br />

diferente ou<br />

Coberta<br />

descoberta<br />

Coberta descoberta<br />

padrão<br />

Real<br />

(2 + 3)<br />

Coberta<br />

de padrão<br />

diferente ou<br />

descoberta<br />

E(|uivalenlede<br />

Real ctostnjção<br />

üeconstnição<br />

(2+4)<br />

Real<br />

Equivalente<br />

de<br />

construção<br />

Real<br />

(7 + 8)<br />

Cfe<br />

construção<br />

(7 + 9)<br />

iXKlrào<br />

Real<br />

Ecjuivalente<br />

de<br />

COOv<br />

tnição<br />

Folha<br />

n° 1<br />

Adotar numeração<br />

seguida do quadro 1 ao VIII<br />

Total tis.<br />

Real<br />

(12+13)<br />

De construção<br />

(12+14)<br />

Real<br />

(5+10+15)<br />

Área do %<br />

pavimento<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 K) 11 12 13 M 15 16 17 18<br />

Temo<br />

Pílotrs<br />

- - - - - - 185,00 92,50 185.00 92 r 50 49,40<br />

13870<br />

19/30<br />

164,30<br />

1176<br />

10680<br />

69,(X)<br />

303,00<br />

61,16<br />

245,50<br />

254,00<br />

303,00<br />

De construção<br />

(6+11+16)<br />

153,66<br />

245,50<br />

a<br />

tipo<br />

7 o cobertura<br />

Telhado<br />

221,54<br />

108.39<br />

19.43<br />

139.93<br />

1554<br />

91,56<br />

240.97<br />

248.32<br />

237.08<br />

199.95 - - - - -<br />

31,02<br />

30.69<br />

34.90 120.32 24.06<br />

totais Z 1.437.63 256.51 184.80 1.694.14 1.622.43 - 185.00 92.50 185.00 92.50 439.81 3-34.22 142.62 744.03 582,43 2.623.17 2.297.36<br />

Área real global (total da coluna 17); Área de construção global (total coluna 18)<br />

31,02<br />

30,69<br />

155.22<br />

31,02<br />

30,69<br />

58,96<br />

271.99<br />

279,01<br />

155.22<br />

268.10<br />

230,64<br />

58,96<br />

x6<br />

wi<br />

VI


Informações para Arquivo do Registro de Imóveis<br />

(Lei 4.591 - 16/12/64 - Art. 32 c NB 140)<br />

Quadro II - Cálculo das áreas das unidades autônomas<br />

Colunas 19 a 38<br />

Folha<br />

n°2<br />

Local do imóvel<br />

Adotar numeração<br />

seguida do quadro I ao VIII<br />

Total fls.<br />

Nome:<br />

Assinatura:<br />

Data:<br />

Incorporador<br />

Nome:<br />

Assinatura:<br />

Data:<br />

Profissional responsável pelo cálculo<br />

Registro CREA:<br />

Áreas de divisão não-proporcional<br />

Áreas de divisão proporcional<br />

Unklíde<br />

Coberta<br />

padião<br />

Área privativa<br />

Coberta<br />

de padrão<br />

diferente ou<br />

descoberta<br />

Rftil<br />

Rftil<br />

(20+21)<br />

Totais<br />

Equivalente<br />

de<br />

construção<br />

Reconstrução<br />

(20+22)<br />

o<br />

£<br />

2<br />

J<br />

Área de uso comum<br />

Coberta de<br />

|xadrãodiierente<br />

(xj descoberta<br />

Real<br />

Equivalente<br />

de<br />

construção<br />

Real<br />

Totais<br />

(25 + 26)<br />

Oi<br />

construção<br />

(25+27)<br />

Total<br />

área do<br />

construção<br />

'24 + 29)<br />

Coeficiente<br />

de<br />

ixqxrcionalidade<br />

30<br />

130<br />

Coberta<br />

padrão<br />

31 x XI2<br />

Área de uso comum<br />

Coberta de<br />

|xidrão diferente<br />

ou descoberta<br />

Real<br />

31x113<br />

[quivalentede<br />

construção<br />

31xSI4<br />

Real<br />

Totais<br />

(32 + 33)<br />

De<br />

construçõo<br />

(32+34)<br />

Real<br />

(23+28+35)<br />

Areada<br />

unidade<br />

Cfe<br />

construção<br />

(30 +36)<br />

Observações<br />

19 33 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 31 35 36 37 38<br />

101,toi<br />

IQMÍOB<br />

103,59<br />

112,95<br />

10839<br />

9j&1<br />

9.7)<br />

139,93<br />

771<br />

783<br />

91,56<br />

1183<br />

122.74<br />

24832<br />

11630<br />

12078<br />

199,95<br />

-<br />

70\<br />

Vags<br />

1321 661 1321 661<br />

Tolais I 1.437.63 256,51 184.80 1.694,14 1.622,43 - 185,00 92,50 185,00 92,50 1.714,93 1,00 439,81 304,22 142,62 744,03 582,43 2.623.17 2.297,36<br />

Área real global (total da coluna 37); Área de construção global (total coluna 38)<br />

