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INTRODUÇÃO<br />
AO PLANEJAMENTO<br />
E CONTROLE DE CUSTOS<br />
NA CONSTRUÇÃO CIVIL<br />
BRASILEIRA<br />
Pedrinho Goldman<br />
• Orçamento<br />
• NBR 12721<br />
• Incorporação Imobiliária<br />
• Gerenciamento
PEDRINHO GOLDMAN<br />
• Engenheiro civil formado<br />
em 1977 pela Pontifícia<br />
Universidade Católica<br />
do Rio de Janeiro.<br />
• Diretor da Pekman<br />
Engenharia Ltda. - Empresa<br />
de Consultoria em Planejamento<br />
de Edificações, fundada<br />
em 9/2/1982.<br />
• Professor do curso<br />
"Orçamento e<br />
Acompanhamento de Custos<br />
na Construção Civil" (Núcleo<br />
de Treinamento Tecnológico RJ).<br />
• Mestre em produção civil;<br />
curso concluído em 1999 pela<br />
Universidade Federal<br />
Fluminense do Rio de Janeiro
P I N P<br />
INTRODUÇÃO<br />
AO PLANEJAMENTO<br />
E CONTROLE DE CUSTOS<br />
NA CONSTRUÇÃO CIVIL<br />
BRASILEIRA<br />
Pedrinho Goldman<br />
• Orçamento<br />
• NBR 12721<br />
• Incorporação Imobiliária<br />
• Gerenciamento
Introdução ao planejamento e controle de custos na construção<br />
civil brasileira<br />
©Copyright Editora Pini Ltda.<br />
Todos os direitos de reprodução ou tradução reservados pela Editora Pini Ltda.<br />
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)<br />
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)<br />
Goldman, Pedrinho, 1954-<br />
Introdução ao planejamento e controle de custos<br />
na construção civil brasileira / Pedrinho Goldman. --<br />
4. ed. atual. -- São Paulo : Pini, 2004.<br />
Conteúdo parcial : Orçamento -- NBR 12721 --<br />
Incorporação imobiliária - Gerenciamento<br />
Bibliografia.<br />
ISBN 85-7266-155-7<br />
1. Construção - Custos 2. Construção -<br />
Planejamento 3. Indústria da construção - Brasil<br />
4. Indústria da construção - Planejamento<br />
I. Título.<br />
04-2982 CDD-692.5<br />
índices para catálogo sistemático:<br />
1. Construção : Custos : Tecnologia 692.5<br />
Coordenação Manuais Técnicos: Raquel Cardoso Reis<br />
Projeto gráfica, capa e diagramação: LL Artes Gráficas<br />
Revisão: Mônica Costa<br />
Editora Pini Ltda.<br />
Rua Anhaia, 964 - CEP 01130-900 São Paulo, SP<br />
Fone: 11 3352-7558 - Fax 11 3352-7587<br />
Internet: www.piniweb.com - E-mail: manuais@pini.com.br<br />
4~ Edição<br />
1 a tiragem: 1.000 exemplares, maio/2004<br />
2 a tiragem: 1.000 exemplares, set/2005
prefácio<br />
Toda construção começa com uma pergunta: os recursos disponíveis serão suficientes<br />
para concluir a obra? Em tempos de ajustamento à economia globalizada, em que as margens<br />
vão diminuindo à proporção inversa da competitividade empresarial, poucos especialistas<br />
brasileiros estão tão qualificados a respondê-la quanto Pedrinho Goldman, engenheiro<br />
com 29 anos de atuação na indústria de construção civil, responsável por alguns dos<br />
maiores projetos imobiliários do Rio de Janeiro e autor deste livro que você compartilha<br />
comigo do privilégio de ter em mãos.<br />
"Introdução ao Planejamento e Controle de Custos na Construção Civil", esta quarta<br />
edição, revista e atualizada, é leitura obrigatória que preenche uma lacuna na ainda carente<br />
bibliografia técnica sobre planejamento e gerenciamento financeiro no atual mercado brasileiro<br />
de construção civil. Nos dias de hoje, o cálculo financeiro e o planejamento total cie<br />
um empreendimento, antes mesmo de seu início efetivo, assumiram a mesma importância<br />
de um cálculo estrutural, uma vez que as margens de negócio atingiram um patamar menor<br />
que no passado. Hoje, o erro é a linha divisória entre sucesso e fracasso, lucro e prejuízo.<br />
Destinado a estudantes, engenheiros, técnicos e incorporadores, o livro de Pedrinho<br />
Goldman é um instrumento de extraordinário valor didático, este sim, incalculável. O incrível<br />
desenvolvimento tecnológico experimentado pelas técnicas de construção nos últimos<br />
vinte anos abriu para empreiteiros e incorporadores um vasto leque de conquistas e desafios.<br />
As conquistas traduzem-se numa escala magnificente de difusão de informações e<br />
conhecimentos nunca antes vivenciada na história humana. Os desafios brotam de cada<br />
novo projeto, impondo a engenheiros, arquitetos e empreendedores uma permanente<br />
reciclagem e revisão da metodologia científica de tudo o que se entende por engenharia e<br />
administração de recursos.<br />
A consciência da importância das finanças remonta à Grécia dos tempos de Péricles,<br />
que consolidou a supremacia econômica de sua terra promovendo intenso programa de<br />
obras públicas para embelezar Atenas e gerar empregos para a população. E, finalmente,<br />
a Demóstenes, que ensinou como orador e homem público que "ter recursos é necessário<br />
e sem eles nada que é necessário pode ser feito". Essa cultura do pleno conhecimento<br />
financeiro de cada etapa de uma empreitada - que atravessou séculos como qualidade
imprescindível para o êxito de qualquer empreendimento - pode ser flagrada em cada<br />
página desta obra.<br />
Engenheiro, consultor, auditor, professor e escritor, Pedrinho Goldman concebeu notável<br />
trabalho intelectual ao apontar fachos de luz às dúvidas habituais que brotam durante as<br />
fases de planejamento e gestão orçamentária. O conteúdo técnico e a qualidade de "Introdução<br />
ao Planejamento e Controle de Custos na Construção Civil" motivarão,<br />
indubitavelmente, novos investimentos para o mercado imobiliário. Durante mais de dez<br />
anos de convivência, período em que trabalhamos conjuntamente - fosse contratado por<br />
mim ou por terceiros - em projetos que saltaram de páginas em branco para a paisagem<br />
urbana carioca, presenciei a paixão com que Pedrinho Goldman se entrega ao trabalho,<br />
nunca restringindo sua atividade à frente de micros e planilhas, mas saindo a campo para<br />
pesquisar e concretizar na prática os princípios matemáticos resultantes de mais de duas<br />
décadas de pesquisas.<br />
O Brasil, com riqueza de matéria-prima e mão-de-obra qualificada, é uma das dez<br />
maiores economias do mundo. Este modelo, entretanto, é insuficiente para consolidar a<br />
inserção do País à atual conjuntura econômica mundial. A dimensão moderna deste modelo<br />
orbita em torno do perfeito gerenciamento de capital, matéria-prima e recursos humanos.<br />
Esse conceito está no centro do novo modelo, do novo paradigma. E, amparada em alicerces<br />
científicos como os que folheamos nas páginas a seguir, temos a certeza de que a<br />
indústria de construção civil brasileira caminha para atingir, muito em breve, níveis<br />
tecnológicos que em nada ficarão a dever aos observados nos países do Primeiro Mundo.<br />
Uma certeza tão absoluta quanto um planejamento do engenheiro Pedrinho Goldman.<br />
ROGÉRIO JONAS ZYLBERSZTAJN<br />
Engenheiro
Dedico aos meus pais,<br />
Ela Berek Goldman e Kejla Goldman,<br />
pelo apoio que nunca faltou
Agradeço à equipe da Pekman Engenharia, em especial,<br />
a Michelle Valentic Ferreira e Amália de Souza Neta pela colaboração nas<br />
modificações dos textos e conteúdos técnicos para a elaboração desta edição
índice<br />
CAPÍTULO 1 A ESTRUTURA DE UM SETOR DE PLANEJAMENTO TÉCNICO 11<br />
0 setor de planejamento técnico na empresa de construção 15<br />
Fluxograma do sistema 15<br />
1 . J fase - Viabilidade da construção 17<br />
2. -1 fase - Planejamento técnico-econômico da construção 20<br />
3."' fase - Controle físico-financeiro da construção 23<br />
A.* fase - Resultados físico-financeiros da construção 26<br />
CAPÍTULO 2 O PLANO DE CONTA NOS SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO 27<br />
Descrição de serviços principais 28<br />
Carimbo de lançamento contábil 38<br />
Plano de Contas de Construção detalhado 38<br />
CAPÍTULO 3 CADASTRO DE PREÇOS E COMPOSIÇÕES DOS SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO 67<br />
Cadastro de fornecedores 67<br />
Cadastro de preços de materiais e serviços 68<br />
Composições de serviços de construção 71<br />
Composição A - Execução de fôrma (e desforma) para<br />
fundações - sapatas, blocos e cintas 71<br />
Composição B - Preparo e lançamento de concreto estrutural 73<br />
Composição C Armação para estruturas de concreto<br />
(vigas, pilares e lajes) 76<br />
Composição D - Alvenaria de tijolo cerâmico furado 80<br />
Composição f Revestimento de piso cerâmico 83<br />
CAPÍTULO 4 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E DE ACABAMENTO DA OBRA 87<br />
Especificações gerais do empreendimento 89<br />
Generalidades 89<br />
Instalação da obra 90<br />
Movimentação de terra 90<br />
Fundações 91<br />
Estrutura 91<br />
Alvenaria 91
Soleiras, rodapés e peitoris 91<br />
Csquadrias 92<br />
Ferragens 92<br />
Vidros 92<br />
Cobertura 93<br />
Tratamentos 93<br />
Revestimentos 93<br />
Pinturas 94<br />
Pavimentação 94<br />
Instalações - generalidades 94<br />
Instalações elétricas 94<br />
Telefone 96<br />
Instalações hidráulicas 96<br />
Gás 96<br />
Incêndio 96<br />
Esgoto sanitário 97<br />
Águas pluviais 97<br />
Elevadores 97<br />
lixo 97<br />
Aparelhos 98<br />
Elementos decorativos 98<br />
Complementação da obra 98<br />
Fachadas 99<br />
Caderno complementar de especificações 99<br />
CAPÍTULO 5 ORÇAMENTO DA CONSTRUÇÃO POR ESTIMATIVAS 105<br />
Projetos 107<br />
Instalação da obra 107<br />
Serviços gerais 107<br />
Trabalhos em terra 107<br />
Fundação 108<br />
Estrutura 108<br />
Instalações 108<br />
Alvenaria 108<br />
Cobertura 108<br />
Tratamentos 108<br />
Esquadrias 108<br />
Revestimentos 108<br />
Pavimentação 109<br />
Rodapé, soleira e peitoril 109<br />
Ferragens 109<br />
Pintura 109
Vidros 109<br />
Aparelhos 109<br />
Complementarão 109<br />
Limpeza 109<br />
Remuneração da construtora 109<br />
Anexo I - Custos unitários/m- de área equivalente de construção 116<br />
Anexo II - Quadro percentual incidente de custo por serviço principal 117<br />
Anexo III - Quadro percentual incidente de custo por serviço principal 119<br />
CAPÍTULO 6 CONTROLE DOS SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO 121<br />
Materiais de utilização nos serviços 122<br />
Equipamentos 123<br />
Ferramentas 123<br />
Mão-de-obra 125<br />
Prazo de execução 126<br />
Considerações sobre o método de trabalho empregado 126<br />
A quantidade produzida do serviço 126<br />
Os custos correspondentes a cada insumo 128<br />
CAPÍTULO 7<br />
NBR 12721 - AVALIAÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS E PREPARO DE ORÇAMENTOS<br />
DE CONSTRUÇÃO PARA INCORPORAÇÃO DE EDIFÍCIO EM CONDOMÍNIO 133<br />
Definições para os efeitos da NBR 12721 134<br />
Projeto aprovado 134<br />
Projetos-padrão 134<br />
Dependências de uso privativo 134<br />
Dependências de uso comum 134<br />
Área coberta padrão 134<br />
Área real 134<br />
Área equivalente de construção 134<br />
Área de divisão não-proporcional 135<br />
Área de divisão proporcional 135<br />
Área de construção sub-rogada 135<br />
Custo unitário básico 135<br />
Características principais dos projetos padrão utilizado<br />
na NBR 12721 136<br />
Exemplos de preenchimento dos quadros I a VIII da NBR 12721 138<br />
Comentários dos quadros preenchidos 151<br />
Quadros para preenchimento de informações para arquivo<br />
no registro de imóveis 157
CAPÍTULO 8 INTRODUÇÃO À INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA BRASILEIRA 159<br />
Criação da empresa incorporadora<br />
Compra do terreno 161<br />
Estudo do projeto 161<br />
Estudo de viabilidade econômica do empreendimento 162<br />
Elaboração da documentação técnica e jurídica do<br />
empreendimento 163<br />
Construção do empreendimento 164<br />
Gerenciamento do empreendimento 165<br />
Venda do empreendimento 166<br />
Análise dos resultados 167<br />
Observações finais 167<br />
CAPÍTULO 9 INTRODUÇÃO AO GERENCIAMENTO DAS EDIFICAÇÕES 169<br />
I a Fase: viabilidade e planejamento da edificação 170<br />
2- Fase: produção 171<br />
3 a Fase: término da obra 172<br />
Anexo I - Percentual físico da obra 173<br />
Anexo 2 - Análise físico-financeira da construção 175
A estrutura de um setor<br />
de planejamento técnico<br />
O planejamento se constitui hoje em um dos principais fatores para o sucesso<br />
de qualquer empreendimento. No tocante à construção predial, faz-se necessário<br />
um sistema que possa canalizar informações e conhecimentos dos mais diversos<br />
setores e, posteriormente, direcioná-los de tal forma que todas essas informações e<br />
conhecimentos sejam utilizados para a construção.<br />
O setor de planejamento técnico surge exatamente desta necessidade de organização,<br />
deste complexo que á um empreendimento de construção predial.<br />
Com relação às empresas de construção, o setor de planejamento técnico interliga-se<br />
com quase todos os outros setores da empresa. Para que se conheça como<br />
esta engrenagem funciona, descrevemos a seguir o relacionamento do planejamento<br />
com os outros setores.<br />
a) Setor de planejamento e setor de arquitetura<br />
A primeira influência exercida pelo setor de planejamento no setor de arquitetura é<br />
no que tange à escolha de especificações a serem adotadas nas obras. Isto porque as<br />
facilidades ou dificuldades encontradas pela obra na execução de determinados materiais,<br />
como, por exemplo, se os materiais são de boa qualidade ou mais baratos que os<br />
similares, são informações e atribuições do setor de planejamento técnico.<br />
A perfeita coordenação do projeto arquitetônico com outros projetos (cálculo estrutural,<br />
instalações, outros) também é atribuição do planejamento. A responsabilidade<br />
na procura de novos materiais e serviços aliados à economia nos custos são atribuições<br />
que o planejamento deve dividir com o setor de arquitetura.<br />
b) Setor de planejamento e setor financeiro<br />
No setor financeiro, o planejamento geralmente fornece informações quanto à<br />
viabilidade econômica do empreendimento referente ao custo de construção obtido<br />
pelo orçamento detalhado da obra, pelo cronograma físico-financeiro e pelo<br />
custo de construção de cada unidade do empreendimento obtido da execução da<br />
NBR 12721, antiga NB 140.
Além disso, o planejamento também fornece as previsões de despesas da construção<br />
em períodos de interesse e as documentações técnicas necessárias ao pedido<br />
de financiamento.<br />
c) O setor de planejamento e o setor contábil<br />
É no setor contábil que o planejamento recebe os dados relativos às despesas reais<br />
de construção, para que possa avaliar, planejar e controlar os custos das obras. Também<br />
apropria todas as despesas de construção num sistema de codificações por item<br />
de serviços e o envia mensalmente ao setor de planejamento.<br />
O setor de planejamento pode, também, fornecer dados ao setor referentes às<br />
construções, sempre que for necessário, como no auxílio de dados de fiscalização<br />
contábil.<br />
d) O setor de planejamento e o setor de processamento de dados<br />
Os computadores eletrônicos são de grande valia para o setor de planejamento,<br />
principalmente na execução de serviços, tais como:<br />
Orçamentos<br />
Cronogramas físico-financeiros<br />
NBR12721<br />
Controle cie materiais e serviços<br />
Controle de despesas de construção<br />
Concorrências<br />
Previsões financeiras<br />
Projetos<br />
Gestão de contratos<br />
Relatórios gerenciais físico-financeiros<br />
Os itens descritos acima serão abordados posteriormente de maneira mais detalhada,<br />
pois eles formam a alma do planejamento.<br />
Estes serviços são praticamente todos elaborados por microcomputadores, inclusive<br />
nas empresas de pequeno porte.<br />
A elaboração dos projetos de arquitetura, cálculo estrutural e projetos de<br />
instalações com a utilização da informática estão em processo de crescimento<br />
no Brasil.
Acreditamos que este processo esteja em ritmo acelerado e as universidades têm<br />
um papel preponderante de difundir junto aos universitários, principalmente de engenharia<br />
e arquitetura, o hábito e a prática destas aplicações (CAD e softwares correlatos).<br />
e) O setor de planejamento e o setor de tesouraria<br />
É função do setor de planejamento enviar previsões de despesas ao setor de<br />
tesouraria, para o bom cumprimento das obrigações financeiras cia empresa. Em<br />
certos casos, as previsões financeiras são de grande importância, pois as empresas<br />
em geral colocam à disposição tão-somente os valores previstos pelo planejamento<br />
para o bom andamento do empreendimento. Caso as previsões apresentem grandes<br />
deformações, poderão acarretar sérios danos tanto para o empreendimento<br />
quanto para a empresa.<br />
f) O setor de planejamento e o setor jurídico<br />
O planejamento é responsável pelo envio da documentação técnica, que será<br />
anexada ao dossiê entregue nas repartições competentes para que o empreendimento<br />
seja efetivado. Entre outros, temos:<br />
Orçamento<br />
Cronograma físico-financeiro<br />
NBR 12721<br />
Especificações<br />
Cronograma detalhado<br />
g) O setor de planejamento e o setor de compras<br />
O setor de planejamento é em relação ao setor de compras o seu braço direito.<br />
Tanto serve de fornecedor como de controlador e age da seguinte maneira em<br />
relação a compras:<br />
-Todas as propostas são analisadas pelo planejamento, antes de fechadas, para<br />
serem comparadas com os respectivos valores orçamentários, fornecendo as<br />
devidas observações que serão enviadas ao setor de compras juntamente com<br />
a proposta em questão.<br />
- É com o auxílio do planejamento que o setor de compras adota o sistema de<br />
concorrência para determinados serviços ou materiais, pois se o planejamento<br />
tem um sistema de cadastro de materiais e conhece fatores como qualidade<br />
dos materiais, das empreiteiras, dificuldades de aplicação dos materiais e ou-
tros aspectos, possibilita que as concorrências tenham grande chance de ser<br />
bem-feitas e conseqüentemente os serviços sejam bem fechados.<br />
- O setor de planejamento deve montar um sistema integrado do tipo Planejamento-Obra-Compra,<br />
de forma que os pedidos de materiais, feitos pelas obras,<br />
sejam sempre conferidos pelo setor de planejamento, no sentido de serem estritamente<br />
necessários para a execução, não permitindo assim perdas desnecessárias<br />
que quase sempre afetam consideravelmente as despesas das obras.<br />
h) O setor de planejamento e o setor de engenharia-obras<br />
Finalmente, o planejamento afeta diretamente o fim último do empreendimento,<br />
ou seja, a execução da obra.<br />
Quase tudo que foi dito até agora em relação aos outros setores, de uma forma ou de<br />
outra, obriga a um relacionamento muito grande entre a obra e o planejamento.<br />
Existem empresas que procuram criar um setor de planejamento nas próprias<br />
obras, o que é correto no caso em que o porte destas não comporte ainda um setor<br />
nos seus escritórios.<br />
Porém, quando a empresa começa a se expandir, torna-se difícil o mecanismo<br />
de planejamento e controle isolado, necessitando de um centralizador de toclas as<br />
informações e dados das obras.<br />
Vários são os dados das obras que devem ser enviados ao planejamento, entre<br />
os quais:<br />
- Informações mensais de entrada de materiais, assim como seus gastos, locais<br />
de utilização e quantidade em estoque, com os quais montamos os sistemas<br />
de controle de materiais e apropriação de serviços.<br />
- Previsão de despesas, como programa de execução, para que não haja discrepância<br />
com o cronograma físico-financeiro.<br />
- Preenchimento de planilhas criadas pelo planejamento, com o objetivo de<br />
obter as produções efetuadas em obra. Estes dados, combinados com outros do<br />
planejamento, servirão de termômetro de custos, ou seja, fornecerão condições<br />
ao profissional do setor de planejamento para julgar o andamento físico-financeiro<br />
de qualquer obra.<br />
- Históricos técnicos de materiais e serviços, para que o setor de planejamento<br />
possa julgar a necessidade de manter ou alterar serviços, produtividade,<br />
empreiteiras, materiais, equipamentos e outros.
É junto à obra que o planejamento deve:<br />
-Testar novos materiais, assim como novas técnicas de execução.<br />
- Apropriar serviços, otimizando-os ao máximo.<br />
- Identificar as dificuldades da obra, para poder estudar e encontrar suas<br />
soluções.<br />
Em seguida, apresentamos um quadro em que se mostram as diversas fases de<br />
um empreendimento e como o setor de planejamento participa e atua.<br />
O SETOR DE PLANEJAMENTO TÉCNICO NA EMPRESA<br />
DE CONSTRUÇÃO<br />
- Responsável pelo estudo de viabilidade técnico-econômica do empreendimento<br />
- Responsável pelo planejamento técnico-econômico das obras<br />
- Responsável pelo controle técnico-econômico das obras em andamento<br />
- Responsável pela obtenção e análise dos resultados técnico-econômicos do<br />
empreendimento<br />
FLUXOGRAMA DO SISTEMA
Se analisarmos o percurso deste fluxograrna, concluímos:<br />
- Que ao iniciarmos os estudos dos novos empreendimentos, primeiro devemos<br />
fazer a sua viabilidade técnico-econômica. Se a resposta a essa viabilidade for<br />
não, trataremos de buscar novos empreendimentos. Caso contrário, seguiremos<br />
para a etapa seguinte.<br />
- Uma vez caracterizada a viabilidade técnico-econômica do empreendimento,<br />
parte-se para o planejamento propriamente dito. É nesta fase que<br />
toda a programação físico-financeira do empreendimento deve ser elaborada<br />
e não se deve considerar esta etapa como perda de tempo. Ao contrário,<br />
em geral um empreendimento bem planejado leva menos tempo de<br />
execução do que quando não o é. Além disso, nesta fase se constatam de<br />
maneira mais detalhada as informações financeiras elaboradas na fase de<br />
viabilidade. É bom lembrar que nunca é tarde para avaliar um mal que<br />
pode ser evitado, ou seja, caso as informações inviabilizem uma análise<br />
feita anteriormente, ainda há tempo de impedir que um empreendimento<br />
seja malsucedido.<br />
Em geral, o planejamento deve ser todo elaborado antes de a obra ser iniciada,<br />
o que ainda não ocorre na prática das construções de hoje.<br />
- A fase de controle de empreendimento se dá durante a sua execução.<br />
A qualidade deste controle está diretamente ligada à qualidade do planejamento<br />
previamente elaborado e à qualidade do acompanhamento<br />
físico-financeiro do empreendimento. Quanto melhor a organização da<br />
empresa e da obra, maior a probabilidade de as informações estarem<br />
corretas, possibilitando um bom controle. Nesta fase da obra não se faz<br />
apenas controle. O controle é feito para propiciar, neste mesmo período,<br />
um planejamento de curto prazo e obtenção de resultados, para<br />
que, nos casos de correções, estas possam ser feitas ainda durante os<br />
serviços em andamento e não pura e simplesmente para constatar uma<br />
deficiência já ocorrida.<br />
- Os resultados são obtidos através de comparação e avaliação das previsões<br />
e estudos do planejamento com as informações obtidas do controle do<br />
empreendimento. Estes resultados são obtidos tanto durante a execução da<br />
obra quanto após o seu término. Destes resultados, retornaremos às outras<br />
etapas de novos empreendimentos, para atualizar e melhorar os níveis do<br />
trabalho delas, formando assim a retroalimentação do sistema.
FASE - VIABILIDADE DA CONSTRUÇÃO<br />
Dados<br />
- Projeto arquitetônico<br />
- Especificações técnicas e de acabamento da obra<br />
- Prazo da obra<br />
Obter<br />
-Viabilidade do empreendimento<br />
Setores Envolvidos<br />
- Vendas: Valor do terreno<br />
Valor de venda dos imóveis<br />
Despesas com promoções<br />
- Financeiro: Despesas financeiras<br />
(financiamento ou recurso próprio)<br />
- Arquitetura: Estudos preliminares<br />
A I a<br />
fase - Viabilidade de construção - vê-se envolvida,<br />
principalmente, com três setores:<br />
a) Setor de Promoção e Comercialização<br />
As empresas de construção ou têm no seu quadro de funcionários profissionais altamente<br />
especializados no ramo de promoção e vendas, ou trabalham com empresas<br />
especializadas. Em função de uma série de fatores, tais como localização do terreno,<br />
padrão social da região, características do projeto, situação do mercado comprador e<br />
vendedor, entre outros aspectos, este setor fornecerá para a viabilidade:<br />
-Valor de terreno - Pode ser obtido diretamente com proprietários que tenham<br />
interesse na venda, através de um custo médio por m 2 de terreno (valores estimativos)<br />
e empresas imobiliárias especializadas.<br />
-Valor de venda dos imóveis - Pode ser obtido através de vendas de imóveis<br />
semelhantes, em regiões próximas ao local em estudo, através de anúncios<br />
publicados nos meios de comunicação, por estimativas do custo/m 2 de área útil<br />
da unidade, entre outros.<br />
- Despesas com promoções - Em função da política promocional da empresa<br />
ou através de percentual do volume geral de vendas, cobrado pelas empresas<br />
especializadas.
) Setor Financeiro<br />
Na obtenção da viabilidade econômica, outro setor de fundamental importância<br />
é o financeiro. Isto porque, em função da política da empresa empreendedora,<br />
pode-se empreender um projeto com recurso próprio, ou através de recursos de<br />
terceiros; entre eles, os financiamentos são os mais comuns. Tanto na utilização de<br />
recursos próprios como na utilização de recursos de terceiros, a empresa incorre<br />
em despesas financeiras que devem ser computadas na viabilidade do empreendimento.<br />
c) Setor Arquitetônico<br />
É o setor arquitetônico que fornecerá os subsídios básicos para a avaliação<br />
e para o próprio empreendimento, ou seja, o projeto arquitetônico e as<br />
especificações de acabamento de obra. Na fase do empreendimento, ou<br />
seja, a fase de viabilidade, em geral as empresas ainda não têm o projeto<br />
arquitetônico detalhado. Em muitos casos nem o projeto básico, mas simplesmente<br />
um estudo preliminar do empreendimento. O ideal é que, mesmo nesta<br />
fase, já se tenha o projeto arquitetônico detalhado. Ocorre que por questões de<br />
negociações nem sempre é possível esperar que o projeto esteja pronto, e por<br />
isso mesmo a viabilidade é feita de maneira "estimativa".<br />
Um elemento que hoje é também fundamental a uma correta viabilidade e que<br />
não se pode deixar de levar em conta é o prazo da obra. Considerando que o prazo<br />
é um pouco delimitado pelo prazo técnico de execução, não faz mal lembrar que<br />
a sua variação implica alterações no custo direto e indireto de construção e nas<br />
despesas financeiras, entre outros.<br />
A sua importância aumenta ainda mais, com acréscimo real dos custos da<br />
mão-de-obra e seus respectivos encargos sociais.<br />
Exemplo simplificado de uma viabilidade econômica:<br />
Seja uma edificação rnultifamiliar, formada por dez apartamentos com sala, três<br />
quartos, totalizando uma área equivalente de construção de 1.600 m 2 . O padrão de<br />
acabamento do empreendimento é normal, tendo um custo/m 2 de área equivalente<br />
de construção da ordem de RS 900,00/m 2 em setembro de 2003.<br />
A área do terreno tem 400,00 m 2 e o valor por metro quadrado do terreno é de<br />
R$ 600,00/m 2 .<br />
As despesas financeiras, levando-se em conta o prazo da construção, são de 8%.<br />
O valor da vencia de cada apartamento corresponde a R$ 270.000,00.
As despesas com promoção de vendas correspondem a 5% do valor geral de<br />
vendas.<br />
Pede-se:<br />
1 - Calcular o lucro do empreendimento<br />
2 - Calcular em porcentagem o lucro do empreendimento em relação às despesas<br />
da mesma<br />
3 - Calcular o índice que representa o lucro em relação ao valor do terreno<br />
4 - Calcular em porcentagem o lucro do empreendimento em relação à receita<br />
da mesma<br />
Solução:<br />
A - Receitas:<br />
- Quantidade: dez apartamentos<br />
-Valor venal: R$ 270.000,00 por apartamento<br />
- Receita total: 10 x R$ 270.000,00 = R$ 2.700.000,00<br />
B - Despesas:<br />
B.1 - Terreno:<br />
- Área do terreno: 400 m 2<br />
-Valor do terreno por metro quadrado de sua área: R$ 600,00/m 2<br />
Valor do terreno: R$ 600/m 2 x 400 m 2 = R$ 240.000,00<br />
B.2 - Construção:<br />
- Área total equivalente de construção: 1.600 m 2<br />
- Custo por metro quadrado de área equivalente de construção:<br />
R$ 900,00/m 2<br />
- Custo da construção: 1.600 m 2 x R$ 900,00/m 2 = R$ 1.440.000,00<br />
B.3 - Despesas financeiras:<br />
-Valor do custo da construção: R$ 1.440.000,00<br />
- Percentual de despesas financeiras: 8%<br />
- Despesas financeiras: 0,08 x R$ 1.440.000,00 = R$ 115.200,00
13.4 - Despesas com vendas:<br />
-Valor Geral de Vendas (V.G.V.): R$ 2.700.000,00<br />
- Percentual de despesas com vendas: 5%<br />
- Despesas com vendas: 0,05 x R$ 2.700.000,00 = R$ 135.000,00<br />
Total das despesas: B.1 + B.2+ B.3 + B.4 = R$ 1.930.200,00<br />
RESPOSTAS AOS QUESITOS:<br />
1- Lucro do Empreendimento: Receitas - Despesas =<br />
R$ 2.700.000,00 -1.930.200,00 = R$ 769.800,00<br />
2 - Percentagem do lucro em relação às despesas:<br />
(Lucro/Despesas) x 100 = (769.800,00/1.930.200,00) x 100 = 39,88%<br />
3 - índice do lucro em relação ao valor do terreno:<br />
(Lucro/terreno) x 100 = (769.800,00/240.000,00) x 100 = 320,75%<br />
4 - Percentagem do lucro em relação à receita total:<br />
(Lucro/Receita) x 100 = (769.800,00/2.700.000,00) x 100 = 28,51 %<br />
Nota:<br />
Apesar de termos apresentado um exemplo de forma simplista, adotamos nos<br />
quesitos cálculos muito usuais pelos incorporadores da construção civil.<br />
Eles podem variar consideravelmente pelo tipo de investimento, pela forma<br />
de obtenção dos recursos financeiros para empreender o projeto, pela expectativa<br />
de vendas (antes, durante e depois da construção), entre outros.<br />
2 a FASE - PLANEJAMENTO TÉCNICO-ECONÔMICO DA CONSTRUÇÃO<br />
Dados<br />
- Projeto arquitetônico completo<br />
- Projeto de cálculo estrutural completo (inclusive fundações especiais)<br />
- Projeto de instalações completas (inclusive os especiais)<br />
- Especificações técnicas e de acabamentos da obra
Obter<br />
- Quadros de áreas para fins de registro de imóveis (NBR 12721)<br />
e rateio das frações ideais<br />
- Orçamento detalhado da obra<br />
- Cronograma físico-financeiro da obra<br />
- Cronograma detalhado da obra<br />
- Relatórios para acompanhamento físico-financeiro<br />
Setores Envolvidos<br />
- Arquitetura e Projetos<br />
- Engenharia de Produção<br />
- Jurídico<br />
- Compras<br />
- Contabilidade<br />
- Financeiro<br />
A 2 a fase - Planejamento técnico-econômico da construção - envolve<br />
praticamente todos os setores da empresa:<br />
a) Setor de Arquitetura e Projetos<br />
Para uma boa elaboração do planejamento são necessários todos os projetos<br />
envolvidos, assim como as especificações de acabamentos. Quanto aos projetos,<br />
podemos citar entre os mais importantes:<br />
- Projeto arquitetônico básico e detalhado<br />
- Projeto de cálculo estrutural (inclusive fundação)<br />
- Projeto de instalações<br />
- Projetos especiais<br />
b) Setor de Engenharia de Produção<br />
É o setor que junto ao planejamento elaborará as especificações técnicas do empreendimento,<br />
tais como: equipes de trabalho, equipamentos e ferramentas a serem<br />
utilizados, o projeto de canteiro da obra, sistemas de execução de serviços, previsões<br />
de entrega de materiais, além de uma programação detalhada do andamento físico da<br />
obra, cujo prazo técnico conseqüentemente será caracterizado.
