TCC COMPLETO - CCS - Universidade Federal da Paraíba

tecido nervoso. Nestes casos, há necessidade de obtenção de uma tomografia
computadorizada através da qual irá se visualizar tridimensionalmente a relação das
raízes com o nervo (ALBERT et al., 2006; BELL et al., 2003; GOMES et al., 2008;
NAKAGAWA, ISHII e NOMURA, 2007).
A ortopantomografia tem sido citada como a modalidade de exame
imaginológico de escolha para cirurgias de remoção de terceiros molares
mandibulares inclusos. Contudo, a visão tridimensional anatômica não pode ser
obtida através deste exame e muitas vezes pode não ser precisa o suficiente para
traduzir a correta relação entre o elemento dentário e o trajeto real do nervo alveolar
inferior. A tomografia computadorizada espiral pode promover ao cirurgião a
visualização tridimensional da ligação entre o nervo alveolar inferior e o canal
mandibular (JHAMB, 2009).
A tomografia computadorizada espiral é capaz de fornecer imagens em
qualquer direção e orientação, as secções coronais são consideradas as mais
usadas. Para o aproveitamento total do potencial da tomografia computadorizada
espiral devem-se analisar as imagens obtidas em todos os três planos (JHAMB,
2009).
2.5 Nervo alveolar inferior
Danos ao nervo alveolar inferior são comuns quando há íntima relação entre
as raízes dos terceiros molares inferiores com o canal mandibular (CHIAPASCO,
2006; HULL et al., 2006; RENTON et al., 2005; SAVI et al., 2007; TAY e GO, 2007).
Injúrias ao nervo alveolar inferior é uma complicação severa em cirurgias de
remoção de terceiros molares inferiores inclusos. Contudo alguns achados
radiográficos têm extremo valor na mensuração do risco de ocorrência de tal
complicação. A incidência de danos permanentes a este nervo em cirurgias de
remoção de terceiros molares inferiores inclusos é menor que 1% (BLAESER; et al.,
2003; GOMES et al., 2008; QUERAL-GODOY et al., 2005; HULL et al., 2006).
Estudos revelam que a maior parte dos casos de trauma de nervo alveolar
inferior ocorre em cirurgias de remoção de terceiros molares inferiores inclusos, e
que em mais de 96% dos casos ocorre retorno sensitivo espontâneo em até 24