11630<br />

120.78<br />

199,95<br />

661<br />

007168<br />

0XJ7444<br />

0,12324<br />

3153<br />

3274<br />

54,19<br />

2181<br />

22,65<br />

37,46<br />

1022<br />

10,62<br />

17,58<br />

5334<br />

5539<br />

91,65<br />

4175<br />

4336<br />

7177<br />

17157<br />

178,13<br />

339,97<br />

1321<br />

158X5<br />

161,14<br />

271,72<br />

661<br />

x6<br />

x6<br />

xl4


8<br />

Introdução<br />

à Incorporação<br />

Imobiliária Brasileira<br />

O intuito de acrescentar este capítulo tem o sentido de dar uma idéia de como<br />

funciona a incorporação imobiliária e qual a sua importância no Brasil.<br />

Acreditamos que o investimento na área imobiliária brasileira é um dos melhores<br />

e mais seguros do País.<br />

De um modo geral, os valores dos imóveis no Brasil acompanham ou superam<br />

as correções monetárias provenientes da inflação.<br />

Mesmo ao longo de vários planos de estabilização monetária e nos mais variados<br />

estágios políticos que o País atravessou, a propriedade foi sempre respeitada.<br />

Mais ainda, passa a ter um valor mais significativo exatamente pela segurança<br />

que representa.<br />

Estima-se hoje um déficit habitacional superior a dez milhões de habitações.<br />

Se considerarmos que ainda não há um plano habitacional estratégico em execução<br />

para a redução deste déficit a curto prazo e que continua havendo um razoável<br />

crescimento populacional, sem dúvida alguma há um mercado bastante promissor<br />

na área das edificações.<br />

Esta carência de habitações implica uma valorização crescente dos imóveis.<br />

Citamos como exemplo para reflexão uma edificação de pequeno porte, com<br />

10 unidades residenciais e cerca de 2.000 m 2 .<br />

Considere uma equipe média de 40 operários por mês e um custo de construção<br />

global estimado da obra de R$ 2.000.000,00 e que serão consumidos mais de 500<br />

diferentes insumos (materiais, equipamentos e ferramentas de construção) com<br />

variáveis quantidades.<br />

Com este quadro, dá para se ter uma idéia da importância econômica e social:<br />

- Pela absorção de mão-de-obra e conseqüentemente o número de famílias a<br />

serem sustentadas.<br />

- Pelo movimento industrial dos mais diversos setores da construção, gerando<br />

produtos, impostos e mais uma vez absorvendo um contingente razoável de<br />

mão-de-obra.


- Pelo crescimento econômico da região, através deste magnífíco movimento<br />

financeiro.<br />

- Pela criação de novas habitações, em geral de boa qualidade, oferecendo o<br />

que há de mais moderno para melhorar a qualidade de vida dos habitantes da<br />

região.<br />

- Finalmente, proporcionando lucratividade aos investidores do empreendimento,<br />

que terão motivação para novos investimentos.<br />

Em relação às incorporações imobiliárias, podemos citar, entre outros, os seguintes<br />

aspectos que devem ser levados em conta, para o seu sucesso:<br />

1 - Criação da empresa incorporadora.<br />

2 - Compra do terreno.<br />

3 - Estudo do projeto.<br />

4 - Estudo de viabilidade econômica do empreendimento.<br />

5 - Elaboração de documentação técnica e jurídica do empreendimento.<br />

6 - Construção do empreendimento<br />

7 - Gerenciamento do empreendimento.<br />

8 - Venda do empreendimento.<br />

9 - Entrega dos imóveis.<br />

10 - Análise dos resultados.<br />

1 - CRIAÇÃO DA EMPRESA INCORPORADORA<br />

A partir do momento em que exista a certeza do investimento na área imobiliária<br />

através de um empreendimento definido, é necessário que se processe a<br />

parte legal para a incorporação.<br />

Sugerimos que seja feito por profissionais experientes e tradicionais do mercado, no<br />

sentido de se levar em conta as reais necessidades e flexibilidade que possam vir a<br />

compor as áreas de atuação da empresa.<br />

É usual que os futuros contadores da empresa preparem o contrato social, levando-se<br />

em conta os diversos aspectos de participação imobiliária.<br />

A escolha dos parceiros para uma sociedade nesta área é fundamental. Nunca<br />

é demais lembrar que se trata de uma empresa em que os investimentos a serem<br />

aplicados são bastante consideráveis e os ganhos de investimentos podem ser de<br />

médio a longo prazo. O perfil do investidor, a capacidade de investimentos, os<br />

objetivos comuns dos sócios são alguns dos elementos a serem considerados.


2 - COMPRA DO TERRENO<br />

A compra do terreno é sem dúvida o primeiro passo efetivo para empreender<br />

um projeto.<br />

Para os investidores muitas vezes a prioridade de uma edificação não está<br />

exatamente no tipo do empreendimento a ser edificado, mas o retorno que ele<br />

poderá oferecer.<br />

Para qualquer dos tipos, a escolha do terreno requer um cuidado "absoluto". O sucesso<br />

do empreendimento também vai depender da escolha e da compra do terreno.<br />

Sugerimos que a procura e a compra do terreno sejam feitas com a assessoria<br />

de empresas corretoras de imóveis tradicionais, com um bom nome no mercado.<br />

Obviamente, as compras de terrenos podem ser feitas diretamente com os proprietários<br />

ou por meio de pequenos corretores e ser bem-sucedidas.<br />

Acreditamos que através de empresas tradicionais no mercado os riscos técnicos<br />

e jurídicos são minimizados, principalmente para as empresas incorporadoras<br />

que estejam iniciando neste mercado.<br />

Entendemos como boa compra a escolha de um terreno bem localizado, em<br />

solo de boa qualidade para a construção, junto a boa vizinhança, em área adequada<br />

ao projeto que se quer empreender e a um custo igual ou inferior ao do mercado<br />

em questão.<br />

É importante uma pesquisa de mercado com algumas corretoras da região ou<br />

consultas pessoais, para se ter uma noção razoável dos preços dos terrenos da<br />

região.<br />

3 - ESTUDO DO PROJETO<br />

Uma vez escolhido o terreno, é importante a elaboração do projeto arquitetônico<br />

e sua aprovação junto aos órgãos competentes.<br />

Em muitos casos, a escolha do terreno e o estudo do projeto caminham juntos.<br />