c) Setor Jurídico<br />
O setor de planejamento, nesta fase, fornece os subsídios e materiais técnicos<br />
necessários ao processamento jurídico do empreendimento, tais como a NBR 12721<br />
(antiga NB 140), quando da elaboração do memorial de incorporação, o valor do<br />
custo da construção e o prazo da obra, entre outros.<br />
d) Setor de Compras<br />
Nesta fase de planejamento do empreendimento, o setor de compras fornece o<br />
seu cadastro de preços atualizados, assim como o histórico das propostas fechadas<br />
para subsídios ao planejamento na elaboração do orçamento detalhado da obra.<br />
Além disso, pode alertar contra alguma especificação de material, sistema de<br />
serviço ou subempreitada aplicados anteriormente, que não tenham sido satisfatórios<br />
no aspecto compras.<br />
e) Setor Contábil<br />
Nesta fase, o setor de planejamento prepara o setor contábil para que na fase<br />
posterior, que é a de controle, este tenha um bom desempenho quanto às informações<br />
contábeis.<br />
f) Setor Financeiro<br />
É um setor muito importante do ponto de vista gerencial, que muitas vezes não<br />
recebe o devido valor por parte dos técnicos. A sua importância é devida à política<br />
cia empresa, já que o empresário, em geral, procura reservar apenas o capital<br />
necessário ao bom cumprimento de seus compromissos financeiros. Reservar mais<br />
que o necessário é perda de dinheiro, assim como reservar menos compromete a<br />
realização dos compromissos, podendo levar a graves conseqüências. Com isso,<br />
podemos ter a noção da importância e da responsabilidade da elaboração de um<br />
orçamento do custo da construção e, conseqüentemente, de uma previsão financeira<br />
realista à política financeira da empresa.<br />
Conclusão:<br />
Esta etapa de planejamento busca canalizar o máximo de informações dos<br />
mais diversos setores da empresa, a fim de que o planejamento da obra leve em<br />
conta todos os detalhes pertinentes. Podemos citar como relatórios mais importantes<br />
nesta fase:
- NBR 12721 - Avaliação de custos unitários e preparo de orçamento de construção<br />
para incorporação de edifício em condomínio.<br />
- Orçamento detalhado da obra, para fins de acompanhamento e controle físico-financeiro.<br />
- Cronograma físico-financeiro da obra.<br />
- Fluxo de desembolso de despesas por insumos, para a aprovação da diretoria.<br />
- Relatórios de acompanhamento físico-financeiro.<br />
- Documentação técnica para obtenção de financiamento.<br />
3- FASE - CONTROLE FÍSICO-FINANCEIRO DA CONSTRUÇÃO<br />
Engenharia<br />
de produção<br />
Nesta fase, os principais setores envolvidos são praticamente os mesmos da fase<br />
de planejamento, embora se inter-relacionem de maneira um pouco diferente.<br />
O inter-relacionamento com o setor de arquitetura e projetos se dá ao longo de<br />
todo o andamento da obra. Levando-se em conta que todos os projetos, assim como as<br />
especificações de acabamento, foram bem detalhados, mesmo assim ocorrem inúmeras<br />
alterações e modificações no andamento da obra. Isto se deve ao desenvolvimento<br />
de novas técnicas de execução de serviço, à criação de novos materiais principais ou<br />
auxiliares ou até mesmo pela inexistência no mercado de alguns materiais especificados<br />
na fase cie planejamento. Outro aspecto que deve ser levado em conta são as<br />
possíveis alterações motivadas, seja pela necessidade de redução de custos, seja pela<br />
melhoria do padrão da obra para facilitar a venda do empreendimento.<br />
O setor financeiro deverá ser alimentado das informações de previsão, periodicamente,<br />
a fim de não permitir distorções grandes em previsões de médio e longo<br />
prazo. Às vezes ocorre o inverso, ou seja, por questões de ordem financeira, a obra<br />
poderá reduzir o seu ritmo ou até mesmo aumentá-lo, caso seja do interesse da<br />
política da empresa naquele determinado momento. As previsões financeiras, em<br />
geral, são divididas em duas partes:
1 a - A previsão de compromissos já assumidos (contas a pagar).<br />
2 J - A previsão de compromissos a assumir, em geral, elaborada pelo setor de<br />
planejamento em conjunto com o setor de produção.<br />
As previsões financeiras são feitas em parcelas semanais, podendo ser de curto,<br />
médio e longo prazos. Muitas empresas elaboram um previsão financeira completa<br />
na fase de planejamento e, ao longo da obra, previsões mensais (previsão bem<br />
detalhada) e de períodos em períodos (exemplo: três em três meses) uma previsão<br />
financeira de médio prazo. Com isso, o setor financeiro pode alterar as previsões<br />
conforme os resultados obtidos, a fim de não permitir um grande desvio entre o<br />
previsto e o gasto.<br />
O setor contábil, nesta fase, tem um papel preponderante para o setor de<br />
planejamento. Será a contabilidade informada, mensalmente, a ferramenta principal<br />
para a avaliação dos resultados entre os gastos reais da obra e os custos<br />
preestabelecidos em orçamento. Importante salientar a responsabilidade das<br />
informações prestadas, assim como a perfeita alocação dos gastos da construção<br />
segundo as suas contas correspondentes. Para isso será necessário que a<br />
empresa tenha um plano de serviços que seja o mesmo para todos os setores<br />
da empresa, para que todos possam usar uma mesma linguagem. Chamamos<br />
a este plano de serviços "plano de contas de construção''. Este plano de contas<br />
permitirá que tanto a contabilidade quanto o planejamento comparem<br />
valores de um mesmo insumo ou serviço.<br />
Ao setor de compras, o setor de planejamento interage nesta fase de maneira<br />
dinâmica. Praticamente todas as compras e contratos devem anteriormente ter o<br />
aval do setor de planejamento, a fim de não permitir deformações de ordem quantitativa<br />
e financeira.<br />
Uma vez efetuadas as compras e contratos, o planejamento deverá emitir<br />
seu parecer em nível de relatório gerencial, analisando a performance<br />
(vantagens e desvantagens) dos contratos fechados. Portanto, cabe ao setor<br />
de planejamento cumprir o papel de assessor técnico e de controlador com<br />
a finalidade de não permitir grandes deformações em relação às previsões.<br />
Características semelhantes ao inter-relacionamento com o setor de compras<br />
ocorrem com o setor de produção. Ao mesmo tempo em que o setor de planejamento<br />
assessora, ele controla. É por parte da obra que o planejamento receberá<br />
quase todas as informações de ordem quantitativa dos insumos (materiais, mãode-obra<br />
e equipamentos). Isto se dará através de planilhas de apropriação preen-
chidas na obra, sob a supervisão e orientação de profissionais do planejamento.<br />
Não é demais alertar para o perfeito preenchimento das informações, a fim de<br />
que as avaliações sejam precisas e confiáveis. Mais uma vez entra em cena o<br />
plano de contas de construção para possibilitar informações bem definidas, tornando<br />
possível a mesma linguagem à empresa. Por sua vez, o planejamento<br />
deve, sempre que possível, devolver as análises em curto prazo para que, nos<br />
casos de deformações indesejáveis, estas possam ser sanadas em tempo, propiciando<br />
o mínimo de prejuízo.<br />
Exemplo 1:<br />
Setor de Planejamento - Setor de produção<br />
Análise de execução de Alvenaria de barro 1/2 vez<br />
Obra<br />
Planejamento<br />
Descrição<br />
Unidade<br />
índice<br />
índice<br />
Quantidade<br />
Quant./m 2<br />
Quantidade<br />
Quant./m 2<br />
Produção m 2 100,00 - 1 30,00 -<br />
Produtividade<br />
Pedreiro hs 160,00 1,60 195,00 1,50<br />
Servente lis 90,00 0,90 130,0 1,00<br />
Consumos<br />
Cimento saco 19,00 0,19 26,00 0,20<br />
Areia m J 3,00 0,03 2,60 0,02<br />
Saibro m 3 2,00 0,02 3,90 0,03<br />
Tijolo 10x20x30 unid. 1.590,00 15,90 1.950,00 15,00<br />
Tijolo 10x20x20 unid. 370,00 3,70 650,00 5,00<br />
Perda dos tijolos % 10,20 - 10,00 -<br />
Exemplo 2:<br />
Setor de planejamento - Setor de compras<br />
Seja a análise da contratação dos serviços de pintura para uma edificação<br />
composta por 20 apartamentos de sala/dois quartos. Com base em contratos anteriormente<br />
fechados, em edificações com características muito semelhantes à que<br />
está em questão, temos:
Previsão: 20 apartamentos x RS 5.000,00/apartamento = RS 100.000,00<br />
Melhor proposta: RS 90.000,00, correspondente a R$ 4.500,00 por apartamento.<br />
4 a FASE - RESULTADOS FÍSICO-FINANCEIROS DA CONSTRUÇÃO<br />
Gastos<br />
^ . . Consumos Produtividades _ 4<br />
Contratos<br />
Estoques<br />
V<br />
Relatórios gerenciais<br />
4 a fase - Resultados<br />
É a fase em que, mesmo durante o andamento da obra ou quando do seu término,<br />
podemos perceber se a sua performance foi boa ou não. As principais informações<br />
nesta fase são dos setores de contabilidade, compras e produção. Podemos destacar:<br />
Principais Informações<br />
Setor<br />
1 - Contratos e compras compras<br />
2 - Consumos produção<br />
3 - Gastos financeiros contabilidade<br />
4 - Produtividade produção<br />
5 - Estoques produção<br />
Com todas estas informações, analisadas e comparadas com as preestabelecidas<br />
na fase de planejamento, podemos emitir pareceres que sairão sob a forma de "relatórios<br />
gerenciais". Estes relatórios são de grande valia para os setores técnicos e, principalmente,<br />
para a diretoria, já que em linhas gerais eles traçam um retrato físicofinanceiro<br />
da obra.<br />
Quando os relatórios forem elaborados apenas para serviços específicos, eles<br />
podem ser feitos em curtíssimo prazo (ex.: semana). Quando analisados todos os<br />
serviços da obra, são feitos mensalmente ou em períodos maiores de tempo.<br />
Comentário sobre os setores das empresas:<br />
Com a tendência de terceirização, um número expressivo de empresas está<br />
reformulando sua estrutura organizacional, reduzindo ou eliminando alguns setores,<br />
buscando como alternativa a contratação de empresas que venham a substituir<br />
parcialmente ou totalmente alguns setores, tais como de arquitetura, de contabilidade<br />
e o setor jurídico.
O plano de conta nos<br />
serviços de construção<br />
O primeiro passo necessário para que se tenha um bom planejamento e controle<br />
de obras é a organização. A construção de um modo geral é um complexo<br />
que deve ser bem caracterizado quanto aos seus insumos (materiais, mão-deobra<br />
e equipamentos). É baseando-se neste fato que se verifica a necessidade de<br />
uma plano, discriminando-o e procurando-se organizar as várias fases de execução<br />
da obra e, ao mesmo tempo, englobando tudo que afete diretamente a construção.<br />
Chamaremos tal organização de "Plano de Contas de Construção".<br />
É importante ressaltar que o plano de contas tem uma estrutura de modo a se<br />
adequar às construções em geral, mas esta deve ser modelada, detalhada a cada<br />
caso, a cada empresa junto às suas necessidades e nas diversas formas de trabalho.<br />
É em função cio plano de contas que obteremos a distribuição da obra em serviços,<br />
sendo mais específicos quanto mais detalhadamente se quiser controlar a obra.<br />
Através do plano de contas obteremos a sistemática do controle cios materiais por<br />
serviço e, finalmente, a integralização dos custos e materiais, que é sobretudo "o<br />
abrir de portas" para todas as possibilidades de planejamento, apropriação e controle<br />
de obras.<br />
Para fins de organização empresarial, adota-se que cada obra tenha um número<br />
que a identificará. Em seguida, cada serviço terá uma conta de identificação e<br />
cada um dos itens de serviço terá uma subconta como identificação.<br />
O plano de contas deve ser dinâmico, porque no decorrer do tempo novos<br />
materiais, técnicas de execução e mudanças de critérios de apropriação fazem<br />
com que deva ser sempre atualizado para que não ocorram discrepâncias entre o<br />
que é realizado nas obras e o que é apropriado a elas.<br />
O funcionamento do plano deve ser feito da seguinte forma: toclas as notas<br />
fiscais, faturas e outros tipos cie recebimento deverão levar um carimbo em que<br />
constarão o código da obra, o valor do recebimento, a conta e a subconta. Após<br />
esse processo, serão enviados ao escritório central (ou ficar na própria obra), onde<br />
serão contabilizados. Ao final de cada mês as contas serão totalizadas, dando<br />
condições ao perfeito controle das despesas por serviço.
O leitor deve sentir que, a partir do que foi acima descrito, todo o resto do sistema de<br />
planejamento e controle terá como base o plano de contas.<br />
O orçamento executado deverá também ser totalizado no sistema de contas de construção.<br />
As previsões financeiras também serão basedas nos desmembramentos de serviços<br />
do plano, assim como os materiais de obra.<br />
Abaixo, descrevemos um dos muitos planos de contas que podem ser utilizados<br />
nas diversas empresas de construção.<br />
DESCRIÇÃO DE SERVIÇOS PRINCIPAIS<br />
Conta<br />
Serviços<br />
001 Projetos<br />
002 Análise de Solos<br />
003 Análises de Custos<br />
004 Cópias e Reproduções<br />
005 Instalações Provisórias da Obra<br />
006 Equipamentos e Ferramentas<br />
007 Transportes e Carretos<br />
008 Impostos e Taxas<br />
009 Escritório da Obra<br />
010 Administração<br />
011 Diversos<br />
012 Trabalhos em Terra<br />
013 Fundações<br />
014 Estruturas<br />
015 Instalações<br />
016 Alvenaria<br />
017 Coberturas<br />
018 Tratamentos<br />
019 Esquadrias<br />
020 Revestimentos<br />
021 Pavimentações<br />
022 Rodapés<br />
023 Solei ras<br />
024 Peitoris<br />
025 Ferragens
026 Pinturas<br />
027 Vidros<br />
028 Aparelhos<br />
029 Ligações<br />
030 Utensílios Complementares<br />
031 Limpeza Final<br />
Descrição dos itens dos serviços principais<br />
001 - Projetos<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Arquitetura<br />
0002 Maquete<br />
0003 Paisagismo<br />
0004 Desenho Decorativo<br />
0005 Instalações<br />
0006 Cálculo Estrutural<br />
0007 Exaustão Mecânica<br />
0008 Ar Condicionado<br />
0009 Acústica<br />
0010 Prevenção a Incêndio<br />
0011 Piscina<br />
002-Análise de Solos<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Sondagem<br />
0002 Serviços Topográficos<br />
0003 Serviços Aerofotogramétricos<br />
0004 Aspectos Geológicos<br />
003 - Análises de Custos<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Orçamento<br />
0002 NBR 12721<br />
0003 Cronograma Físico-Financeiro<br />
0004 Documentação para Financiamentos<br />
0005 Assessoria e Acompanhamento de Custos
0006 Avaliações<br />
0007 Consultoria e Gerenciamento<br />
004 - Cópias e Reproduções<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Cópias Heliográficas<br />
0002 Xerox<br />
0003 Vegetal Copiativa<br />
0004 Plotagem e Digitalização<br />
005 - Instalações Provisórias da Obra<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Barracão<br />
0002 Tapume<br />
0003 Banheiros Provisórios<br />
0004 Cantinas<br />
0005 PC Provisório<br />
0006 Caixa-D'água Provisória<br />
0007 Materiais de Segurança<br />
0008 Placas de Obra<br />
0009 Demolição<br />
0010 Locação de Obra<br />
0011 Estande de Vendas<br />
006 - Equipamentos e Ferramentas<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Equipamentos<br />
0002 Ferramentas<br />
007 - Transportes e Carretos<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Transportes<br />
0002 Entulhos<br />
008 - Impostos e Taxas<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Licenças
0002 Taxas<br />
0003 Registros<br />
0004 Seguros<br />
0005 Impostos<br />
0006 Multas<br />
0007 Certidões<br />
009 - Escritório da Obra<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Manutenções<br />
0002 Medicamentos<br />
0003 Conduções<br />
0004 Telefonemas<br />
0005 Limpeza<br />
0006 Pagamentos<br />
0007 Vigilância<br />
010-Administração<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Administração da Construtora<br />
0002 Impostos de Serviços da Construtora<br />
011 - Diversos<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Proteção de Transeuntes<br />
0002 Reparo dos Vizinhos<br />
0003 Diversos<br />
012 - Trabalhos em Terra<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Escavação<br />
0002 Muros<br />
0003 Escoramentos<br />
0004 Cortes<br />
0005 Aterros<br />
0006 Rebaixamento do Lençol Freático<br />
0007 Retirada de Terra e Materiais
013 - Fundações<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Ferro<br />
0002 Madeira<br />
0003 Concreto Pré-Misturado<br />
0004 Estacas Metálicas<br />
0005 Estacas Pré-Moldadas<br />
0006 Materiais Auxiliares<br />
0007 Controle Tecnológico<br />
014-Estruturas<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Ferro<br />
0002 Madeira<br />
0003 Escoras Metálicas<br />
0004 Concreto Pré-Misturado<br />
0005 Materiais Auxiliares<br />
0006 Controle Tecnológico<br />
0007 Protensào<br />
0008 Fôrmas de Isopor<br />
015 - Instalações<br />
Subconta<br />
Descrição<br />
0001 Instalações Hidráulicas<br />
0002 Instalações Elétricas<br />
0003 Instalações de Esgotos<br />
0004 Instalações de Gás<br />
0005 Pára-Raios<br />
0006 Antena Coletiva<br />
0007 Instalações Contra Incêndio<br />
0008 Compactador<br />
0009 Elevadores<br />
0010 Escada Rolante<br />
0011 Exaustão Mecânica<br />
0012 Ar Condicionado<br />
0013 Subempreitada
0014 Instalações de Infra-Estrutura<br />
0015 Drenagem<br />
016 - Alvenarias<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Barro<br />
0002 Concreto<br />
0003 Placas Pré-Moldadas<br />
0004 Diversos<br />
0005 Painéis de Gesso Cartonado<br />
0006 Painéis de Isopor com Gradeamento Galvanizado<br />
017-Coberturas<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Madeiramento<br />
0002 Telhamento<br />
0003 Subempreitada<br />
018-Tratamentos<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Impermeabilizantes<br />
0002 Proteção Térmica<br />
0003 Proteção Acústica<br />
0004 Juntas de Dilatação<br />
0005 Subempreitada<br />
019 - Esquadrias<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Madeira<br />
0002 Ferro<br />
0003 Alumínio<br />
0004 P.V.C.<br />
020 - Revestimento<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Aditivos
0002 Pastilhas<br />
0003 Andaimes<br />
0004 Lambris<br />
0005 Azulejos<br />
0006 Cerâmicas<br />
0007 Mármore<br />
0008 Granito<br />
0009 Gesso<br />
0010 Pedras<br />
0011 Fórmica<br />
0012 Papel de Parede<br />
021 - Pavimentações<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Cimentado<br />
0002 Enchimentos<br />
0003 Tacos<br />
0004 Frisos<br />
0005 Cerâmica<br />
0006 Asfaltos<br />
0007 Mármore<br />
0008 Granito<br />
0009 Pedras<br />
0010 Carpete<br />
0011 Deck de Madeira<br />
0012 Marmorite<br />
0013 Pedra Portuguesa<br />
0014 Elementos Pré-Moldados<br />
022 - Rodapés<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Mármore<br />
0002 Granito<br />
0003 Madeira<br />
0004 Cerâmica<br />
0005 Cimentado
023- Soleiras<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Mármore<br />
0002 Granito<br />
0003 Madeira<br />
0004 Cerâmica<br />
0005 Cimentado<br />
0006 Alumínio<br />
024 - Peitoris<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Mármore<br />
0002 Granito<br />
0003 Madeira<br />
0004 Alumínio<br />
0005 Cimentado<br />
025 - Ferragens para Esquadrias<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Material<br />
0002 Subempreitada<br />
026-Pinturas<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Material<br />
0002 Subempreitada<br />
027-Vidros<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Liso<br />
0002 Laminado<br />
0003 Temperado<br />
028 - Aparelhos Sanitários<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Louças<br />
0002 Metais
029 - Ligações<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Provisórias<br />
0002 Definitivas<br />
030- Utensílios Complementares<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Ajardinamento<br />
0002 In ter fone<br />
0003 Aparelho de Iluminação<br />
0004 Sauna<br />
0005 Piscina<br />
0006 Play-Cround<br />
031 - Limpeza Final<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Material<br />
0002 Subempreitada<br />
Como já foi dito anteriormente, cada empresa de construção criará um plano<br />
de contas de forma a atender às suas necessidades. Normalmente o plano é moldado<br />
em função do tipo de trabalho da empresa. Considerar que os serviços sob<br />
responsabilidade da empresa deverão ter maior desmembramento de itens, quando<br />
da necessidade de um controle mais rigoroso.<br />
Existem materiais e mão-de-obra que não podem ser alocados imediatamente<br />
após sua compra ou contrato, devido às grandes quantidades compradas ou contratadas,<br />
e servem para mais de um serviço específico. São eles, entre outros:<br />
Cimento<br />
Pedra<br />
Areia<br />
Saibro<br />
Cimento Branco<br />
Mão-de-Obra e Encargos Sociais<br />
Nestes casos, cabe ao responsável pelas requisições quantificar os materiais e<br />
mão-de-obra pelos serviços que serão utilizados, de tal forma que os mesmos se-
jam codificados segundo o plano de contas, antes de serem aplicados, da mesma<br />
forma que os demais insumos de construção.<br />
Antes de descrevermos o plano de contas detalhado, é importante comentarmos<br />
sobre a rotina da contabilização.<br />
Todos os materiais, mão-de-obra, equipamentos e demais serviços que incidam<br />
diretamente na construção deverão ser contabilizados na respectiva obra e segundo<br />
o código de contas. Para isso é necessário que se crie um carimbo para obra, a<br />
fim de que todas as notas fiscais, faturas, duplicatas ou outro documento de cobrança<br />
levem no seu verso os seguintes dados:<br />
- Código da obra;<br />
- N.° do documento;<br />
- N.° do pedido;<br />
-Tipo de compra;<br />
- Conta principal do plano de contas para cada insumo;<br />
- Subconta do plano de contas para cada insumo;<br />
-Valor do insumo correspondente a cada conta e subconta;<br />
-Valor total da nota;<br />
- Assinaturas do apontador e engenheiro;<br />
- Data do preenchimento.<br />
Este preenchimento é feito tanto na obra quanto no escritório. Normalmente, a maioria<br />
dos documentos são enviados para a obra e o restante para o escritório central. Em<br />
geral, o documento é carimbado e preenchido no próprio local de recebimento e é feita<br />
uma revisão pelo profissional responsável pelo lançamento dos custos no diário contábil.<br />
Todos os profissionais, responsáveis pelo preenchimento dos carimbos, deverão<br />
estar conscientes da responsabilidade e da importância do correto lançamento dos<br />
custos. Estes mesmos profissionais deverão possuir uma cópia completa do plano de<br />
contas, para que nos casos de dúvidas sejam feitas as consultas necessárias. É também<br />
muito importante a assessoria do profissional de planejamento aos elementos<br />
responsáveis pela contabilização dos insumos. O mais simples erro de lançamento<br />
contábil poderá gerar análises e conclusões completamente ilógicas e erradas.<br />
Exemplo: Digamos que na obra o apontador, ao receber uma nota fiscal de azulejos,<br />
codifique no verso da nota o valor da compra com o código do plano de contas<br />
para tijolos. Na análise dos dois serviços, mesmo que estes se apresentem com um<br />
andamento regular, a contabilidade acusará um custo excessivo de materiais em alvenaria<br />
e um saldo positivo considerável para a execução de revestimento-azulejo.
Quando os valores são razoavelmente altos, outras informações complementares<br />
(tais como contratos fechados, planilha de controle de materiais) podem nos alertar<br />
quanto a erros contábeis. Caso contrário, fica bastante difícil a constatação de erros.<br />
Portanto, todo cuidado é pouco e toda assessoria é salutar.<br />
Em seguida mostraremos um modelo de carimbo para a utilização nos documentos<br />
de contabilização.<br />
CARIMBO DE LANÇAMENTO CONTÁBIL<br />
Obra n° Documento n" Pedido Tipo<br />
Requisição<br />
Conla Subconta Valor<br />
Proposta<br />
Total<br />
Apontador Engenheiro Gerenciador Data<br />
PLANO DE CONTAS DE CONSTRUÇÃO DETALHADO<br />
0001 - Projetos<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Arquitetura<br />
Nesta subconta serão lançados todos os honorários profissionais para<br />
a execução de projetos arquitetônicos para a prefeitura, projetos de<br />
execução, detalhes e elaboração de especificações.<br />
Incluem-se ainda as despesas com projeto auxiliado por computador<br />
- CAD.<br />
0002 Maquete<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas para a elaboração<br />
de maquetes.<br />
0003 Paisagismo<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com projetos de<br />
paisagismo.
Desenho Decorativo<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
honorários profissionais para execução de desenhos decorativos.<br />
0005 Instalações<br />
Nesta subconta serão lançados todos os honorários profissionais para<br />
execução dos projetos de instalações hidráulicas, esgoto, elétrica,<br />
gás, P. I., P. C., telefone e águas pluviais.<br />
Incluem-se ainda as despesas com projeto auxiliado por computador-CAD.<br />
0006 Cálculo Estrutural<br />
Nesta subconta serão lançados todos os honorários profissionais para<br />
a execução de projetos completos de:<br />
a - Concreto Armado - fôrmas, armações e detalhes,<br />
b - Projetos especiais de fundação, concreto protendido e outros,<br />
c - Projetos com estruturas metálicas,<br />
d - Projetos de obra-de-arte.<br />
e - Consultorias e assessorias técnicas relativas a cálculo estrutural,<br />
f - Projeto auxiliado por computador - CAD.<br />
Subconta Descrição<br />
0007 Exaustão Mecânica<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com desenhos e<br />
honorários profissionais para a execução de projeto para exaustão<br />
mecânica, assim como para consultoria técnica.<br />
Incluem-se ainda as despesas com projeto auxiliado por computador-CAD.<br />
0008 Ar Condicionado<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com desenhos e<br />
todos os honorários profissionais para a execução de projeto para<br />
ar condicionado, assim como para consultoria técnica.<br />
Incluem-se ainda as despesas com projeto auxiliado por computador<br />
- CAD.
0009 Acústica<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com desenhos e<br />
todos os honorários profissionais para a execução de projeto para<br />
tratamento acústico, assim como para consultoria técnica.<br />
0010 Prevenção a Incêndio<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com desenhos e<br />
todos os honorários profissionais para a execução de projeto de prevenção<br />
a incêndios, assim como para consultoria técnica.<br />
Incluem-se ainda as despesas com projeto auxiliado por computador<br />
- CAD.<br />
0011 Piscina<br />
Nesta subconta serão lançados todos os honorários profissionais para<br />
a execução de projeto para piscinas.<br />
002 - Análise de Solos<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Sondagem<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas para a execução<br />
de sondagens de reconhecimento, rotativa e outras, além das despesas<br />
com transporte de equipamento.<br />
0002 Serviços Topográficos<br />
Nesta subconta serão lançados todos os honorários profissionais<br />
para a execução de serviços topográficos, desenhos e laudos.<br />
0003 Serviços Aerofotogramétricos<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas para execução dos<br />
serviços aerofotogramétricos, plantas, fotos, relatórios e laudos.<br />
0004 Aspectos Geológicos<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas para a execução<br />
de estudos, relatórios e laudos sobre aspectos geológicos.
003 - Análise de Custos<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Orçamento<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com todos os<br />
honorários para a elaboração de orçamentos básicos detalhados ou<br />
estimativas da construção.<br />
0002 NBR12721<br />
Nesta subconta serão lançados todos os honorários profissionais para a<br />
elaboração da NBR 12721 (quadros I a VIII), inclusive os impostos sobre<br />
serviços correspondentes.<br />
0003 Cronograma Físico-Financeiro<br />
Nesta subconta serão lançados todos os honorários profissionais para<br />
a elaboração de cronogramas físico-financeiros.<br />
0004 Documentação para Financiamentos<br />
Nesta subconta serão lançados todos os honorários profissionais para<br />
a elaboração de documentação técnica para solicitação de financiamento<br />
junto aos órgãos financeiros, inclusive os impostos sobre<br />
serviços correspondentes.<br />
0005 Assessoria e Acompanhamento de Custos<br />
Nesta subconta serão lançados todos os honorários profissionais para<br />
a assessoria e acompanhamento de custos, tais como criação cio<br />
plano de contas, criação do manual de rotinas operacionais, assessoria<br />
técnica e relatórios gerenciais.<br />
0006 Avaliações<br />
Nesta subconta serão lançados todos os honorários profissionais para<br />
a elaboração de avaliações técnicas e perícias. Também estão incluídos<br />
neste item materiais necessários ao trabalho, tais como fotografias,<br />
plantas e outros.<br />
0007 Consultoria e Gerenciamento<br />
Nesta subconta serão lançados todos os honorários profissionais para a<br />
consultoria e gerenciamento de obras.
004 - Cópias e reproduções<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Cópias Heliográficas<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas referentes às cópias<br />
heliográficas.<br />
0002 Cópias Reprográficas<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas referentes a cópias<br />
simples, duplex, reduzida ou emendada.<br />
0003 Vegetal Copiativa<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas referentes à reprodução<br />
em vegetal copiativa.<br />
0004 Plotagem e Digitalização<br />
Nesta subconta serão lançados todos os honorários profissionais para<br />
a digitalização de projetos por meio de computadores, assim como<br />
as impressões dos projetos por meio de plotagem.<br />
005 - Instalações Provisórias da Obra<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Barracão<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais (tais<br />
como madeira e prego) e subempreitadas para a execução de barracões<br />
da obra.<br />
0002 Tapume<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais<br />
(tais como macieira e prego) e subempreitadas para a execução<br />
de tapume.<br />
0003 Banheiros Provisórios<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas de materiais, tais<br />
como madeira, prego, vaso, tubos e subempreitada para a execução<br />
de banheiros provisórios.
0004 Cantinas<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas de materiais, tais<br />
como madeira, prego, louça, torneira e subempreitada para a execução<br />
de cantina.<br />
0005 Quadro de Força Provisório<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais, tais<br />
como fios, tubos, disjuntores e subempreitada para a execução do<br />
quadro de força provisório.<br />
0006 Caixa-D'água Provisória<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais, tais<br />
como madeira, prego, tubo, registro, caixa de fibrocimento e subempreitada<br />
para a execução de caixa-d'água provisória.<br />
0007 Materiais de Segurança<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais, tais como<br />
botinas, cinto de segurança, óculos de proteção, luvas, capacetes e outros<br />
para a proteção pessoal.<br />
0008 Placas da Obra<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas para a confecção<br />
e colocação das placas da obra.<br />
0009 Demolição<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
subempreitadas para a execução de demolição de construções existentes.<br />
0010 Locação da Obra<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
subempreitada para a execução da locação da obra.<br />
0011 Estande de Vendas<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais, tais<br />
como madeira, prego, ferragens e subempreitada para a execução<br />
de estande de vendas.
006 - Equipamentos e Ferramentas<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Equipamentos<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas, seja através de<br />
compras de locações com equipamentos, tais como serra elétrica,<br />
betoneira, vibrador, grua, central de concreto, torres, guinchos, máquinas<br />
de furar e outros. Incluem-se ainda nesta subconta as despesas<br />
com peças de reposição e contratos de manutenção.<br />
0002 Ferramentas<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com ferramentas,<br />
tais como serrote, martelo, ponteiras, talhadeiras, picaretas, baldes,<br />
pás, cordas e outros. Incluem-se ainda nesta subconta as despesas<br />
com manutenção para as ferramentas.<br />
007 - Transportes e Carretos<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Transportes<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com transporte de<br />
materiais e equipamentos que não estejam vinculadas aos custos<br />
deles ou que venham de outras obras.<br />
0002 Entulho<br />
Nesta subconta serão lançados os gastos com carretos para a retirada<br />
de entulho no decorrer da obra.<br />
008 - Impostos e Taxas<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Licenças<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com licenças, tais<br />
como alvará da obra, licença de placas de propaganda, abertura de<br />
logradouros, loteamento, modificação de projeto e outros.<br />
0002 Taxas<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com taxas de ligações<br />
provisórias e definitivas de água, luz, esgoto, gás e outros.
Registros<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com registros, tais<br />
como memorial de incorporação e outros.<br />
0004 Seguros<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com seguros, tais corno<br />
seguro de responsabilidade civil, contra incêndio e contra roubo.<br />
0005 Impostos<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com impostos, tais<br />
como imposto territorial e imposto predial.<br />
0006 Multas<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com multas.<br />
0007 Certidões<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com certidões, tais<br />
como certidões negativas e certidão de regularidade jurídico-fiscal.<br />
009 - Escritório da obra<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Manutenção<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
subempreitada para pequenas manutenções, tais como substituição<br />
de lâmpadas e fusíveis.<br />
0002 Medicamentos<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais para<br />
pequenos socorros.<br />
0003 Condução<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com condução,<br />
tais como metrô, ônibus ou táxi.<br />
0004 Telefonemas<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas telefônicas.
Limpeza<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais de<br />
limpeza durante a obra, tais como vassouras, detergente e ácidos.<br />
0006 Pagamentos<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com firmas<br />
especializadas em cálculos de folhas de pagamento, assim como transportes<br />
e entrega dos pagamentos.<br />
0007 Vigilância<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com firmas<br />
especializadas em vigilância do canteiro de obras.<br />
010 - Administração<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Administração da Construtora<br />
Nesta subconta serão lançados todos os honorários correspondentes<br />
aos serviços da construtora.<br />
0002 Impostos de Serviços da Construtora<br />
Nesta subconta serão lançados todos os impostos sobre serviços correspondentes<br />
aos honorários da construtora.<br />
011 - Diversos<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Proteção de Transeuntes<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais para a<br />
proteção de transeuntes, tais como madeira, prego, tela de arame e<br />
subempreitada para a sua execução.<br />
0002 Reparo dos Vizinhos<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com subempreitadas<br />
e materiais para reparo de danos causados pela obra aos vizinhos.<br />
0003 Diversos<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com serviços, tais como<br />
desratização, carro-pipa e gratificações.
012 - Trabalhos em Terra<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Escavação<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
serviços para escavação mecânica ou manual do terreno.<br />
0002 Muros<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
serviços para a execução de muros de contenção.<br />
0003 Escoramentos<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
serviços para a execução de escoramentos diversos do terreno.<br />
0004 Cortes<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
serviços para a execução de cortes de pedra.<br />
0005 Aterros<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
serviços para execução de aterros mecânicos e manuais.<br />
0006 Rebaixamento do Lençol Freático<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas para execução de<br />
rebaixamento do lençol d'água, tais como aluguel de equipamentos.<br />
0007 Retirada de Terra e Materiais<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com carretos para<br />
retirada de terra ou outros materiais resultantes da escavação.<br />
013 - Fundações<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Ferro<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com ferro para a<br />
execução das fundações, tais como ferro CA 50, CA 60 e subempreitada.
0002 Madeira<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais para<br />
a execução das fundações, tais como tábuas, pernas e subempreitada.<br />
0003 Concreto Pré-Misturado<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas de materiais e<br />
serviços com concreto pronto para a execução das fundações.<br />
0004 Estacas Metálicas<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais, tais<br />
como perfis metálicos, soldas e serviços para a execução de estaqueamento<br />
metálico.<br />
0005 Estacas Pré-Moldadas<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais, tais<br />
como estacas e serviços para a execução do estaqueamento em peças<br />
pré-moldadas.<br />
0006 Materiais Auxiliares<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais<br />
auxiliares à execução da fundação, tais como pregos, arames e<br />
aditivos para concreto.<br />
0007 Controle Tecnológico<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com ensaios e testes<br />
referentes à fundação, tais como ensaios com corpos-de-prova de<br />
concreto.<br />
014-Estruturas<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Ferro<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com ferro para a execução<br />
cia estrutura, tais como ferro CA 50, ferro CA 60 e subempreitada.<br />
0002 Madeira<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com madeira para<br />
a execução de estrutura, tais como tábua, perna e subempreitada.
0003 Escoras Metálicas<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com escoras metálicas<br />
para a execução da estrutura, tais como aluguel ou aquisição dos<br />
equipamentos e subempreitada.<br />
0004 Concreto Pré-Misturado<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
serviços para a execução de concreto pré-misturado para estrutura.<br />
0005 Materiais Auxiliares<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais<br />
auxiliares à execução da estrutura, tais como pregos, arames e<br />
aditivos para concreto.<br />
0006 Controle Tecnológico<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com testes e ensaios<br />
de materiais e serviços para o controle tecnológico de estrutura, tais<br />
como verificação da resistência do concreto em corpos-de-prova.<br />
0007 Protensão<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com os serviços<br />
especializados de protensão em estruturas de concreto armado.<br />
0008 Fôrmas de Isopor<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com os serviços<br />
especializados cie execução de fôrmas para concreto armado em<br />
peças de isopor montáveis.<br />
015 - Instalações<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Instalações Hidráulicas<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais<br />
e equipamentos de instalações hidráulicas, tais como tubos galvanizados,<br />
tubos de cobre, tubos em PVC, conexões e bombas<br />
de recalque.
Instalações Elétricas<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
equipamentos de instalações elétricas, tais como fios, cabos, tubos<br />
eletrodutos, quadros disjuntores e quadro de força.<br />
Instalações de Esgoto<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais de<br />
instalação de esgoto, tais como tubos de ferro fundidos, tubos de<br />
PVC e conexões.<br />
Instalações de Gás<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais de<br />
instalação de gás, tais como tubo galvanizado, conexões e registros.<br />
Pára-Raios<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais para<br />
a execução de pára-raios, tais como cordoalha de cobre, captor, eletrodo<br />
e braçadeira.<br />
Antena Coletiva<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais para<br />
a instalação de antena coletiva, tais como fios e tubos eletrodutos.<br />
Instalação contra Incêndio<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
equipamentos de instalação contra incêndio, tais como extintores,<br />
mangotes, registros, bomba de pressurização e sistema de sprinklers.<br />
Compactador<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
equipamentos para compactador de lixo.<br />
Elevadores<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais, equipamentos<br />
e serviços para execução de elevadores, além de impostos<br />
e valores correspondentes à correção monetária dos contratos.
0010 Escada Rolante<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais, equipamentos<br />
e serviços para execução da escada rolante, além de impostos<br />
e valores correspondentes à correção monetária dos contratos.<br />
0011 Exaustão Mecânica<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />
equipamentos e serviços para execução da exaustão mecânica,<br />
tais como dutos, grelhas e exaustor.<br />
0012 Ar Condicionado<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com o sistema<br />
de ar condicionado, tais como dutos, grelhas e maquinária.<br />
0013 Subempreitada<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas referentes a<br />
subempreitadas de instalações hidráulicas, elétricas, de esgoto e gás.<br />
0014 Instalações de Infra-estrutura<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e mãode-obra<br />
subempreitada para a execução de instalações de infra-estrutura,<br />
tais como sistema de esgoto com estação de tratamento, dutos e<br />
cabos elétricos entre as edificações e a rede pública, rede hidraúlica<br />
entre edificações e a rede pública e rede de incêndio, entre outros.<br />
0015 Drenagem<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas referentes a materiais<br />
e mão-de-obra empreitada para a execução de drenagem<br />
do terreno.<br />
0016 - Alvenaria<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Barro<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />
tais como tijolos de barro furado e tijolos de barro maciço e subempreitada<br />
para a execução da alvenaria de barro.
0002 Concreto<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />
tais como bloco de concreto furado 10 x 20 x 40 e subempreitadas<br />
para a execução de alvenaria de concreto.<br />
0003 Placas Pré-Moldadas<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
serviços para a execução de placas pré-moldadas, tais como concreto<br />
leve e fibra de vidro.<br />
0004 Diversos<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais<br />
auxiliares e alvenaria, tais como madeira para andaimes, prego,<br />
tijolos de vidro e vergas.<br />
0005 Painéis de Gesso Cartonado<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
serviços para a execução de painéis de gesso cartonados.<br />
0006 Painéis de Isopor com Gradeamento Galvanizado<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
serviços para a execução de painéis de isopor com gradeamento<br />
galvanizado.<br />
017-Coberturas<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Madeiramento<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />
tais como madeira e prego para a execução do madeiramento.<br />
0002 Telhamento<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais, tais<br />
como telhas de fibrocimento e parafusos para a execução do telhamento.<br />
0003 Subempreitada<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com subempreiteiros<br />
para a execução de madeiramento e telhamento.
018-Tratamentos<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Impermeabilizantes<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais<br />
para impermeabilizações, tais como pentox, betúvia, manta em<br />
pevefilm e sika.<br />
0002 Proteção Térmica<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais<br />
para proteções térmicas, tais como lã de vidro e isopor.<br />
0003 Proteção Acústica<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais<br />
para proteção acústica, tais como cortiça.<br />
0004 Juntas de Dilataçao<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais<br />
para tratamento de juntas de dilataçao, tais como neoprene e isopor.<br />
0005 Subempreitada<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com subempreitadas<br />
para a execução de impermeabilização, proteção térmica, proteção<br />
acústica e tratamento de juntas de dilataçao.<br />
019 - Esquadrias<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Madeira<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais, tais<br />
como portas, janelas, aduelas, alizares, pregos e subempreitada para<br />
a execução de esquadrias de madeira.<br />
0002 Ferro<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />
tais como portão, basculante, gradis e subempreitada para a<br />
execução de esquadrias de ferro.
