TCC COMPLETO - CCS - Universidade Federal da Paraíba

Como os terceiros molares são os últimos dentes a erupcionarem na cavidade
bucal, estes apresentam os maiores índices de impactação. Durante toda história da
Odontologia, sempre houve discussão em relação à necessidade de extração de
dentes inclusos ou impactados e o melhor momento para realizá-la. (BOULOUX,
STEED e PERCIACCANTE, 2007; BUI; SELDIN e DODSON, 2003; DE FREITAS,
2006; DE OLIVEIRA et al., 2006; DE FREITAS, 2006; MARCIANI, 2007;
NOGUEIRA, 2004; PETTERSON, 2005; VALENTE, 2003). Entretanto, alguns
autores relatam que, quando inclusos, os terceiros molares são potencialmente
capazes de causar transtornos e prejuízos à saúde bucal do indivíduo, risco que
justifica a indicação para exodontia (BUI; SELDIN e DODSON, 2003; DE OLIVEIRA
et al., 2006; KUNKEL et al., 2006; KUNKEL et al., 2007; NOGUEIRA, 2004).
Atos cirúrgicos realizados de forma imprudente podem estar associados com
uma gama de acidentes e complicações, bem como qualquer descuido ou
inobservância da técnica cirúrgica pode levar o cirurgião a tais situações.
Obviamente os acidentes e complicações ocorrem sempre de forma surpreendente
e o único meio disponível para combatê-los é a através de um acurado planejamento
pré-operatório (ALMENDROS-MARQUES, BERINI-AYTES e GAY-ESCODA, 2006;
BOULOUX, STEED e PERCIACCANTE, 2007; KIM et al., 2006; KUNKEL et al.,
2006; NOGUEIRA, 2004).
A prevenção de acidentes cirúrgicos que podem gerar conseqüências
desagradáveis ao paciente, como a parestesia, é mais bem realizada quando há
uma cuidadosa avaliação pré-operatória e um plano de tratamento abrangente.
Inicialmente deve-se realizar uma profunda revisão da história médica do paciente, a
fim de se identificar algum fator que possa ser um obstáculo à realização do
procedimento cirúrgico. A análise e estudo radiográfico é outra relevante etapa a se
seguir; as radiografias devem incluir toda a área da cirurgia, os ápices das raízes
dos dentes a serem extraídos e estruturas anatômicas locais e regionais, como o
seio maxilar e canal mandibular (DE FREITAS, 2006; PETERSON, et al., 2005).
A remoção de terceiros molares inclusos requer um adequado e rigoroso
planejamento pré-operatório, pois se trata de um procedimento de ampla
variabilidade e que não deve ser avaliado de forma simplista, visto que é uma
intervenção repleta de imprevistos (NOGUEIRA, 2004; SUSARLA e DODSON, 2005;
KUNKEL et al., 2006; VASCONCELOS, 2003).