Para a possível compra do terreno, é usual solicitar a um projetista arquitetônico<br />

que faça um estudo do que poderá ser edificado.<br />

Qualquer que seja o caso, mais uma vez sugerimos a utilização de profissionais<br />

gabaritados com experiência profissional do mercado em questão.<br />

É importante o conhecimento do código de obras da região para maximizar a<br />

utilização das áreas a serem construídas e das áreas das unidades privativas e<br />

minimizar as deficiências do projeto, tanto na questão da legislação como nas<br />

questões práticas para a execução da obra.


4 - ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA DO EMPREENDIMENTO<br />

De posse do estudo do projeto arquitetônico, do terreno em questão ou opção<br />

para a sua compra, é preciso elaborar um estudo de viabilidade econômica do<br />

empreendimento, para que os incorporadores tenham a dimensão exata das despesas,<br />

riscos e margem de lucratividade do empreendimento.<br />

Esta talvez seja a fase mais importante do processo, pois é nela que será decidido<br />

o destino do empreendimento.<br />

Consideramos como principais variáveis para a viabilidade do empreendimento:<br />

Despesas:<br />

- Custo do terreno.<br />

- Custo do projeto e viabilidade econômica.<br />

- Custos da construção.<br />

- Custo de venda (lançamento, corretagem).<br />

- Custos financeiros por empréstimos ou financiamentos.<br />

- Despesas jurídicas, impostos e taxas.<br />

- Despesas administrativas da construção e das vendas.<br />

Receitas:<br />

-Venda das unidades do empreendimento.<br />

Algumas metodologias são usadas nas análises de viabilidade de um empreendimento.<br />

Podemos citar:<br />

- Percentual do valor do lucro em relação ao valor do terreno.<br />

- Percentual do valor do lucro em relação ao valor das despesas do empreendimento.<br />

-Valor do lucro em relação ao número de meses de duração do empreendimento.<br />

- Renda mensal decorrente da locação do empreendimento pronto.<br />

- Percentual da renda mensal total em relação às despesas do empreendimento.<br />

- Percentual dos lucros em relação aos recursos próprios alocados.<br />

Cada empreendedor tem sua maneira de analisar a viabilidade do empreendimento<br />

e suas margens mínimas de lucratividade.<br />

Muitas vezes esses empreendedores comparam os resultados com os outros<br />

tipos de investimento, não necessariamente na área imobiliária.


Um fator extremamente importante na viabilidade econômica são as condições<br />

de venda do empreendimento e de pagamentos e a época da venda.<br />

Isto porque no estudo de viabilidade econômica é feita uma projeção de custeio<br />

ao longo do tempo e também das receitas. Um empreendimento pode dar resultados<br />

conservadores, caso tudo se confirme como o previsto em planejamento.<br />

Podemos obter resultados absolutamente surpreendentes, quando se lançam à<br />

venda as unidades de um bom projeto, em condições financeiras favoráveis ao<br />

mercado, ainda na fase inicial ou até mesmo antes do início do empreendimento.<br />

Um fluxo de caixa bem elaborado, em casos de vendas bem-sucedidas, possibilita<br />

um desembolso muito reduzido dos recursos próprios, resultando em<br />

lucratividades altas na análise de lucros obtidos pelos recursos próprios alocados.<br />

Para o estudo de viabilidade é importante a participação conjunta dos profissionais<br />

envolvidos diretamente com o empreendimento, tais como:<br />

- Incorporadores.<br />

- Escritório de arquitetura.<br />

- Escritório de planejamento e gerenciamento.<br />

- Escritório de promoção e propaganda.<br />

- Escritório cie vendas.<br />

- Escritório jurídico.<br />

5 - ELABORAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA E JURÍDICA DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

Com relação à parte técnica, deve ser providenciado todo o planejamento<br />

técnico da obra, tais como orçamento detalhado da obra, cronograma físico-financeiro,<br />

cronograma descritivo das atividades e demais relatórios afins.<br />

Nesta fase todos os projetos deverão estar completos: projetos de arquitetura, cálculo<br />

estrutural, instalações, instalações especiais, especificações de acabamento.<br />

Deve-se preparar a estrutura necessária para os lançamentos gerenciais das despesas<br />

e receitas do empreendimento segundo o plano de contas, que resultarão em<br />

relatórios analíticos (controle cie insumos e financeiro) para a contabilização da obra.<br />

Quanto aos aspectos jurídicos, podemos citar a elaboração da NBR 12721, o<br />

contrato cie construção, os contratos para a incorporação (parcerias), convenção<br />

de condomínio e as certidões negativas pelos órgãos competentes.<br />

Enfatizamos a importância de cada documentação jurídica, como forma de<br />

clareza no negócio e prevenção para não ocorrerem surpresas inesperadas e muitas<br />

vezes sérias ao longo do empreendimento ou após a sua conclusão.