0003 Alumínio<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />
tais como portas, gradis e subempreitada para a execução de<br />
esquadrias de alumínio.<br />
0004 PVC<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />
tais como portas, janelas, basculantes e subempreitadas para a execução<br />
de esquadrias de PVC.<br />
020 - Revestimentos<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Aditivos<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais<br />
aditivos para revestimentos.<br />
0002 Pastilhas<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
subempreitada para a execução de pastilhas, inclusive as despesas<br />
com materiais auxiliares.<br />
0003 Andaimes<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com compra, aluguel<br />
e manutenção de materiais e equipamentos para andaimes,<br />
para revestimentos, assim como serviços subempreitados.<br />
0004 Lambris<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
subempreitada para a execução de lambris de madeira.<br />
0005 Azulejos<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />
tais como azulejos, materiais auxiliares e subempreitada para a<br />
execução de revestimentos em azulejos.<br />
0006 Cerâmicas<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,
tais como cerâmicos, materiais auxiliares e subempreitada para a<br />
execução de revestimentos em cerâmica.<br />
0007 Mármore<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com mármores<br />
para revestimento, materiais auxiliares e subempreitada para a<br />
sua execução.<br />
0008 Granito<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com granitos<br />
para revestimento, materiais auxiliares e subempreitada para a<br />
sua execução.<br />
0009 Gesso<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com gesso para<br />
revestimentos, materiais auxiliares e subempreitada para a sua<br />
execução.<br />
0010 Pedras<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com pedras para<br />
revestimentos, materiais auxiliares e subempreitada para a sua<br />
execução.<br />
0011 Fórmica<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com fórmicas<br />
para revestimentos, materiais auxiliares e subempreitada para a<br />
sua execução.<br />
0012 Papel de Parede<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com papel de parede,<br />
materiais auxiliares e subempreitada para a sua execução.<br />
021 - Pavimentações<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Cimentados<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
subempreitada para a sua execução.
Enchimentos<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />
tais como concreto celular, blocos de concreto leve, tijolos e<br />
subempreitada para a execução de enchimento.<br />
Tacos<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com tacos de<br />
madeira, materiais auxiliares como pregos, piche e subempreitada<br />
para a sua execução.<br />
Frisos de Madeira<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com frisos de<br />
madeira, materiais auxiliares como pregos, granzepes e subempreitada<br />
para a sua execução.<br />
Cerâmicas<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com cerâmica<br />
para pavimentação, materiais auxiliares, tais como cola e subempreitada<br />
para a sua execução.<br />
Asfalto<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
subempreitada para a execução do asfaltamento.<br />
Mármore<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com mármore<br />
para pavimentação, materiais auxiliares e subempreitada para a<br />
sua execução.<br />
Granito<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com granito para<br />
pavimentação, materiais auxiliares e subempreitada para a sua<br />
execução.<br />
Pedras<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com pedras
para pavimentação, materiais auxiliares e subempreitada para a<br />
sua execução.<br />
0010 Carpete<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com carpete, materiais<br />
auxiliares como cola e subempreitada para a sua execução.<br />
0011 Deck de Madeira<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas de materiais, tais<br />
como madeira, prego e subempreitada para a sua execução.<br />
0012 Marmorite<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais<br />
auxiliares e subempreitada para a execução de marmorite.<br />
0013 Pedra Portuguesa<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
subempreitada para a execução de pedra portuguesa.<br />
0014 Elementos Pré-Moldados<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
subempreitada para a execução de elementos pré-moldados.<br />
022 - Rodapés<br />
Subconta<br />
0001<br />
Descrição<br />
Mármore<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
subempreitada para a execução de rodapés de mármore.<br />
0002<br />
Granito<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
subempreitada para a execução de rodapés de granito.<br />
Madeira<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com rodapés de<br />
madeira, materiais auxiliares e subempreitada para a sua execução.
0004 Cerâmica<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com rodapés<br />
de cerâmica, materiais auxiliares e subempreitada para a sua<br />
execução.<br />
0005 Cimentado<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
subempreitada para a execução de rodapés cimentados.<br />
023 - Soleiras<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Mármore<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
subempreitada para a execução de soleiras cie mármore.<br />
0002 Granito<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
subempreitada para a execução de soleiras de granito.<br />
0003 Madeira<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
subempreitada para a execução de soleiras de madeira.<br />
0004 Cerâmica<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
subempreitada para a execução de soleiras de cerâmica.<br />
0005 Cimentado<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
subempreitada para a execução de soleiras cimentadas.<br />
0006 Alumínio<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
subempreitada para a execução de soleiras de alumínio.
024 - Peitoris<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Mármore<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
subempreitada para a execução de peitoris de mármore.<br />
0002 Granito<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
subempreitada para a execução de peitoris de granito.<br />
0003 Madeira<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
subempreitada para a execução de peitoris de madeira.<br />
0004 Alumínio<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
subempreitada para a execução de peitoris de alumínio.<br />
0005 Cimentado<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
subempreitada para a execução de peitoris cimentados.<br />
025 - Ferragens<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Material<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais<br />
para ferragens, para portas e janelas, tais como fechadura, dobradiça<br />
e maçaneta.<br />
0002 Subempreitada<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com subempreitada<br />
para a colocação de ferragens.<br />
026-Pinturas<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Material<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais<br />
para pintura, tais como tintas e massas.
0002 Subempreitada<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com subempreitada<br />
para a execução de pintura.<br />
027-Vidros<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Liso<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais<br />
e subempreitada para a execução de vidro liso.<br />
0002 Laminado<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
subempreitada para a execução de vidro laminado.<br />
0003 Temperado<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
subempreitada para a execução de vidro temperado.<br />
028 - Aparelhos Sanitários<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Louças<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais, tais<br />
como vaso, bidê, lavatório, cabide, papeleira e subempreitada para<br />
colocação das louças.<br />
0002 Metais<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />
tais como registros, torneiras, chuveiros, válvulas de descarga e<br />
subempreitada para colocação dos metais.<br />
029 - Ligações<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Provisórias<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas necessárias à<br />
obtenção das ligações provisórias pelas concessionárias.
Definitivas<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas necessárias à<br />
obtenção das ligações definitivas pelas concessionárias.<br />
030 - Utensílios complementares<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Ajardinamento<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais e<br />
subempreitada para a execução de ajardinamento.<br />
0002 Interfone<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />
equipamentos e serviços para a instalação de interfone.<br />
0003 Aparelhos de iluminação<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />
equipamentos e serviços para a instalação de aparelhos de iluminação.<br />
0004 Sauna<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />
equipamentos e serviços para a instalação de sauna.<br />
0005 Piscina<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />
equipamentos e serviços para a instalação de piscina.<br />
0006 Play-Ground<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais,<br />
equipamentos e serviços para a instalação de play-ground.<br />
031 - Limpeza Final<br />
Subconta Descrição<br />
0001 Material<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com materiais de<br />
limpeza, tais como detergente, escova, ácido, sabão e álcool.
0002 Subempreitada<br />
Nesta subconta serão lançadas todas as despesas com subempreiteiros<br />
para a execução da limpeza final da obra.<br />
EXERCÍCIO:<br />
Codificar segundo o plano de contas os seguintes materiais:<br />
Código obra:<br />
Assinatura do responsável:<br />
Endereço<br />
Conta Descrição Valor<br />
Projeto de ar condicionado<br />
Serviços topográficos<br />
Despesas com cópias heliográíicas<br />
Escavação mecânica<br />
Tijolos dc barro<br />
Janelas dc alumínio<br />
Azulejos<br />
Vidro liso<br />
Rodapé de madeira<br />
Solução do Exercício:<br />
Descrição<br />
Plano de conta<br />
1 - Projeto de ar condicionado 001.0008<br />
2 - Serviços topográficos 002.0002<br />
3 - Despesas com cópias heliográficas 004.0001<br />
4 - Escavação mecânica 012.0001<br />
5 - Estacas metálicas 013.0004<br />
6 - Tijolos de barro 016.0001<br />
7 - janela de alumínio 019.0003<br />
8 - Azulejos 020.0005<br />
9 - Vidro liso 027.0001<br />
10 - Rodapé de madeira 022.0003
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO<br />
MASTER FORMAT<br />
O Instituto Americano de Especificações da Construção (CSI) em conjunto com<br />
o Instituto Canadense cie Especificações da Construção (CSC) têm desenvolvido<br />
normas que são aceitas por grande parte da indústria da construção de seus países.<br />
O "Master Format" é uma lista cie números e descrições para a indústria cia<br />
construção. Trata-se de um sistema para organização detalhada de informações de<br />
construção, em uma seqüência lógica, com base em produtos e métodos.<br />
O Master Format promove a normatização e facilidade de recuperação de<br />
informações.<br />
Subdividido em dezesseis divisões principais, discrimino abaixo essas divisões<br />
e correlaciono com os vinte grandes itens dos serviços de construção, que adotamos<br />
largamente para a elaboração de orçamentos no Brasil e que serão abordados em<br />
outros capítulos deste livro.<br />
Quadro comparativo entre Master Format e Itens Principais Orçamentários:<br />
Master Format<br />
Itens Principais de<br />
Serviços<br />
Divisão Descrição Item Descrição<br />
(01) Requisitos Gerais (01) Projetos<br />
(02) Local da Construção (02) Instalações da obra<br />
(03) Concreto (03) Serviços Gerais<br />
(04) Alvenaria (04) Trabalhos em terra<br />
(05) Metais (05) Fundação<br />
(06) Madeira e plástico (06) Estrutura<br />
(07) Proteção térmica e de chuva (07) Instalações<br />
(08) Portas e Janelas (08) Alvenaria<br />
(09) Acabamentos (09) Cobertura<br />
(10) Especiais (10) Tratamentos<br />
(11) Equipamentos (11) Esquadrias<br />
(12) Mobiliários (12) Revestimentos<br />
(13) Construções Especiais (13) Pavimentação
(14) Sistemas de Transporte (14) Rodapé, soleira e peitoril<br />
(15) Mecânico (15) Ferragens das esquadrias<br />
(16) Elétrico (16) Pinturas<br />
(17) Vidros<br />
(18) Aparelhos sanitários<br />
(19) Complementação<br />
(20) Limpeza Final<br />
Observação:<br />
Segundo estes institutos, as dezesseis divisões do Master Format não seguem<br />
uma seqüência da construção, nem está organizada segundo as contratações<br />
tradicionais ou negócios de construção.<br />
Seguem uma relação de grupamento lógico por conveniência de subdivisões e<br />
é de fácil memorização.<br />
Por outro lado, os vinte itens orçamentários têm uma ordenação lógica e<br />
seqüencial na construção brasileira para o subsetor de edificações, que está mais<br />
próxima da nossa realidade e facilita as avaliações e retroalimentações dos serviços<br />
da construção.<br />
Correlação entre o master format e os itens principais de serviços:<br />
Master Format<br />
Itens Principais de Serviços<br />
Divisão Descrição Item Descrição<br />
(01) Requisitos gerais (01) Projetos<br />
(03) Serviços Gerais<br />
(02) Local de construção (02) Instalação da obra<br />
(04) Trabalhos em terra<br />
(03) Concreto (05) Fundação<br />
(06) Estrutura<br />
(04) Alvenaria (08) Alvenaria
(05) Metais (06) Estrutura<br />
(11) Esquadrias<br />
(06) Madeiras e Plásticos (11) Esquadrias<br />
(12) Revestimento<br />
(13) Pavimentação<br />
(07) Proteção térmica e de chuva (10) Tratamentos<br />
(08) Portas e Janelas (11) Esquadrias<br />
(15) Ferragens das esquadrias<br />
(17) Vidros<br />
(09) Acabamentos (12) Revestimentos<br />
(13) Pavimentação<br />
(14) Rodapé, soleira e peitoril<br />
(19) Complementação<br />
(20) Limpeza geral<br />
(10) Especiais (19) Complementação<br />
(11) Equipamentos (18) Aparelhos sanitários<br />
(12) Mobiliários (19) Complementação<br />
(13) Construções Especiais (06) Estrutura<br />
(14) Sistemas de transportes (07) Instalações<br />
(15) Mecânico (07) Instalações<br />
(16) Elétrico (07) Instalações
Cadastro de preços e<br />
composições dos serviços<br />
de construção<br />
O setor responsável pela criação e manutenção de um cadastro de preços á,<br />
sem dúvida, o setor de compras. É para ele que serão encaminhados os pedidos de<br />
compras e através dele os fornecedores e empreiteiros serão convidados a participar<br />
das tomadas de preços.<br />
Além do cadastro de preços, o setor de compras é responsável também pela<br />
criação e manutenção do cadastro de fornecedores. Este cadastro tem como objetivo<br />
facilitar e agilizar o trabalho do profissional responsável pelo contato com os<br />
fornecedores. Além disso, facilita a consulta de qualquer pessoa que queira saber<br />
qual o fornecedor de determinado material ou serviço.<br />
CADASTRO DE FORNECEDORES<br />
O cadastro de fornecedores, assim como qualquer cadastro, deverá ter apenas<br />
os dados realmente necessários à consulta, evitando-se sempre que possível excessos<br />
de dados.<br />
Podemos citar como exemplo um cadastro de fornecedores que seja composto<br />
dos seguintes dados:<br />
- código do fornecedor;<br />
- nome do fornecedor;<br />
- endereço;<br />
- cidade;<br />
- Estado;<br />
-CEP;<br />
- contato;<br />
- telefone;<br />
- fax;<br />
- e-mail;<br />
- código do insumo.<br />
Sob a forma de planilha, pode ficar da seguinte maneira:
Cadastro dc Forncccdorcs<br />
Código Fornecedor Endereço Cidade listado CEP Contato Telefone Fax e-mail Código<br />
Insumo<br />
CADASTRO DE PREÇOS DE MATERIAIS E SERVIÇOS<br />
O Cadastro de Preços de Materiais e Serviços possibilita à construtora, entre<br />
outras vantagens:<br />
- reduzir o prazo de execução dos orçamentos de custo de construção das<br />
obras e o de execução de concorrências de materiais e serviços;<br />
- facilitar a consulta dos preços de materiais, equipamentos, mão-de-obra própria<br />
e subempreitadas, mantendo-os sempre atualizados. Pelo fato de ser um<br />
material de consulta freqüente, o cadastro deve ser simples e funcional. Em<br />
países cujos índices inflacionários são altos e, conseqüentemente, há alterações<br />
freqüentes nos preços dos insumos, é aconselhável que se façam atualizações<br />
nos preços em períodos não superiores a 30 dias.<br />
A classificação dos insumos pode ser feita de diversas maneiras, a critério e<br />
interesse da construtora. Podemos exemplificar uma destas formas:<br />
- materiais;<br />
- equipamentos;<br />
- mão-de-obra própria;<br />
- subempreitada.<br />
No caso de concorrências, assim como para cadastramento de preços dos<br />
insumos, é aconselhável que se faça a cotação de um insumo pelo menos em três<br />
fornecedores diferentes, a fim de que se possa comprar aquele que venha a oferecer<br />
melhores vantagens. No que tange ao orçamento, caso os valores apresentem<br />
diferenças consideráveis, é usual obter uma média dos valores informados para o<br />
cálculo dos custos do serviço ao qual o insumo se insere.<br />
São várias as formas possíveis de montagem de um cadastro de preços. Apresentamos<br />
uma dessas formas, que consta de:<br />
- código de insumo;<br />
- descrição do insumo;
- unidade;<br />
- preço unitário;<br />
- código do fornecedor correspondente;<br />
- data de atualização.<br />
Sob a forma de planilha, pode ficar da seguinte maneira:<br />
Cadastro de Preços de Materiais e Serviços<br />
Código Descrição Unidade Preço<br />
Unitário<br />
Código do<br />
Fornecedor<br />
Dala de<br />
Atualização<br />
COMPOSIÇÕES DOS SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO<br />
O orçamento detalhado da obra é, sem dúvida, a mais importante ferramenta<br />
para o planejamento e acompanhamento dos custos de construção. Para a sua<br />
elaboração é necessária, entre outras, a seguinte documentação relativa ao empreendimento:<br />
- Projeto arquitetônico completo;<br />
- Projeto de cálculo estrutural;<br />
- Projeto de instalações;<br />
- Projetos especiais e complementares;<br />
- Memorial descritivo das especificações técnicas e de acabamentos da obra.<br />
Com base nesta documentação, o técnico responsável pela elaboração do orçamento<br />
poderá iniciar o seu trabalho, que constará do levantamento dos quantitativos<br />
de cada serviço de construção.<br />
A etapa de levantamento das quantidades por serviço é muito importante, porque<br />
é nela que se definirão praticamente as quantidades de materiais que serão<br />
comprados na obra e o dimensionamento de equipes de trabalho em função dos<br />
prazos preestabelecidos. Portanto, é necessário o máximo de atenção na obtenção<br />
destes quantitativos. Para que a possibilidade de erros seja a menor possível, assinalamos<br />
dois itens de destaque nesta fase:
1 Q - Que todos os compartimentos do projeto tenham suas especificações<br />
de acabamentos totalmente definidos, a fim de que não se possa ter dúvidas<br />
quanto aos acabamentos a serem empregados ou possibilitar esquecimentos<br />
nos levantamentos das quantidades.<br />
2.° - Para cada serviço a ser executado, estarem plenamente definidos os métodos<br />
ou critérios adotados para os levantamentos das quantidades. Não nos<br />
esqueçamos de que os quantitativos orçamentários deverão corresponder à realidade<br />
construtiva e que estes deverão ser comparados aos quantitativos executados<br />
na obra, na fase de acompanhamento e controle.<br />
Para que se possa fechar o orçamento da obra é necessária a obtenção dos custos<br />
unitários correspondentes aos serviços já levantados na etapa anterior. Estes custos<br />
unitários dos serviços são obtidos através das chamadas "composições de custos".<br />
Denominamos "composição de serviço" a união de todos os insumos (materiais,<br />
mão-de-obra, equipamentos, ferramentas) que atuam diretamente em uma<br />
determinada atividade.<br />
Nos orçamentos, as composições de serviços são apresentadas sob a forma de<br />
composições de custos, onde cada um de seus insumos apresenta um índice de consumo<br />
por unidade de serviço que, multiplicado pelo respectivo custo unitário, resulta no<br />
valor unitário do insumo para a execução da unidade daquele serviço.<br />
As composições de custos foram desenvolvidas no sentido de agilizar e facilitar<br />
o trabalho do orçamentista. As composições permitem calcular todas as quantidades<br />
e custos dos insumos componentes de uma atividade, apenas com base no levantamento<br />
das quantidades do serviço em projeto e nos preços unitários dos insumos.<br />
Mas para que estas composições possam espelhar a realidade construtiva, ou por<br />
outra, para que o planejamento técnico possa ser confiável junto ao acompanhamento,<br />
é necessário que se saiba como obter uma composição correta ou de que<br />
forma foi obtida a composição de serviços que estamos utilizando.<br />
As composições de custos adotadas pelo mercado da construção, em geral, são<br />
obtidas por:<br />
1 - Apropriações de serviços feitos pela própria empresa em diversas obras;<br />
2 - Utilização de composições de revistas técnicas tradicionais no mercado;<br />
3 - Utilização de composições de livros técnicos tradicionais no mercado;<br />
4 - Utilização de composições de empresas de consultoria especializadas em<br />
planejamento de custos de construção;
5 - Utilização de composições de fabricantes, fornecedores e/ou empreiteiras<br />
de materiais e serviços de construção.<br />
Abordaremos a seguir alguns serviços de construção, levantando considerações<br />
quanto aos critérios e metodologias a serem empregadas, no intuito de obter composições<br />
de custos.<br />
COMPOSIÇÕES DE SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO<br />
Composição A - Execução de fôrma (e desforma) para fundações -<br />
sapatas, blocos e cintas (unidade: m 2 )<br />
Data-base: outubro de 2003<br />
Descrição Unidade Multiplicador Preço unitário Total R$<br />
1 - pregos mistos kg 0,240 2,50 0,60<br />
2-tábua de pinho 3 J 1x12" ml 2,500 3,00 7,50<br />
3 - sarrafo de pinho 2' 1 1 x 4" ml 3,000 1,37 4,11<br />
4 - servente hora 1,30 4,70 6,11<br />
5 - carpinteiro hora 1,30 6,39 8,31<br />
Total: RS 26,63 /m><br />
Análise e comentário<br />
- Trata-se de uma composição de custos referente à execução de moldagem e<br />
desmoldagem de fôrma para blocos, cintas e sapatas. Como características principais,<br />
que deverão ser levadas em conta nesta composição, podemos citar:<br />
I - A unidade desta composição é metro quadrado de área desenvolvida pelas<br />
fôrmas, para a execução do concreto armado. É importante a clareza deste<br />
critério, uma vez que o levantamento do quantitativo de projeto deverá ser<br />
feito desta forma.<br />
II - Para esta composição, foi levado em conta um reaproveitamento das tábuas,<br />
pernas e sarrrafos em duas vezes.<br />
III - Da composição:<br />
- Esta composição é formada por cinco insumos que aparecem sob a coluna de<br />
descrição.<br />
- Na coluna unidade, aparecem as unidades correspondentes aos insumos, em<br />
geral sob a forma de comercialização.
- Os multiplicadores de cada insumo representam o seu consumo por unidade<br />
do serviço, ou seja:<br />
1 - Para cada metro quadrado de fôrma são consumidos 0,24 kg de pregos mistos.<br />
2 - Para cada metro quadrado de fôrma são consumidos 2,50 ml de tábua de<br />
pinho 3. a 1 x 12".<br />
3 - Para cada metro quadrado de fôrma são consumidos 3,00 ml de sarrafo de<br />
pinho 2. a 1 x 4".<br />
4 - Para cada metro quadrado de fôrma são consumidas 1,30 horas de servente.<br />
5 - Para cada metro quadrado de fôrma são consumidas 1,30 horas de carpinteiro.<br />
Exemplo a:<br />
Em uma determinada obra serão executados 700 m 2 de fôrma desenvolvida<br />
para blocos, cintas e sapatas. Calcule os consumos de materiais e mão-de-obra<br />
para a execução total deste serviço:<br />
Solução:<br />
Para cada metro quadrado de fôrma desenvolvida temos os seguintes consumos<br />
unitários:<br />
Descrição Unidade Multiplicador<br />
1 - Pregos mistos kg 0,24<br />
2 - Tábua pinho 3. J 1 x 12" ml 2,50<br />
3 - Sarrafo pinho 2.' 1 1 x 4" ml 3,00<br />
4 - Servente horas 1,30<br />
5 - carpinteiro horas 1,30<br />
Para obtermos a quantidade necessária dos insumos, para a execução total do<br />
serviço, basta que multipliquemos todos os multiplicadores pela quantidade total,<br />
ou seja, 700 m 2 . Portanto:<br />
1 - Pregos 0,24 kg/m 2 x 700 m 2 168 kg<br />
2 - Tábua 2,50 ml/m 2 x 700 m 2 1.750 ml<br />
3 - Sarrafo 3,00 ml/m 2 X 700 m* 2.100 ml<br />
4 - Servente 1,30 horas/m 2 x 700 m' 910 hs<br />
5-Carpinteiro 1,30 horas/m 2 x 700 m 2 910 hs
-Voltando à composição original, a coluna relativa a preços unitários contém<br />
os preços unitários dos insumos em uma determinada data-base. Na composição<br />
descrita, os preços foram obtidos na base de outubro de 2003. Os preços<br />
unitários para mão-de-obra foram majorados dos encargos sociais, para que<br />
seja permitida a obtenção do custo global efetivo do serviço (encargos sociais<br />
aplicados no caso = 115%).<br />
- A coluna relativa ao custo total do insumo é obtida através da multiplicação<br />
do preço unitário do insumo pelo multiplicador correspondente. O custo total<br />
unitário da composição é o somatório do total obtido para cada insumo.<br />
Exemplo b:<br />
Calcule o custo total dos materiais e mão-de-obra para a execução de 1.000 m 2<br />
de fôrma para fundação:<br />
Solução:<br />
Aproveitando ainda a composição ora descrita, basta multiplicarmos a quantidade<br />
total a ser executada pelo preço total unitário obtido para cada um dos<br />
insumos separadamente, ou seja:<br />
1 - Pregos<br />
2 - Tábuas<br />
3 - Sarratos<br />
4 - Serventes<br />
5 - Carpinteiros<br />
R$ 0,60/m 2 x 1.000 m 2<br />
RS 600,00<br />
RS 8,31/m 2 x 1.000 m 2 RS 8.310,00<br />
R.$ 7,50/m ? x 1.000 m 2<br />
RS 7.500,00<br />
R$ 4,11/m 2 x 1.000 m 7<br />
RS 4.110,00<br />
RS 6,1 l/m 2 x 1.000 m ;<br />
RS 6.110,00<br />
Total de materiais:<br />
Total de mão-de-obra:<br />
Total geral:<br />
RS 12.210,00<br />
RS 14.420,00<br />
RS 26.630,00<br />
Composição B - Preparo e lançamento de concreto estrutural<br />
F ck = 150 kg/cm 2 ou 15 MPa (unidade: m 3 )<br />
Data-base: outubro de 2003
Descrição Unidade Multiplicador Preço Total<br />
Unitário R$ R$<br />
1 - Cimento saco 7,000 16,49 115,43<br />
2 - Areia m } 0,622 23,00 14,31<br />
3 - Pedra Britada n° 1 m» 0,364 33,00 12,01<br />
4 - Pedra Britada n° 2 m 3 0,364 33,00 12,01<br />
5 - Servente hora 8,000 4,70 37,60<br />
6 - Pedreiro hora 1,000 6,39 6,39<br />
Total: RS 197,75/m 1<br />
Análise e comentário<br />
I - Trata-se de uma composição de custos referente à execução de preparo e<br />
lançamento de concreto estrutural, preparado o concreto no canteiro da obra, com<br />
a utilização de betoneira no preparo e vibrador para o adensamento.<br />
II - A unidade desta composição é metro cúbico do volume dimensionado no<br />
projeto de cálculo estrutural. É importante a clareza deste critério, uma vez que o<br />
levantamento do quantitativo de projeto será feito desta forma.<br />
Nos casos em que a obra apresentar características diferentes das composições,<br />
deve-se adaptá-las a fim cie que possam retratar, o máximo possível, a situação<br />
real da obra. Podemos citar, por exemplo, a utilização de aditivos no preparo<br />
do concreto, ou a consideração de perdas de materiais, devido ao transporte ou<br />
dificuldades na execução do concreto.<br />
III - Da composição:<br />
- Esta composição é formada por seis insumos que estão descritos na coluna<br />
"descrição".<br />
- Na coluna "unidade", aparecem as unidades correspondentes aos insumos,<br />
em geral sob a forma de comercialização.<br />
- Os multiplicadores de cada insumo representam o seu consumo por unidade<br />
do serviço, ou seja:<br />
1 - Para cada metro cúbico de concreto estrutural são consumidos 7,0 sacos<br />
de cimento;<br />
2 - Para cada metro cúbico de concreto estrutural são consumidos 0,622 m 3<br />
de areia;<br />
3 - Rira cada metro cúbico de concreto estrutural são consumidos 0,364 m 3 de<br />
pedra britada n.° 1 ;<br />
4 - Para cada metro cúbico de concreto estrutural são consumidos 0,364 m 3 de<br />
pedra britada n.° 2;
5 - Para cada metro cúbico de concreto estrutural são consumidas 8,00<br />
horas de servente;<br />
6 - Para cada metro cúbico de concreto estrutural é consumida 1,00 hora de<br />
pedreiro.<br />
Exemplo:<br />
Em uma determinada obra serão executados 80 m 3 de concreto estrutural, conforme<br />
levantamento feito pelo projeto de cálculo estrutural. Com base na composição<br />
B, anteriormente descrita, calcular:<br />
1 - Os consumos dos materiais e mão-de-obra para o serviço.<br />
2 - O custo total dos materiais e mão-de-obra para o serviço.<br />
Solução:<br />
1 - Utilizando os multiplicadores da composição, que são na realidade os<br />
consumos por unidade do serviço, temos:<br />
1 -Cimento 7,000 sacos/m 3 X 80 m 3 : 560 sacos<br />
2 - Areia 0,622 mVm 4 X 80 m 3 49,76 m 3<br />
3 - Pedra britada 1 0,364 mVm J X 80 m 3 29,12 m 3<br />
4 - Pedra britada 2 0,364 mVm J X 80 m 3 29,12 m 3<br />
5 - Servente 8,000 horas/m 3 X 80 m 3 : 640 horas<br />
6 - Pedreiro 1,000 horas/m 3 X 80 m 3 : 80 horas<br />
Através dos resultados obtidos, pode-se fazer uma boa programação de compras<br />
de materiais, assim como dimensionar corretamente a equipe de trabalho, em<br />
função do prazo previsto para a execução do serviço. Digamos que, para este<br />
exemplo, esteja prevista a concretagem em 30 horas de trabalho. O dimensionamento<br />
da equipe de trabalho seria:<br />
Servente: 640 horas/homem de trabalho -s- 30 horas = 22 homens p/<br />
executar 80 m 3<br />
Pedreiro: 80 horas/homem de trabalho -s- 30 horas = 3 homens p/ executar<br />
80 m 3<br />
2 - Com relação ao custo total do serviço, basta multiplicarmos as quantidades<br />
obtidas pelo preço unitário de cada insumo:
1 -Cimento 560 sacos x R$ 16,49/saco = RS 9.234,40<br />
2 - Areia 49,76 m 3 x RS 23,00/m 3 RS 1.144,48<br />
3 - Pedra britada n° 1 29,12 m 3 x R$ 33,00/m 3 RS 960,96<br />
4 - Pedra britada n° 2 29,12 m 3 X R$ 33,00/m 3 RS 960,96<br />
5 - Servente 640,00 horas X R$ 4,70/hora RS 3.008,00<br />
6 - Pedreiro 80,00 horas X R$ 6,39/hora RS 511,20<br />
-Total de materiais: R$ 12.300,80<br />
-Total de mão-de-obra: R$ 3.519,20<br />
-Total Geral: R$ 15.820,00<br />
Composição C - Armação para estruturas de concreto (vigas, pilares e<br />
lajes) - unidade: kg<br />
Data-base: outubro de 2003<br />
Descrição Unidade Multiplicador Preço Total<br />
Unitário R$ R$<br />
1 - Arame recozido n° 1 8 kg 0,020 2,22 0,04<br />
2 - Ferro CA 50- 10,0 mm kg 0,112 1,78 0,20<br />
3-FerroCA 50- 12,5 mm kg 0,202 1,69 0,34<br />
4 - Ferro CA 50 - 16,0 mm kg 0,300 1,69 0,51<br />
5 - Ferro CA 50 - 20,0 mm kg 0,187 1,69 0,32<br />
6 - Ferro CA 60 - 4,6 mm kg 0,101 2,15 0,22<br />
7 - Ferro CA 60 - 6,4 mm kg 0,149 2,15 0,32<br />
8 - Servente hora 0,090 4,70 0,42<br />
9 - Armador hora 0,090 6,39 0,58<br />
Total: R$ 2,95/kg<br />
Análise e comentário<br />
I - Trata-se de uma composição de custos referente à execução de corte, dobramento<br />
e colocação de ferros para a execução de concreto armado.<br />
Vale lembrar que as composições são obtidas através de levantamentos de<br />
quantitativos em projetos, assim como de apropriações feitas em obras.<br />
Esta composição apresenta consumos unitários para armações conjugadas de<br />
vigas, pilares e lajes.
Observação:<br />
- Composição de custos para armação, obtidos por levantamentos efetuados<br />
por projetos de cálculos estruturais de diferentes projetistas, tendem a ser um pouco<br />
diferentes entre si.<br />
- A perda de ferro prevista nesta composição á de 5%.<br />
- A apropriação deste serviço e, conseqüentemente, a obtenção dos<br />
multiplicadores pode ser feita da seguinte maneira:<br />
a - Obtenção dos consumos de materiais no levantamento do projeto de cálculo<br />
estrutural.<br />
b - Consumos efetivamente gastos e perdas obtidas, através de apropriação do<br />
serviço e controle das saídas de materiais pelo estoque,<br />
c - Obtenção dos índices de produtividade da mão-de-obra, através das apropriações<br />
das horas gastas por profissional para a execução da armação e a<br />
produção efetiva.<br />
Um outro dado importante a ser levantado é quanto à tabela de pesos dos<br />
ferros. É interessante que a tabela utilizada pelo calculista seja a mesma que a do<br />
fornecedor dos ferros e que, por sua vez, esteja dentro dos parâmetros estabelecidos<br />
pelas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).<br />
II - Da composição:<br />
- Esta composição é formada por nove insumos, que estão descritos sob a coluna<br />
"descrição''.<br />
- Na coluna "unidade", aparecem as unidades correspondentes aos insumos,<br />
em geral, sob a sua forma de comercialização.<br />
- Os multiplicadores de cada insumo representam o seu consumo por unidade<br />
do serviço, ou seja:<br />
1 - Para cada quilo de armação em estruturas são consumidos 0,020 kg de<br />
arame recozido n.° 18.<br />
2 - Para cada quilo de armação em estruturas são consumidos 0,112 kg de<br />
ferro CA 50 - 10 mm.<br />
3 - Para cada quilo de armação em estruturas são consumidos 0,202 kg de<br />
ferro CA 50 - 12,5 mm.<br />
4 - Para cada quilo de armação em estruturas são consumidos 0,300 kg de<br />
ferro CA 50 - 16,0 mm.<br />
5 - Para cada quilo de armação em estruturas são consumidos 0,187 kg de<br />
ferro CA 50-20,0 mm.
6 - Para cada quilo de armação em estruturas são consumidos 0,101 kg de<br />
ferro CA 60 - 4,6 mm.<br />
7 - Para cada quilo de armação em estruturas são consumidos 0,149 kg de<br />
ferro CA 60 - 6,4 mm.<br />
8 - Para cada quilo de armação em estruturas são consumidas 0,090 horas<br />
de servente.<br />
9 - Para cada quilo de armação em estruturas são consumidas 0,090 horas<br />
de armador.<br />
Exemplo:<br />
Em uma determinada obra foram levantados, em projeto, 8.000 kg de armação<br />
para execução de uma laje estrutural. Com base na composição C, calcular:<br />
a - Os consumos de materiais e mão-de-obra para o serviço;<br />
b - O custo total do serviço.<br />
Solução:<br />
a - Para obtermos os consumos por insumo para este serviço, basta multiplicarmos<br />
a quantidade a ser executada pelos consumos unitários apresentados pela<br />
composição, ou seja:<br />
1 - Arame recozido 0,020 kg/kg X 8.000 kg armação 160 kg<br />
2 - Ferro CA 50 - 10 mm 0,112 kg/kg X 8.000 kg armação 896 kg<br />
3 - Ferro CA 50 -12,5 mm 0,202 kg/kg X 8.000 kg armação = 1.616 kg<br />
4 - Ferro CA 50 -16,0 mm 0,300 kg/kg X 8.000 kg armação = 2.400 kg<br />
5 - Ferro CA 50 -20,0 mm 0,187 kg/kg X 8.000 kg armação = 1.496 kg<br />
6 - Ferro CA 60 - 4,6 mm 0,101 kg/kg X 8.000 kg armação 808 kg<br />
7 - Ferro CA 60 - 6,4 mm 0,149 kg/kg X 8.000 kg armação = 1.192 kg<br />
8 - Servente 0,090 horas/kg X 8.000 kg armação 720 horas<br />
9 - Armador 0,090 horas/kg X 8.000 kg armação 720 horas<br />
A programação de compra dos materiais pode ser feita com base nos consumos<br />
obtidos. As perdas correspondentes a 5% já estão incluídas. Com relação à mãode-obra,<br />
considerando que os operários trabalhem 10 horas/dia e tenham cinco<br />
dias para a execução da armação, quantos operários serão necessários para que o<br />
serviço seja cumprido em tempo?
