TCC COMPLETO - CCS - Universidade Federal da Paraíba

de remoção de terceiros molares inferiores inclusos, visando observar a relação
destes com o canal mandibular, entretanto, Monaco (2004), Nakamori et al. (2008),
Ohman et al. (2006), Gomes et al. (2008) e Jhamb et al., (2009) afirmam que, devido
a natureza bidimensional e a presença de distorções na radiografia panorâmica, esta
deveria ser substituída por uma tomografia computadorizada, pois assim obterá uma
análise tridimensional mais precisa da relação dos ápices radiculares dos terceiros
molares inferiores com o canal mandibular.
Segundo Gomes et al. (2008), a freqüência de danos temporários ao nervo
alveolar inferior em exodontias de terceiros molares inferiores inclusos é de 0,5% a
5,3%, porém Tay e Go (2004) e Rosa Escobar e Brusco (2007) relatam que este
índice está entre 0,4% e 8,4%, aproximando-se bastante dos valores relatados por
Renton et al. (2003), de 0,4% a 8,1%.
De acordo com Sedaghatfar, August e Dodson (2005), Queral-Godoy et al.
(2005), Gomes et al. (2008) e Hull et al. (2006), a incidência de injúrias permanentes
ao nervo alveolar inferior em decorrência de cirurgias de remoção de terceiros
molares inferiores inclusos não ultrapassam 1% dos casos. Entretanto Renton et al.
(2003) afirmam que danos permanentes ao nervo alveolar inferior ocorrem de 0,01%
a 3,6% dos casos.
Segundo Rosa, Escobar e Brusco (2007) a impactação dental horizontal
possui maior incidência de danos ao nervo alveolar inferior. Contudo, a parestesia
do nervo alveolar inferior é evitável e diretamente relacionada com a técnica
operatória utilizada e da relação anatômica do nervo às estruturas adjacentes.
Segundo Hillerup e Jensen (2006), Prado (2004), Robinson et al. (2004) e
Ziccardi e Zuninga (2007), o fato do nervo alveolar inferior se encontrar retido no
interior do canal mandibular favorece substancialmente a reparação tecidual, na
grande maioria dos casos (96%), ocorrendo de forma espontânea em até 24 meses.
E ainda segundo Epelbaum (2007), a formação do coágulo sangüíneo organizado é
muito vantajosa para o processo de proliferação das células ósseas, nervosas e
tecido fibroso conectivo, o que torna a proteção oferecida pelo canal mandibular
ainda mais relevante.
Pacientes com idade avançada são vistos por Queral-Godoy et al. (2005) e
Chuang et al. (2007) como portadores de maior risco de danos ao nervo alveolar
inferior, e ainda possuem menor capacidade de regeneração nervosa periférica e
pobre recuperação frente à osteotomia.