Mais uma vez mencionamos a necessidade de profissionais tradicionais e<br />

gabaritados, que estejam acostumados à elaboração da documentação e conheçam<br />

bem os "detalhes sutis".<br />

Esta é uma área em que algumas vezes vimos o barato sair caro e o caro sair<br />

barato. Profissionais gabaritados podem apresentar honorários mais caros, mas podem<br />

redundar em economia para o empreendimento.<br />

Muitas vezes, profissionais menos preparados podem custar mais barato inicialmente,<br />

podendo acarretar fortes dores de cabeça ou consideráveis prejuízos. Esta<br />

ressalva serve tanto para o aspecto técnico quanto para o jurídico.<br />

6 - CONSTRUÇÃO DO EMPREENDIMENTO<br />

Os empreendimentos são executados em geral sob duas formas:<br />

(a) - A construção a preço de custo, em que uma construtora é contratada por<br />

meio de boas indicações do mercado ou por conhecimento anterior de algum dos<br />

incorporadores.<br />

Ela administra todos os materiais, mão-de-obra, equipamentos e ferramentas<br />

do empreendimento. Obedece aos projetos apresentados e se remunera usualmente<br />

por uma porcentagem dos custos diretos da obra.<br />

Faz uma prestação de contas mensal, ou quinzenal, em que apresenta todas as<br />

receitas oriundas das incorporadoras, a pasta com todas as notas fiscais e as faturas<br />

dos pagamentos efetuados no mês em questão e o saldo resultante no final do mês.<br />

O incorporador assina com a construtora um contrato de construção, no qual constam<br />

as cláusulas principais que envolvem as operações da construção civil, no sentido<br />

de se definir as responsabilidades de ambas as partes, agindo com transparência nas<br />

atitudes e diminuindo as possíveis dúvidas para evitar problemas no futuro.<br />

Prazo de execução, formas de liberação de verbas, formas de compras e<br />

contratações, autorização de representantes dos incorporadores, formas de prestações<br />

de contas, responsabilidade do construtor, multas por não-cumprimento de<br />

etapas, entre outras, fazem parte integrante do contrato de construção.<br />

(b) - A construção por empreitada global, em que é feita uma licitação com<br />

várias construtoras tradicionais do mercado com base em todos os projetos já<br />

definidos, as especificações de acabamentos completas, a situação jurídica do<br />

terreno legalizada e a licença da obra liberada.<br />

Após a análise técnica, jurídica e financeira das concorrentes, é escolhida a<br />

vencedora, que garante a execução do empreendimento a um prazo e custo pre-


viamente definidos, com seu desembolso efetuado ao longo do cronograma de<br />

execução da obra.<br />

Também haverá um contrato de construção, que deverá ser elaborado em<br />

conjunto com engenheiro e advogado que mil item nesta área, a fim de garantir<br />

todos os aspectos técnicos e jurídicos, para que antes, durante e depois do empreendimento<br />

concluído todos os integrantes do contrato tenham seus direitos e<br />

obrigações claramente caracterizados.<br />

7 - GERENCIAMENTO DO EMPREENDIMENTO<br />

Trata-se da empresa que será a representante técnica dos incorporadores<br />

junto à construtora. Em geral, ela inicia a sua participação ainda na fase da<br />

elaboração dos projetos, prestando toda a sua experiência nos detalhes construtivos,<br />

nas especificações de acabamento da obra, na implantação do canteiro<br />

da obra, entre outros.<br />

Colaborará na elaboração do contrato de construção, na abertura e análise da<br />

licitação e na decisão da empresa que construirá a obra.<br />

Finalmente, fará o acompanhamento físico-financeiro da obra. Prestará todas as<br />

informações aos incorporadores através de relatórios gerenciais em que constarão<br />

dados desde compras de insumos, estoques, mão-de-obra (quantidades e custos),<br />

situação física cios diversos serviços de construção através de planilhas e fotografias,<br />

situação das receitas, despesas e contrato dos diversos serviços de construção.<br />

No caso de obras por empreitada global, responcJe pela planilha física e financeira<br />

periódica da obra para a liberação das parcelas devidas à construtora, sempre<br />

de acordo com o descrito no contrato de construção.<br />

Sem dúvida, é na fase de andamento da obra que começam a aparecer os<br />

problemas de relacionamento entre incorporadores e construtores.<br />

Cabe à empresa gerenciadora, representante legítima dos incorporadores, utilizar<br />

sempre o bom senso e principalmente o profissionalismo para resolver os problemas.<br />

Costumamos afirmar que quanto mais detalhado o projeto, mais definidas as<br />

especificações e mais completo o contrato de construção, menos problemas ocorrerão<br />

ao longo da obra.<br />

Cabe ainda à empresa gerenciadora ter uma postura isenta e profissional,<br />

antevendo os possíveis problemas para buscar as soluções.<br />

Um cios maiores problemas, sem dúvida, são as modificações do projeto original.<br />

É quando se criam as primeiras possibilidades para a construtora pleitear acréscimo<br />

no custo previsto.