Servente = 720 homens/hora ^-(10 horas x 5 dias) = 15 homens<br />
Armador = 720 homens/hora + (10 horas x 5 dias) = 15 homens<br />
b - O custo total do serviço pode ser obtido pela multiplicação dos custos<br />
unitários dos insumos pela quantidade a ser executada:<br />
Descrição Preço da composição Unidade Quantidade Total<br />
unitária<br />
RS<br />
1 - Arame recozido 0,04 R$/kg 8.000,00 320,00<br />
2 - Ferro CASO -10,0 mm 0,20 RS/kg 8.000,00 1.600,00<br />
3 - Ferro CASO -12,5 mm 0,34 R$/kg 8,000,.00 2.720,00<br />
4-Ferro CA50-16,0 mm 0,51 R$/kg 8.000,00 4.080,00<br />
5 - Ferro CASO - 2,0 mm 0,32 RSfkg 8.000,00 2.560,00<br />
6- Ferro CA60 - 4,6 mm 0,22 R$/kg 8.000,00 1.760,00<br />
7 - Ferro CA60 - 6,4 mm 0,32 R$/kg 8.000,00 2.560,00<br />
8 - Servente 0,42 R$/kg 8.000,00 3.360,00<br />
9 - Armador 0,58 RS/kg 8.000,00 4.640,00<br />
Total de materiais: R$ 15.600,00<br />
Total de mão-de-obra: R$ 8.000,00<br />
Total geral: R$ 23.600,00<br />
Para esta composição, os percentuais cios custos cie materiais e mão-de-obra,<br />
em relação ao serviço, se apresentam da seguinte forma:<br />
- Material: 66,10%<br />
- Mão-de-obra: 33,90%<br />
-Total: 100,00%
Composição D - Alvenaria de tijolo cerâmico furado - 10 cm - unidade: rrr<br />
Data-base: outubro de 2003<br />
Descrição Unidade Multiplicador Preço Total<br />
Unitário R$ R$<br />
1 - Qualimassa<br />
saco<br />
0,400<br />
6,80 2,72<br />
2 - Tijolo cerâmico furado 10 x 20 x 30<br />
mil<br />
0,015<br />
285,00 4,28<br />
3 - Tijolo cerâmico furado 10 x 20 x 20<br />
4 - Servente<br />
5 - Pedreiro<br />
mil<br />
hora<br />
hora<br />
0,005<br />
1,000<br />
1,000<br />
190,00 0,95<br />
4,70 4,70<br />
6,39 6,39<br />
Total: R$ 19,04/m-'<br />
Análise e comentário:<br />
I - Trata-se de uma composição de custos referente à execução de alvenaria de<br />
barro furado, espessura 10 cm, traço da argamassa de 1:3:3. Nesta composição<br />
estão englobados os serviços de marcação, assentamento propriamente dito e aperto<br />
da alvenaria.<br />
A perda considerada para os tijolos foi de 10%.<br />
II - Para obtenção dos quantitativos de projetos para fins de orçamento detalhado<br />
da obra, o critério a ser estabelecido para o levantamento da alvenaria é o<br />
cálculo do metro quadrado de paredes efetivo.<br />
Quer dizer, será levantada a metragem quadrada de paredes do projeto, descontando-se<br />
todos os vãos que interfiram nelas.<br />
III - Existem casos em que as composições ou a obra propriamente dita executam<br />
a alvenaria através da mão-de-obra empreitada. Neste caso, o critério de<br />
quantidades de metros quadrados a serem executados poderá ser diferente. Em<br />
alguns casos utilizam-se critérios de não serem descontados vãos de até dois<br />
metros quadrados, sendo que para vãos maiores que dois metros quadrados todo<br />
o resto será descontado, ou será descontado 50% do que exceder a dois metros<br />
quadrados. Enfim, o importante é que na previsão orçamentária, ou seja, na fase<br />
de planejamento, as composições a serem utilizadas sejam aquelas que melhor<br />
refletirão a realidade construtiva.<br />
IV - A determinação de uma composição como esta pode ser feita de uma boa<br />
apropriação em obra.
Por um lado, os materiais serão controlados através de saídas dos almoxarifados e<br />
do controle de consumos por material ensacado ou padiolas. A mão-de-obra, por sua<br />
vez, é controlada segundo as horas efetivamente gastas na execução do serviço.<br />
Finalmente, a produção é obtida pelo levantamento, no local, do serviço executado.<br />
Os consumos com materiais e mão-de-obra, segundo as unidades de<br />
comercialização, divididas pela produção efetiva em metros quadrados, resultarão<br />
em índices de consumos por unidade de serviço, ou seja, os multiplicadores da<br />
composição.<br />
V - Da composição:<br />
- Esta composição é formada por cinco insumos, descritos sob a coluna "descrição".<br />
- Na coluna "unidades" aparecem as unidades dos insumos sob a sua forma de<br />
comercialização.<br />
- Os "multiplicadores" de cada insumo representam o seu consumo pela unidade<br />
do serviço, ou seja:<br />
1 - Para cada metro quadrado de alvenaria são consumidos 0,400 sacos de<br />
qualimassa.<br />
2 - Para cada metro quadrado de alvenaria são consumidas 15,00 unidades<br />
de tijolo cerâmico furado 10x 20x 30.<br />
3 - Para cada metro quadrado de alvenaria são consumidas 5,00 unidades<br />
de tijolo cerâmico furado 10x 20x20.<br />
4 - Para cada metro quadrado de alvenaria são consumidas 1,00 hora de<br />
servente.<br />
5 - Para cada metro quadrado de alvenaria são consumidas 1,00 hora de<br />
pedreiro.<br />
Exemplo:<br />
Em uma determinada obra foram levantados, em projetos, 600 m 2 de alvenaria em<br />
tijolo de barro furado - 10 cm de espessura. Com base na composição D, calcular:<br />
a - Os consumos totais de materiais e mão-de-obra para o serviço;<br />
b - O custo total do serviço.<br />
Solução:<br />
a - Para obtermos os consumos dos insumos, basta multiplicarmos a quantidade<br />
levantada em projeto pelos multiplicadores apresentados pela composição. Vejamos:
Descrição<br />
1 - Qualimassa<br />
2 -Tijolo 10x20x30<br />
3-Tijolo 10x20x20<br />
4 - Servente<br />
5 - Pedreiro<br />
Multiplicador<br />
0,400 saco<br />
0,015 mil<br />
0,005 mil<br />
1,000 horas<br />
1,000 horas<br />
Quantidade<br />
Consumo<br />
600 m 2<br />
240,00 sacos<br />
600 m 2<br />
9,00 mil<br />
600 m 2<br />
3,00 mil<br />
600 m 2<br />
600,00 horas<br />
600 m 2 600,00 horas<br />
Uma vez obtidas as quantidades a serem gastas fica fácil fazer uma programação<br />
de compras. As perdas dos tijolos já estão incluídas nos quantitativos.<br />
Se quisermos dimensionar a equipe da mão-de-obra para a execução do serviço<br />
em 20 dias úteis, por exemplo, temos:<br />
20 dias úteis x 10 horas/dia = 200 horas<br />
Portanto:<br />
Servente: 600 horas/homem<br />
Pedreiro: 600 horas/homem<br />
200 horas = 3 homens<br />
200 horas = 3 homens<br />
b - O custo total do serviço pode ser obtido pela multiplicação dos custos<br />
unitários dos insumos pela quantidade a ser executada:<br />
Descrição Custo unitário da Unidade Quantidade (m 2 ) Total R$<br />
composição<br />
1 -Qualimassa 2,72 RS/m 2 600 1.632,00<br />
2-Tijolo 10x20x30 4,28 R$/m- 600 2.568,00<br />
3-Tijolo 10x20x20 0,95 R$/m 2 600 570,00<br />
4 - Servente 4,70 R$/m 2 600 2.820,00<br />
5 - Pedreiro 6,39 R$/m 2 600 3.834,00<br />
Total de materiais: RS 4.770,00<br />
Total de mão-de-obra: R$ 6.654,00<br />
Total geral: RS 11.424,00<br />
Para esta composição, os pesos dos custos de materiais e mão-de-obra em relação<br />
ao serviço se apresentam da seguinte forma:<br />
- Material: 41,75%<br />
- Mão-de-obra: 58,25 %<br />
-Total: 100,00%
Composição E - Revestimento de piso cerâmico (unidade: m 2 )<br />
Data-base: outubro de 2003<br />
Descrição Unidade Multiplicador Preço unitário R$ Total R$<br />
1 - Areia m 5 0,050 23,00 1,15<br />
2 - Cimento saco 0,040 16,49 0,66<br />
3 - Rejunte kg 0,284 1,50 0,43<br />
4 - Piso cerâmico 20 x 20 m ? 1,050 13,00 13,65<br />
5 - Ladrilheiro hora 1,75 6,39 11,43<br />
6 - Servente hora 1,75 4,70 8,23<br />
Total: r$ 35,55/m 2<br />
Análise e comentário:<br />
I -Trata-se de uma composição de custos referente à execução de piso cerâmico<br />
incluindo-se a regularização de base e o assentamento propriamente dito, ambos<br />
executados pelo profissional auxiliado por servente. A perda considerada para o<br />
material cerâmico é de 5%.<br />
II - Para a obtenção dos quantitativos de projetos para fins orçamentários, o<br />
critério de levantamento é o cálculo da metragem quadrada de piso efetivo, ou<br />
seja, a área do piso com os descontos de áreas que não levem o material cerâmico.<br />
III - Muitas vezes a execução de piso cerâmico é feita por empresas<br />
especializadas, subcontratadas para a execução do serviço. Nestes casos, a composição<br />
deve estar compatível com o sistema executivo, para que a previsão não<br />
corra riscos de consideráveis diferenças financeiras.<br />
IV - Da composição<br />
- Esta composição é formada por seis insumos, descritos sob a coluna "descrição".<br />
- Na coluna "unidade" aparecem as unidades dos insumos sob a forma de<br />
comercialização.<br />
-Os "multiplicadores" cie cada insumo representam o seu consumo pela unidade<br />
do serviço, ou seja:<br />
1 - Para cada metro quadrado cie piso cerâmico são consumidos 0,050 m 3 de<br />
areia.<br />
2 - Para cada metro quadrado de piso cerâmico são consumidos 0,040 sacos<br />
de cimento.
3 - Para cada metro quadrado de piso cerâmico são consumidos 0,284 kg de<br />
rejunte.<br />
4 - Para cada metro quadrado de piso cerâmico são consumidos 1,050 m 2 de<br />
piso cerâmico.<br />
5 - Para cada metro quadrado de piso cerâmico são consumidas 1,750 horas<br />
de ladrilheiro<br />
6 - Para cada metro quadrado de piso cerâmico são consumidas 1,750 horas<br />
de servente.<br />
Exemplo:<br />
Em uma determinada obra foram levantados, em projetos, 300 m 2<br />
cerâmico. Com base na composição E, calcular:<br />
a - Os consumos totais de materiais e mão-de-obra para o serviço;<br />
b - O custo total do serviço.<br />
de piso<br />
Solução:<br />
a - Para obtermos os consumos dos insumos, basta multiplicarmos a quantidade<br />
levantada em projeto pelos multiplicadores apresentados pela composição E. Portanto:<br />
1 - Areia 0,050 m 3 /m 2 x 300 m 2 = 15,00 m J<br />
2 -Cimento 0,040 sacos/m 2 x 300 m 2 = 12,00 sacos<br />
3 - Rejunte 0,284 kg/m 2 X 300 m 2 = 85,20 kg<br />
4 - Piso cerâmico 1,050 m 2 /m 2 X 300 m 2 = 315,00 m 2<br />
5 - Ladrilheiro 1,75 horas/m 2 X 300 m 2 = 525,00 horas<br />
6 - Servente 1,75 horas/m 2 X 300 m 2 = 525,00 horas<br />
Obtidas as quantidades totais a serem consumidas, pode-se fazer uma programação<br />
completa das compras dos materiais, assim como dimensionar a equipe de trabalho em<br />
função do prazo de término do serviço.<br />
Considere que para a execução deste serviço foi planejado um prazo de dez dias<br />
úteis e que cada operário trabalha 8 horas/dia. Para dimensionar a equipe, temos:<br />
- Ladrilheiro 690 horas/homem + (10 dias x 8 horas) = 9 homens<br />
- Servente: 600 horas/homem +(10 dias x 8 horas) = 8 homens
- O custo total do serviço pode ser obtido pela multiplicação dos custos<br />
unitários dos insumos pela quantidade a ser executada.<br />
Descrição Preço unitário da Unidade Quantidade Total R$<br />
composição<br />
1 - Areia 1,15 R$/m 2 300 345,00<br />
2 - Cimento 0,66 R$/m- 300 198,00<br />
3 - Rejunte 0,43 R$/m 2 300 129,00<br />
4 - Piso cerâmico 13,65 R$/m- 300 4.095.00<br />
5 - Ladrilheiro 11,43 R$/m' 300 3.429,00<br />
6 - Servente 8,23 R$/m 2 300 2.469,00<br />
Total de materiais: RS 4.767,00<br />
Total de mão-de-obra: RS 5.898,00<br />
Total geral: RS 10.665,00<br />
Para esta composição, os pesos dos custos de materiais e mão-de-obra em relação<br />
ao serviço se apresentam da seguinte forma:<br />
- Material: 44,70%<br />
-Mão-de-obra: 55,30%<br />
-Total: 100,00%
4<br />
Especificações<br />
técnicas<br />
e de acabamento da obra<br />
As especificações técnicas e de acabamento de uma obra representam fatores<br />
importantes para o planejamento e a execução da obra. Elas incidem diretamente em:<br />
1 - Custos da construção.<br />
2 - Métodos construtivos para a execução dos serviços.<br />
3 - Prazo técnico da obra.<br />
4 - Padrão de acabamento do empreendimento.<br />
As especificações técnicas, que devem ser determinadas ainda na fase do planejamento<br />
da obra (portanto antes do início da construção), são aquelas que definem<br />
métodos e técnicas para a execução de serviço de construção, descritos ou<br />
não nos projetos.<br />
Estas informações são primordiais para a elaboração de um orçamento de obra,<br />
para fins de acompanhamento físico-financeiro. A falta destas informações leva o<br />
orçamentista a fazer considerações a respeito das características técnicas da obra<br />
que, muitas vezes, fogem bastante da realidade construtiva.<br />
Com as definições prévias das especificações técnicas o engenheiro da obra<br />
comete o mínimo possível de improvisos. Além disso, elas possibilitam uma programação<br />
para fechamento de contratos (materiais e serviços), com a antecedência<br />
conveniente.<br />
Para subsidiar o planejamento técnico da obra, podemos citar os seguintes elementos,<br />
como relevantes, a serem especificados:<br />
- Detalhamento dos projetos: sempre que possível, desenvolver os projetos<br />
no seu melhor nível de detalhamento.<br />
- Tipo de sondagem a ser executada.<br />
- Projeto de canteiro da obra: trata-se de uma ferramenta valiosa, desde que<br />
bem elaborada. Constam deste projeto a execução de barracões, almoxarifados,<br />
silos, tapumes, área de passagens, inclusive para acesso a caminhões<br />
de transporte, equipamentos e suas localizações.
- Equipe de administração da obra: constam desta equipe mestre, engenheiros,<br />
encarregados gerais, vigias, almoxarifes, guincheiros.<br />
- Seguros: os tipos de seguro usualmente utilizados para a obra.<br />
-Trabalhos em terra: definições dos trabalhos que serão executados, tais como<br />
escavação mecânica, escavação manual, contenções, rebaixamento do lençol<br />
d'água, desmonte de rocha, aterros.<br />
-Tipo de fundação: se a fundação será direta ou profunda, sistema de execução<br />
a ser empregado, resistência característica do concreto, entre outros.<br />
-Tipo de estrutura: sistema construtivo das fôrmas, tipo de escoramento, método<br />
de execução do concreto, resistência característica do concreto.<br />
- Marca e padrão de elevadores.<br />
- Entre os principais serviços a serem executados, quais serão com mão-deobra<br />
própria e com a utilização de subempreiteiros.<br />
- Sistema de aquecimento de água.<br />
- Definição dos equipamentos complementares da obra, tais como iluminação<br />
das partes comuns, equipamentos para hall social, interfone.<br />
-Taxa de remuneração da construtora.<br />
- Prazo de execução da obra.<br />
As especificações de acabamento definem claramente quais serão os materiais<br />
que comporão os revestimentos e acessórios do empreendimento, em cada compartimento<br />
e no seu todo.<br />
Vários são os critérios a serem adotados para a definição dos acabamentos do<br />
projeto. Podemos citar, entre outros:<br />
- Conforto na sua utilização;<br />
- Aspecto estético;<br />
- Conservação e manutenção dos materiais;<br />
- Aspecto de redução dos custos;<br />
- Limitações da legislação local;<br />
- Característica de comercialização do empreendimento.<br />
Muitas vezes as especificações de acabamentos são alteradas durante a obra,<br />
motivadas por situações como falta do material no mercado, materiais que não<br />
são mais fabricados, alteração do padrão de especificação por parte dos investidores,<br />
para adequá-lo às condições de mercado. Quanto mais detalhado for o caderno<br />
de especificações, mais detalhado e preciso será o planejamento técnico.
Para que o leitor perceba melhor a importância destas definições, descrevemos,<br />
a seguir, as especificações técnicas e de acabamento de uma edificação residencial<br />
multifamiliar. Constam ainda deste caderno de especificações algumas generalidades<br />
que dizem respeito à responsabilidade da construtora no empreendimento.<br />
ESPECIFICAÇÕES GERAIS DO EMPREENDIMENTO<br />
Obra: Rua A, n.° 10<br />
Incorporadora: Incorporadora XXX<br />
Prazo da obra: 24 meses<br />
01 - Generalidades:<br />
01.01 - Equipe administrativa:<br />
- um engenheiro residente<br />
- um mestre-de-obras<br />
- um apontador<br />
- um almoxarife<br />
- um vigia noturno<br />
- um vigia diurno<br />
01.02 - Equipamentos que serão utilizados:<br />
- uma betoneira<br />
- dois guinchos de embreagem<br />
- duas torres metálicas com pranchas de cargas<br />
- uma serra portátil<br />
- dois vibradores de imersão<br />
- uma máquina de cortar ferro<br />
- uma máquina de dobrar ferro<br />
01.03 - As normas, projetos de normas, especificações, métodos de ensaios e<br />
padrões aprovados e recomendados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas,<br />
bem como toda a legislação em vigor, referentes a obras civis, inclusive sobre<br />
segurança do trabalho, serão parte integrante destas especificações, como se nelas<br />
estivessem transcritas.<br />
01.04 - Estas especificações são complementadas pelos projetos e detalhes de<br />
execução, devendo ser integralmente obedecidas.
01.05 - Em caso de divergências, prevalecerão:<br />
- As especificações estabelecidas sobre os desenhos;<br />
- As cotas assinaladas sobre as dimensões medidas em escalas;<br />
- Os desenhos de maior escala sobre os de menor escala.<br />
01.06 - A mão-de-obra e os materiais a serem empregados na execução dos<br />
serviços deverão ser de boa qualidade, em obediência a estas especificações e<br />
aos padrões em vigor.<br />
01.07 - A aplicação de materiais industrializados ou de emprego especial obedecerá<br />
às recomendações dos fabricantes, cabendo à construtora, em qualquer<br />
caso, a responsabilidade técnica.<br />
01.08 - Os ensaios de materiais julgados necessários serão providenciados pela<br />
construtora.<br />
01.09 - São de responsabilidade da construtora:<br />
- As licenças e suas prorrogações.<br />
-Todas as providências junto aos órgãos públicos, institutos de previdência e<br />
concessionárias de serviços públicos, cumprindo quaisquer formalidades e sanções<br />
exigidas, desde que digam respeito à obra ou a sua execução.<br />
-Todas as medidas para a obtenção do "Habite-se", bem como averbação da<br />
construtora no Registro Geral de Imóveis, inclusive o fornecimento de documentos<br />
e pagamentos de taxas e emolumentos.<br />
02 - Instalação da obra:<br />
02.01 - Serão demolidas as construções porventura existentes no terreno e este<br />
roçado e limpo.<br />
02.02 - A obra será cercada por tapume de aspecto agradável e dotada de<br />
dispositivos que garantam as condições adequadas de segurança.<br />
02.03 - A construtora providenciará, junto aos órgãos competentes, as ligações<br />
de serviços públicos.<br />
02.04 - O canteiro deverá ser organizado e limpo, cabendo à construtora manter<br />
estas condições durante a obra, retirando quaisquer materiais, equipamentos,<br />
entulhos e outros que não sejam necessários à execução.<br />
03 - Movimentação de terra:<br />
03.01 - A locação da obra será feita rigorosamente de acordo com os níveis e<br />
indicações constantes dos projetos e detalhes.
03.02 - As escavações manuais ou mecânicas serão executadas dentro cia melhor<br />
técnica comprovada pela experiência e/ou normas, assim como garantindo as<br />
condições adequadas de segurança.<br />
03.03 - Os aterros que porventura existirem serão executados em camadas<br />
uniformes, constituídas por material escolhido e isento de matéria orgânica, molhada<br />
e compactada.<br />
04 - Fundações:<br />
04.01 - As fundações serão projetadas de acordo com as características do<br />
terreno e orientadas por sondagens a serem realizadas previamente.<br />
05 - Estrutura:<br />
05.01 - A estrutura será em concreto armado, obedecendo às normas da ABNT:<br />
NB-1, NB-4 e NB-5, com a resistência do concreto fixada de acordo com cálculo<br />
estrutural e com tensões calculadas nos diversos elementos estruturais. Durante a<br />
execução serão previstas as passagens necessárias para a execução das instalações.<br />
05.02 - Serão realizados ensaios com corpos-de-prova, de acordo com as recomendações<br />
da ABNT.<br />
05.03 - A execução será feita como determina a boa técnica, sendo o concreto<br />
adensado por meio de vibradores.<br />
06 - Alvenaria:<br />
06.01 - As paredes serão de tijolos de barro ou blocos de concreto, assentados<br />
com argamassa de cimento, cal e areia, no traço recomendado, regularmente<br />
colocados, perfeitamente nivelados e aprumados, nos alinhamentos e dimensões<br />
indicados nos projetos e detalhes aprovados.<br />
06.02 - Os apertos serão executados com argamassa de cimento e areia no<br />
traço recomendado, com espessura máxima de 0,03 m e somente após decorridos<br />
dez dias do levantamento das paredes.<br />
06.03 - Sobre os vãos de portas e janelas, sempre que necessário, serão colocadas<br />
vergas de concreto convenientemente dimensionadas.<br />
07 - Soleiras, rodapés e peitoris:<br />
07.01 - As janelas e basculantes terão peitoris de mármore branco, onde<br />
indicadas no projeto, sendo assentados com argamassa de cimento e areia, sobre<br />
base limpa, observados os nivelamentos e dimensões indicadas no projeto.
07.02 - As soleiras serão de mármore, onde indicado no projeto, colocadas<br />
onde houver mudança de piso.<br />
08 - Esquadrias:<br />
08.01 - As esquadrias de madeira serão previamente secas, isentas de falhas,<br />
não empenadas, sem nós ou fendas.<br />
08.02 - As aduelas e alizares serão de madeira de lei, colocadas em esquadro,<br />
fixadas em tacos de madeira ranhurados, imunizados e previamente colocados na<br />
alvenaria, em quantidades adequadas.<br />
08.03 - As portas serão executadas de acordo com as dimensões especificadas<br />
no projeto aprovado, todas em compensado de cedro semi-ocas, preparadas para<br />
pintura a óleo.<br />
08.04 - As portas de acesso aos apartamentos serão folheadas em cerejeira.<br />
08.05 - As janelas e basculantes serão de esquadrias de alumínio, de acordo<br />
com o projeto, em perfis de linha 25, anodizados e fixados por meio de contramarcos<br />
com alizares.<br />
08.06 - As esquadrias de ferro serão protegidas da oxidação por meio de pintura<br />
antiferruginosa.<br />
09 - Ferragens:<br />
Serão empregadas ferragens de marca recomendada, a seguir discriminadas:<br />
a) Nas portas de entrada das unidades:<br />
-Três dobradiças 3" x 2.1/2"<br />
- Conjunto de fechaduras<br />
- Placa esmaltada com número de unidade<br />
b) Nas portas internas:<br />
-Três dobradiças 3" x 2.1/2"<br />
- Conjunto de fechaduras<br />
c) Nas portas dos banheiros:<br />
-Três dobradiças 3" x 1/2"<br />
- Conjunto de fechaduras<br />
10 - Vidros:<br />
10.01 - Os vidros serão assentados com massa própria, nas dimensões compatíveis,<br />
sem ondulações, contraventamento ou falhas.<br />
10.02 - As janelas de alumínio receberão vidros lisos de 4 mm.
10.03 - Os basculantes receberão vidro canelado.<br />
10.04 - No hall social do prédio será colocado um painel de vidro temperado,<br />
na espessura adequada.<br />
11- Cobertura:<br />
11.01 - A cobertura do prédio será protegida em chapas onduladas (fibrocimento<br />
6 mm), com recobrimento mínimo recomendado pelo fabricante, assentes sobre<br />
estrutura de madeira de lei.<br />
11.02 - As chapas serão aparafusadas na estrutura de acordo com as instruções<br />
do fabricante, utilizando-se os acessórios necessários para a vedação.<br />
11.03 - Deverá ser observado cuidado especial na colocação das colunas de ventilação<br />
cie esgoto, a fim de evitar a possibilidade de infiltração.<br />
11.04 - Serão executados rufos de concreto onde as telhas se encontrarem com<br />
as paredes.<br />
12 - Tratamentos:<br />
12.01 - Os interiores dos reservatórios d'água, as lajes de cobertura e áreas<br />
descobertas levarão um tratamento à base de material impermeabilizante, para<br />
evitar infiltração de água. A sua execução será em total conformidade com as<br />
recomendações do fabricante, executadas com a boa técnica e o que prescrevem<br />
as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas.<br />
13 - Revestimentos:<br />
13.01 - As argamassas de revestimento, do tipo emboço paulista, serão de<br />
cimento, areia e cal, nos traços recomendados com acabamento camurçado, executadas<br />
de forma cuidadosa, bem niveladas e aprumadas, sem depressões, saliências<br />
ou trincas, arrematadas em canto vivo.<br />
13.02 - As argamassas prontas deverão ser aplicadas conforme recomendações<br />
do fabricante, assumindo total responsabilidade pelos resultados obtidos.<br />
13.03 - Os tetos em que houver passagem de tubulação aparente serão rebaixados<br />
em gesso, sempre que o projeto assim o indicar.<br />
13.04 - Os azulejos serão de marca recomendada, de primeira qualidade, isentos<br />
de falhas, trincas ou diferenças na tonalidade, assentados com junta reta e rejuntados<br />
com cimento branco.
14 - Pinturas:<br />
14.01 - As superfícies a serem pintadas serão isentas de quaisquer defeitos de<br />
revestimento.<br />
14.02 - Deverão ser dadas tantas demãos quantas forem necessárias, no mínimo<br />
duas, até se obter a coloração uniforme e o cobrimento desejado.<br />
14.03 - As esquadrias de madeira serão emassadas e lixadas, quando necessário,<br />
e deverão ser aplicadas tantas demãos de óleo quantas sejam necessárias ao<br />
bom acabamento.<br />
15 - Pavimentação:<br />
15.01 - Os pisos cerâmicos ou de madeira serão assentados sobre argamassa de<br />
cimento, areia e cal, na espessura e traço recomendados, perfeitamente alisados,<br />
nivelados e limpos.<br />
15.02 - Os pisos cerâmicos serão de marca recomendada, de primeira qualidade,<br />
rejuntados com cimento branco.<br />
16 - Instalações - Generalidades:<br />
16.01 - Caberá à construtora desenvolver, aprovar e executar os projetos de<br />
acordo com a legislação vigente, assumindo a responsabilidade técnica sobre eles.<br />
16.02 - A construtora providenciará as ligações definitivas do empreendimento<br />
às redes públicas.<br />
17 - Instalações elétricas:<br />
17.01 - Caberá à construtora a execução de toda a rede elétrica, a seu ônus,<br />
inclusive subestações, câmaras subterrâneas, trechos externos e tudo o mais que<br />
vier a ser exigido pela concessionária, para a ligação à rede pública existente.<br />
17.02 - O material básico a ser empregado deverá atender ao que segue:<br />
a) As caixas serão em chapas de ferro, pintadas com uma demão de zarcão e<br />
esmalte isolante preto, com tampa aparafusada e nas dimensões compatíveis<br />
com a aplicação.<br />
b) Chaves: terão base de ardósia ou outro material aceito pela concessionária.<br />
c) Condutores: serão de cobre, isolados por camada de plástico.<br />
d) Eletrodutos: serão de ferro ou PVC rígido, conforme normas da concessionária.<br />
e) Espelhos e placas para caixas: serão de material plástico resistente, bem<br />
acabados, sem rebarbas, de marca recomendada.<br />
f) Interruptores e tomadas: serão de embutir, de marca recomendada.
g) Quadros de distribuição: com dispositivos de comando quick-lag montados<br />
em quadro de ferro esmaltado com porta.<br />
1 7.03 - Cada unidade autônoma disporá de quadro de distribuição instalado de<br />
acordo com o projeto, dotado de circuito independente para os aparelhos de arcondicionado.<br />
17.04 - Haverá tomadas para instalações adequadas à utilização de aparelhos<br />
de ar-condicionado, com a tubulação e fiação na sala e nos quartos.<br />
17.05 - Serão instaladas luminárias nas partes comuns do prédio, de acordo<br />
com o projeto.<br />
17.06 - Cada apartamento terá tubulação seca para futura instalação, pelo<br />
condomínio, de sistema de antena coletiva.<br />
1 7.07 - Cada apartamento possuirá previsão para um ponto de telefone interno<br />
de comunicação com a portaria de prédio.<br />
1 7.08 - As unidades autônomas disporão dos seguintes pontos de luz:<br />
Sala: 2 pontos no teto<br />
1 interruptor<br />
2 tomadas baixas<br />
1 tomada para ar-condicionado<br />
1 tomada para antena coletiva<br />
Quartos:<br />
1 ponto no teto<br />
1 interruptor<br />
2 tomadas baixas<br />
1 tomada para ar-condicionado<br />
Circulação:<br />
1 ponto no teto<br />
1 interruptor<br />
Banheiro:<br />
1 ponto no teto<br />
1 interruptor<br />
1 tomada<br />
Cozinha/área de serviço:<br />
2 pontos no teto<br />
2 interruptores
1 tomada para geladeira<br />
1 tomada<br />
1 tomada para máquina de lavar<br />
1 campainha<br />
1 ponto para interfone<br />
18 - Telefone:<br />
18.01 - Caberá à construtora executar todos os serviços a partir do ponto de<br />
alimentação deixado pela concessionária, inclusive tubulação e tomadas.<br />
18.02 - Haverá tomada para telefone externo nas salas das unidades autônomas,<br />
além de outros compartimentos, de acordo com as exigências da concessionária.<br />
19 - Instalações hidráulicas:<br />
19.01 - Os serviços da construtora partirão do ponto de alimentação deixado<br />
pela concessionária, compreendendo tubulações, registros, caixas e tudo o mais<br />
que, constante ou não dos projetos, se faça necessário ao adequado funcionamento<br />
das instalações.<br />
19.02 - Serão atendidas todas as exigências da concessionária.<br />
19.03 - Além dos aparelhos assinalados no projeto aprovado, serão previstos: um<br />
ponto de espera de filtro em cada cozinha, um ponto de água com registro para<br />
máquina de lavar em cada área de serviço e torneiras para lavagem nas área externas.<br />
19.04 - Os tubos e conexões serão de ferro galvanizado de marca recomendada,<br />
onde necessário, ou também de PVC rígido, onde exigido pelo projeto.<br />
19.05 - O prédio será dotado de duas bombas de recalque de comando automático,<br />
dimensionadas para funcionarem independentes, de marca recomendada.<br />
20 - Gás:<br />
20.01 - Serão atendidas as normas da concessionária.<br />
20.02 - As tubulações e conexões serão de ferro galvanizado, de marca recomendada.<br />
20.03 - Haverá P.l. com locais previstos para instalação de medidores individuais<br />
para cada unidade autônoma.<br />
21 - Incêndio:<br />
21.01 - Serão instalados todos os dispositivos de prevenção e combate a incêndio,<br />
em conformidade com o Laudo de Exigências e o projeto aprovado pelo Corpo<br />
de Bombeiros.
22 - Esgoto sanitário:<br />
22.01 - Os serviços da construtora compreenderão tudo o que, constante ou<br />
não dos projetos, se faça necessário ao esgotamento das águas servidas, devendo<br />
ser atendidas todas as exigências da concessionária.<br />
22.02 - As tubulações e conexões serão de ferro fundido ou de PVC rígido, de<br />
marcas recomendadas.<br />
22.03 - As áreas de serviços serão providas de instalações adequadas à utilização<br />
de máquina de lavar roupa, independente do tanque, de modo a evitar o<br />
transbordamento de sabão pelo ralos.<br />
22.04 - Os ralos simples e sifonados serão de PVC com grelha.<br />
23 - Águas pluviais:<br />
23.01 - Será executado um sistema de drenagem nas áreas externas cio empreendimento,<br />
conforme projeto específico.<br />
23.02 - Serão colocados ralos, sempre que necessário, conforme dimensionamento<br />
do projeto.<br />
23.03 - As calhas serão dotadas de ralos de ferro fundido, do tipo "abacaxi".<br />
24 - Elevadores:<br />
24.01 - Os elevadores, compreendendo máquinas, cabines e sistemas auxiliares,<br />
serão de marca recomendada.<br />
24.02 - As cabines terão as medidas adequadas à capacidade, em conformidade<br />
com o cálculo de tráfego, sendo revestidas internamente de acordo com o projeto,<br />
com iluminação fluorescente, sistema de ventilação natural e porta pintada.<br />
24.03 - As portas dos pavimentos serão cie eixo vertical, com fecho de segurança<br />
e visor, pintadas a esmalte.<br />
24.04 - Serão dotados dos dispositivos de segurança exigidos pela municipalidade<br />
e pelo Corpo de Bombeiros.<br />
25 - Lixo:<br />
25.01 - Será executado sistema de acumulação cie lixo, de acordo com projeto<br />
em conformidade com as normas da municipalidade.<br />
25.02 - Será colocada uma porta-caçamba metálica em cada pavimento, dentro<br />
do compartirnento apropriado.
26 - Aparelhos:<br />
26.01 - Os aparelhos sanitários e peças complementares serão de louça de<br />
primeira qualidade, de marcas recomendadas.<br />
26.02 - Os metais serão cromados, de marcas recomendadas.<br />
26.03 - São os seguintes os aparelhos sanitários e respectivos pertences a serem<br />
instalados nos locais assinalados no projeto aprovado:<br />
a) Lavatório<br />
- Lavatório médio<br />
-Torneira de 1/2" cromada<br />
-Válvula de PVC cromada de 1" x 2"<br />
- Sifão de PVC de 1" x 1"<br />
b) Vaso sanitário<br />
- Vaso sanitário<br />
-Vávula de descarga com registro<br />
-Tubo de conexão com canopla<br />
c) Banca de cozinha<br />
- Banca de mármore branco<br />
- Pia de aço 1/2" cromada<br />
-Válvula de PVC cromada de 1" x 2"<br />
- Sifão de PVC de 1" x 1"<br />
d) Tanque de louça<br />
- Tanque de louça<br />
-Torneira de 1/2" cromada<br />
-Válvula de PVC 1" x 2"<br />
26.04 - As peças de embutir deverão ficar perfeitamente niveladas e aprumadas.<br />
26.05 - As bancas de pia das cozinhas terão as dimensões do projeto.<br />
27 - Elementos decorativos:<br />
27.01 - O prédio será dotado de escaninho de correspondência, de acordo com<br />
as exigências da Empresa de Correios e Telégrafos.<br />
28 - Complementação da obra:<br />
28.01 - A obra será entregue inteiramente limpa e acabada, isenta de quaisquer<br />
vestígios de obra.
