TCC COMPLETO - CCS - Universidade Federal da Paraíba

É interessante implementar à laserterapia um período de aproximadamente
30 dias de ausência de irradiação, após de 6 a 10 sessões, para que os efeitos de
aceleração da multiplicação celular, formação de fibras e cicatização tecidual
possam se consolidar. Após este período retomam-se as sessões, cerca de 4 a 8
sessões seguidas de um novo período sem irradiações (LIZARELLI, 2007;
LAUREANO FILHO, 2008).
A possibilidade de oferecer um tratamento indolor, não invasivo e que
apresenta um alto índice de sucesso contribui para atenuar o quadro de ansiedade
do paciente diante os problemas apresentados, justificando o emprego da
laserterapia no tratamento das parestesias, devido o potencial deste tratamento
sobre a amplitude de ação e regeneração das células nervosas, estimulando a
função neurosensorial (EPELBAUM, 2007).
2.8 Prevenção da parestesia
O risco de complicações cirúrgicas é um motivo utilizado para contra-indicar a
exérese de dentes assintomáticos (DE FREITAS, 2006; DE OLIVEIRA, 2006;
PETTERSON, 2005; SUSARLA e DODSON, 2005; VALENTE, 2003;
VASCONCELLOS, DE OLIVEIRA e GONÇALVES, 2003).
Em um trabalho avaliando o tipo, a freqüência e os fatores de risco
associados à remoção de terceiros molares retidos Bui, Seldin e Dodson (2003)
concluíram que 4,6% dos dentes operados estiveram associados a complicações,
sejam operatórias, como sangramentos e lesões nervosas, ou inflamatórias, como
alveolites, retardo de cicatrização, infecção, dor e edema.
Além da avaliação sistêmica do paciente e uma criteriosa análise dos exames
por imagem, a realização de exames físicos intra e extra-oral se faz necessária. O
acesso à região de terceiros molares é dificultado por condições como a presença
de aparelho ortodôntico, macroglossia, sialorréia, excesso de tecido adiposo na
região jugal, tornando a cirurgia mais vulnerável a ocorrência de acidentes e
complicações (ALMENDROS-MARQUES, BERINI-AYTES e GAY-ESCODA, 2006;
KUNKEL et al., 2006; NOGUEIRA, 2004).