Insistimos que cabe à gerenciadora lutar para que sejam mínimas tais modificações<br />

e, quando estas virem a ocorrer, utilizar junto aos construtores os mesmos<br />

critérios de cobrança efetuados na planilha de custos da empresa, quando ainda<br />

da época da licitação.<br />

8 - VENDA DO EMPREENDIMENTO<br />

Um empreendimento da construção civil envolve na maioria dos casos investimentos<br />

muito altos.<br />

Acreditamos que para serem bem-sucedidos tais empreendimentos devam ser trabalhados<br />

de maneira extremamente profissional.<br />

No caso de vendas do empreendimento, não poderia ser diferente. Deve-se trabalhar<br />

com empresas tradicionais do mercado, renomadas, que tenham estrutura para<br />

suportar a capacidade cie vencia necessária.<br />

Muitos empreendimentos hoje em dia distribuem suas vendas com mais de uma<br />

empresa imobiliária. Além de aumentar a perspectiva de vendas, tais empresas têm<br />

carteira de bons investidores, o que permite boa alavancagem de vendas.<br />

Trata-se também de criar uma espécie de competição positiva, em que todos<br />

têm a ganhar.<br />

Pi\ra a obtenção de uma tabela de vendas realista é preciso uma boa pesquisa<br />

mercadológica.<br />

O perfil dos futuros compradores, o preço unitário de vendas do mercado, as mercadorias<br />

em oferta, a localização do empreendimento, as áreas das unidades e das<br />

partes comuns do empreendimento, as áreas de lazer, o número de vagas de garagem,<br />

entre outros, são alguns dos aspectos a serem considerados.<br />

Ao se trabalhar com empresas imobiliárias tradicionais do mercado, praticamente<br />

já se terá estas informações, comuns a essas empresas.<br />

9 - ENTREGA DOS IMÓVEIS<br />

Muitas empresas não dão o devido valor ao momento da entrega dos imóveis.<br />

Consideramos que o ato da entrega deve ser cuidadoso e atencioso. É o<br />

momento da realização do sonho de cada comprador ou investidor da mercadoria<br />

comprada.<br />

É quando se fará mais um cliente em potencial para as futuras realizações e,<br />

além dele, certamente seus amigos e parentes tomarão conhecimento e visitarão<br />

os imóveis. Estes poderão se tornar clientes em potencial.<br />

Acreditamos que junto com as chaves deve ser entregue ao proprietário do imóvel


uma pasta orientativa, um manual do proprietário/usuário, com orientações gerais<br />

sobre o funcionamento do imóvel.<br />

Deve-se enfatizar a utilização e verificação das instalações elétricas, hidráulicas,<br />

de esgoto, telefone, da manutenção das portas e janelas, conservação de pisos e<br />

paredes, de possíveis economias com eletricidade, entre outros.<br />

Deve-se anexar ainda a convenção de condomínio, que deverá enfatizar os itens<br />

mais importantes, até mesmo por meio de exemplos práticos.<br />

10-ANÁLISE DOS RESULTADOS<br />

É quando os empreendedores farão seu fechamento financeiro e a análise dos<br />

resultados obtidos pelo empreendimento.<br />

Deve-se tomar cuidado com esta análise, para que os custeios sejam alocados nos<br />

respectivos itens. Na verdade deverá ser feito um paralelo entre a viabilidade financeira<br />

antes do início do empreendimento e os custeios reais ocorridos.<br />

Com base neste paralelo, os empresários terão uma visão global do que foi previsto<br />

e o que foi realizado.<br />

É neste momento que se cria a perspectiva de novos negócios, através da motivação<br />

dos empresários que foram bem-sucedidos no seu negócio, ou se perdem investimentos<br />

futuros, em função da frustração de empreendimentos malsucedidos.<br />

Alertamos para o aprofundamento da análise de resultados. Muitas vezes eles se<br />

apresentam camuflados em função de um momento de mercado. Outras vezes,<br />

criam-se perspectivas bem melhores num prazo médio ou longo. Não são poucas as<br />

variáveis para uma boa análise.<br />

OBSERVAÇÕES FINAIS<br />

Com a bagagem de militarmos nesta área por cerca de 29 anos e de muita participação<br />

em gerenciamento e incorporações imobiliárias, podemos afirmar que o investimento<br />

imobiliário é um dos melhores e mais seguros investimentos do País.<br />

Como destaques de necessidade e importância, temos:<br />

O déficit habitacional, o crescimento populacional, a necessidade de crescimento<br />

econômico do País nos próximos anos, a legislação e a história da política nacional<br />

quanto à garantia da propriedade privada. Citamos ainda o permanente desejo do ser<br />

humano de melhoria das condições de vida e de moradia e o crescente nível de<br />

investimento de moedas estrangeiras no País.<br />

Tudo isso indica e até garante que projetos bem elaborados tecnicamente, com<br />

estudos de mercado adequados, serão investimentos com alto grau de segurança e<br />

retorno em curto, médio ou longo prazo.


9<br />

Introdução<br />

ao Gerenciamento<br />

das Edificações<br />

A cada dia, torna-se mais importante o papel do gerenciamento em empreendimentos<br />

imobiliários. Seja para obras no sistema de preço de custo, seja por empreitada<br />

global, a participação do gerenciador junto aos investidores possibilita uma<br />

transparência das informações técnicas e financeiras, intermediando a relação dos<br />

investidores com a construtora. Permite ainda avaliações permanentes da performance<br />

física e financeira da obra, intervindo de maneira positiva para a melhoria da qualidade,<br />

no cumprimento dos prazos e barateamento cios custos. Aos construtores,<br />

exerce um trabalho de controle e gestão, que quando entendido sob a forma de<br />

parceria cria benefícios inclusive para a construtora, pois com a organização das<br />

informações, o acompanhamento dos serviços e as avaliações periódicas, induz a<br />

uma maior eficiência e organização para a execução do produto e conseqüentemente<br />

da empresa.<br />

Podemos destacar como sendo co-responsabilidade da empresa gerenciadora as<br />

atividades descritas em três fases do empreendimento:<br />

1 a fase: Viabilidade econômica e planejamento técnico da edificação, em que<br />

destacamos:<br />

- Projeto de custos;<br />

- Carta-convite e documentação técnica para licitação;<br />

- Contrato de construção.<br />

2 a fase: Produção da edificação, em que destacamos:<br />

- Gestão física e financeira da edificação;<br />

- Gestão da qualidade da construção;<br />

- Relatório gerencial físico-financeiro;<br />

- Relatório gerencial da qualidade da construção.