29 - Fachadas:<br />
29.01 - As fachadas serão revestidas com pastilha cerâmica de marca recomendada,<br />
reboco camurçado e concreto aparente, de acordo com detalhamento do projeto.<br />
29.02 - As pastilhas serão nas cores definidas pelo autor do projeto.<br />
CADERNO COMPLEMENTAR DE ESPECIFICAÇÕES<br />
I - Fachadas<br />
Revestimento - pastilha cerâmica e reboco camurçado<br />
Esquadrias - alumínio anodizado fosco<br />
Vidro fume 4 mm<br />
II - Áreas sociais comuns<br />
11.1 - Entrada social e hall social<br />
Piso - lambri de madeira<br />
Parede - acabamento liso - pintura plástica<br />
Teto - forro de gesso - pintura plástica<br />
Esquadrias - porta de madeira - pintura a óleo<br />
11.2 - Hall de circulação - Pavimentos-tipo<br />
Piso - cerâmica<br />
Parede - acabamento liso - pintura plástica<br />
Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />
III - Áreas comuns<br />
II 1.1 - Estacionamento<br />
Piso - cimentado áspero em placas<br />
Parede - emboço paulista - pintura plástica<br />
Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />
111.2 - Entrada de serviço e hall de serviço<br />
Piso - cerâmica<br />
Parede - emboço paulista - pintura Emalux<br />
Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />
Esquadrias - porta de madeira - pintura a óleo<br />
Ferragens - cromadas<br />
111.3 - Medidores de gás e força-luz<br />
Piso - cimentado liso
Parede - emboço paulista - caiação<br />
Teto - emboço paulista - caiação<br />
Esquadrias - porta de madeira - pintura a óleo<br />
Ferragens - cromadas<br />
111.4 - Escadas<br />
Piso - mármore<br />
Paredes - emboço paulista - pintura Emalux<br />
Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />
Esquadrias - porta tipo corta-fogo<br />
111.5 - Depósito de lixo e compartimento de lixo nos andares<br />
Piso - cerâmica<br />
Paredes - azulejo branco até o teto<br />
Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />
II 1.6 - Recreação coberta e descoberta<br />
Piso - pedra São Tomé<br />
Parede - emboço paulista - pintura plástica<br />
Teto - acabamento liso - pintura plástica<br />
III.7 - Sala de administração<br />
Piso - cerâmica<br />
Parede - emboço paulista - pintura plástica<br />
Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />
Esquadrias - alumínio anodizado tosco<br />
porta de madeira - semi-oca para pintura a óleo<br />
Ferragens - cromadas<br />
II 1.8 - Copa da administração<br />
Piso - cerâmica<br />
Parede - azulejo de cor até o teto<br />
Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />
Esquadrias - alumínio anodizado fosco<br />
Vidro - canelado<br />
Equipamentos - banca de pia em mármore branco nacional<br />
metais - crornados
II 1.9 - Banheiro de uso comum<br />
Piso - cerâmica<br />
Parede - azulejo de cor até o teto<br />
Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />
Esquadrias - alumínio anodizado fosco<br />
|x>rta de macieira - compensada semi-oca para pintura a óleo<br />
Ferragens - cromadas<br />
Vidro - canelado<br />
Equipamentos - louças - marcas recomendadas<br />
metais - cromados<br />
banca do lavatório em mármore branco nacional<br />
IV - Unidades autônomas<br />
IV. 1 - Varandas<br />
Piso - cerâmica<br />
Paredes - pastilha cerâmica<br />
Teto - forro de gesso - pintura plástica<br />
Gradil - alumínio anodizado fosco<br />
IV.2 -Salas<br />
Piso - tábua corrida em macieira cie lei<br />
Parede - emboço paulista - pintura plástica<br />
Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />
Esquadrias - alumínio anodizado fosco<br />
porta de madeira - semi-oca folheada em cerejeira<br />
Ferragens - cromadas<br />
IV.3 - Quartos<br />
Piso - tábua corrida em macieira de lei<br />
Parede - emboço paulista - pintura plástica<br />
Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />
Esquadrias - alumínio anodizado fosco<br />
porta de madeira - semi-oca - pintura a óleo<br />
Ferragens - cromadas<br />
VI.4 - Circulação<br />
Piso - tábua corrida em macieira de lei
Parede - emboço paulista - pintura plástica<br />
Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />
IV.5 - Banheiros<br />
Piso - cerâmica<br />
Parede - azulejo decorado até o teto<br />
Teto - forro de gesso - pintura plástica<br />
Esquadrias - porta de madeira - semi-oca - pintura a óleo<br />
Ferragens - cromadas<br />
Equipamentos - louças - marcas recomendadas<br />
metais - cromados<br />
Vidros - canelado<br />
IV.6 - Cozinhas<br />
Piso - cerâmica<br />
Parede - azulejo de cor até o teto<br />
Teto - acabamento liso - pintura plástica<br />
Esquadrias - porta de madeira - semi-oca - pintura a óleo e folheada em cerejeira<br />
Ferragens - cromadas<br />
Equipamentos - louças - banca de pia em mármore branco nacional<br />
metais - cromados - cuba em aço inoxidável<br />
IV.7 - Área de serviço<br />
Piso - cerâmica<br />
Parede - azulejo de cor até o teto<br />
Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />
Equipamentos - tanque em louça - marca recomendada<br />
metais - cromados<br />
IV.8 - Banheiro de empregada<br />
Piso - cerâmica<br />
Parede - azulejo branco até o teto<br />
Teto - forro de gesso - pintura plástica<br />
Esquadrias - porta de madeira - semi-oca - pintura a óleo<br />
Ferragens - cromadas
Equipamentos - louças - marcas recomendadas<br />
Vidros - canelado<br />
metais - cromados<br />
V - Cobertura<br />
V.l - Casa de bombas de incêndio<br />
Piso - cimentado liso<br />
Parede - emboço paulista - caiação<br />
Teto - emboço paulista - caiação<br />
Esquadrias - porta tipo corta-fogo<br />
alumínio anodizado fosco<br />
Vidros - canelado<br />
V.2 - Casa de máquinas de elevadores<br />
Piso - cimentado liso<br />
Parede - emboço paulista - caiação<br />
Teto - emboço paulista - caiação<br />
Esquadrias - porta tipo corta-fogo<br />
alumínio anodizado fosco<br />
Vidros - canelado<br />
VI - Apartamento do zelador<br />
VI.1 - Sala<br />
Piso - tábua corrida em madeira de lei<br />
Parede - emboço paulista - pintura plástica<br />
Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />
Esquadrias - alumínio anodizado fosco<br />
porta de madeira - semi-oca - pintura a óleo<br />
Ferragens - cromadas<br />
Vidros - canelado<br />
VI.2 - Banheiro<br />
Piso - cerâmica<br />
Parede - azulejo branco até o teto<br />
Teto - emboço paulista - pintura plástica
Esquadrias - alumínio anodizado fosco<br />
porta de madeira - semi-oca - pintura a óleo<br />
Ferragens - cromadas<br />
Vidros - canelado<br />
Equipamentos - louças - marcas recomendadas<br />
metais - cromados<br />
VI.3 - Cozinha<br />
Piso - cerâmica<br />
Parede - azulejo branco até o teto<br />
Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />
Esquadrias - alumínio anodizado fosco<br />
porta cie madeira - semi-oca - pintura a óleo<br />
Ferragens - cromadas<br />
Vidros - canelado<br />
Equipamentos - banca de mármore branco nacional<br />
metais - cromados<br />
VI.4 - Área de serviço<br />
Piso - cerâmica<br />
Paredes - azulejo branco até o teto<br />
Teto - emboço paulista - pintura plástica<br />
Equipamentos - louça - marca recomendada<br />
metais - cromados
5<br />
Orçamento<br />
da construção<br />
por estimativas<br />
O orçamento da obra é uma das primeiras informações que o empreendedor<br />
deseja conhecer ao estudar determinado projeto. Seja um empreendimento com<br />
fins lucrativos ou não, sabemos que a construção implica gastos consideráveis e<br />
por isso mesmo elevem ser determinados, já que, em função de seu valor, o empreendimento<br />
estudado será viável ou não.<br />
Muitas empresas fazem o estudo de viabilidade do empreendimento ainda com<br />
o projeto arquitetônico em fase de anteprojeto, com as especificações técnicas e<br />
de acabamentos por serem totalmente definidas e ainda com os projetos complementares<br />
(estrutura, instalações especiais) por fazer.<br />
Nestes casos, é praticamente impossível executar um bom orçamento detalhado.<br />
Além disso, nem há tempo hábil para tal, uma vez que em poucos dias o<br />
empreendimento ou parle dele precisa ser comercializado.<br />
Em face deste problema, procura-se criar uma alternativa a fim de que o empresário<br />
não fique desprovido de informações importantes para o estudo de viabilidade<br />
econômica do empreendimento. Executa-se, portanto, o que chamamos de<br />
orçamento por estimativas.<br />
O orçamento por estimativas nada mais é que um orçamento simplificado da<br />
obra. Ele tem como objetivo obter o custo de construção da obra levando em<br />
conta apenas os ciados técnicos que ela possa dispor, assim como obter os resultados<br />
em tempo consideravelmente inferior ao que seria obtido, caso fosse executado<br />
o orçamento detalhado.<br />
Naturalmente que, em contrapartida, o fato de o orçamento por estimativas<br />
não poder dispor, e considerar vários aspectos de ordem técnica por não estarem<br />
ainda definidos, leva o trabalho a uma margem de incerteza que deve ser levada<br />
em conta no estudo de viabilidade do empreendimento.<br />
Várias são as alternativas viáveis de orçamento por estimativas para o cálculo<br />
do custo da construção. Citaremos duas formas possíveis de serem obtidos os<br />
custos da construção por orçamentos expeditos. São elas:<br />
a - Cálculo simplificado, obtido pelo custo unitário do metro quadrado da construção:
Trata-se de um orçamento estimativo, obtido através da multiplicação de dois<br />
fatores:<br />
1Área equivalente de construção: É a somatória das áreas equivalentes de<br />
todos os pavimentos da construção. As áreas reais da obra nem sempre têm o<br />
mesmo padrão de especificação, como por exemplo o estacionamento e a<br />
sala dos apartamentos. A Norma Brasileira revisada, NBR 12721 (Avaliação<br />
de custos unitários e preparo de orçamento de construção para incorporação<br />
de edifício em condomínio), antiga NB 140, estabelece critérios para o cálculo<br />
de transformação de áreas reais de padrões diferentes em áreas equivalentes<br />
correspondentes a um mesmo padrão.<br />
2.°) Custo unitário do metro quadrado de construção: É o custo unitário obtido<br />
cie revistas técnicas, sindicatos da construção e empresas de consultoria,<br />
que fornecem mensalmente o custo por metro quadrado de área equivalente<br />
de construção para os diversos casos de edificação, inclusive para os variados<br />
padrões de especificação. De acordo com o disposto no item 4.2.3.4 da<br />
NBR 12721, até o dia 5 de cada mês os Sindicatos Estaduais de Construção<br />
Civil divulgarão os valores dos Custos Unitários Básicos, correspondentes<br />
aos diversos projetos-padrão.<br />
O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Município do Rio cie janeiro apresenta<br />
os Custos Unitários da construção de projetos-padrão com um, quatro, oito e 12<br />
pavimentos, para apartamentos de dois e três quartos nos padrões baixo, normal e alto.<br />
Exemplo:<br />
Um empreendimento é composto de:<br />
- pavimento de acesso<br />
- 1.72.° pavimentos-tipo<br />
- cobertura<br />
- casa de máquinas<br />
A edificação apresenta uma área real total de 2.356 m 2 e uma área equivalente<br />
de construção correspondente a 1.885 rn 2 , e tem um total de 12 unidades residenciais.<br />
Sabendo-se que o custo por metro quadrado de área equivalente de construção<br />
para o padrão correspondente a este empreendimento é de R$ 1.200,00/m 2<br />
(um mil e duzentos reais por metro quadrado em outubro de 2003), calcular o
valor do custo da construção desta edificação. Qual é o custo médio de construção<br />
por apartamento?<br />
Solução:<br />
1° ) Área Equivalente de Construção: 1.885 m 2<br />
2 o ) Custo por metro quadrado de construção: R$ 1.200,00/m 2<br />
- Custo da construção total:<br />
1.885 m 2 x R$ 1.200,00/m 2 = R$ 2.262.000,00<br />
- Custo médio por apartamento:<br />
R$ 2.262.000,00/12 apartamentos = RS 188.500,00 por apartamento.<br />
b - Orçamento por estimativas, segundo os principais itens e serviços de construção:<br />
Trata-se de um orçamento estimativo, levando-se em conta os principais serviços<br />
de construção, calculando-se seus custos de maneira simplificada e rápida.<br />
Neste caso, faz-se necessário um arquivo com valores unitários históricos e atuais<br />
de determinados serviços, a fim de que os cálculos unitários não sejam trabalhosos<br />
pois, caso contrário, tal solução não atenderá aos objetivos desejados.<br />
Entre outros, podemos dar o seguinte tratamento para a obtenção do orçamento<br />
estimativo:<br />
1 - Projetos<br />
O cálculo deste item pode ser obtido através da multiplicação da área real total da<br />
construção pelo custo por metro quadrado dos projetos.<br />
2 - Instalação da obra<br />
O cálculo estimado do custo deste item pode ser obtido através da área total do<br />
terreno multiplicada pelo custo unitário desta mesma área.<br />
3 - Serviços gerais<br />
O valor estimado do custo de serviços gerais pode ser obtido através cio custo<br />
unitário mensal do item pelo prazo total da obra.<br />
4 - Trabalhos em terra<br />
Pode ser estimado com base numa estimativa em volume cie escavação mecânica<br />
multiplicado pelo preço unitário do metro cúbico de escavação.
5 - Fundação<br />
O valor estimado para o custo deste item pode ser obtido através do custo unitário<br />
de concreto armado multiplicado pelo volume estimado de concreto para fundação.<br />
6 - Estrutura<br />
Assim como no item Fundação, o custo em estrutura pode ser obtido da multiplicação<br />
do custo unitário do metro cúbico de concreto pelo valor estimativo do<br />
volume total da estrutura.<br />
7 - Instalações<br />
O valor estimado deste item pode ser obtido pela multiplicação do número de<br />
unidades existentes em projeto pelo valor unitário de instalações (material e mãode-obra)<br />
correspondente à unidade. Caso haja elevadores, pode-se calcular o custo<br />
unitário da parada de elevador multiplicado pelo número de paradas existentes.<br />
8 - Alvenaria<br />
O cálculo do valor estimativo de alvenaria pode ser feito através da multiplicação<br />
do custo unitário de alvenaria pelo quantitativo estimado.<br />
9 - Cobertura<br />
O cálculo do custo deste item pode ser feito através do custo unitário do serviço<br />
multiplicado pela quantidade estimada.<br />
10- Tratamentos<br />
Assim como no item Cobertura, o cálculo estimado para a obtenção dos custos<br />
de tratamentos se faz através da multiplicação do custo unitário do serviço pela<br />
quantidade estimada.<br />
11 - Esquadrias<br />
Obtém-se o valor estimado do serviço através das estimativas de quantidades<br />
multiplicadas por seus respectivos custos unitários.<br />
12 - Revestimentos<br />
O cálculo de estimativa deste item pode ser feito através de estimativas de<br />
quantidades multiplicadas por seus respectivos custos unitários. Outra alternativa<br />
é a de ser comparada a custos de outros serviços, levando-se em conta a proporção<br />
de custos, como por exemplo as esquadrias.
13 - Pavimentação<br />
O valor estimativo de custos deste item pode ser obtido através da estimativa<br />
de quantidades multiplicadas pelos correspondentes custos unitários.<br />
14 - Rodapé, soleira e peitoril<br />
Uma alternativa possível para estimativa de seu custo é através da avaliação de<br />
um percentual de custos em relação a outros serviços, por exemplo, pavimentação.<br />
15 - Ferragens<br />
Pode-se calcular o custo deste item pela multiplicação do número de unidades<br />
do empreendimento pelo seu custo unitário.<br />
16 - Pintura<br />
Calcula-se o valor estimativo de pintura, multiplicando-se o preço por unidade<br />
do serviço pelo total de unidades do empreendimento.<br />
17-Vidros<br />
Multiplicando-se a quantidade total de vidros pelos custos unitários correspondentes,<br />
obtemos, portanto, o seu custo estimado.<br />
18 - Aparelhos<br />
O cálculo do custo pode ser obtido pela multiplicação do custo de aparelhos por<br />
apartamento pelo número de unidades do empreendimento.<br />
19 - Complementação<br />
Em função do padrão da obra estima-se uma verba para as despesas com<br />
complementação da obra.<br />
20 - Limpeza<br />
Para a avaliação deste serviço multiplica-se o número de unidades do empreendimento<br />
pelo custo de limpeza por apartamento.<br />
21 - Remuneração da construtora<br />
Quando não fornecido, o percentual de remuneração em relação ao custo da<br />
construção é estimado em função da área da obra, do porte da construtora e do<br />
volume de dinheiro envolvido.
Exemplo:<br />
Seja um prédio com as seguintes áreas reais:<br />
Térreo - 500 m 2<br />
Pilotis - 300 m 2<br />
1ao 5.° tipo - 250 m 2 (três apartamentos com sala e dois quartos por andar)<br />
Telhado-250 m 2<br />
Considerando ainda que:<br />
1 - O item Projetos custa R$ 18,00/m 2 de área real.<br />
2 - O item Instalações da obra custa R$ 60,00/m 2 de área do terreno.<br />
3 - O Prazo da obra é de 20 meses e o custo de Serviços Gerais é cie R$<br />
11.000,00/mês.<br />
4 - A Escavação Mecânica (trabalhos em terra) será executada até 1,50 metros<br />
de profundidade cio nível do terreno, em 80% de sua área.<br />
5 - O volume da fundação direta é de 25% da área do terreno.<br />
6 - A laje média da estrutura é 0,18. O total da área estrutural é de 1.800,00 m 2 .<br />
7 - O custo dos materiais e da mão-de-obra de instalações é de R$ 15.000,00/<br />
apartamento. O prédio tem 14 paradas de elevadores.<br />
8 - O projeto apresenta um consumo cie alvenaria da ordem de 250 m 2 meia<br />
vez por apartamento.<br />
9 - A cobertura será executada 80% de sua área em madeiramento e telhamento<br />
fibrocimento.<br />
10 - A área a ser impermeabilizada representa 25% da área total real do prédio.<br />
11 - O prédio apresenta o seguinte consumo de esquadrias:<br />
- 13 portas por apartamento.<br />
- 20 m 2 de esquadrias de alumínio por apartamento.<br />
12 - O revestimento do prédio representa cerca de 100% a mais que o valor<br />
das esquadrias.<br />
13 - A área a ser pavimentada (pavimentação) apresenta uma metragem da<br />
ordem de 140 m 2 por apartamento.<br />
14 - Rodapé, soleira e peitoril representam 20% do custo da pavimentação.<br />
15 - O custo de ferragens é de R$ 1.000,00 por apartamento.<br />
16 - A pintura tem um custo de R$ 6.800,00 por apartamento.<br />
17 - Os vidros apresentam um consumo de 20,00 m 2 por apartamento.<br />
18 - O valor de louças e metais é de aproximadamente R$ 3.500,00 por apartamento.
19 - Estima-se uma verba de serviços complementares da ordem de R$ 45.000,00.<br />
20 - A limpeza final apresenta um custo de R$ 600,00 por apartamento.<br />
21 - A remuneração da construtora é 15% do valor total da obra.<br />
22 - Data-Base: outubro de 2003.<br />
Pergunta-se:<br />
1 - Qual o total por item de serviço?<br />
2 - Quanto custa a obra?<br />
3 - Qual seu custo/m 2 , levando-se em conta que a área equivalente de construção<br />
é cerca de 80% da área real?<br />
4 - Quais os percentuais de cada um dos serviços em relação ao total da obra?<br />
Dados complementares:<br />
1 - Custo/m 3 de escavação mecânica: R$ 13,00/m 3 .<br />
2 - Custo/m 3 de fôrma, concreto e armação para fundação: R$ 630,00/m 3 .<br />
3 - Custo/m 3 de concreto, fôrma e armação para a estrutura: RS 795,00/m 3 .<br />
4 - A composição de alvenaria meia vez apresenta um custo de RS 17,70/m 2 .<br />
5 - O custo de madeiramento e telhamento de fibrocimento é de RS 37,00/m 2 .<br />
6 - Custo por m 2 de impermeabilização: R$ 29,00/m 2 .<br />
7 - Os preços médios para esquadrias são:<br />
- Portas: RS 200,00 por unidade.<br />
- Esquadria de alumínio: RS 275,00 por metro quadrado.<br />
8 - Cada parada do elevador custa RS 7.000,00.<br />
9 - O preço médio de pisos por metro quadrado é de RS 40,00/m 2 .<br />
10 - O preço unitário do vidro é de RS 37,00 por metro quadrado.<br />
Solução:<br />
Quesito 1:<br />
1 - Projetos:<br />
Custo unitário: RS 18,00/m 2<br />
Área real total:<br />
500 m 2 - térreo<br />
300 m 2 - pilotis<br />
5 x 250 m 2 - 1 o ao 5 o tipo<br />
250 m 2 - telhado<br />
2.300,00 m 2 -total
Custo de projetos = RS 18,00/m 2 x 2.300 m 2 = R$ 41.400,00<br />
2 - Instalações da obra:<br />
Área real total do terreno: 500 m 2<br />
Custo unitário : R$ 60,00/m 2<br />
Custo de instalações da obra: 500,00 m 2 x R$ 60,00/m 2 = R$ 30.000,00<br />
3 - Serviços Gerais:<br />
Custo unitário : R$ 11.000,00/mês<br />
Prazo da obra: 20 meses<br />
Custo de Serviços Gerais = RS 11,000,00/mês x 20 meses = RS 220.000,00<br />
4 - Trabalhos em Terra:<br />
Volume de escavação: 1,5 metros x 500 m 2 terreno x 80% = 600 m 3 .<br />
Custo/m 3 escavação: RS 13,00/m 3<br />
Custo de Trabalho em Terra: RS 13,00/m 3 x 600 m 3 = RS 7.800,00<br />
5 - Fundação:<br />
Volume de concreto: 25% x 500 m 2 = 125 m 3<br />
Custo unitário para fundação: R$ 630,00/m 3<br />
Custo de Fundação: 125 m 3 x RS 630,00/m 3 = R$ 78.750,00<br />
6 - Estrutura:<br />
Volume de concreto: 0,18 m x 1.800 m 2 = 324,00 m 3<br />
Custo por m 3 de concreto armado: R$ 795,00/m 3<br />
Custo de Estrutura: 324 m 3 x RS 795,00/m 3 = R$ 257.580,00<br />
7 - Instalações:<br />
Custo do material e mão-de-obra por unidade: RS 15.000,00/apartamento.<br />
Total de apartamentos: 5 pavimentos x 3 apartamentos/pavimento = 15 apartamentos.<br />
Número de parada de elevadores: 14.<br />
Custo de elevadores por parada: RS 7.000,00/parada<br />
Custo de instalações: RS 15.000,00/apartamento x 15 apartamentos + 14 paradas<br />
x R$ 7.000,00/parada = RS 323.000,00
8 - Alvenaria:<br />
Quantidade de alvenaria: 250 m 2 /apartamento x 15 apartamentos = 3.750 m 2<br />
Custo unitário da alvenaria: R$ 17,70/m 2<br />
Custo de Alvenaria: 3.750 m 2 x R$ 17,70/m 2 = R$ 66.375,00<br />
9 - Cobertura:<br />
Quantidade de telhamento: 80% x 250 m 2 = 200 m 2<br />
Custo de telhamento: R$ 37,00/m 2<br />
Custo da Cobertura: 200 m 2 x R$ 37,00/m 2 = R$ 7.400,00<br />
10- Tratamentos:<br />
Quantidade de impermeabilização: 0,25 x 2.300 = 575 m 2<br />
Custo unitário de impermeabilização: R$ 29,00/m 2<br />
Custo de Impermeabilização: 575 m 2 x R$ 29,00/m 2 = R$ 16.675,00<br />
11- Esquadrias:<br />
Quantidade de esquadrias:<br />
a - 13 portas/apartamento x 15 apartamentos = 195 portas<br />
b - 20 m 2 de esquadrias de alumínio/apartamento x 15 apartamentos = 300 m 2<br />
esquadrias<br />
Custos unitários:<br />
-portas: R$ 200,00/unid.<br />
- esquadria de alumínio: R$ 275,00/m 2<br />
Custos de Esquadrias: 195 portas x R$ 200,00/unidade + 300 m 2 esquadrias x R$<br />
275,00/m 2 = R$ 121.500,00.<br />
12 - Revestimentos:<br />
Valor da esquadria: R$ 121.500,00<br />
Custo de Revestimento: 2 x R$ 121.500,00 = R$ 243.000,00<br />
13 - Pavimentação:<br />
Quantidade de pavimentação: 140 m 2 /unid. x 15 unidades = 2.100 m 2<br />
Custo unitário de pavimentação: R$ 40,00/m 2<br />
Custo de Pavimentação: 2.100 m 2 x R$ 40,00/m 2 = R$ 84.000,00
14 - Rodapé, soleira e peitoril:<br />
Valor da pavimentação: R$ 84.000,00<br />
Custo de rodapé, soleira e peitoril: 20% x R$ 84.000,00 = R$ 16.800,00<br />
15 - Ferragens:<br />
Quantidade: 15 unidades<br />
Custo/unidade: RS 1.000,00/unidade<br />
Custo de Ferragens: 15 unidades x RS 1.000,00/unid. = R$ 15.000,00<br />
16 - Pintura:<br />
Quantidade: 15 apartamentos<br />
Custo unitário: RS 6.800,00/apartamento.<br />
Custo de Pintura: 15 apart. x RS 6.800,00/apart. = R$ 102.000,00<br />
17 - Vidros:<br />
Quantidade de vidros: 15 unidades x 20 m 2 /apart. = 300 m 2<br />
Custo unitário do vidro: R$ 37,00/m 2<br />
Custo do Vidro: 300 m 2 x RS 37,00/m 2 = R$ 11.100,00<br />
18 - Aparelhos:<br />
Quantidade: 15 unidades<br />
Custo/apartamento: R$ 3.500,00/apartamento<br />
Custo de aparelhos: 15 unidades x RS 3.500/unid = R$ 52.500,00<br />
19 - Complementação:<br />
Custo de complementação: RS 45.000,00<br />
20 - Limpeza:<br />
Quantidade: 15 apartamentos<br />
Custo unitário: RS 600,00/apart.<br />
Custo de Limpeza: 15 apart. x RS 600,00/apart. = RS 9.000,00<br />
21- Remuneração da Construtora:<br />
Valor total da obra = Somatório dos Serviços = RS 1.748.880,00<br />
Percentual de remuneração: 15%<br />
Valor de Remuneração da Construtora: 15% x R$ 1.748.880,00 = RS 262.332,00
Quesito 2<br />
Custo global da obra: R$ 1.748.880,00 + 262.332,00 = R$ 2.011.212,00<br />
Quesito 3<br />
Área equivalente de construção: 80% x 2.300 m 2 = 1.840 m 2<br />
Custo global da obra: R$ 2.011.212,00<br />
Custo da obra por m 2 de construção: R$ 2.011.212,00/1.840 m 2 = R$ 1.093,05/m 2 .<br />
Item Valor %<br />
Quesito 4<br />
1 - Projeto: R$41.400,00 2,37<br />
2 - Instalações da obra: R$30.000,00 1/72<br />
3 - Serviços gerais: R$ 220.000,00 12,58<br />
4 - Trabalhos em terra: R$ 7.800,00 0,45<br />
5 - Fundações: R$ 78.750,00 4,50<br />
6 - Estrutura: R$257.580,00 14,73<br />
7 - Instalações: R$323.000,00 18,47<br />
8 - Alvenaria: R$66.375,00 3,80<br />
9 - Cobertura: R$ 7.400,00 0,42<br />
10 - Tratamentos: R$ 16.675,00 0,95<br />
11 - Esquadrias: R$ 121.500,00 6,95<br />
12 - Revestimentos: R$243.000,00 13,89<br />
13 - Pavimentações: R$ 84.000,00 4,80<br />
14 - Rodapé, soleira e peitoril: R$ 16.800,00 0,96<br />
15 - Ferragens: R$15.000,00 0,86<br />
1 6 - Pintura: R$ 102.000,00 5,83<br />
17-Vidros: R$11.100,00 0,63<br />
18 - Aparelhos: R$52.500,00 3,00<br />
19 - Complementação: R$45.000,00 2,57<br />
20 - Limpeza: R$ 9.000,00 0,51<br />
Subtotal R$ 1.748.880,00 100<br />
Com a finalidade de possibilitar que o leitor se utilize de informações práticas<br />
com base na elaboração de orçamento detalhado de edificações, apresentamos os<br />
seguintes anexos:
ANEXO I<br />
Custos unitários/m 2 de área equivalente de construção<br />
Padrão R$/m 2<br />
Baixo 500,00 a 700,00<br />
Normal 701,00 a 900,00<br />
Normal/alto 901,00 a 1.100,00<br />
Alto 1.101,00 a 1.700,00<br />
Comercial 1.000,00 a 2.200,00<br />
Comentários:<br />
- O quadro anexo I foi elaborado com base em orçamentos para a cidade do<br />
Rio de Janeiro.<br />
- O custo-base é de outubro de 2003.<br />
- Observações:<br />
Os valores informados pretendem apenas fornecer aos leitores valores obtidos<br />
com base em orçamentos elaborados detalhadamente ao longo de 2003, para fins<br />
de orçamentos por estimativas.<br />
Exemplo:<br />
Seja uma edificação residencial multifamiliar, formada por pavimento térreo,<br />
pav. garagem elevada, pav. uso comum. 1 o a 5 o pavimento-tipo e pav. de telhado.<br />
A edificação apresenta como área real total 2.616 m 2 e área equivalente de construção<br />
2.051 m 2 . Cada pavimento-tipo contém dois apartamentos com sala, três<br />
quartos, dois banheiros sociais, varanda, cozinha, área de serviço, quarto e w.c. de<br />
empregada. Sabendo-se que o padrão de especificação de acabamentos é normal/<br />
alto, pede-se:<br />
1) Custo estimativo global da obra;<br />
2) Custo por apartamento.<br />
Solução:<br />
Tomando-se como base o mês de outubro de 2003, temos:<br />
(a) Custo por m 2 padrão normal/alto: R$ 901,00/m 2 a R$ 1.100,00/m 2<br />
(b) Número de apartamentos: 2x5 = 10 unidades.
(1) Custo Global Estimado:<br />
- Área equivalente de construção da obra: 2.051,00 m 2<br />
- Custo/m 2 médio padrão normal/alto: (901,00 + 1.100,00)/2 = RS 1.000,50/m 2<br />
- Custo global: R$ 1.000,50/m 2 x 2.051 m 2 = R$ 2.052.025,50<br />
(2) Custo por apartamento: RS 2.052.025,50/10 unidades = R$ 205.202,55/unid.<br />
ANEXO II<br />
Quadro percentual incidente de custo por serviço principal:<br />
Descrição do serviço Percentual de custo (%)<br />
Projetos 1,60 a 2,70<br />
Instalação da obra 2,20 a 4,40<br />
Serviços gerais 8,00 a 13,00<br />
Trabalhos em terra 0,50 a 1,00<br />
Fundação 4.50 a 6,50<br />
Estrutura 14,00 a 19,00<br />
Instalações 12,00 a 17,00<br />
Alvenaria 3,30 a 6,50<br />
Cobertura 0,60 a 1,10<br />
Tratamentos 1,00 a 2,70<br />
Esquadrias 5,50 a 7,50<br />
Revestimentos 8,50 a 14,00<br />
Pavimentação 4,50 a 7,50<br />
Rodapé, soleira e peitoril 0,80 a 1,60<br />
Ferragens 0,80 a 1,50<br />
Pinturas 2,20 a 4,40<br />
Vidros 1,00 a 2,20<br />
Aparelhos 2,70 a 5,50<br />
Complementação 0,50 a 0,90<br />
Limpeza 0,15 a 0,45<br />
Observações:<br />
- Os percentuais de custos dos serviços representam a parcela de custo do<br />
serviço em relação ao custo total da obra.
- Os índices foram obtidos com base em cerca de 100 orçamentos detalhados<br />
de edificações, dos mais diversos padrões de acabamentos de obras da cidade do<br />
Rio de Janeiro, no período de 1982 a 1985.<br />
Várias são as possibilidades de utilização destes percentuais para o planejamento<br />
de custos das obras. Uma delas á a previsão de custo de construção a curto,<br />
médio e longo prazo.<br />
Exemplo:<br />
Aproveitando os resultados do exemplo anterior, e sabendo que nos seis primeiros<br />
meses de obra o cronograma íísico-financeiro da obra indica a execução de:<br />
Projetos 100%<br />
Instalações da obra 100%<br />
Serviços gerais 30%<br />
Trabalhos em terra 100%<br />
Fundação 100%<br />
Estrutura 80%<br />
Instalações 30%<br />
Calcular, com base na média dos pesos do anexo II, o gasto no final do 6.° mês,<br />
por serviço.<br />
Solução:<br />
Custo global da obra: R$ 2.052.025,50<br />
(a)<br />
(b)<br />
Descrição dos Serviços % média de custo % cronograma a x b x custo glolwl<br />
Projetos 2,15 100 44.118,55<br />
Instalações da obra 3,30 100 67.716,84<br />
Serviços gerais 10,50 30 64.638,80<br />
Trabalhos em terra 0,75 100 15.390,19<br />
Fundação 5,50 100 112.861,40<br />
Estrutura 16,50 80 270.867,37<br />
Instalações 14,50 30 89.263,11<br />
Total: R$664.856,26<br />
O valor previsto, ao final do 6° mês, corresponde a 32,40% do custo global da obra.
ANEXO III<br />
Quadro percentual incidente de custo por serviço principal:<br />
1995 e 1996 2002 e 2003<br />
Descrição dos serviços Percentual de custo (%) Percentual de custo (%)<br />
Projetos 2,00 a 4,00 2,30 a 4,40<br />
Instalações da obra 2,00 a 4,00 2,20 a 4,00<br />
Serviços gerais 10,00 a 20,00 12,00 a 24,00<br />
Trabalhos em terra 0,70 a 2,00 0,30a 1,60<br />
Fundação 4,00 a 7,50 3,00 a 8,00<br />
Estrutura 14,00 a 19,00 11,50 a 20,50<br />
Instalações 12,00 a 18,00 10,00 a 15,00<br />
Alvenaria 3,00 a 6,00 3,00 a 4,00<br />
Cobertura 0,30 a 1,00 0,30 a 1,00<br />
Tratamentos 1,00 a 3,00 1,20 a 3,50<br />
Esquadrias 5,50 a 8,00 4,00 a 9,00<br />
Revestimentos 8,00 a 12,00 8,00 a 14,00<br />
Pavimentação 4,00 a 7,50 4,00 a 7,40<br />
Rodapé, soleira e peitoril 0,50 a 1,50 1,20 a 2,70<br />
Ferragens 0,30 a 0,80 0,20 a 0,50<br />
Pinturas 2,50 a 5,00 2,20 a 4,30<br />
Vidros 0,50 a 2,50 0,50 a 2,20<br />
Aparelhos 2,00 a 3,50 1,20 a 3,30<br />
Complementação 0,50 a 1,50 0,40 a 2,50<br />
Limpeza 0,40 a 0,80 0,20 a 0,70<br />
Observações:<br />
- Os percentuais de custos dos serviços representam a parcela de custo do<br />
serviço em relação ao custo total da obra.<br />
- Os índices foram obtidos com base em vinte orçamentos detalhados de<br />
edificações dos mais diversos padrões de acabamentos de obras da cidade do Rio<br />
de janeiro em 1995 e 1996 e em treze orçamentos detalhados em 2002 e 2003.
6<br />
Controle dos serviços de<br />
construção<br />
O controle dos serviços de construção, assim como o planejamento, é de suma<br />
importância para o sucesso do empreendimento. Ele requer do profissional que exercerá<br />
o papel de controlador um bom conhecimento dos diversos serviços que irá controlar.<br />
Quando isto não for possível, o profissional deverá buscar informações junto às técnicas<br />
gabaritadas, subsídios a fim de que não se deixem passar certos detalhes que possam<br />
afetar consideravelmente a eficiência do controle. Antes que efetivamente se comece a<br />
controlar, é necessário que o serviço já esteja devidamente detalhado, através do planejamento<br />
previamente elaborado, permitindo uma seleção de prioridades e importâncias<br />
no controle. Quando não há esta preocupação, muitas vezes os profissionais se perdem<br />
em controles minuciosos, que trarão pouco ou nenhum benefício.<br />
Muitos são os métodos possíveis de controle. Em geral não existe um "pacote"<br />
prefixado de como adotar o sistema ideal de controle. Cada serviço, em cada caso<br />
ou em cada empresa, poderá ter uma maneira própria de ser controlado. E a resolução<br />
da maneira mais apropriada de controle deve ser aquela que puder resultar<br />
em respostas mais precisas às questões formuladas. Nem sempre o melhor sistema<br />
de controle é aquele mais minucioso, cheio de informações.<br />
Com o advento dos computadores eletrônicos, os sistemas de controle se desenvolveram<br />
consideravelmente. Os computadores permitem reduzir, em segundos<br />
ou minutos, dezenas ou centenas de horas de trabalho de profissionais, com<br />
precisões difíceis de serem superadas. Em contrapartida, as empresas passam a<br />
depender destas máquinas e cie suas manutenções.<br />
O controle dos serviços deve ser muito bem interligado ao planejamento correspondente,<br />
pois um sempre estará assessorando o outro. O controle somente poderá<br />
ser bem-feito se o planejamento correspondente tiver sido elaborado corretamente.<br />
Como já foi dito anteriormente, para um bom controle deve-se conhecer tudo o que<br />
acontece em torno dos serviços a controlar. Portanto, elevem ser conhecidas as<br />
especificações técnicas e de acabamentos, os projetos, o orçamento detalhado, o<br />
cronograma físico-financeiro e o de execução, os detalhes construtivos e outros elementos<br />
que porventura possam afetar direta ou indiretamente o andamento ou custo da obra.
