TCC COMPLETO - CCS - Universidade Federal da ParaÃba

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• Lesão de 4º grau: ruptura completa dos axônios e tubos endoneurais além de parte do epineuro, porém mantem-se a integridade de parte do epineuro, não ocorrendo secção completa de todo tronco. A continuidade nervosa é mantida apenas por tecido cicatricial. • Lesão 5º grau: há transecção completa do tronco nervoso com distanciamento variável entre os cotos nervosos. As possibilidades de regeneração e retorno funcional são remotas. • Lesão de 6º grau: quando há secção parcial do tronco nervoso e a porção restante sofre lesões de 4º, 3º, 2º ou esporadicamente 1º grau. O nervo lingual oferece inervação somática aos dois terços anteriores da mucosa da língua, ao assoalho bucal e à gengiva lingual. O nervo alveolar inferior fornece fibras de inervação somática aos dentes mandibulares, à gengiva mandibular e a pele e da mucosa do lábio inferior. Qual seja o tipo ou a severidade de uma lesão nestes nervos, acarretará em considerável desconforto ao paciente. (GOMES et al., 2005; HILLERUP e STOLTZE, 2007; POGREL e GOLDMAN, 2004; RENTON et al., 2003; SAVI et al., 2007; TAY e GO, 2007). O posicionamento mesiolingual dos dentes inclusos é o mais encontrado (43%) e sua remoção é a que causa maior índice de parestesia (30,6%). O segundo tipo de impactação que resulta em parestesia lingual (6%) é o posicionamento distoangular (19,6%). Contudo a impactação distoangular é a que se mostra mais problemática, devido a sua remoção ser realizada por fragmentos e a intervenção cirúrgica intensa a nível de ramo mandibular (PETERSON et al., 2005). A sensação da parestesia é relatada como mais desconfortável do que a própria anestesia. A partir de uma outra perspectiva, déficits sensitivos decorrentes de iatrogenias inadvertidas na região facial constituem uma potencial razão para ações litigiosas contra cirurgiões bucomaxilofaciais, sendo estes episódios mais freqüentes do que se aparenta (JHAMB et al., 2009).
2.4 Aspectos radiográficos Há uma importante relação entre o canal mandibular e as raízes do terceiros molares inferiores, favorecendo bastante o risco de lesão do nervo alveolar inferior. Esta relação pode ser determinada pelo exame radiográfico, por exemplo, através da observação do feixe vásculo-nervoso na radiografia panorâmica, sob o aspecto de uma faixa radiopaca. O dente não está intimamente relacionado com o nervo quando o contorno do canal cruza as raízes do terceiro molar inferior e mantém seu contorno e tamanho; no entanto, se o canal mandibular perder seu contorno cortical enquanto cruza as raízes, pode haver envolvimento com o elemento dentário, e ainda se além da perda cortical do canal estiver reduzido ou deslocado, há uma íntima relação do nervo com o dente com alta probabilidade de trauma do nervo no decorrer da exodontia (PRADO, 2004). A grande proximidade do terceiro molar inferior impactado e o canal mandibular provavelmente irá provocar injúria ao tecido nervoso no decorrer da cirurgia. Para prevenir este acidente, propõe-se a análise dos riscos através de uma radiografia panorâmica (ALBERT, GOMES e VASCONCELOS, 2006; HAUG, 2005; JHAMB, 2009; MILORO e DABELL, 2005; NAKAGAWA, 2007; NAKAMORI et al., 2008; OHMAN, KIVIJARVI e BLOMBACK, 2006). Os principais achados observados na radiografia panorâmica que indicam risco de injúria ao tecido nervoso são: a interrupção da linha radiolúcida referente ao canal mandibular, estreitamento do canal, desvio das raízes, escurecimento da imagem das raízes, desvio do canal mandibular e estreitamento da imagem das raízes (HAUG, 2005; MILORO e DABELL, 2005; NAKAMORI et al., 2008; PRADO 2004). Segundo Nakamori et al. (2008), para o estabelecimento da distância do canal mandibular ao terceiro molar mandibular incluso devem-se analisar principalmente três critérios: escurecimento da imagem das raízes, desvio do canal mandibular e estreitamento das raízes. A imagem radiográfica panorâmica, muitas vezes não promove uma observação precisa da relação entre as estruturas anatômicas, principalmente devido a sua natureza bidimensional e a presença de distorções. A proximidade com o ápice dos terceiros molares inferiores é o maior indicativo de risco de dano a
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