3 a fase: Conclusão da obra, em que destacamos:<br />

- Entrega do empreendimento;<br />

- Avaliação dos resultados.<br />

1 a FASE: VIABILIDADE E PLANEJAMENTO DA EDIFICAÇÃO<br />

(a) Projeto de custos:<br />

É tecnicamente interessante que a empresa gerenciadora elabore o projeto de custos,<br />

com base nos projetos completos de arquitetura, cálculo estrutural, instalações, nos<br />

projetos especiais e no memorial descritivo completo. O projeto de custos (orçamento<br />

detalhado, cronograma tísico-financeiro, programação de compras e contratações), neste<br />

caso, servirá de base para a licitação em caso de a obra ser contratada sob a forma de<br />

empreitada global, ou referência para todo o acompanhamento da obra, no caso de<br />

contratação da construtora sob a forma de preço de custo.<br />

(b) Carta-convite e documentação técnica para licitação:<br />

Em caso de a obra ser contratada sob a forma de empreitada global, pode caber<br />

à gerenciadora a co-responsabilidade do preparo da carta-convite e da documentação<br />

técnica para a execução da licitação, em que podemos destacar como documentos<br />

relevantes os projetos completos, o memorial descritivo, minuta do contrato<br />

de construção, relação dos documentos técnicos, jurídicos, fiscais, bancários e<br />

contábeis, currículo da empresa e dos diretores, entre outros.<br />

(c) Contrato de construção:<br />

Com base na experiência do gerenciador, seja do ponto de vista da construção<br />

por administração ou por empreitada, entendemos como importante a sua participação<br />

na elaboração do contrato, enfatizando pontos que podem se tornar polêmicos<br />

se não forem destacados antes da assinatura do contrato, como por exemplo:<br />

- A equipe operacional que fará parte da obra, tais como apontador, vigia,<br />

guincheiro, mestre.<br />

- O engenheiro residente ou supervisor, em que algumas empresas incluem o<br />

profissional no custo da obra, e em alguns casos consideram também para fins<br />

de remuneração da construtora.<br />

- A remuneração da construtora sobre custos que consideramos indiretos, tais<br />

como IPTU, despesas contábeis, despesas jurídicas e legais, entre outras. Enten-


demos que a remuneração da construtora se justifica sobre os custos diretos da<br />

obra. Os custos indiretos elevem ser avaliados a cada caso.<br />

- O valor total do orçamento da obra, o cronograma físico-financeiro, o fator de ajuste<br />

inflacionário e a apresentação de relatórios periódicos que avaliem a previsão.<br />

- A pré-fixação do limite de remuneração da construtora em função do orçamento<br />

previsto.<br />

- O percentual a ser aplicado de encargos sociais sobre a mão-de-obra.<br />

2 a FASE: PRODUÇÃO<br />

Nesta fase, o papel do gerenciamento é permanente, ou seja, acompanha diariamente<br />

a obra no seu aspecto físico-financeiro.<br />

Recomendamos que a empresa gerenciadora tenha um preposto na obra, com a<br />

responsabilidade de acompanhar junto aos responsáveis da construtora:<br />

(a) Recebimentos dos materiais, quanto à quantidade, qualidade, transporte e<br />

estocagem na obra.<br />

(b) Conferência das notas fiscais relativas às quantidades, preços unitários e<br />

totais, condições de pagamento e reajustamento.<br />

(c) Conferência das folhas de pagamento dos operários, os salários-hora, as horas<br />

normais e as extras e o total da folha de pagamento.<br />

(d) Conferência das faturas dos empreiteiros, com base nos levantamentos de<br />

quantidades, preços unitários dos contratos e o total a ser pago. Avaliação dos<br />

cálculos dos descontos e impostos a serem retidos.<br />

(e) Avaliação física da obra (anexo 1), em que os serviços mais relevantes do<br />

ponto de vista físico-financeiro serão avaliados para o cálculo do percentual<br />

físico executado até o período e que constará do relatório gerencial da obra, em<br />

comparação com a avaliação financeira.<br />

(f) Anal isar ciando seu parecer para aos fechamentos de todas as compras e contratações<br />

da edificação, com base nas licitações enviadas pela construtora, por e-mail ou fax,<br />

em comparação com o orçamento atualizado e de preços do mercado de construção.<br />

Sempre que possível deve-se recomendar outras empresas, fornecedores ou<br />

empreiteiros tradicionais no mercado da construção para serem incluídos na licitação.<br />

Além de possibilitar uma licitação mais transparente e independente, permite<br />

um possível barateamento da construção com serviços de qualidade.