O controle tem um papel importante a cumprir junto ao planejamento, que é o<br />
de, em tempo e hora, fornecer os subsídios físico-financeiros para a análise do<br />
serviço. Isto permite que, caso haja algo funcionando mal, possa ser sanado em<br />
pouco tempo, não permitindo que este mal prossiga até o final do serviço e que<br />
possa trazer resultados negativos.<br />
O projeto de canteiro de obra, ferramenta que deve ser desenvolvida ainda em<br />
fase de planejamento, tem grande influência nos resultados obtidos pelo controle.<br />
Um canteiro bem organizado propicia uma redução nas perdas de materiais, tão<br />
comuns em transportes e estocagens. Propicia também uma otimização de gastos<br />
de horas de mão-de-obra em transportes de materiais e deslocamentos em frentes<br />
de trabalho. Quando não há o projeto ou quando este é mal elaborado, os resultados<br />
dos serviços, quase sempre, ao findar a obra, ficam meio obscuros e os analistas<br />
não conseguem enxergar os motivos dos excessos (perdas de materiais e horas<br />
a mais de operários), o que pode provocar análises distorcidas.<br />
O controle dos serviços requer quase sempre desmembramentos em:<br />
a) Materiais que serão utilizados na execução dos serviços.<br />
b) Os equipamentos auxiliares para execução.<br />
c) As ferramentas de trabalho dos operários.<br />
d) A mão-de-obra necessária à execução.<br />
e) O prazo de execução do serviço.<br />
f) Considerações sobre o método de trabalho empregado.<br />
g) A quantidade produzida do serviço.<br />
h) Os custos correspondentes a cada insumo.<br />
Para que o controle possa ser eficiente, é necessário que a obra disponha de<br />
condições favoráveis à obtenção criteriosa dos itens discriminados anteriormente.<br />
Caso isto não ocorra, corre-se o risco de as informações não serem de todo confiáveis.<br />
Chamamos de condições favoráveis o apoio incondicional da diretoria da empresa,<br />
do setor de produção propriamente dito, da capacidade profissional dos<br />
elementos que trabalharão diretamente no controle e a organização nas apropriações<br />
dos serviços.<br />
A) MATERIAIS DE UTILIZAÇÃO NOS SERVIÇOS<br />
Os materiais de utilização serão definidos e especificados ainda em fase de<br />
planejamento do empreendimento. Os insumos serão levantados segundo os lo-
cais especificados, para a utilização no planejamento e controle. De posse do<br />
material quantificado, monta-se um quadro do qual poderão constar:<br />
Previsão<br />
- previsão orçamentária da quantidade.<br />
- previsão das datas de inicio e término do serviço.<br />
- previsão do prazo do serviço.<br />
Execução<br />
- quantidade efetivamente executada.<br />
- as datas de início e término reais do serviço.<br />
- o prazo efetivamente utilizado para execução do serviço.<br />
Exemplo:<br />
Analisar a situação do material azulejo, de acordo com o quadro adiante discriminado:<br />
Análise:<br />
1 A obra gastou 550 m 2 de azulejo contra 500 m 2 previstos em orçamento. Isto<br />
corresponde a um consumo de 10% superior ao previsto.<br />
2.°) O serviço teve início na mesma data que o previsto. Quanto ao término, a<br />
obra levou dez dias a menos que o previsto, que corresponde a cerca de 11%.<br />
(Ver quadro comparativo de materiais.)<br />
B) EQUIPAMENTOS<br />
Para a previsão de utilização de equipamentos, o profissional responsável deve<br />
selecionar ainda em fase de planejamento os equipamentos que melhor seriam aproveitados<br />
para a execução dos serviços. O controle físico é feito de maneira similar ao<br />
dos materiais, ou seja, por meio de comparações entre o planejado e o executado do<br />
quantitativo físico, das datas de início e término e finalmente do prazo de execução.<br />
Na fase de planejamento, é muito importante que o profissional encarregado<br />
de estudar os equipamentos que serão utilizados nos serviços tenha conhecimento<br />
da potencialidade de cada equipamento a fim de que se possa otimizar os serviços<br />
e possibilitar uma redução em prazos e custos.<br />
C) FERRAMENTAS<br />
Da mesma forma que os equipamentos, a seleção das ferramentas deverá ser feita
PLANEJAMENTO<br />
REAL<br />
Descrição Quantidade Início Término Prazo Descrição Quantidade Início Término Prazo<br />
Azulejo 500 m 2 01.11.03 30.01.04 90 dias Azulejo 550 m 2 01.11.03 20.01.04 80 dias
por profissional que conheça as possibilidades e aproveitamentos que cada ferramenta<br />
proporciona. A cada período novas ferramentas e métodos de trabalho surgem no mercado.<br />
É importante estar atento para este avanço tecnológico. Verificamos muitas vezes<br />
diferenças gritantes entre métodos e materiais de trabalho, num mesmo serviço, entre<br />
empresas de mesmo porte. E isto se deve exatamente a diferenças de importância entre<br />
empresas, na pesquisa de novas alternativas de execução.<br />
D) MÃO-DE-OBRA<br />
Este é um item que além de ter um peso de custos bastante considerável em<br />
relação ao empreendimento, muito pode ser feito pela otimização e controle. A<br />
mão-de-obra nos serviços de construção possibilita, em certas ocasiões, bons resultados<br />
práticos nos custos dos serviços, mas em proporção muitas vezes superior, os<br />
gastos são maiores, provocando até o comprometimento da viabilidade econômica<br />
do empreendimento.<br />
Na realidade, o problema todo se resume em se estruturar, de tal ordem que,<br />
com um controle razoável da mão-de-obra, seja possível obter, em tempo e hora,<br />
as informações necessárias e a avaliação dos gastos. Se constatadas nas avaliações<br />
diferenças indesejadas, é possível que sejam corrigidas sem que estas deformações<br />
possam comprometer todo o trabalho.<br />
No quadro de controle, muito semelhante ao elaborado para materiais, devem<br />
constar:<br />
- previsão orçamentária da quantidade de horas consumidas por profissional.<br />
- previsão das datas de início e término do serviço.<br />
- previsão do prazo de duração do serviço.<br />
- quantidade de horas efetivamente gastas.<br />
- as datas de início e término reais do serviço.<br />
- o prazo efetivamente utilizado para execução.<br />
Exemplificamos a situação da mão-de-obra de colocação de azulejo, conforme<br />
o quadro adiante:<br />
Análise:<br />
1 A obra consumiu com ladrilheiro 1.300 horas, enquanto o orçamento previa<br />
1.250 horas. Isto corresponde a um consumo superior a 4% do previsto.<br />
2.°) A obra consumiu com ajudante 1.200 horas, enquanto o orçamento previa<br />
1.250 horas. Isto correspondeu a um consumo inferior a 4% cio previsto.
3.°) O serviço teve início na data prevista. Quanto ao término, a obra ficou<br />
pronta dez dias antes do previsto, o que corresponde a uma redução de prazo<br />
de cerca de 11 %.<br />
(Ver quadro comparativo da mão-de-obra.)<br />
E) PRAZO DE EXECUÇÃO<br />
O prazo de execução é um fator muito importante para o planejamento e o<br />
controle da construção. A cada serviço o profissional de planejamento avaliará<br />
as condições da atividade para determinar o prazo técnico compatível. O ideal<br />
é que a execução cumpra o serviço de acordo com o prazo técnico determinado.<br />
Na realidade, a execução do empreendimento está intimamente ligada a uma<br />
série de fatores não-técnicos, fazendo com que inúmeras vezes os prazos de<br />
execução não sejam os prazos técnicos obtidos. Podemos citar como exemplo as<br />
condições do mercado para compra e vencia de imóveis, disponibilidade de caixa<br />
do empreendedor, condições climáticas, condições políticas e outros.<br />
Se analisarmos somente do ponto de vista técnico, verificamos que ao ultrapassar<br />
o prazo técnico de execução possivelmente já estarão ocorrendo ociosidades e<br />
despesas não previstas, o cjue implicará um dispêndio financeiro maior.<br />
F) CONSIDERAÇÕES SOBRE O MÉTODO DE TRABALHO EMPREGADO<br />
Cada serviço da construção será executado segundo um metodologia de trabalho.<br />
Verificamos que a construção, assim como outras áreas produtivas, evoluiu com<br />
o passar do tempo. Vários tipos de métodos construtivos foram criados e são adotados<br />
amplamente. É necessário ficar atento a estas evoluções a fim de manter-se em dia<br />
com os novos métodos empregados. Dentro deste ponto de vista podemos dizer que<br />
as novas técnicas tendem a otimizar o trabalho, trazendo o barateamento de custos,<br />
simplificando soluções, reduzindo prazos e atendendo necessidades do mercado.<br />
As pesquisas de novos métodos podem ser feitas através de livros técnicos,<br />
revistas técnicas especializadas, visitas a fabricantes e empreiteiros, visitas e encontros<br />
com empresas da mesma atividade, participação em congressos e exposições,<br />
participação em cursos de reciclagem.<br />
G) A QUANTIDADE PRODUZIDA DO SERVIÇO<br />
Para se controlar a quantidade produzida por serviço, primeiro é necessário que se<br />
escolha um profissional que tenha condições de cumprir de forma eficiente a tarefa.<br />
Isto porque o controle de quantidade envolve algumas tarefas específicas, tais como:
Obra:<br />
Exemplo:<br />
Data-base:<br />
Quadro comparativo da mão-de-obra<br />
PLANEJAMENTO<br />
REAL<br />
Descrição Quantidade Início Término Prazo Descrição Quantidade Início Término<br />
Ladrilheiro 1.250 hs 01.11.03 30.01.04 90 dias<br />
Ajudante<br />
1.250hs<br />
Ladrilheiro 1.300 hs 01.11.03 20.01.04 80 dias<br />
Ajudante<br />
1.200 hs
- organização de planilha de controle por lotes, tais como compartimentos,<br />
apartamentos, pavimentos.<br />
- bom entrosamento com os elementos administrativos, tais como mestre, encarregado,<br />
apontador, almoxarife.<br />
- percorrer periodicamente a obra, indicando, seja em projeto ou no local, os<br />
serviços executados de tal forma que, ao final do serviço, estas indicações<br />
possam ser transformadas nas quantidades executadas reais. Na maioria das<br />
vezes, além das indicações de serviço, o profissional necessita informar também<br />
o operário que executou a tarefa e a respectiva data.<br />
- obter as quantidades desejadas em tempo hábil.<br />
- ser perseverante e preciso nas anotações dos serviços, pois o seu trabalho será<br />
a base para a avaliação dos resultados das execuções dos serviços.<br />
H) OS CUSTOS CORRESPONDENTES A CADA INSUMO<br />
Por se ter um controle efetivo dos serviços, é importante que se controlem os<br />
custos correspondentes. O controle é feito com base no controle contábil da obra.<br />
Todos os materiais e serviços terão um código numérico, segundo o plano de contas<br />
de construção, e serão lançados numa planilha contábil conforme o seu consumo.<br />
0 controle se dará através da comparação dos custos realmente gastos com os<br />
previstos em orçamento, levando-se em conta as correções correspondentes para a<br />
época. Além disso, o controle também é feito por meio da comparação entre o<br />
custo unitário de cada serviço, calculado através da divisão dos gastos pelas quantidades<br />
executadas, e os custos unitários de mercado, obtidos por informações de<br />
fornecedores, empreiteiros, revistas técnicas ou empresas de consultoria.<br />
Dependendo da organização da empresa, o profissional responsável pela análise<br />
poderá obter as informações de custos na obra ou no escritório.<br />
Exemplo:<br />
Seja a execução de alvenaria V2 vez em tijolos de barro furado. A obra apresentou<br />
os seguintes dados:<br />
1 - A quantidade de alvenaria levantada no local do serviço totalizou 300 m 2 .<br />
2 - O número de horas trabalhadas pelos profissionais foi:<br />
- Pedreiro - 588 horas trabalhadas<br />
- Servente - 432 horas trabalhadas<br />
3 - O consumo de materiais, obtido através da planilha de controle de gastos<br />
dos materiais, foi o seguinte:
- qualimassa - 135 sacos<br />
- tijolo 10 x 20 x 30 - 4.920 unidades<br />
- tijolo 10x20x 20- 1.080 unidades<br />
4 - O custo global de material e mão-de-obra correspondeu a R$ 8.313,12.<br />
5 - Para o planejamento técnico do serviço, foram considerados os seguintes<br />
elementos:<br />
a - Produtividade da mão-de-obra<br />
- Pedreiro - 1,00 hora/m 2 de alvenaria<br />
- Servente - 1,00 hora/m 2 de alvenaria<br />
b - Consumo dos materiais:<br />
- qualimassa - 0,400 sacos/m 2<br />
- tijolo 10 x 20x 30- 15,00 unidades/m 2 de alvenaria<br />
- tijolo 10 x 20 x 20 - 5,00 unidades/m 2 de alvenaria<br />
c - Custo unitário de alvenaria Vi vez:<br />
O custo previsto foi de R$ 19,04/m 2<br />
d - Quantidade de serviço:<br />
- foi prevista a quantidade de 310 m 2 de alvenaria Vi vez.<br />
Com base nas informações apresentadas, analisar os resultados obtidos em comparação<br />
aos dados previstos pelo planejamento.<br />
Análise e Comentário:<br />
I) Produção:<br />
Descrição Unidade Obra Planejamento<br />
Alvenaria'/2 vez m 2 300,00 310<br />
Comentário:<br />
A obra executou 10 rn 2 a menos que o previsto pelo planejamento, ou seja, o<br />
planejamento projetou um quantidade 3,33% a mais que o realmente executado.
II) Produtividade:<br />
Descrição Unidade Obra Planejamento<br />
Pedreiro horas/m 2 1,96 1,50<br />
Servente horas/m 2 1,44 1,00<br />
Total horas/m 2 3,40 2,50<br />
Comentários:<br />
Para a obtenção dos índices da produtividade, dividimos as horas correspondentes<br />
a cada profissional pela produção total do serviço. Portanto, temos:<br />
- índice de produtividade do pedreiro: 588 horas + 300 m 2 = 1,96 horas/m 2<br />
- índice de produtividade do servente: 432 horas -r 300 m 2 = 1,44 horas/m 2<br />
Numa análise global, o consumo de horas trabalhadas por metro quadrado foi<br />
superior ao previsto em planejamento cerca de 36%.<br />
III) Consumos:<br />
Descrição Unidade Obra Planejamento<br />
qualimassa sacos/m 2 0,45 0,40<br />
tijolo 10x20x30 unidade/m 2 16,40 15,00<br />
tijolo 10x20x20 unidade/m 2 3,60 5,00<br />
Comentários:<br />
Para a obtenção dos consumos unitários reais, dividimos a quantidade gasta de<br />
cada material pela produção total do serviço. Portanto, temos:<br />
- consumo de qualimassa: 135 sacos -f 300 m 2 = 0,45 sacos/m 2<br />
- consumo de tijolo 10 x 20 x 30: 4.920 unidades -r 300 m 2 = 16,40 unidades/m 2<br />
- consumo de tijolo 10 x 20 x 20: 1.080 unidades -f 300 m 2 = 3,60 unidades/m 2<br />
Numa comparação com o previsto em planejamento, verificamos:<br />
- O consumo de qualimassa por metro quadrado foi superior ao previsto no<br />
planejamento em 12,50%.<br />
- O consumo de tijolo 10x20x30 por metro quadrado foi superior ao previsto<br />
em planejamento em 9,33%.<br />
- O consumo de tijolo 10 x 20 x 20 por metro quadrado foi inferior ao previsto<br />
em planejamento em 28%.
Para obtenção da perda efetiva de tijolos, transformaremos os tijolos consumidos<br />
em áreas de ocupação. Assim procedendo, temos:<br />
- 1 tijolo 10 x 20 x 30 corresponde a 0,20 x 0,30 = 0,06 m 2 Vi vez<br />
- 1 tijolo 10 x 20 x 20 corresponde a 0,20 x 0,20 = 0,04 m 2 Vi vez<br />
Quantidade gasta na obra = 4.920 unidades x 0,06 m 2 + 1.080 unidades x 0,04<br />
m 2 = 295,20 m 2 + 43,20 = 338,40 m 2<br />
Perda de tijolos na execução =<br />
Quantidade gasta - Quantidade produzida<br />
Quantidade produzida<br />
300,00<br />
Perda prevista em planejamento:<br />
338,40-300,00 = 12,80%<br />
= 10,00%<br />
Tijolo 10 x 20x 30- 15 tijolos/m 2 x (0,20 x 0,30) m 2 /tijolos<br />
= 15 x 0,06 = 0,90 m 2<br />
Tijolo 10 x 20 x 20 - 5 tijolos/m 2 x (0,20 x 0,20) m 2 /tijolos<br />
= 5 x 0,04 = 0,20 m 2<br />
Perda de tijolos em planejamento =<br />
(0,90+ 0,20)-1,00 1,10- 1,00<br />
1,00 1,00<br />
IV) Custos:<br />
Descrição<br />
Custo global Alvenaria<br />
Custo unitário<br />
Unidade<br />
Obra<br />
R$<br />
R$/m 2 8.313,12<br />
27,71<br />
Planejamento<br />
5.902,40<br />
19,04
Comentários:<br />
- O custo unitário de execução foi obtido da divisão do custo global informado<br />
pela metragem quadrada produzida, ou seja:<br />
Custo unitário do serviço: R$ 8.313,12/300 m 2 = R$ 27,71/m 2<br />
- O custo global de planejamento foi obtido pela multiplicação do custo unitário<br />
previsto pela quantidade também prevista, portanto:<br />
Custo global de planejamento = R$ 19,04/m 2 x 310 m 2 = R$ 5.902,40<br />
A obra terminou o serviço com um custo global superior ao previsto em planejamento<br />
cerca de 40,84%.
NBR 12721 -<br />
7Avaliação de custos unitários<br />
e preparo de orçamentos de<br />
construção para incorporação<br />
de edifício em condomínio<br />
O objetivo da Norma Brasileira Revisada 12721 (antiga NB 140) é o de atender<br />
ao que foi prescrito à Associação Brasileira de Normas Técnicas pela Lei Federal<br />
n.° 4.591 de 16 de dezembro de 1964, que dispõe sobre o condomínio em edificações<br />
e as incorporações imobiliárias.<br />
A Lei 4.591 impõe exigências no propósito de definir as responsabilidades dos<br />
diversos participantes das incorporações e as condições técnicas e econômicas<br />
em que estas se realizam, para a alienação total ou parcial da edificação.<br />
Alguns dos principais itens de artigos componentes da Lei n.° 4.591:<br />
- A cada unidade caberá, como parte inseparável, uma fração ideal do terreno<br />
e coisas comuns, expressa sob forma decimal ou ordinária.<br />
- O incorporador somente poderá negociar sobre unidades autônomas após ter<br />
arquivado no cartório competente de registro de imóveis os seguintes dados,<br />
entre outros:<br />
a) Projeto de construção devidamente aprovado pelas autoridades competentes.<br />
b) Cálculo das áreas cias edificações discriminando área global, a das partes<br />
comuns, e indicando em cada tipo de unidade a respectiva metragem de<br />
área construída.<br />
c) Memorial descritivo das edificações da obra projetada.<br />
d) Avaliação do custo global da obra, atualizada à data do arquivamento,<br />
discriminado-se também o custo de construção da cada unidade.<br />
- Os Sindicatos Estaduais da Indústria da Construção Civil ficam obrigados a<br />
divulgar mensalmente, até o dia 5 de cada mês, os custos unitários de construção<br />
a serem adotados nas respectivas regiões jurisdicionais.<br />
- Na ocorrência de omissão de Sindicato Estadual, o construtor usará os índices<br />
fixados por outro Sindicato Estadual, em cuja região os custos de construção<br />
mais se assemelhem aos da sua obra.<br />
NBR 12721 - Avaliação de custos unitários e preparo de orçamentos de consiruçáo para incorporação de editiclo em condomínio 133
- É crime contra a economia popular promover incorporação, fazendo em proposta<br />
contratos, prospectos ou comunicação ao público ou aos interessados, afirmação<br />
falsa sobre a constituição do condomínio, alienação das frações ideais do<br />
terreno ou sobre a construção das edificações.<br />
Pena: Reclusão de um a quatro anos e multa de cinco a 50 vezes o maior<br />
salário mínimo legal vigente no país.<br />
DEFINIÇÕES PARA OS EFEITOS DA NBR 12721<br />
- Projeto aprovado:<br />
É o projeto de plantas da edificação aprovado pela autoridade local competente.<br />
- Projetos-padrão:<br />
São os projetos considerados na norma, selecionados para representar os tipos<br />
de edificações usualmente empregados nas incorporações e definidos segundo os<br />
números de pavimentos, número de dependências por unidade, áreas de construção<br />
privativa das unidades autônomas e o padrão de construção.<br />
- Dependências de uso privativo:<br />
São dependências de uma unidade autônoma, cuja utilização é reservada aos<br />
respectivos titulares de direito.<br />
- Dependências de uso comum:<br />
São dependências da edificação que poderão ser utilizadas em comum<br />
por todos ou parte dos titulares de direito das unidades autônomas.<br />
- Área coberta padrão:<br />
É a área coberta com padrão de acabamento semelhante ao do tipo escolhido,<br />
dentre os padronizados na norma, para avaliação do custo global de construção.<br />
- Área real:<br />
É a área medida da superfície de quaisquer dependências, nela incluídas as<br />
superfícies das projeções de paredes, de pilares e demais elementos construtivos.<br />
- Área equivalente de construção:<br />
É a área estimada, correspondente a uma área real de padrão diferente, que, ao<br />
Custo Unitário Básico determinado, tenha o mesmo valor estimado em reais.
Exemplo:<br />
- Área real de padrão diferente: 100 m 2 , correspondente a R$ 50.000,00.<br />
- Área equivalente de construção: 50 m 2<br />
- Custo unitário básico: R$ 1.000,00/m 2<br />
- Custo: 50 m 2 x R$ 1.000,00/m 2 = R$ 50.000,00<br />
- Área de divisão não-proporcional:<br />
É a área privativa ou área de uso comum que por sua finalidade tenha sua construção<br />
atribuída à responsabilidade dos titulares de direito, independente de qualquer<br />
relação de proporcionalidade. Exemplos: apartamentos, vaga de garagem.<br />
- Área de divisão proporcional:<br />
É área de uso comum cuja construção é de responsabilidade dos titulares de<br />
direito das diferentes unidades autônomas, que compõe a edificação na proporção<br />
das respectivas áreas de construção de divisão não proporcional. Exemplos: hall<br />
social, apartamento do porteiro.<br />
- Área de construção sub-rogada:<br />
É a área de construção a ser entregue em pagamento de parte ou de todo o terreno.<br />
- Custo unitário básico:<br />
É a parte do custo por metro quadrado da construção do projeto-padrão considerado,<br />
calculada de acordo com a norma, pelo Sindicato Estadual da Construção<br />
Civil. No cálculo do valor do custo unitário básico não são consideradas as despesas<br />
relativas às fundações especiais, elevadores, instalações e equipamentos diversos,<br />
obras complementares, impostos e taxas, honorários profissionais com projetos<br />
e outros.<br />
Para atender aos objetivos, a NBR 12721 é composta por oito quadros para<br />
preenchimento cias informações correspondentes à edificação, que servirão de<br />
informações para arquivo no Registro de Imóveis. São eles:<br />
Quadro I - Cálculo das áreas nos pavimentos e das áreas globais.<br />
Quadro II - Cálculo das áreas das unidades autônomas.<br />
Quadro III - Avaliação do custo global da construção e do preço por metro<br />
quadrado cia construção.<br />
Quadro IV - Avaliação do custo de construção de cada unidade autônoma.<br />
Quadro V - Informações gerais.<br />
NBR 12721 - Avaliação de custos unitários e preparo de orçamentos de construção para incorporação de edifício em condomínio 135
Quadro VI - Memorial descritivo dos equipamentos.<br />
Quadro VII - Memorial descritivo dos acabamentos das dependências de uso<br />
privativo.<br />
Quadro VIII - Memorial descritivo dos acabamentos das dependências de uso<br />
comum.<br />
Para a obtenção dos custos unitários básicos, para uso dos Sindicatos de Construção,<br />
a NBR 12721 estabeleceu projetos-padrão, com as seguintes características<br />
principais e especificações de acabamento:<br />
a) Edificação:<br />
Foram consideradas as edificações habitacionais e comerciais.<br />
b) Designação do projeto-padrão:<br />
Foram considerados os seguintes projetos:<br />
- habitacional com um pavimento.<br />
- habitacional com quatro pavimentos.<br />
- habitacional com oito pavimentos.<br />
- habitacional com 12 pavimentos.<br />
Todos os projetos habitacionais, considerando dois ou três quartos da unidade<br />
autônoma, excluído o de empregadas.<br />
-Comercial com 12 pavimentos.<br />
c) Padrão de construção:<br />
Foram considerados os padrões:<br />
- alto.<br />
- normal.<br />
- baixo.<br />
d) Área de construção<br />
Foram consideradas as seguintes áreas de construção privativa das unidades<br />
autônomas:<br />
- 60 metros quadrados<br />
- 100 metros quadrados.
Os custos unitários básicos serão determinados pelos Sindicatos Estaduais da<br />
Construção Civil, para cada um dos projetos-padrão considerados para esse fim e<br />
representados pelos lotes básicos de materiais e mão-de-obra. Para os projetospadrão<br />
com oito e 12 pavimentos, poderão ser adotados os mesmos custos unitários<br />
básicos calculados para os projetos-padrão de quatro pavimentos, desde que a<br />
diferença entre os custos unitários básicos correspondentes não exceda 5%.<br />
A obtenção do valor estimado do custo global da construção é feita através da<br />
adição de:<br />
1 ° - Produto da área de construção global pelo custo unitário básico correspondente<br />
ao projeto-padrão que mais se assemelhe ao da edificação objeto da<br />
incorporação.<br />
2 o - Parcelas adicionais relativas a todos os elementos não incluídos quantitativamente<br />
pelo projeto-padrão considerado, tais como:<br />
- Acréscimo de custos a fundações especiais, elevadores, instalações especiais,<br />
equipamentos diversos, obras complementares.<br />
- Impostos e taxas.<br />
- Custo dos projetos.<br />
- Remuneração do construtor.<br />
Para um melhor entendimento da montagem e funcionamento da Norma Brasileira<br />
Revisada NBR 12721, apresentamos os oito quadros preenchidos para uma<br />
edificação residencial.<br />
NBR 12721 - Avaliação de custos unitários e preparo de orçamentos de construção para incorporação de edilicio em condominio 1 3 7
w<br />
CO<br />
Informações para Arquivo do Registro de Imóveis<br />
-O<br />
CD<br />
o.<br />
o<br />
o<br />
o.<br />
3<br />
l.ocal do imóvel<br />
(Lei 4.591 - 16/12/64 - Art. 32 e NB 140)<br />
Quadro 1 - Cálculo das Áreas nos Pavimentos e das Áreas Globais<br />
Colunas 1 a 18<br />
Folha<br />
n° 1<br />
Adotar numeração<br />
seguida do quadro 1 ao VIII<br />
Total de tolhas: 13<br />
Nome:<br />
Assinatura:<br />
Data:<br />
Incorpora dor<br />
Profissional responsável pelo cálculo<br />
Nome:<br />
Assinatura:<br />
Dala: 3 junho, 2003 Registro CREA:<br />
Áreas de divisão não-proporcional<br />
Área de divisão proporcional<br />
Coberta<br />
padrão<br />
Área privativa Área de uso comum Área dc uso comum<br />
Coberta<br />
de padrão<br />
diferente ou<br />
descoberta<br />
Real<br />
Real<br />
(2 + 3)<br />
Totais<br />
Equivalente<br />
cb<br />
construção<br />
Reconstrução<br />
12 + 4)<br />
|<br />
"3<br />
i<br />
o<br />
Coberta de<br />
padrão diferente<br />
ou descoberta<br />
Real<br />
Equivalente<br />
de<br />
construção<br />
Real<br />
(7 + 8)<br />
Totais<br />
ce<br />
construção<br />
(7 + 9)<br />
Pavimento<br />
Coberla<br />
padrão<br />
Coberta de<br />
padrãoditerente<br />
ou descoberta<br />
Real<br />
Equivalentede<br />
construção<br />
Real<br />
(12+13)<br />
Totiis<br />
Q><br />
construção<br />
(12+14)<br />
Área do pavimento<br />
Real<br />
(5+10+<br />
15)<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18<br />
Q?<br />
construção<br />
(6+11 +<br />
16)<br />
Acesso 657,35 328,39 657,35 328,39 157,39 259,31 69,27 416,70 226,66 1.074,05 555X15 1<br />
Mezanir» 423,80 211,90 423,80 211,90 46,48 88.93 44.46 135,41 90,94 559,21 .502,84 1<br />
2"|>iso 798,77 399,39 798,77 39939 86,62 42,02 21,01 128,64 107,63 927,41 507,02 1<br />
3"|)iso 528,32 179.67 111,87 707,99 640,19 75,67 75,67 75,67 783,66 715,86 1<br />
4 ()",«'•,<br />
10* pisos 562,54 26,20 20,% 588,74 583,50 22,01 22,01 22,01 610,75 60531 4<br />
5", ?',<br />
9 o pisos 528,32 2620 20,% 554,52 549,28 75,67 75,67 75,67 630,19 624,95 3<br />
Casa de<br />
máquinas 56,21 570,4-1 114,09 626,65 170,30 626,65 170,30 1<br />
total £ 4.363,44 363,07 258,59 4.726,51 4.622,03 0,00 1.879,92 939,68 1.879,92 939,68 737,42 960,70 248,83 1.698,12 986,25 8304,53 6347,96<br />
Área real global: 8.3M,55 Área de construção global: 6347,96<br />
Observações
CO<br />
DD<br />
ro<br />
-vi<br />
ro<br />
Informações para Arquivo do Registro de Imóveis<br />
(Lei 4.591 16/12/64 - Art. 32 e NB 140)<br />
Quadro II - Cálculo das Áreas das Unidades Autônomas<br />
Colunas 19 a 38<br />
Folha<br />
n° 2<br />
Local do imóvel<br />
Adotar numeração<br />
seguida do quadro 1 ao VIII<br />
Total de folhas: 13<br />
S<br />
Nome:<br />
Assinatura:<br />
Data:<br />
Incorpora dor<br />
Nome:<br />
Assinatura:<br />
Data: 3 junho, 2003<br />
Profissional responsável pelo cálculo<br />
Registro CR EA:<br />
Áreas de divisão não proporcional<br />
Área dc divisão proporcional<br />
"2.<br />
Unidade<br />
Coberta padrão<br />
Área privativa<br />
Coberta<br />
de padrão<br />
diferente ou<br />
desccberta<br />
Real<br />
Re.il<br />
(20+21)<br />
Totais<br />
Decora<br />
trução<br />
Informações para Arquivo no Registro de Imóveis<br />
(Lei 4.591 - 16/12/64 - Art. 32 e NB 140)<br />
Quadro III - Avaliação dos Custo Global da<br />
Construção c do Preço por m 2 da Construção<br />
Folha<br />
n" 3<br />
Local do Imóvel<br />
Nome:<br />
Assinatura:<br />
Data:<br />
Incorporador<br />
Adotar numeração<br />
seguida do<br />
quadro I ao VIII<br />
Total de folhas: 13<br />
Profissional responsável pelo cálculo<br />
Nome:<br />
Assinatura:<br />
Data: 3 junho, 2003 Registro CRFA:<br />
a:<br />
<<br />
£<br />
a:<br />
o.<br />
O<br />
u- <<br />
5<br />
Cd<br />
C<br />
u.<br />
O<br />
U*<br />
ac<br />
C —<br />
O<br />
L> L_<br />
Cí<br />
Q.<br />
u<br />
o<br />
C<br />
•< 0<br />
<<br />
1<br />
l. Projeto-Padrão (Lei 4.591 art. 53 í t) que mais se assemelha ao d.» incorporação projetada.<br />
Designação<br />
fòdrâode<br />
número de dependências de uso privativo da unidade autônoma<br />
área de construção<br />
acabamento<br />
pavimentos quartos salas banheiros<br />
ew.c.<br />
quartos de<br />
empregados<br />
da unidade privativa<br />
autônoma<br />
II n/a 8 3 l 4 ou 5 1 Variável<br />
2. Sindicato que forneceu o custo básico:<br />
3. Custo unitário básico: RS<br />
•4. Áreas globais do prédio projetado<br />
4.1 Área real privativa global<br />
4.2 Área real de uso comum global<br />
•4.3 Área real global<br />
4.4 Árcadeconstr. privativa global<br />
4.5 Área de constr. comum global<br />
4.6 Área de construção vjobal<br />
826.81 /nv I Maio 2003<br />
(mês) (ano ><br />
(Ql. £5)<br />
(QI, I10 + E15)<br />
(QU17)<br />
(QI.3E6)<br />
(Ql. Ill +116)<br />
tQI.118)<br />
5. Area de construção global (4.6) x Custo unitário básico (3)<br />
6. Parcelas adicionadas não consideradas no projeto padrão<br />
6. l Fundações especiais < no projeto padrão foram consideradas fundações diretas 50 à m) 2,<br />
6.2 Elevadores<br />
6.3 Equipamentos dc instalações de:<br />
6.3.1 fogões<br />
6.3.2 Aquecedores<br />
6.3.3 Bombas de recalque<br />
6.3.4 Compactador<br />
6.3.5 Ar condicionado<br />
6.3.6 Calefação<br />
6.3.7 Ventilação e exaustão<br />
6.3.8 Garagem<br />
6.3.9 * Play ground"<br />
6.3.10<br />
6.3.11<br />
6.4 Obras e serviços complementares:<br />
6.4.1 Terraplanagem<br />
6.4.2 Urbanização<br />
6.4.3 Recreação (piscinas, campos de esporte)<br />
6.4.4 Ajardinamento<br />
6.4.51 igações dc serviços públicos (art. 51)<br />
6.4.6 Instalação e regulamentação do condomínio<br />
6.4.7<br />
6.4.8<br />
6.5 Outros serviços discriminados em anexo:<br />
7. l ü SubTotal<br />
8. Impostos e taxas<br />
9. Projeto<br />
9.1 Honorários do autor do projeto arquitetônico<br />
9.2 Honorários do autor do projeto estrutural<br />
9.31 lonorários do autor do projeto de instalações<br />
9.4 Projeto de custos<br />
9.5<br />
10.2-Subtotal<br />
11. Remuneração do construtor: 15%<br />
12. Remuneração do incorporadoc<br />
13. Custo global da construção:<br />
14. Preço por nv (Li construção: (13) • (4) = RS1010,00/nv"<br />
N8 - Os valores correspondentes aos itens 9.1, 9.2, 9.3. quando ainda não contratados,<br />
fornecidas pelos respectivos órgãos de classe.<br />
4.726,51 ni<br />
3.578.04 m<br />
8.304,55 m<br />
4.662,03 m<br />
1.925,93 m<br />
6.547,96 m<br />
56,91 %<br />
43,09%<br />
100,00%<br />
71,20%<br />
29,41%<br />
100.00%<br />
ks; 5.413.920,60<br />
RS 110.000.00<br />
RS 122.400,00<br />
RS<br />
RS<br />
RS 1.000.00<br />
RS<br />
RS<br />
RS<br />
RS<br />
RS<br />
RS<br />
RS<br />
RS<br />
RS<br />
RS<br />
RS<br />
RS<br />
RS<br />
RS<br />
RS<br />
RS<br />
RS<br />
RS 5.647320,00<br />
RS<br />
RS<br />
RS 50.000,00<br />
RS 30.000,00<br />
RS 17.000,00<br />
RS 6.500,00<br />
RS<br />
RS 5.750.820,00<br />
RS 862.623,00<br />
RS<br />
RS 6.613.443,00<br />
poderão ser calculados de acordo com as tabela
o<br />
-J<br />
rvj<br />
Quadro IV<br />
Informações para Arquivo no Registro de Imóveis<br />
(Lei 4.591 16/12/64 - Art. 32 e Nfi 140)<br />
Avaliação do Custo de Construção de Cada Unidade Autônoma<br />
Colunas 39 a 48<br />
1 local do Imóvel<br />
Adotar numeração<br />
><br />
seguida do<br />
g.<br />
quadro I ao VIII<br />
W O Total de folhas: 13<br />
CO<br />
0<br />
C<br />
Incorporador<br />
Profissional responsável pelo cálculo<br />
Nome:<br />
Nome:<br />
§ Assinatura: Assinatura:<br />
SB Bi Data: Data: 3 junho, 2003 Registro CREA:<br />
i<br />
CD<br />
rs<br />
cZ<br />
T3<br />
Cus:o de construção<br />
Informações para Arquivo no Registro de Imóveis<br />
(Lei 4.591 - 16/12/64 - Ari. 32 e NB 140)<br />
Quadro V - Informações gerais Folha n° 5<br />
local do Imóvel<br />
Incorporador<br />
Nome:<br />
Assinatura:<br />
Data:<br />
Adotar numeração seguida<br />
do quadro I ao VIII<br />
Total de folhas: 13<br />
Profissional responsável pelo cálculo<br />
Nome:<br />
Assinatura:<br />
Data: 3 junho, 2003 Registro CR LA:<br />
DO EMPREENDIMENTO<br />
Trata-se de um empreendimento para construção de prédio residencial multifamiliar localizado<br />
a<br />
• Autor do Projeto de Arquitetura:<br />
• Autor do Projeto de Cálculo Estrutural:<br />
• Autor do Projeto de Instalações:<br />
• Responsável Técnico da Obra:<br />
• Prazo da Obra: 50 meses<br />
DA EDIFICAÇÃO<br />
Composta por uma edificação residencial com pavimento de acesso e 22 vagas para<br />
estacionamento; mezanino com 13 vagas para estacionamento; 2 o piso-G3 com 21 vagas para<br />
estacionamento; 3 o , 5°, 7° e 9° pavimentos com 8 apartamentos formando duplex com os<br />
pavimentos 4°, 6 o , 8° c 10° e pavimento de casa de máquinas.<br />
DAS UNIDADES<br />
APARTAMENTOS 304. 307 DUPLEX<br />
Hall, sala, lavabo, copa-cozinha, w.c. serviço, quarto de empregada, área de serviço,<br />
despensa, varanda, terraço, escada, 2 quartos, 2 circulações, banheiro, closet, 1 quarto com<br />
banheiro formando suíte.<br />
APARTAMENTO? 305. 300 • DUPLEX,<br />
Sala, lavabo, copa-cozinha, w.c. serviço, quarto de empregada, área de serviço, despensa,<br />
terraço, escada, circulação, 3 quartos com 3 banheiros formando suíte.<br />
APARTAMENTOS 301, 302, 501, 502, 701, 702, 901, 902 DUPLEX.<br />
Sala, lavabo, copa-cozinha, w.c. serviço, quarto de empregada, área de serviço, despensa,<br />
04 varandas, escada, circulação, 03 quartos com 03 banheiros formando suíte.<br />
APARTAMENTOS 505, 506, 705, 706, 905, 906 DUPLEX.<br />
Sala, lavabo, copa-cozinha, w.c. serviço, quarto de empregada, área de serviço, despensa,<br />
escada, circulação, 03 quartos com 03 banheiros formando suíte.<br />
APARTAMENTOS 303.304.307, 309,503.504,507. 508. 703,704.707.709,903.904.907.<br />
9Q8 - DUPLEX.<br />
Hall, sala, lavabo, copa-cozinha, w.c. serviço, quarto de empregada, área de serviço,<br />
despensa, 02 varandas, escada, 2 quartos, 2 circulações, banheiro, closct, 1 quarto com banheiro<br />
formando suíte.<br />
DOS PAVIMENTOS<br />
Pavimento Térreo<br />
Partes comuns: Compostas por estacionamento com 22 vagas de garagem com 657,35 m 2<br />
real e 328,39 nr de construção, ambas áreas de uso comum de divisão não proporcional;<br />
portaria, circulação, lavatório, banheiro def. , salão de festas, entrada e saída de automóveis,<br />
rampa de acesso ao mezanino, lixeira, escada enclausurada, 2 elevadores, 416,70 m 2 real e<br />
226,66 m- de construção ambas áreas de uso comum de divisão proporcional; totalizando<br />
1.074,05 m 2 real e 555,05 nr de construção para o pavimento.
