TCC COMPLETO - CCS - Universidade Federal da Paraíba

completa do nervo) (DE FREITAS, 2006; GOMES et al., 2008; NOGUEIRA, 2004;
PETTERSON, 2005; VALENTE, 2003).
A parestesia é definida como um distúrbio neurosensitivo local
ocasionado por uma injúria ao tecido nervoso em questão, podendo ser originada de
fatores físicos, químicos, patológicos, mecânicos e microbilógicos. Trata-se de uma
condição desconfortável na qual o paciente relata diminuição ou ausência de
sensibilidade, formigamentos na língua, lábios ou bochechas, alterações no paladar,
entre outras (HILLERUP e JENSEN, 2006; KUNKEL et al., 2007; LOESCHER e
ROBINSON, 2003; ROSA et al., 2007).
Em casos de paretesias decorrentes de cirurgias de terceiros molares
mandibulares os nervos mais frequentemente afetados são o nervo alveolar inferior
e o nervo lingual (HILLERUP e JENSEN, 2006; PRADO, 2004; ROBINSON et al.,
2004; ZICCARDI e ZUNIGA, 2007).
O reparo do nervo seccionado pode ocorrer por regeneração primária (ou
primária tardia) e secundária. O reparo primário ocorre entre 1 e 3 semanas e é
associado com a fase ativa de regenaração, já o reparo secundário se dá várias
semanas ou meses após o trauma e possui a vantagem da resposta inflamatória e o
edema do tecido conectivo estarem reduzidos. O reparo secundário é geralmente
associado a um esmagamento, ou perda de tecido que envolve o nervo (PRADO,
2004).
Em casos de diagnóstico de parestesia, o tratamento deve ser implementado
de forma imediata, visto a dificuldade de reparo do tecido nervoso e o desconforto
enfrentado pelo paciente enquanto situado nesta condição. A irradiação de laser de
baixa potência, o uso de medicamentos e complexos vitamínicos estão entre as
formas de tratamento mais descritas na literatura (EPELBAUM, 2007).
O propósito deste estudo é realizar uma revisão da literatura atual a cerca da
ocorrência de parestesia após cirurgias de remoção de terceiros molares inclusos,
ressaltando suas formas de diagnóstico, modalidades de tratamento e preventivas
propostas para sua resolução.