(g) No encerramento do período, cabe à construtora enviar as pastas de contas à<br />

gerenciadora para que ela possa analisá-las e dar seu parecer e fazer comentários<br />

que sejam pertinentes às receitas e despesas do empreendimento.<br />

Todos os documentos constantes da pasta de contas devem conter o visto do<br />

preposto da gerenciadora, caracterizando, portanto, que os documentos foram<br />

conferidos na obra antes de seus pagamentos.<br />

(h) Emitir um relatório gerencial mensal, no qual é abordada de forma lógica e<br />

objetiva a performance física e financeira. Inclui uma projeção para o final de obra,<br />

considerando seus aspectos positivos e negativos encontrados até a data (anexo 2).<br />

3 a FASE: TÉRMINO DA OBRA<br />

a) Entrega do empreendimento:<br />

É o momento da conclusão e da realização do projeto do investidor ou do morador.<br />

É recomendável a elaboração prévia de uma lista de checagem para conferência<br />

dos equipamentos e qualidade do produto, junto com a construtora. Uma vez<br />

completa e conferida, é feita a vistoria da unidade privativa, com o proprietário,<br />

para que seja efetivado o recebimento, sem qualquer tipo de exigência, ou indicados<br />

os problemas para serem sanados de imediato.<br />

b) Avaliação dos resultados:<br />

Concluído o empreendimento, mesmo que ainda haja recebimentos ou vendas<br />

a serem efetuados, recomendamos a avaliação dos resultados com base nos dados<br />

de receitas e despesas do momento, e de suas projeções futuras, em comparação<br />

aos estudos efetuados na viabilidade do empreendimento.<br />

É neste momento que os resultados influenciarão os investidores a continuarem<br />

a empreender, aumentar o montante a ser investido, reduzir ou até mesmo desistir<br />

de futuros investimentos imobiliários.<br />

O gerenciador, juntamente com a construtora, tem o papel de identificai a cada<br />

momento a situação do empreendimento, interferindo e tomando decisões que possam<br />

aumentar a sua viabilidade.<br />

Lembramos que os investimentos em empreendimentos imobiliários são uns<br />

dos mais seguros do País, gerando riqueza real, além de possibilitar a criação<br />

expressiva de empregos para mão-de-obra especializada e nâo-especializada.


ANEXO 1 - PERCENTUAL FÍSICO DA OBRA<br />

No quadro anexo, apresentamos a avaliação física de uma obra, na qual constam<br />

os seguintes elementos:<br />

- itens e serviços correspondentes à obra;<br />

- pesos percentuais dos custos dos serviços em relação ao custo total da obra;<br />

- percentual físico dos últimos três meses da obra;<br />

- pesos representativos de cada serviço, levando em conta os percentuais executados<br />

do último mês, multiplicado pelo peso percentual do custo do serviço.<br />

A soma de todos os pesos representativos dos serviços leva ao percentual físico<br />

da obra, no mês em referência.<br />

Considerações sobre a avaliação física:<br />

- Projetos: Considerando que o cálculo do seu percentual é a multiplicação do<br />

seu peso financeiro representativo pelo percentual executado, neste caso, seu<br />

percentual pode ser avaliado pelos desenvolvimentos dos projetos ou pelos gastos<br />

efetuados neste item.<br />

- Instalações da obra: O percentual físico pode ser avaliado pelos serviços executados<br />

no canteiro da obra, de acordo com os respectivos itens orçamentários.<br />

- Serviços gerais: Os serviços deste item, em geral, estão de acordo com o prazo da<br />

obra e com o cronograma físico-financeiro, pois se trata geralmente da equipe técnica<br />

e de despesas operacionais da obra. Neste caso, a avaliação se dá pelo cronograma<br />

ou pela proporcionalidade cio prazo cumprido em relação ao prazo total da obra.<br />

- Elevador: Em geral, os pagamentos são feitos antes da montagem do equipamento<br />

na obra. Recomendamos em especial, neste caso, que a avaliação física<br />

leve em conta os pagamentos, uma vez que se trata de valores expressivos e<br />

elevem expressar um percentual ao longo do tempo.<br />

- Demais serviços: A avaliação física leva em conta a quantidade executada<br />

do serviço em relação ao total previsto. Os percentuais dos serviços dentro de<br />

um mesmo item, como fôrma, armação e concreto, e dentro do item supraestrutura,<br />

devem ser considerados com base nos valores e pesos previstos em<br />

orçamento, em relação ao total do item.<br />

Nesta avaliação, consta ainda uma análise comparativa do percentual físico<br />

encontrado em relação ao previsto no cronograma, enfocando adiantamento ou<br />

atraso em dias corridos.


Percentagem física da obra: Novembro 03 - Data de medição: 1/12/2003. ANEXO 1<br />