Informações para Arquivo no Registro de Imóveis<br />
(Lei 4.591 - 10/12/64 - Art. 32 e NB 140)<br />
Quadro V - Informações gerais Folha n° 6<br />
Local do Imóvel<br />
Incorporador<br />
Nome:<br />
Assinatura:<br />
Data:<br />
Adotar numeração seguida<br />
do quadro I ao VIII<br />
Total de folhas: 13<br />
Profissional responsável pelo cálculo<br />
Nome:<br />
Assinatura:<br />
Data: 3 junho, 2003 Registro CREA:<br />
Me^aninp<br />
Partes comuns: Constituídas por estacionamento com 13 vagas de garagem com 423,80 nv'<br />
real e 211,90 nv' de construção, ambas áreas de uso comum de divisão não proporcional; 2<br />
elevadores, circulação, antecâmara, lixo, duto, escada enclausurada, rampas de acesso ao<br />
térreo e ao 2 o piso com 135,41 m- real e 90,94 nv de construção ambas áreas de uso comum de<br />
divisão proporcional; totalizando 559,21 nv' real e 302,84 nv' de construção para o pavimento.<br />
2° Piso - G3<br />
Partes comuns: Constituídas por estacionamento com 21 vagas de garagem com 798,77 nv'<br />
real e 399,39 nv' de construção, ambas áreas de uso comum de divisão não proporcional; 2<br />
armários para bateria de gás, 2 elevadores, circulação, aniecâmera, lixo, duto, escada<br />
enclausurada, rampas de acesso ao mezanino, sala, banheiro, cozinha, área de serviço e<br />
quarto; 128,64 nv' real e 107,63 nv de construção ambas áreas de uso comum de divisão<br />
proporcional; totalizando 927.41 nv' real e 507,02 nv' de construção para o pavimento.<br />
3° Pavimento<br />
Partes privativas: Constituídas por 8 apartamentos formando duplex com o 4 o pavimento, já<br />
anteriormente descritos com 707,99 nv 2 real e 640,19 nv' de construção, ambas áreas de uso<br />
privativo de divisão não proporcional.<br />
Partes comuns: Constituídas por circulação, 2 elevadores, antecâmara, duto, escada<br />
enclausurada e lixeira, com 75,67 nv real e 75,67 nv' de construção, ambas áreas de uso comum<br />
de divisão proporcional; totalizando 783,66 nv' real e 715,86 nv' de construção para o pavimento.<br />
4°. 6°. 8° e 10° Pavimentos<br />
Partes privativas: Constituídas por 8 apartamentos formando duplex com os pavimentos<br />
ímpares, já anteriormente descritos com 588,74 nv' real e 583,50 m 2 de construção, ambas áreas<br />
de uso privativo de divisão não proporcional.<br />
Partes comuns: Constituídas por 2 vãos de elevadores e escada enclausurada, com 22,01 nv'<br />
real e 22,01 m J de construção, ambas áreas de uso comum de divisão proporcional; totalizando<br />
610,75 nv' real e 605,51 nv' de construção para o pavimento.<br />
5°. 7° e 9" Pavimentos<br />
Partes privativas: Constituídas por 8 apartamentos formando duplex com os pavimentos<br />
pares, já anteriormente descritos com 554,52 nv' re.il e 540,28 nv tle construção, ambas áreas<br />
de uso privativo de divisão não proporcional.<br />
Partes comuns: Constituídas por circulação, 2 elevadores, antecâmara, duto, escada<br />
enclausurada e lixeira, com 75,67 nv' real e 75,67 nv' de construção, ambas áreas de uso comum<br />
de divisão proporcional; totalizando 630,19 nv' real e 624,95 nv' de construção para o pavimento.<br />
Pavimento da Casa de máquinas<br />
Partes comuns: Constituídas por circulação, telhado, duto, escada enclausurada, casa de<br />
máquinas, casa de bombas, sala de antenas com 626,65 nv' real e 170,30 nv' de construção,<br />
ambas áreas de uso comum de divisão proporcional; totalizando 626,65 nv' real e 170,30 nv' de<br />
construção para o pavimento.<br />
NBR 12721 - Avaliação de custos unitários e preparo de orçamentos de construção para incorporação de edilicio em condorninio 1 43
Informações para Arquivo no Registro de Imóveis<br />
(Lei 4.591 - 16/12/64 - Art. 32 e NB 140)<br />
Quadro V - Informações gerais olha n° 7<br />
Local do Imóvel<br />
Incorporador<br />
Nome:<br />
Assinatura:<br />
Data:<br />
Adotar numeração seguida<br />
do quadro I ao VIII<br />
Tolal de folhas: 13<br />
Profissional responsável pelo cálculo<br />
Nome:<br />
Assinatura:<br />
Data: 3 junho, 2003 Registro CREA:<br />
Quadro de áreas reais (m 2 )<br />
Unidade (X) Privativa Comum Total<br />
301, 302, 501, 502, 701, 8 149,83 83,56 233,39<br />
702, 901, 902<br />
304, 307 2 154,10 84,04 238,14<br />
305 1 204,25 92,29 296,54<br />
306 1 195,24 90,63 285,87<br />
505, 506, 705, 706,<br />
6 132,42 79,12 21 1,54<br />
905, 906<br />
303, 308, 503, 504, 507 14 144,69 82,52 227,21<br />
508, 703, 704, 707, 708,<br />
903, 904, 907, 908<br />
Vagas 24 38,69 38,69<br />
Total 4.726,51 3.578,04 8.304,55
CD<br />
ZD<br />
ro<br />
-vi<br />
rvo<br />
"2.<br />
S.<br />
Local do Imóvel<br />
Nome:<br />
Assinatura:<br />
Data:<br />
Informações para Arquivo no Registro de Imóveis<br />
(Lei 4.591 16/12/64 Art. 32 e NB 140)<br />
Quadro VI - Memorial Descritivo dos Equipamentos Folha n° 8<br />
Incorporador<br />
Nome:<br />
Assinatura:<br />
Data: 3 junho, 2003<br />
Equipamento Tipo (ou marca) Acabamento Detalhes gerais<br />
• Bombas de recalque<br />
• Equipamento de incêndio<br />
• Elevadores<br />
• Instalações elétricas<br />
• l ios e cabos<br />
• Eletrodutos<br />
• Disjuntores<br />
• Interruptores e tomadas<br />
• Quadro corta-circuito<br />
• Instalações hidráulicas<br />
• Tubos e conexões<br />
• Registro de gaveta<br />
• Instalações sanitárias<br />
• Telefone<br />
• Instalações de gás<br />
• Tubos e conexões<br />
• Instalações esgoto /<br />
águas pluviais<br />
Dancor, Worthington<br />
ou Berkley<br />
Firestop, Ecil<br />
Atlas, Thyssen-Sur,<br />
Otis ou Schindler<br />
Pirelli / Siemens/ Ficap<br />
Apoio / Tigre / lortilit<br />
Eletromagnético<br />
Padrão Piai Legran<br />
Tigre/ lortilit<br />
Fabrimar / Deca<br />
Tigre / Fortilit<br />
Ferro<br />
PVC<br />
Motor fechado<br />
("obre eletrolítico<br />
PVC rígido ou flexível<br />
eletromagnéticos ou fusíveis<br />
Caixas metálicas com portas<br />
PVC e CPVC Rígido<br />
PVC e CPVC Rígido<br />
PVC Rígido<br />
Galvanizado sem costura<br />
Rígido<br />
Adotar numeração<br />
seguida do<br />
quadro 1 ao VIII<br />
Total de folhas: 13<br />
Profissional responsável pelo cálculo<br />
Registro CRLA:<br />
Serão instaladas bombas de recalque automáticas<br />
com potência adequada ao consumo do prédio.<br />
Execução dos serviços e projetos de acordo<br />
com as normas da ABNT e CBERJ.<br />
Serão instalados 02 (Dois) Elevadores, com<br />
capacidade e velocidade adequada ao tráfego.<br />
Execução dos serviços e projetos de acordo com<br />
as normas da ABNT e Concessionária.<br />
Execução dos serviços e projetos de acordo<br />
com as normas da ABNT e Concessionária.<br />
Execução dos serviços e projetos de acordo<br />
com as normas da ABNT e Concessionária.<br />
Execução dos serviços e projetos de acordo<br />
com as normas da ABNT e Concessionária.<br />
Execução dos serviços e projetos de acordo com as<br />
normas da ABNT e Concessionária.<br />
Vi
Local raça tfc> Rio cie Janeiro • RJ.<br />
2 - Não foram incluídas nas especificações eorçamentos da obra, e serão rateadas pelos condôminos, em épocas próprias e na proporção da fração ideal do terreno de cada um, as seguintes despesas: Subestação de força,<br />
se exigida pela l ight, Projetos de Instalações especiais que venham a ser exigidos pelas Concessionárias de serviço público ou autarquias federais, estaduais ou municipais, no prédio ou nas Redes Externas, inclusive<br />
extensões de redes de abastecimento de águi, Antenas Coletivas de IV e respectiva fiação,Instalação e Decoração do Hall Social, Equipamentos e fiação de interfonia, Central Telefônica, Automatização de Portões. Circuito<br />
Fechado de T\{ Sistemas de Informatização, TV a Cabo, Equipamentos de Piscina, Equipamentos de Sauna, Brinquedos da Recreação Infantil, Porteiro Eletrônico, Ajardinamento, Equipamentos doCoffee-Shop e dos Vestiários,<br />
Taxas e Orçamentos para execução de ligações Definitivas, exigências para plantiode árvores pelo Departamento de Parques e Jardins da PMRJ, instalação de gerador e de luzes de emergência, extensão de redes de luz<br />
e gás, rede externa de água, rede de gás, ligação de águas pluviais, serviços de vault, cabos de interligação definitiva da rua até o PC, taxas e emolumentos cobrados pela I ight com a ligação de luz. portões das garagens,<br />
estação de tratamento de esgotos ou fossa liltro, ligação de esgoto e instalação do condomínio.<br />
3 - Também não foram incluídos nestas es|>ecificações e orçamento da obra e ficarão por conta de cada condômino: Fogões. Armários Embutidos, Aparelhos de Ar-Condicionado, Filtros, Armários e Espelho nos banheiros.<br />
Aquecedores, Padeiras, Saboneteiras, Luminárias e Mobiliário em Geral, fiaçãodos aparelhos de ar-cortdicionado,alarmes nos acessos das vagas dos estacionamentos, persianas, fechamento-padràodo vão para o exterior<br />
das áreas de serviço, secadores de roupas, chuveiro elétrico, fechamento dos boxes dos banheiros, pedidos de ligação de luz, gás e telefone para as unidades residenciais, olho mágico nas portas, grades não previstas<br />
no Projeto de Arquitetura ou em qualquer outro projeto inerente à obra.<br />
4 - Fica estipulado que as diferenças de metragens que porventura ocorrerem na construção das áreas comuns ou nas de utilização privativa, de até 5% daquelas constantes no projeto aprovado.não darão aos contratantes<br />
quaisquer direitos e ressarcimento pelas diferenças que até aquele limite resultarem da execução dasobras.
CO<br />
DD<br />
ro<br />
-vi<br />
ro<br />
Informações para Arquivo no Registro de Imóveis<br />
(Lei 4.591 - 16/12/64 - Art. 32 e NB 140)<br />
Quadro VII - Memorial Descritivo dos Acabamentos<br />
(dependências de uso privativo)<br />
Folha<br />
n° 10<br />
Local do Imóvel<br />
Adotar numeração<br />
seguida do<br />
quadro 1 ao VIII<br />
Total de folhas: 13<br />
S<br />
Nome:<br />
Assinatura:<br />
Data:<br />
Incorporador<br />
Nome:<br />
Assinatura:<br />
Data: 3 junho, 2003<br />
Profissional responsável pelo cálculo<br />
Registro CREA:<br />
"2.<br />
-s,<br />
S.<br />
Dependências pisos paredes letos peitoris<br />
Revestimento acabamento soleira revestimento acabamento rodapé revestimento acabamento<br />
3 o , 5 o , 7 o e 9® pisos<br />
Varanda cerâmica esmaltada granito cera nuca esmaltada granito gesso pintura granito<br />
WcempfeçKb cerâmica esmaltada granito ceramica esmaltada gesso pintura granito<br />
Quarto cm|X€gada cimentado p' laminado liso granito emboço emassamento/ pintura madeira emboço piníura granito<br />
Sala cimentado p/ laminado liso granito emboço emassamento/ pintura madeira enix>ço pintura granito<br />
Serviço cerâmica esmaltada granito ceramica esmaltada gesso pintura granito<br />
Copa cozinha cerâmica esmaltada granito ceramica esmaltada - gesso pintura granito<br />
Despensa cerâmica esmaltada granito ceramica esmaltada - gesso pintura granito<br />
Lavabo ceramica esmaltada granito cera nuca esmaltada gesso pintura granito<br />
Escada intema cimentado p/ laminado liso granito emlxiço emassamento/ pintura madeira - pintura solxe concreto -<br />
Hall cimentado p' laminado liso granito emboço emissamcnto/ pintura madeira gesso pintura<br />
Terraço ceramica esmaltada granito ceramica esmaltada granito - •<br />
4 o , 6 o , 8 o e 10' pisos<br />
Varanda ceramica esmaltada granito ceramica esmaltada granito gesso pintura granito<br />
Banheiros suites cerarmca esmaltada granito ceramtca esmaltada granito gesso pintura granito<br />
Suíte ceramica esmaltada granito cera nuca esmaltada granito enijoço pintura granilo<br />
Circulação cimentado p/ laminado liso granito emlxx, o/reboco pintura madeira gesso pintura granito<br />
Banheirosocial ceramica esmaltada granito ceramica esmaltada gesso pintura granito<br />
(Quarto cimentado p/ca-j)ete liso granito emlxiço pintura madeira emboço pintura granito<br />
Closet cimentado p/capete liso granito emboço pintura madeira eniboço pintura -<br />
Circulação suíte cimentado p/capete liíO granito emboço pintura madeira emíwço pintura granito
"D<br />
CD<br />
CL<br />
O<br />
o<br />
cs.<br />
3<br />
local do Imóvel<br />
Nome:<br />
Assinatura:<br />
Data:<br />
Informações para Arquivo no Registro de Imóveis<br />
(Lei 4.591 - 16/12/64 - Art. 32 e NB 140)<br />
Quadro VIII - Memorial Descritivo dos Acabamentos<br />
(dependências de uso comum)<br />
Incorporador<br />
Folha<br />
n° 11<br />
Adotar numeração<br />
seguida do<br />
quadro I ao VIII<br />
Total de folhas: 13<br />
Profissional responsável pelo cálculo<br />
Nome:<br />
Assinatura:<br />
Data: 3 junho, 2003<br />
Registro CREA:<br />
Dependências pisos paredes tetos peitoris<br />
Revestimento acabamento soleira revestimento acabamento rodapé revestimento acabamento<br />
1 o piso (acesso)<br />
Área frontal pedra portuguesa - • - - -<br />
Pbrtaria granito polido granito emboço pintura granito gesso pintura granito<br />
Garagem cimentado liso granito emboço pintura ardósia - pintura sobre concreto -<br />
Rampa acesso mezanino cimentado liso granito emboço pintura ardósia • pintura sobre conc reto<br />
Circulação cimentado liíO granito emboço pintura ardósia gesso pintura granito<br />
MaSdcres cimentado liso granito emboço pintura ardósia emboço pintura -<br />
Salão de festas ceramtca esmaltada granito emboço pintura madeira cmlxx^o pintura granito<br />
Lavatóno cerâmica esmaltada granito ceramtca esmaltada - gesso pintura granito<br />
Banheiro ceramica esmaltada granito ceramtca esmaltada - gesso pintura granito<br />
Lixeira ceramtca esmaltada granito ceramtca esmaltada • gesso pintura<br />
Escada cimentado liso granito emboço pintura - emboço pintura -<br />
Mezanino<br />
Circulação ceramtca esmaltada granito emboço pintura granito gesso pintura<br />
Lixeira ceramica esmaltada granito azulejo esmaltado - gesso pintura -<br />
Antecâmara cimentado liso granito emboço pintura - emboço pintura -
CO<br />
DD<br />
ro<br />
-vi<br />
ro<br />
Local do Imóvel<br />
Nome:<br />
Assinatura:<br />
Data:<br />
Informações para Arquivo no Registro de Imóveis<br />
(Lei 4.591 - 16/12/64 - Art. 32 e NB 140)<br />
Quadro VIII - Memorial Descritivo dos Acabamentos<br />
(dependências de uso comum)<br />
Incorporador<br />
Folha<br />
n° 12<br />
Adotar numeração<br />
seguida do<br />
quadro 1 ao VIII<br />
Total de folhas: 13<br />
Profissional responsável pelo cálculo<br />
Nome:<br />
Assinatura:<br />
Data: 3 junho, 2003<br />
Registro CREA:<br />
"2.<br />
a<br />
Dependências pisos paredes tetos peitoris<br />
Revestimento acabamento soleira revestimento acabamento rodapé revestimento acabamento<br />
Garagem dmentado liso granito emboço pintura ardósia - pintura sobre concreto<br />
Rampas deacesso cimentado liso ardósia emboço pintura ardósia laje cm concreto pintura solxeconcreto -<br />
Escada cimentado liso ardósia emboço pintura • laje cm concreto pintura solxeconcreto<br />
2°piso-G3<br />
Garagem ementado liso ardósia emboço pintura ardósia laje em concreto pintura solxeconcreto<br />
Sala ceramica esmaltada granito cmlxiço pintura madeira emlxjço pintura granito<br />
Cozinha ceramica esmaltada granito azulejo esmaltado - gesso pintura granito<br />
Serviço cerâmica esmaltada granito azulejo esmaltado - gesso pintura granito<br />
Quuto cerâmica esmaltada granito emboço pintura madeira emboço pintura granito<br />
Banheiro ceramica esmaltada granito azulejo esmaltado - gesso pintura granito<br />
Escada dmentado liso granito emboço pintura - emboço pintura -<br />
Antecâmara dmentado liso granito emboço pintura - emboço pintura<br />
Circulação ceramica esmaltada granito emboço pintura granito gesso pintura<br />
Lixeira ceramica esmaltada granito azulejo esmaltado - gesso pintura -<br />
3° piso<br />
Circulação ceramica esmaltada granito emboço pintura granito gesso pintura granito
Local do Imóvel<br />
Informações para Arquivo no Registro de Imóveis<br />
(Lei 4.591 - 16/12/64 - Art. 32 e NB 140)<br />
Quadro VIII - Memorial Descritivo dos Acabamentos<br />
Folha<br />
(dependências de uso comum) n° 13<br />
Adotar numeração<br />
seguida do<br />
quadro 1 ao VIII<br />
Total de tolhas: 13<br />
Incorporador<br />
Profissional responsável pelo cálculo<br />
Nome:<br />
Nome:<br />
Assinatura:<br />
Assinatura:<br />
Data: Data: 3 junho, 2003 Registro CRI A:<br />
Dependências pisos paredes tetos peitoris<br />
Revestimento acabamento soleira revestimento acabamento rodapé revestimento acabamento<br />
Ante câmara Cimentado Liso Ardósia Emboço Pintura - Emboço Pintura -<br />
Escada Cimentado Liso Granào Emboço Pintura - Laje em concreto Pintura -<br />
Terraço Cerâmica Esmaltada Granito Cerâmica Esmaltada Granito - -<br />
Casa de máquinas<br />
Casa de máquinas Cimentado Liso Ardósia Emboço Pintura Laje em concreto Pintura Ardósia<br />
Antenas<br />
Casa de bombas<br />
Cimentado<br />
Cmentado<br />
Liso<br />
liso<br />
Ardósia<br />
Ardósia<br />
frHxx;o<br />
Emboço<br />
Pintura<br />
Pintura<br />
Ardósia<br />
Laje em concreto<br />
Laje em concreto<br />
Pintura<br />
Pintura<br />
Ardósia<br />
Ardósia<br />
Escada Cimentado Liso Ardósia Emboço Pintura Laje em concreto Pintura Aidósia<br />
CircuLição Cmentado liso Ardósia Emboço Pintura Ardósia Laje cm concreto Pintura Ardósia<br />
Fachadas<br />
Frontal - - - Granito/cerámica Polido/esmaltada - - - -<br />
Fundos - - - Granito/cerámica Polido/esmaltada - - - -<br />
Laterais • • - Cerâmica Esmaltada • - •
COMENTÁRIOS DOS QUADROS PREENCHIDOS<br />
Quadro I<br />
Este quadro tem o objetivo de destacar as diversas áreas do empreendimento,<br />
totalizando-as por pavimento. A sua montagem é desmembrada segundo as colunas:<br />
- Pavimento<br />
- Área de divisão não-proporcional, colunas 2 a 11 podendo compor-se de<br />
áreas privativas ou áreas de uso comum.<br />
- Área cie divisão proporcional, colunas 12 a 16, composta por área de uso<br />
comum.<br />
- Área total do pavimento, colunas 17 e 18.<br />
Neste exemplo, o empreendimento é composto de acesso, mezanino, 2 o , 3 Q ,<br />
4-, 6 Q , 8 2 , 10
- Unidade, coluna 19.<br />
- Áreas de divisão não-proporcional, podendo compor-se de áreas privativas ou<br />
áreas de uso comum, colunas 20 a 30.<br />
- Coeficiente de proporcionalidade, coluna 31.<br />
-Área de divisão proporcional, composta pela área de uso comum, colunas 32 a 36.<br />
- Área total da unidade, colunas 37 e 38.<br />
Neste exemplo, a edificação é formada por oito apartamentos por andar, todos<br />
duplex, em oito pavimentos. Além disso, contém 24 vagas de garagem comercializadas<br />
em separado.<br />
-As áreas privativas de divisão não-proporcional estão desmembradas por apartamento,<br />
difenciando-se do quadro I.<br />
- Áreas de uso comum, referentes às vagas de automóveis, são informadas<br />
unitariamente.<br />
- O coeficiente de proporcionalidade de cada unidade autônoma é obtido pela<br />
divisão da área de construção de divisão não-proporcional de cada unidade,<br />
pela soma das áreas de todas as unidades e somente delas, inclusive as vagas<br />
independentes.<br />
- Com base nos coeficientes de proporcionalidade de cada unidade é feito o<br />
rateio das áreas de divisão proporcional, obtidas no quadro I, pelas respectivas<br />
unidades autônomas.<br />
- As áreas totais (real e de construção) das unidades são calculadas pela somatória<br />
das áreas de divisão não-proporcional e proporcional.<br />
- As áreas totais (real e de construção) do empreendimento deverão ser iguais<br />
ao do quadro I.<br />
Quadro III<br />
O quadro III faz uma avaliação global da construção e do preço por metro<br />
quadrado da construção.<br />
As informações preliminares destacam as caracterísitcas do empreendimento<br />
em relação às designadas pela norma, o custo unitário básico por metro quadrado<br />
fornecido pelo Sindicato Regional e as principais áreas do projeto segundo os<br />
quadros I e II, referentes ao empreendimento.<br />
Na avaliação do custo global e preço por metro quadrado de construção é<br />
calculado o valor da construção obtido pelo custo unitário básico, somado aos<br />
valores complementares não constantes do custo unitário básico. O total do
custo da construção dividido pela área de construção global resultará no custo<br />
de construção por metro quadrado.<br />
Quadro IV<br />
O quadro IV trata da avaliação do custo da construção de cada unidade autônoma.<br />
Isto é feito pela combinação das informações do quadro II, através das áreas de<br />
construção de cada unidade, com as informações do quadro III, relativo ao valor do<br />
custo global de construção.<br />
As informações das áreas de construção possibilitam calcular o coeficiente de<br />
construção relativo a cada unidade. Por sua vez, o custo global da obra multiplicado<br />
pelo coeficiente de cada unidade resultará no valor de construção da unidade.<br />
Neste exemplo, há área sub-rogada. Neste caso, cada unidade autônoma é<br />
acrescida de uma parcela de área de sua responsabilidade e, conseqüentemente,<br />
é acrescentado ao seu custo de construção. As unidades sub-rogadas estão indicadas<br />
em observações e são rateadas proporcionalmente às demais unidades, como indicado<br />
nas colunas 43 a 45<br />
Quadro V<br />
O quadro V trata das informações gerais do empreendimento, tais como o tipo<br />
de edificação e os responsáveis pelo empreendimento e projetos, e faz uma descrição<br />
sumária dos compartimentos de cada pavimento, relacionando-os com as<br />
áreas obtidas nos quadros I e II.<br />
Quadro VI<br />
O quadro VI destaca o memorial descritivo dos equipamentos componentes da<br />
edificação. É formado pela descrição dos equipamentos, pelo ti|x> ou marca do equipamento,<br />
as características relativas ao seu acabamento e finalmente os detalhes gerais.<br />
Quadro VII<br />
O quadro VII tem como objetivo descrever as especificações de acabamentos<br />
relativas às dependências de uso privativo. Esta discriminação é feita por dependência,<br />
abordando os acabamentos de pisos, paredes, tetos e complementos como<br />
rodapé, soleira e peitoril.<br />
Quadro VIII<br />
Tem o objetivo de descrever as especificações de acabamentos relativas às<br />
NBR 12721 - Avaliação de custos unitários e preparo de orçamentos de construção para incorporação de edilicio em condomínio 153
dependências de uso comum da edificação. Esta discriminação é feita da mesma<br />
forma que a do quadro VII.<br />
Exercício:<br />
Seja uma edificação composta de:<br />
- Pavimento térreo contendo 14 vagas para automóveis.<br />
- Pilotis elevado.<br />
- Seis pavimentos-tipo, compostos de dois apartamentos por andar.<br />
- Pavimento de cobertura, formado por um apartamento.<br />
- Telhado.<br />
Levando-se em conta que os cálculos das áreas do empreendimento foram feitos<br />
segundo as "planilhas de cálculo de áreas" apresentadas a seguir, efetuar o<br />
preenchimento dos quadros I e II da Norma Brasileira Revisada, NBR 12721.<br />
Solução:<br />
a) Quadro I<br />
- O primeiro pavimento a ser preenchido é o pavimento térreo. As suas áreas<br />
compõem-se de área de uso comum de divisão não-proporcional, relativas às<br />
vagas de estacionamento e áreas de uso comum de divisão proporcional, relativas<br />
ao hall social, portaria, depósito e outros.<br />
- Pilotis - As áreas que compõem o pilotis, neste exemplo, são todas de divisão<br />
proporcional, correspondente ao apartamento do zelador, escada e pilotis social.<br />
- Pavimento-tipo - São lançadas as áreas relativas aos apartamentos no quadros<br />
de áreas privativas de divisão não-proporcional, enquanto as partes comuns, como<br />
circulação e escada, são lançadas nas áreas de divisão proporcional.<br />
- Pavimento de cobertura - Dá-se o mesmo tratamento que no do pavimento-tipo.<br />
-Telhado - As áreas componentes são todas de uso comum de divisão proporcional.<br />
Na linha de somatória, são obtidos os totais para cada coluna e finalmente os<br />
totais de área real e área de construção para o prédio.<br />
b) Quadro II<br />
- O preenchimento é feito para obtenção de áreas para cada unidade. Nas<br />
colunas relativas à área privativa de divisão não-proporcional são alocadas as
áreas correspondentes aos apartamentos: a área do apartamento em coberta-padrão,<br />
a área das varandas em coberta diferente da padrão (real) e a área das varandas<br />
correspondente à equivalência de construção.<br />
Nas colunas de áreas de uso comum de divisão não-proporcional são lançadas<br />
as áreas correspondentes às vagas de garagens. Elas podem ser lançadas vinculadas<br />
aos apartamentos ou desmembradas conforme o exemplo.<br />
A coluna de total de área de construção (coluna 30) corresponde à soma das<br />
áreas equivalentes cie construção para área privativa e comuns de divisão nãoproporcional.<br />
O coeficiente de proporcionalidade é obtido através da divisão da área de<br />
construção da unidade pela área total de construção das unidades autônomas. A<br />
soma destes coeficientes logicamente resultará em 100%. Neste exemplo, as vagas<br />
de garagem foram desmembradas cias unidades e não contêm coeficiente de<br />
proprocionalidade. De posse destes coeficientes, as áreas de uso comum de divisão<br />
proporcional serão rateadas proporcionalmente às unidades, segundo os coeficientes<br />
obtidos. A soma das áreas rateadas a cada unidade resultará na quantidade<br />
total utilizada previamente.<br />
Para se calcular, por unidade, a área total real e a área total de construção,<br />
basta somar o total correspondente às áreas cie divisão não-proporcional com o<br />
total das áreas cie divisão proporcional. A soma de todas as unidades e vagas<br />
resultará no total da obra, exatamente igual ao obtido pelo quadro I.<br />
NBR 12721 - Avaliação de custos unitários e preparo de orçamentos de construção para incorporação de edifício em condomínio 155
Ul<br />
"D<br />
CD<br />
o.<br />
o<br />
o.<br />
3<br />
O)<br />
Cálculo de áreas<br />
Obra: Fls 1 Data:<br />
Pavimento Medições % Cob. pad. Real Equival.<br />
1 - Térreo - 254,00 m 2<br />
Coberta-padrão (hall.<br />
portaria, escada, outros) 1,00 49,40<br />
Depósito 0,60 19,60 11,76<br />
- Estacionamento Acessos independentes - 14 vagas 0,50 - 185,00 92,50<br />
Subtotal 254,00 153,66<br />
2 - Pilotis - 303,00 m 2<br />
- Coberta-padrão (sala<br />
adminislr., apart. zelador, escada) 1,0 138,70<br />
- Pilotis social 0,65 - 164,30 106,80<br />
Subtotal 303,00 245,50<br />
3 Pavimento tipo (x 6)<br />
Parte comum 1,0 31,02<br />
Apt. 01 1,0 108,59<br />
Varandas 0,8 9,64 7,71<br />
Apt. 02 1,0 1 12,95<br />
- Varandas - 9,79 7,83<br />
271,99 268,10<br />
Subtotal (x 6) 1.631,94 1.608,60<br />
4 - Apt. dc cobertura = 279,01 m 2<br />
- Partes comuns 1,0 30,69<br />
Apt. cober. padrão 1,0 108,39 - -<br />
Varandas 0,8 - 4,05 3,24<br />
Terraço descoberto 0,65 135,88 88,32<br />
Subtotal 279,01 230,64<br />
5 Telhado = 155,22 m 2<br />
- Cobcrtura-padrão 1,0 34,90<br />
- Telhados e calhas 0,2 - 120,32 24,06<br />
Subtotal 155,22 58,96<br />
Total 2.623,17 2.297,36<br />
Verificação em planta:
CO<br />
DD<br />
ro<br />
-vi<br />
ro<br />
"2.<br />
Local do imóvel<br />
Nome:<br />
Assinatura:<br />
Data:<br />
Pavimento<br />
Coberta<br />
padrão<br />
Informações para Arquivo do Registro de Imóveis<br />
(Lei 4.591 16/12/64 - Art. 32 e NB 140)<br />
Quadro 1 - Cálculo das Áreas nos Pavimentos e das Áreas Globais<br />
Colunas 1 a 18<br />
Incorporador<br />
Nome:<br />
Assinatura:<br />
Data:<br />
Profissional responsável pelo cálculo<br />
Registro CRFA:<br />
Áreas de divisão não-proporcional<br />
Áreas de divisão proporcional<br />
Area privativa Área de uso comum Área de uso comum<br />
Coberta<br />
Coberta<br />
Totais<br />
de padrão Totais<br />
depodrão Totais<br />
diferente ou<br />
diferente ou<br />
Coberta<br />
descoberta<br />
Coberta descoberta<br />
padrão<br />
Real<br />
(2 + 3)<br />
Coberta<br />
de padrão<br />
diferente ou<br />
descoberta<br />
E(|uivalenlede<br />
Real ctostnjção<br />
üeconstnição<br />
(2+4)<br />
Real<br />
Equivalente<br />
de<br />
construção<br />
Real<br />
(7 + 8)<br />
Cfe<br />
construção<br />
(7 + 9)<br />
iXKlrào<br />
Real<br />
Ecjuivalente<br />
de<br />
COOv<br />
tnição<br />
Folha<br />
n° 1<br />
Adotar numeração<br />
seguida do quadro 1 ao VIII<br />
Total tis.<br />
Real<br />
(12+13)<br />
De construção<br />
(12+14)<br />
Real<br />
(5+10+15)<br />
Área do %<br />
pavimento<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 K) 11 12 13 M 15 16 17 18<br />
Temo<br />
Pílotrs<br />
- - - - - - 185,00 92,50 185.00 92 r 50 49,40<br />
13870<br />
19/30<br />
164,30<br />
1176<br />
10680<br />
69,(X)<br />
303,00<br />
61,16<br />
245,50<br />
254,00<br />
303,00<br />
De construção<br />
(6+11+16)<br />
153,66<br />
245,50<br />
a<br />
tipo<br />
7 o cobertura<br />
Telhado<br />
221,54<br />
108.39<br />
19.43<br />
139.93<br />
1554<br />
91,56<br />
240.97<br />
248.32<br />
237.08<br />
199.95 - - - - -<br />
31,02<br />
30.69<br />
34.90 120.32 24.06<br />
totais Z 1.437.63 256.51 184.80 1.694.14 1.622.43 - 185.00 92.50 185.00 92.50 439.81 3-34.22 142.62 744.03 582,43 2.623.17 2.297.36<br />
Área real global (total da coluna 17); Área de construção global (total coluna 18)<br />
31,02<br />
30,69<br />
155.22<br />
31,02<br />
30,69<br />
58,96<br />
271.99<br />
279,01<br />
155.22<br />
268.10<br />
230,64<br />
58,96<br />
x6<br />
wi<br />
VI
Informações para Arquivo do Registro de Imóveis<br />
(Lei 4.591 - 16/12/64 - Art. 32 c NB 140)<br />
Quadro II - Cálculo das áreas das unidades autônomas<br />
Colunas 19 a 38<br />
Folha<br />
n°2<br />
Local do imóvel<br />
Adotar numeração<br />
seguida do quadro I ao VIII<br />
Total fls.<br />
Nome:<br />
Assinatura:<br />
Data:<br />
Incorporador<br />
Nome:<br />
Assinatura:<br />
Data:<br />
Profissional responsável pelo cálculo<br />
Registro CREA:<br />
Áreas de divisão não-proporcional<br />
Áreas de divisão proporcional<br />
Unklíde<br />
Coberta<br />
padião<br />
Área privativa<br />
Coberta<br />
de padrão<br />
diferente ou<br />
descoberta<br />
Rftil<br />
Rftil<br />
(20+21)<br />
Totais<br />
Equivalente<br />
de<br />
construção<br />
Reconstrução<br />
(20+22)<br />
o<br />
£<br />
2<br />
J<br />
Área de uso comum<br />
Coberta de<br />
|xadrãodiierente<br />
(xj descoberta<br />
Real<br />
Equivalente<br />
de<br />
construção<br />
Real<br />
Totais<br />
(25 + 26)<br />
Oi<br />
construção<br />
(25+27)<br />
Total<br />
área do<br />
construção<br />
'24 + 29)<br />
Coeficiente<br />
de<br />
ixqxrcionalidade<br />
30<br />
130<br />
Coberta<br />
padrão<br />
31 x XI2<br />
Área de uso comum<br />
Coberta de<br />
|xidrão diferente<br />
ou descoberta<br />
Real<br />
31x113<br />
[quivalentede<br />
construção<br />
31xSI4<br />
Real<br />
Totais<br />
(32 + 33)<br />
De<br />
construçõo<br />
(32+34)<br />
Real<br />
(23+28+35)<br />
Areada<br />
unidade<br />
Cfe<br />
construção<br />
(30 +36)<br />
Observações<br />
19 33 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 31 35 36 37 38<br />
101,toi<br />
IQMÍOB<br />
103,59<br />
112,95<br />
10839<br />
9j&1<br />
9.7)<br />
139,93<br />
771<br />
783<br />
91,56<br />
1183<br />
122.74<br />
24832<br />
11630<br />
12078<br />
199,95<br />
-<br />
70\<br />
Vags<br />
1321 661 1321 661<br />
Tolais I 1.437.63 256,51 184.80 1.694,14 1.622,43 - 185,00 92,50 185,00 92,50 1.714,93 1,00 439,81 304,22 142,62 744,03 582,43 2.623.17 2.297,36<br />
Área real global (total da coluna 37); Área de construção global (total coluna 38)<br />
11630<br />
120.78<br />
199,95<br />
661<br />
007168<br />
0XJ7444<br />
0,12324<br />
3153<br />
3274<br />
54,19<br />
2181<br />
22,65<br />
37,46<br />
1022<br />
10,62<br />
17,58<br />
5334<br />
5539<br />
91,65<br />
4175<br />
4336<br />
7177<br />
17157<br />
178,13<br />
339,97<br />
1321<br />
158X5<br />
161,14<br />
271,72<br />
661<br />
x6<br />
x6<br />
xl4
8<br />
Introdução<br />
à Incorporação<br />
Imobiliária Brasileira<br />
O intuito de acrescentar este capítulo tem o sentido de dar uma idéia de como<br />
funciona a incorporação imobiliária e qual a sua importância no Brasil.<br />
Acreditamos que o investimento na área imobiliária brasileira é um dos melhores<br />
e mais seguros do País.<br />
De um modo geral, os valores dos imóveis no Brasil acompanham ou superam<br />
as correções monetárias provenientes da inflação.<br />
Mesmo ao longo de vários planos de estabilização monetária e nos mais variados<br />
estágios políticos que o País atravessou, a propriedade foi sempre respeitada.<br />
Mais ainda, passa a ter um valor mais significativo exatamente pela segurança<br />
que representa.<br />
Estima-se hoje um déficit habitacional superior a dez milhões de habitações.<br />
Se considerarmos que ainda não há um plano habitacional estratégico em execução<br />
para a redução deste déficit a curto prazo e que continua havendo um razoável<br />
crescimento populacional, sem dúvida alguma há um mercado bastante promissor<br />
na área das edificações.<br />
Esta carência de habitações implica uma valorização crescente dos imóveis.<br />
Citamos como exemplo para reflexão uma edificação de pequeno porte, com<br />
10 unidades residenciais e cerca de 2.000 m 2 .<br />
Considere uma equipe média de 40 operários por mês e um custo de construção<br />
global estimado da obra de R$ 2.000.000,00 e que serão consumidos mais de 500<br />
diferentes insumos (materiais, equipamentos e ferramentas de construção) com<br />
variáveis quantidades.<br />
Com este quadro, dá para se ter uma idéia da importância econômica e social:<br />
- Pela absorção de mão-de-obra e conseqüentemente o número de famílias a<br />
serem sustentadas.<br />
- Pelo movimento industrial dos mais diversos setores da construção, gerando<br />
produtos, impostos e mais uma vez absorvendo um contingente razoável de<br />
mão-de-obra.