OBRA : PERCENTAGEM FÍSICA Setembro Outubro Novembro<br />

ITENS SERVIÇOS PESO % % % TOTAL<br />

PROIFTOS 4.40 80.00 81.00 81.00 3 56<br />

INSTAI.ACÒES DA OBRA 3 98 60.00 62.00 65.65 2.61<br />

SFRVIÇOS CIFRAIS 22.42 38.68 47.91 51.91 1 1.64<br />

TRABAI NOS FM TFRRA 0.82 99.00 99.00 1 00.00 0.82<br />

INFRA-ESTRUTURA 6.73 100.00 100.00 100.00 6.73<br />

SUPRA-FSTRUTURA 13.28 100.00 100.00 100.00 13.28<br />

PAREDES F PAINÉIS AIVFNARIA 3 0? 93 00 98.00 98.00 2.96<br />

ESQUADRIAS DF MADEIRA 1.26 0.00<br />

ESQUADRIAS MFTÁI ICAS 4 07 10.00 25 00 25 00 1 02<br />

EERRACFNS 0.28 0.00<br />

VIDROS 1.35 0.00<br />

rOBFRTURAS F PROTEÇÕES TFI HA DO 0.20 1 00.00 0.20<br />

IMPERMEABILIZAÇÃO 2 82 21 00 48.00 82.00 2.31<br />

REVESTIMENTO F PINTURA REVESTIMENTO INTERNO 1 45 12.00 30.00 39.00 0.57<br />

RFVFSTIMFNTO FXTFRNO 3.53 36.00 1.27<br />

A/L II FIOS/FÕRMICAS 1 95 4000 83 00 1 62<br />

ESPECIAIS 7 5? 8.00 0.20<br />

PINTURA 7 73 0 00<br />

PAVIMFNTACÕFS TACOS F TAPFTFS 1.21 0.00<br />

CERÂMICAS 2.04 6.00 6.00 0.12<br />

OUTROS 3.1


ANEXO 2 - ANÁLISE FÍSICO-FINANCEIRA DA CONSTRUÇÃO<br />

O objetivo deste relatório gerencial é apresentar de forma sucinta uma posição<br />

físico-financeira do empreendimento, com base no mês mais recente das informações,<br />

para que os investidores e a construtora conheçam o desempenho geral dos<br />

custos do empreendimento.<br />

Segundo o quadro anexo, temos:<br />

1 - Análise financeira global:<br />

A análise enfoca o orçamento inicial do empreendimento e a variação inflacionária<br />

dos custos de construção com base nos custos unitários básicos do Sindicato<br />

da Construção. Considera ainda o saldo a pagar até o final da obra, levando em conta<br />

a aplicação dos ajustes orçamentários pela variação inflacionária ou por re-orçamentos.<br />

Informa também o prazo final previsto para a conclusão do empreendimento segundo<br />

o cronograma previsto em planejamento.<br />

2 - Análise física da obra:<br />

Apresenta uma comparação física em relação ao cronograma, pelas informações<br />

apresentadas no item 1 deste relatório, e na avaliação dos percentuais físicos,<br />

segundo o anexo 1.<br />

3 - Conclusão:<br />

É avaliada a situação físico-financeira, assim como sugeridas medidas a serem<br />

tomadas para um melhor posicionamento da gestão do empreendimento.


ANEXO 2<br />

RIO Df JANEIRO, 10 dc janeiro dc 2004<br />

Obra: NOVEMBRO DE 2003<br />

ASSUNTO: Análise físico-financeira da obra:<br />

1 - Análise Financeira Global:<br />

a - Orçamento Inicial (janeiro 2003): RS 1.576.728,58 ou 2.429,96 CUBs<br />

Custo Unitário Básico - Sindiscon RJ (Jan./03): 648,87<br />

Custo Unitário Básico Sinduscon RJ (Nov./03): 738,12<br />

VARIAÇÃO INFI.ACIONÁRIA (NOVEMBRO 03/JANEIRO 03): 13,75%<br />

b - Cálculo do saldo a pagar de 1/12/2003 até o final da obra (Julho/04) :<br />

Previsão orçamentária dos custos diretos da obra:<br />

Gastos diretos até 30/11/03:<br />

Saldo a gastar de dezembro/03 até julho/04:<br />

RS 1.576.728,58<br />

R$ 932.956,27<br />

RS 643.772,31<br />

0,00%<br />

59,17%<br />

40,83%<br />

Prazo de Conclusão da Obra: 8 meses para término da obra (julho de 2004)<br />

baseado no orçamento de janeiro de 2003<br />

A confirmar pelo relatório de novembro de 2003 da construtora<br />

Sem levar em conta a variação inflacionária no período de<br />

janeiro/03 a novembro/03 correspondente a 13,75%<br />

2 - Análise Física da Obra:<br />

- Segundo o cronograma físico-financeiro, em 30 de novembro de 2003 a obra deveria apresentar um percentual de 53,84% para uma arrecadação total de RS 848.914,34.<br />

A obra apresenta um percentual de 58,24% em 1/12/2003 para um gasto direto de RS 932.956,27 até 30/11/2003.<br />

A ser confirmado com o relatório de novembro de 2003 da construtora.<br />

3 - Conclusão:<br />

- A obra se apresenta adiantada em cerca de vinte e um dias, em relação ao cronograma físico-financeiro.<br />

- Recomendamos que os aportes sejam ajustados levando-se em conta a inflação de construção, para que o andamento físico-financeiro não<br />

seja comprometidos ao longo do tempo.


INTRODUÇÃO AO PLANEJAMENTO E CONTROLE<br />

DE CUSTOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL BRASILEIRA<br />

O objetivo deste livro é fornecer ao leitor subsídios básicos e<br />

práticos na área de planejamento e controle de custos na<br />

construção civil.<br />

Para o sucesso de um empreendimento é fundamental o seu<br />

planejamento através de um estudo de viabilidade econômica, do<br />

desenvolvimento de orçamento detalhado da obra e da<br />

elaboração de cronogramas que sirvam de parâmetros para um<br />

acompanhamento físico-financeiro.<br />

Da mesma forma o acompanhamento e o gerenciamento são<br />

fundamentais para que a obra tenha uma performance adequada,<br />

de acordo com o previsto pelo planejamento.<br />

Este livro é de grande utilidade para engenheiros, arquitetos,<br />

estudantes, técnicos de edificações e investidores que atuam no<br />

ramo da construção civil.<br />

Os capítulos foram elaborados de forma didática, com exemplos<br />

práticos para a consolidação dos conceitos desenvolvidos.

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