- Pelo crescimento econômico da região, através deste magnífíco movimento<br />
financeiro.<br />
- Pela criação de novas habitações, em geral de boa qualidade, oferecendo o<br />
que há de mais moderno para melhorar a qualidade de vida dos habitantes da<br />
região.<br />
- Finalmente, proporcionando lucratividade aos investidores do empreendimento,<br />
que terão motivação para novos investimentos.<br />
Em relação às incorporações imobiliárias, podemos citar, entre outros, os seguintes<br />
aspectos que devem ser levados em conta, para o seu sucesso:<br />
1 - Criação da empresa incorporadora.<br />
2 - Compra do terreno.<br />
3 - Estudo do projeto.<br />
4 - Estudo de viabilidade econômica do empreendimento.<br />
5 - Elaboração de documentação técnica e jurídica do empreendimento.<br />
6 - Construção do empreendimento<br />
7 - Gerenciamento do empreendimento.<br />
8 - Venda do empreendimento.<br />
9 - Entrega dos imóveis.<br />
10 - Análise dos resultados.<br />
1 - CRIAÇÃO DA EMPRESA INCORPORADORA<br />
A partir do momento em que exista a certeza do investimento na área imobiliária<br />
através de um empreendimento definido, é necessário que se processe a<br />
parte legal para a incorporação.<br />
Sugerimos que seja feito por profissionais experientes e tradicionais do mercado, no<br />
sentido de se levar em conta as reais necessidades e flexibilidade que possam vir a<br />
compor as áreas de atuação da empresa.<br />
É usual que os futuros contadores da empresa preparem o contrato social, levando-se<br />
em conta os diversos aspectos de participação imobiliária.<br />
A escolha dos parceiros para uma sociedade nesta área é fundamental. Nunca<br />
é demais lembrar que se trata de uma empresa em que os investimentos a serem<br />
aplicados são bastante consideráveis e os ganhos de investimentos podem ser de<br />
médio a longo prazo. O perfil do investidor, a capacidade de investimentos, os<br />
objetivos comuns dos sócios são alguns dos elementos a serem considerados.
2 - COMPRA DO TERRENO<br />
A compra do terreno é sem dúvida o primeiro passo efetivo para empreender<br />
um projeto.<br />
Para os investidores muitas vezes a prioridade de uma edificação não está<br />
exatamente no tipo do empreendimento a ser edificado, mas o retorno que ele<br />
poderá oferecer.<br />
Para qualquer dos tipos, a escolha do terreno requer um cuidado "absoluto". O sucesso<br />
do empreendimento também vai depender da escolha e da compra do terreno.<br />
Sugerimos que a procura e a compra do terreno sejam feitas com a assessoria<br />
de empresas corretoras de imóveis tradicionais, com um bom nome no mercado.<br />
Obviamente, as compras de terrenos podem ser feitas diretamente com os proprietários<br />
ou por meio de pequenos corretores e ser bem-sucedidas.<br />
Acreditamos que através de empresas tradicionais no mercado os riscos técnicos<br />
e jurídicos são minimizados, principalmente para as empresas incorporadoras<br />
que estejam iniciando neste mercado.<br />
Entendemos como boa compra a escolha de um terreno bem localizado, em<br />
solo de boa qualidade para a construção, junto a boa vizinhança, em área adequada<br />
ao projeto que se quer empreender e a um custo igual ou inferior ao do mercado<br />
em questão.<br />
É importante uma pesquisa de mercado com algumas corretoras da região ou<br />
consultas pessoais, para se ter uma noção razoável dos preços dos terrenos da<br />
região.<br />
3 - ESTUDO DO PROJETO<br />
Uma vez escolhido o terreno, é importante a elaboração do projeto arquitetônico<br />
e sua aprovação junto aos órgãos competentes.<br />
Em muitos casos, a escolha do terreno e o estudo do projeto caminham juntos.<br />
Para a possível compra do terreno, é usual solicitar a um projetista arquitetônico<br />
que faça um estudo do que poderá ser edificado.<br />
Qualquer que seja o caso, mais uma vez sugerimos a utilização de profissionais<br />
gabaritados com experiência profissional do mercado em questão.<br />
É importante o conhecimento do código de obras da região para maximizar a<br />
utilização das áreas a serem construídas e das áreas das unidades privativas e<br />
minimizar as deficiências do projeto, tanto na questão da legislação como nas<br />
questões práticas para a execução da obra.
4 - ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA DO EMPREENDIMENTO<br />
De posse do estudo do projeto arquitetônico, do terreno em questão ou opção<br />
para a sua compra, é preciso elaborar um estudo de viabilidade econômica do<br />
empreendimento, para que os incorporadores tenham a dimensão exata das despesas,<br />
riscos e margem de lucratividade do empreendimento.<br />
Esta talvez seja a fase mais importante do processo, pois é nela que será decidido<br />
o destino do empreendimento.<br />
Consideramos como principais variáveis para a viabilidade do empreendimento:<br />
Despesas:<br />
- Custo do terreno.<br />
- Custo do projeto e viabilidade econômica.<br />
- Custos da construção.<br />
- Custo de venda (lançamento, corretagem).<br />
- Custos financeiros por empréstimos ou financiamentos.<br />
- Despesas jurídicas, impostos e taxas.<br />
- Despesas administrativas da construção e das vendas.<br />
Receitas:<br />
-Venda das unidades do empreendimento.<br />
Algumas metodologias são usadas nas análises de viabilidade de um empreendimento.<br />
Podemos citar:<br />
- Percentual do valor do lucro em relação ao valor do terreno.<br />
- Percentual do valor do lucro em relação ao valor das despesas do empreendimento.<br />
-Valor do lucro em relação ao número de meses de duração do empreendimento.<br />
- Renda mensal decorrente da locação do empreendimento pronto.<br />
- Percentual da renda mensal total em relação às despesas do empreendimento.<br />
- Percentual dos lucros em relação aos recursos próprios alocados.<br />
Cada empreendedor tem sua maneira de analisar a viabilidade do empreendimento<br />
e suas margens mínimas de lucratividade.<br />
Muitas vezes esses empreendedores comparam os resultados com os outros<br />
tipos de investimento, não necessariamente na área imobiliária.
Um fator extremamente importante na viabilidade econômica são as condições<br />
de venda do empreendimento e de pagamentos e a época da venda.<br />
Isto porque no estudo de viabilidade econômica é feita uma projeção de custeio<br />
ao longo do tempo e também das receitas. Um empreendimento pode dar resultados<br />
conservadores, caso tudo se confirme como o previsto em planejamento.<br />
Podemos obter resultados absolutamente surpreendentes, quando se lançam à<br />
venda as unidades de um bom projeto, em condições financeiras favoráveis ao<br />
mercado, ainda na fase inicial ou até mesmo antes do início do empreendimento.<br />
Um fluxo de caixa bem elaborado, em casos de vendas bem-sucedidas, possibilita<br />
um desembolso muito reduzido dos recursos próprios, resultando em<br />
lucratividades altas na análise de lucros obtidos pelos recursos próprios alocados.<br />
Para o estudo de viabilidade é importante a participação conjunta dos profissionais<br />
envolvidos diretamente com o empreendimento, tais como:<br />
- Incorporadores.<br />
- Escritório de arquitetura.<br />
- Escritório de planejamento e gerenciamento.<br />
- Escritório de promoção e propaganda.<br />
- Escritório cie vendas.<br />
- Escritório jurídico.<br />
5 - ELABORAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA E JURÍDICA DO<br />
EMPREENDIMENTO<br />
Com relação à parte técnica, deve ser providenciado todo o planejamento<br />
técnico da obra, tais como orçamento detalhado da obra, cronograma físico-financeiro,<br />
cronograma descritivo das atividades e demais relatórios afins.<br />
Nesta fase todos os projetos deverão estar completos: projetos de arquitetura, cálculo<br />
estrutural, instalações, instalações especiais, especificações de acabamento.<br />
Deve-se preparar a estrutura necessária para os lançamentos gerenciais das despesas<br />
e receitas do empreendimento segundo o plano de contas, que resultarão em<br />
relatórios analíticos (controle cie insumos e financeiro) para a contabilização da obra.<br />
Quanto aos aspectos jurídicos, podemos citar a elaboração da NBR 12721, o<br />
contrato cie construção, os contratos para a incorporação (parcerias), convenção<br />
de condomínio e as certidões negativas pelos órgãos competentes.<br />
Enfatizamos a importância de cada documentação jurídica, como forma de<br />
clareza no negócio e prevenção para não ocorrerem surpresas inesperadas e muitas<br />
vezes sérias ao longo do empreendimento ou após a sua conclusão.
Mais uma vez mencionamos a necessidade de profissionais tradicionais e<br />
gabaritados, que estejam acostumados à elaboração da documentação e conheçam<br />
bem os "detalhes sutis".<br />
Esta é uma área em que algumas vezes vimos o barato sair caro e o caro sair<br />
barato. Profissionais gabaritados podem apresentar honorários mais caros, mas podem<br />
redundar em economia para o empreendimento.<br />
Muitas vezes, profissionais menos preparados podem custar mais barato inicialmente,<br />
podendo acarretar fortes dores de cabeça ou consideráveis prejuízos. Esta<br />
ressalva serve tanto para o aspecto técnico quanto para o jurídico.<br />
6 - CONSTRUÇÃO DO EMPREENDIMENTO<br />
Os empreendimentos são executados em geral sob duas formas:<br />
(a) - A construção a preço de custo, em que uma construtora é contratada por<br />
meio de boas indicações do mercado ou por conhecimento anterior de algum dos<br />
incorporadores.<br />
Ela administra todos os materiais, mão-de-obra, equipamentos e ferramentas<br />
do empreendimento. Obedece aos projetos apresentados e se remunera usualmente<br />
por uma porcentagem dos custos diretos da obra.<br />
Faz uma prestação de contas mensal, ou quinzenal, em que apresenta todas as<br />
receitas oriundas das incorporadoras, a pasta com todas as notas fiscais e as faturas<br />
dos pagamentos efetuados no mês em questão e o saldo resultante no final do mês.<br />
O incorporador assina com a construtora um contrato de construção, no qual constam<br />
as cláusulas principais que envolvem as operações da construção civil, no sentido<br />
de se definir as responsabilidades de ambas as partes, agindo com transparência nas<br />
atitudes e diminuindo as possíveis dúvidas para evitar problemas no futuro.<br />
Prazo de execução, formas de liberação de verbas, formas de compras e<br />
contratações, autorização de representantes dos incorporadores, formas de prestações<br />
de contas, responsabilidade do construtor, multas por não-cumprimento de<br />
etapas, entre outras, fazem parte integrante do contrato de construção.<br />
(b) - A construção por empreitada global, em que é feita uma licitação com<br />
várias construtoras tradicionais do mercado com base em todos os projetos já<br />
definidos, as especificações de acabamentos completas, a situação jurídica do<br />
terreno legalizada e a licença da obra liberada.<br />
Após a análise técnica, jurídica e financeira das concorrentes, é escolhida a<br />
vencedora, que garante a execução do empreendimento a um prazo e custo pre-
viamente definidos, com seu desembolso efetuado ao longo do cronograma de<br />
execução da obra.<br />
Também haverá um contrato de construção, que deverá ser elaborado em<br />
conjunto com engenheiro e advogado que mil item nesta área, a fim de garantir<br />
todos os aspectos técnicos e jurídicos, para que antes, durante e depois do empreendimento<br />
concluído todos os integrantes do contrato tenham seus direitos e<br />
obrigações claramente caracterizados.<br />
7 - GERENCIAMENTO DO EMPREENDIMENTO<br />
Trata-se da empresa que será a representante técnica dos incorporadores<br />
junto à construtora. Em geral, ela inicia a sua participação ainda na fase da<br />
elaboração dos projetos, prestando toda a sua experiência nos detalhes construtivos,<br />
nas especificações de acabamento da obra, na implantação do canteiro<br />
da obra, entre outros.<br />
Colaborará na elaboração do contrato de construção, na abertura e análise da<br />
licitação e na decisão da empresa que construirá a obra.<br />
Finalmente, fará o acompanhamento físico-financeiro da obra. Prestará todas as<br />
informações aos incorporadores através de relatórios gerenciais em que constarão<br />
dados desde compras de insumos, estoques, mão-de-obra (quantidades e custos),<br />
situação física cios diversos serviços de construção através de planilhas e fotografias,<br />
situação das receitas, despesas e contrato dos diversos serviços de construção.<br />
No caso de obras por empreitada global, responcJe pela planilha física e financeira<br />
periódica da obra para a liberação das parcelas devidas à construtora, sempre<br />
de acordo com o descrito no contrato de construção.<br />
Sem dúvida, é na fase de andamento da obra que começam a aparecer os<br />
problemas de relacionamento entre incorporadores e construtores.<br />
Cabe à empresa gerenciadora, representante legítima dos incorporadores, utilizar<br />
sempre o bom senso e principalmente o profissionalismo para resolver os problemas.<br />
Costumamos afirmar que quanto mais detalhado o projeto, mais definidas as<br />
especificações e mais completo o contrato de construção, menos problemas ocorrerão<br />
ao longo da obra.<br />
Cabe ainda à empresa gerenciadora ter uma postura isenta e profissional,<br />
antevendo os possíveis problemas para buscar as soluções.<br />
Um cios maiores problemas, sem dúvida, são as modificações do projeto original.<br />
É quando se criam as primeiras possibilidades para a construtora pleitear acréscimo<br />
no custo previsto.
Insistimos que cabe à gerenciadora lutar para que sejam mínimas tais modificações<br />
e, quando estas virem a ocorrer, utilizar junto aos construtores os mesmos<br />
critérios de cobrança efetuados na planilha de custos da empresa, quando ainda<br />
da época da licitação.<br />
8 - VENDA DO EMPREENDIMENTO<br />
Um empreendimento da construção civil envolve na maioria dos casos investimentos<br />
muito altos.<br />
Acreditamos que para serem bem-sucedidos tais empreendimentos devam ser trabalhados<br />
de maneira extremamente profissional.<br />
No caso de vendas do empreendimento, não poderia ser diferente. Deve-se trabalhar<br />
com empresas tradicionais do mercado, renomadas, que tenham estrutura para<br />
suportar a capacidade cie vencia necessária.<br />
Muitos empreendimentos hoje em dia distribuem suas vendas com mais de uma<br />
empresa imobiliária. Além de aumentar a perspectiva de vendas, tais empresas têm<br />
carteira de bons investidores, o que permite boa alavancagem de vendas.<br />
Trata-se também de criar uma espécie de competição positiva, em que todos<br />
têm a ganhar.<br />
Pi\ra a obtenção de uma tabela de vendas realista é preciso uma boa pesquisa<br />
mercadológica.<br />
O perfil dos futuros compradores, o preço unitário de vendas do mercado, as mercadorias<br />
em oferta, a localização do empreendimento, as áreas das unidades e das<br />
partes comuns do empreendimento, as áreas de lazer, o número de vagas de garagem,<br />
entre outros, são alguns dos aspectos a serem considerados.<br />
Ao se trabalhar com empresas imobiliárias tradicionais do mercado, praticamente<br />
já se terá estas informações, comuns a essas empresas.<br />
9 - ENTREGA DOS IMÓVEIS<br />
Muitas empresas não dão o devido valor ao momento da entrega dos imóveis.<br />
Consideramos que o ato da entrega deve ser cuidadoso e atencioso. É o<br />
momento da realização do sonho de cada comprador ou investidor da mercadoria<br />
comprada.<br />
É quando se fará mais um cliente em potencial para as futuras realizações e,<br />
além dele, certamente seus amigos e parentes tomarão conhecimento e visitarão<br />
os imóveis. Estes poderão se tornar clientes em potencial.<br />
Acreditamos que junto com as chaves deve ser entregue ao proprietário do imóvel
uma pasta orientativa, um manual do proprietário/usuário, com orientações gerais<br />
sobre o funcionamento do imóvel.<br />
Deve-se enfatizar a utilização e verificação das instalações elétricas, hidráulicas,<br />
de esgoto, telefone, da manutenção das portas e janelas, conservação de pisos e<br />
paredes, de possíveis economias com eletricidade, entre outros.<br />
Deve-se anexar ainda a convenção de condomínio, que deverá enfatizar os itens<br />
mais importantes, até mesmo por meio de exemplos práticos.<br />
10-ANÁLISE DOS RESULTADOS<br />
É quando os empreendedores farão seu fechamento financeiro e a análise dos<br />
resultados obtidos pelo empreendimento.<br />
Deve-se tomar cuidado com esta análise, para que os custeios sejam alocados nos<br />
respectivos itens. Na verdade deverá ser feito um paralelo entre a viabilidade financeira<br />
antes do início do empreendimento e os custeios reais ocorridos.<br />
Com base neste paralelo, os empresários terão uma visão global do que foi previsto<br />
e o que foi realizado.<br />
É neste momento que se cria a perspectiva de novos negócios, através da motivação<br />
dos empresários que foram bem-sucedidos no seu negócio, ou se perdem investimentos<br />
futuros, em função da frustração de empreendimentos malsucedidos.<br />
Alertamos para o aprofundamento da análise de resultados. Muitas vezes eles se<br />
apresentam camuflados em função de um momento de mercado. Outras vezes,<br />
criam-se perspectivas bem melhores num prazo médio ou longo. Não são poucas as<br />
variáveis para uma boa análise.<br />
OBSERVAÇÕES FINAIS<br />
Com a bagagem de militarmos nesta área por cerca de 29 anos e de muita participação<br />
em gerenciamento e incorporações imobiliárias, podemos afirmar que o investimento<br />
imobiliário é um dos melhores e mais seguros investimentos do País.<br />
Como destaques de necessidade e importância, temos:<br />
O déficit habitacional, o crescimento populacional, a necessidade de crescimento<br />
econômico do País nos próximos anos, a legislação e a história da política nacional<br />
quanto à garantia da propriedade privada. Citamos ainda o permanente desejo do ser<br />
humano de melhoria das condições de vida e de moradia e o crescente nível de<br />
investimento de moedas estrangeiras no País.<br />
Tudo isso indica e até garante que projetos bem elaborados tecnicamente, com<br />
estudos de mercado adequados, serão investimentos com alto grau de segurança e<br />
retorno em curto, médio ou longo prazo.
9<br />
Introdução<br />
ao Gerenciamento<br />
das Edificações<br />
A cada dia, torna-se mais importante o papel do gerenciamento em empreendimentos<br />
imobiliários. Seja para obras no sistema de preço de custo, seja por empreitada<br />
global, a participação do gerenciador junto aos investidores possibilita uma<br />
transparência das informações técnicas e financeiras, intermediando a relação dos<br />
investidores com a construtora. Permite ainda avaliações permanentes da performance<br />
física e financeira da obra, intervindo de maneira positiva para a melhoria da qualidade,<br />
no cumprimento dos prazos e barateamento cios custos. Aos construtores,<br />
exerce um trabalho de controle e gestão, que quando entendido sob a forma de<br />
parceria cria benefícios inclusive para a construtora, pois com a organização das<br />
informações, o acompanhamento dos serviços e as avaliações periódicas, induz a<br />
uma maior eficiência e organização para a execução do produto e conseqüentemente<br />
da empresa.<br />
Podemos destacar como sendo co-responsabilidade da empresa gerenciadora as<br />
atividades descritas em três fases do empreendimento:<br />
1 a fase: Viabilidade econômica e planejamento técnico da edificação, em que<br />
destacamos:<br />
- Projeto de custos;<br />
- Carta-convite e documentação técnica para licitação;<br />
- Contrato de construção.<br />
2 a fase: Produção da edificação, em que destacamos:<br />
- Gestão física e financeira da edificação;<br />
- Gestão da qualidade da construção;<br />
- Relatório gerencial físico-financeiro;<br />
- Relatório gerencial da qualidade da construção.
3 a fase: Conclusão da obra, em que destacamos:<br />
- Entrega do empreendimento;<br />
- Avaliação dos resultados.<br />
1 a FASE: VIABILIDADE E PLANEJAMENTO DA EDIFICAÇÃO<br />
(a) Projeto de custos:<br />
É tecnicamente interessante que a empresa gerenciadora elabore o projeto de custos,<br />
com base nos projetos completos de arquitetura, cálculo estrutural, instalações, nos<br />
projetos especiais e no memorial descritivo completo. O projeto de custos (orçamento<br />
detalhado, cronograma tísico-financeiro, programação de compras e contratações), neste<br />
caso, servirá de base para a licitação em caso de a obra ser contratada sob a forma de<br />
empreitada global, ou referência para todo o acompanhamento da obra, no caso de<br />
contratação da construtora sob a forma de preço de custo.<br />
(b) Carta-convite e documentação técnica para licitação:<br />
Em caso de a obra ser contratada sob a forma de empreitada global, pode caber<br />
à gerenciadora a co-responsabilidade do preparo da carta-convite e da documentação<br />
técnica para a execução da licitação, em que podemos destacar como documentos<br />
relevantes os projetos completos, o memorial descritivo, minuta do contrato<br />
de construção, relação dos documentos técnicos, jurídicos, fiscais, bancários e<br />
contábeis, currículo da empresa e dos diretores, entre outros.<br />
(c) Contrato de construção:<br />
Com base na experiência do gerenciador, seja do ponto de vista da construção<br />
por administração ou por empreitada, entendemos como importante a sua participação<br />
na elaboração do contrato, enfatizando pontos que podem se tornar polêmicos<br />
se não forem destacados antes da assinatura do contrato, como por exemplo:<br />
- A equipe operacional que fará parte da obra, tais como apontador, vigia,<br />
guincheiro, mestre.<br />
- O engenheiro residente ou supervisor, em que algumas empresas incluem o<br />
profissional no custo da obra, e em alguns casos consideram também para fins<br />
de remuneração da construtora.<br />
- A remuneração da construtora sobre custos que consideramos indiretos, tais<br />
como IPTU, despesas contábeis, despesas jurídicas e legais, entre outras. Enten-
demos que a remuneração da construtora se justifica sobre os custos diretos da<br />
obra. Os custos indiretos elevem ser avaliados a cada caso.<br />
- O valor total do orçamento da obra, o cronograma físico-financeiro, o fator de ajuste<br />
inflacionário e a apresentação de relatórios periódicos que avaliem a previsão.<br />
- A pré-fixação do limite de remuneração da construtora em função do orçamento<br />
previsto.<br />
- O percentual a ser aplicado de encargos sociais sobre a mão-de-obra.<br />
2 a FASE: PRODUÇÃO<br />
Nesta fase, o papel do gerenciamento é permanente, ou seja, acompanha diariamente<br />
a obra no seu aspecto físico-financeiro.<br />
Recomendamos que a empresa gerenciadora tenha um preposto na obra, com a<br />
responsabilidade de acompanhar junto aos responsáveis da construtora:<br />
(a) Recebimentos dos materiais, quanto à quantidade, qualidade, transporte e<br />
estocagem na obra.<br />
(b) Conferência das notas fiscais relativas às quantidades, preços unitários e<br />
totais, condições de pagamento e reajustamento.<br />
(c) Conferência das folhas de pagamento dos operários, os salários-hora, as horas<br />
normais e as extras e o total da folha de pagamento.<br />
(d) Conferência das faturas dos empreiteiros, com base nos levantamentos de<br />
quantidades, preços unitários dos contratos e o total a ser pago. Avaliação dos<br />
cálculos dos descontos e impostos a serem retidos.<br />
(e) Avaliação física da obra (anexo 1), em que os serviços mais relevantes do<br />
ponto de vista físico-financeiro serão avaliados para o cálculo do percentual<br />
físico executado até o período e que constará do relatório gerencial da obra, em<br />
comparação com a avaliação financeira.<br />
(f) Anal isar ciando seu parecer para aos fechamentos de todas as compras e contratações<br />
da edificação, com base nas licitações enviadas pela construtora, por e-mail ou fax,<br />
em comparação com o orçamento atualizado e de preços do mercado de construção.<br />
Sempre que possível deve-se recomendar outras empresas, fornecedores ou<br />
empreiteiros tradicionais no mercado da construção para serem incluídos na licitação.<br />
Além de possibilitar uma licitação mais transparente e independente, permite<br />
um possível barateamento da construção com serviços de qualidade.
(g) No encerramento do período, cabe à construtora enviar as pastas de contas à<br />
gerenciadora para que ela possa analisá-las e dar seu parecer e fazer comentários<br />
que sejam pertinentes às receitas e despesas do empreendimento.<br />
Todos os documentos constantes da pasta de contas devem conter o visto do<br />
preposto da gerenciadora, caracterizando, portanto, que os documentos foram<br />
conferidos na obra antes de seus pagamentos.<br />
(h) Emitir um relatório gerencial mensal, no qual é abordada de forma lógica e<br />
objetiva a performance física e financeira. Inclui uma projeção para o final de obra,<br />
considerando seus aspectos positivos e negativos encontrados até a data (anexo 2).<br />
3 a FASE: TÉRMINO DA OBRA<br />
a) Entrega do empreendimento:<br />
É o momento da conclusão e da realização do projeto do investidor ou do morador.<br />
É recomendável a elaboração prévia de uma lista de checagem para conferência<br />
dos equipamentos e qualidade do produto, junto com a construtora. Uma vez<br />
completa e conferida, é feita a vistoria da unidade privativa, com o proprietário,<br />
para que seja efetivado o recebimento, sem qualquer tipo de exigência, ou indicados<br />
os problemas para serem sanados de imediato.<br />
b) Avaliação dos resultados:<br />
Concluído o empreendimento, mesmo que ainda haja recebimentos ou vendas<br />
a serem efetuados, recomendamos a avaliação dos resultados com base nos dados<br />
de receitas e despesas do momento, e de suas projeções futuras, em comparação<br />
aos estudos efetuados na viabilidade do empreendimento.<br />
É neste momento que os resultados influenciarão os investidores a continuarem<br />
a empreender, aumentar o montante a ser investido, reduzir ou até mesmo desistir<br />
de futuros investimentos imobiliários.<br />
O gerenciador, juntamente com a construtora, tem o papel de identificai a cada<br />
momento a situação do empreendimento, interferindo e tomando decisões que possam<br />
aumentar a sua viabilidade.<br />
Lembramos que os investimentos em empreendimentos imobiliários são uns<br />
dos mais seguros do País, gerando riqueza real, além de possibilitar a criação<br />
expressiva de empregos para mão-de-obra especializada e nâo-especializada.
ANEXO 1 - PERCENTUAL FÍSICO DA OBRA<br />
No quadro anexo, apresentamos a avaliação física de uma obra, na qual constam<br />
os seguintes elementos:<br />
- itens e serviços correspondentes à obra;<br />
- pesos percentuais dos custos dos serviços em relação ao custo total da obra;<br />
- percentual físico dos últimos três meses da obra;<br />
- pesos representativos de cada serviço, levando em conta os percentuais executados<br />
do último mês, multiplicado pelo peso percentual do custo do serviço.<br />
A soma de todos os pesos representativos dos serviços leva ao percentual físico<br />
da obra, no mês em referência.<br />
Considerações sobre a avaliação física:<br />
- Projetos: Considerando que o cálculo do seu percentual é a multiplicação do<br />
seu peso financeiro representativo pelo percentual executado, neste caso, seu<br />
percentual pode ser avaliado pelos desenvolvimentos dos projetos ou pelos gastos<br />
efetuados neste item.<br />
- Instalações da obra: O percentual físico pode ser avaliado pelos serviços executados<br />
no canteiro da obra, de acordo com os respectivos itens orçamentários.<br />
- Serviços gerais: Os serviços deste item, em geral, estão de acordo com o prazo da<br />
obra e com o cronograma físico-financeiro, pois se trata geralmente da equipe técnica<br />
e de despesas operacionais da obra. Neste caso, a avaliação se dá pelo cronograma<br />
ou pela proporcionalidade cio prazo cumprido em relação ao prazo total da obra.<br />
- Elevador: Em geral, os pagamentos são feitos antes da montagem do equipamento<br />
na obra. Recomendamos em especial, neste caso, que a avaliação física<br />
leve em conta os pagamentos, uma vez que se trata de valores expressivos e<br />
elevem expressar um percentual ao longo do tempo.<br />
- Demais serviços: A avaliação física leva em conta a quantidade executada<br />
do serviço em relação ao total previsto. Os percentuais dos serviços dentro de<br />
um mesmo item, como fôrma, armação e concreto, e dentro do item supraestrutura,<br />
devem ser considerados com base nos valores e pesos previstos em<br />
orçamento, em relação ao total do item.<br />
Nesta avaliação, consta ainda uma análise comparativa do percentual físico<br />
encontrado em relação ao previsto no cronograma, enfocando adiantamento ou<br />
atraso em dias corridos.
Percentagem física da obra: Novembro 03 - Data de medição: 1/12/2003. ANEXO 1<br />
OBRA : PERCENTAGEM FÍSICA Setembro Outubro Novembro<br />
ITENS SERVIÇOS PESO % % % TOTAL<br />
PROIFTOS 4.40 80.00 81.00 81.00 3 56<br />
INSTAI.ACÒES DA OBRA 3 98 60.00 62.00 65.65 2.61<br />
SFRVIÇOS CIFRAIS 22.42 38.68 47.91 51.91 1 1.64<br />
TRABAI NOS FM TFRRA 0.82 99.00 99.00 1 00.00 0.82<br />
INFRA-ESTRUTURA 6.73 100.00 100.00 100.00 6.73<br />
SUPRA-FSTRUTURA 13.28 100.00 100.00 100.00 13.28<br />
PAREDES F PAINÉIS AIVFNARIA 3 0? 93 00 98.00 98.00 2.96<br />
ESQUADRIAS DF MADEIRA 1.26 0.00<br />
ESQUADRIAS MFTÁI ICAS 4 07 10.00 25 00 25 00 1 02<br />
EERRACFNS 0.28 0.00<br />
VIDROS 1.35 0.00<br />
rOBFRTURAS F PROTEÇÕES TFI HA DO 0.20 1 00.00 0.20<br />
IMPERMEABILIZAÇÃO 2 82 21 00 48.00 82.00 2.31<br />
REVESTIMENTO F PINTURA REVESTIMENTO INTERNO 1 45 12.00 30.00 39.00 0.57<br />
RFVFSTIMFNTO FXTFRNO 3.53 36.00 1.27<br />
A/L II FIOS/FÕRMICAS 1 95 4000 83 00 1 62<br />
ESPECIAIS 7 5? 8.00 0.20<br />
PINTURA 7 73 0 00<br />
PAVIMFNTACÕFS TACOS F TAPFTFS 1.21 0.00<br />
CERÂMICAS 2.04 6.00 6.00 0.12<br />
OUTROS 3.1
ANEXO 2 - ANÁLISE FÍSICO-FINANCEIRA DA CONSTRUÇÃO<br />
O objetivo deste relatório gerencial é apresentar de forma sucinta uma posição<br />
físico-financeira do empreendimento, com base no mês mais recente das informações,<br />
para que os investidores e a construtora conheçam o desempenho geral dos<br />
custos do empreendimento.<br />
Segundo o quadro anexo, temos:<br />
1 - Análise financeira global:<br />
A análise enfoca o orçamento inicial do empreendimento e a variação inflacionária<br />
dos custos de construção com base nos custos unitários básicos do Sindicato<br />
da Construção. Considera ainda o saldo a pagar até o final da obra, levando em conta<br />
a aplicação dos ajustes orçamentários pela variação inflacionária ou por re-orçamentos.<br />
Informa também o prazo final previsto para a conclusão do empreendimento segundo<br />
o cronograma previsto em planejamento.<br />
2 - Análise física da obra:<br />
Apresenta uma comparação física em relação ao cronograma, pelas informações<br />
apresentadas no item 1 deste relatório, e na avaliação dos percentuais físicos,<br />
segundo o anexo 1.<br />
3 - Conclusão:<br />
É avaliada a situação físico-financeira, assim como sugeridas medidas a serem<br />
tomadas para um melhor posicionamento da gestão do empreendimento.
ANEXO 2<br />
RIO Df JANEIRO, 10 dc janeiro dc 2004<br />
Obra: NOVEMBRO DE 2003<br />
ASSUNTO: Análise físico-financeira da obra:<br />
1 - Análise Financeira Global:<br />
a - Orçamento Inicial (janeiro 2003): RS 1.576.728,58 ou 2.429,96 CUBs<br />
Custo Unitário Básico - Sindiscon RJ (Jan./03): 648,87<br />
Custo Unitário Básico Sinduscon RJ (Nov./03): 738,12<br />
VARIAÇÃO INFI.ACIONÁRIA (NOVEMBRO 03/JANEIRO 03): 13,75%<br />
b - Cálculo do saldo a pagar de 1/12/2003 até o final da obra (Julho/04) :<br />
Previsão orçamentária dos custos diretos da obra:<br />
Gastos diretos até 30/11/03:<br />
Saldo a gastar de dezembro/03 até julho/04:<br />
RS 1.576.728,58<br />
R$ 932.956,27<br />
RS 643.772,31<br />
0,00%<br />
59,17%<br />
40,83%<br />
Prazo de Conclusão da Obra: 8 meses para término da obra (julho de 2004)<br />
baseado no orçamento de janeiro de 2003<br />
A confirmar pelo relatório de novembro de 2003 da construtora<br />
Sem levar em conta a variação inflacionária no período de<br />
janeiro/03 a novembro/03 correspondente a 13,75%<br />
2 - Análise Física da Obra:<br />
- Segundo o cronograma físico-financeiro, em 30 de novembro de 2003 a obra deveria apresentar um percentual de 53,84% para uma arrecadação total de RS 848.914,34.<br />
A obra apresenta um percentual de 58,24% em 1/12/2003 para um gasto direto de RS 932.956,27 até 30/11/2003.<br />
A ser confirmado com o relatório de novembro de 2003 da construtora.<br />
3 - Conclusão:<br />
- A obra se apresenta adiantada em cerca de vinte e um dias, em relação ao cronograma físico-financeiro.<br />
- Recomendamos que os aportes sejam ajustados levando-se em conta a inflação de construção, para que o andamento físico-financeiro não<br />
seja comprometidos ao longo do tempo.
INTRODUÇÃO AO PLANEJAMENTO E CONTROLE<br />
DE CUSTOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL BRASILEIRA<br />
O objetivo deste livro é fornecer ao leitor subsídios básicos e<br />
práticos na área de planejamento e controle de custos na<br />
construção civil.<br />
Para o sucesso de um empreendimento é fundamental o seu<br />
planejamento através de um estudo de viabilidade econômica, do<br />
desenvolvimento de orçamento detalhado da obra e da<br />
elaboração de cronogramas que sirvam de parâmetros para um<br />
acompanhamento físico-financeiro.<br />
Da mesma forma o acompanhamento e o gerenciamento são<br />
fundamentais para que a obra tenha uma performance adequada,<br />
de acordo com o previsto pelo planejamento.<br />
Este livro é de grande utilidade para engenheiros, arquitetos,<br />
estudantes, técnicos de edificações e investidores que atuam no<br />
ramo da construção civil.<br />
Os capítulos foram elaborados de forma didática, com exemplos<br />
práticos para a consolidação dos conceitos desenvolvidos.