Infraestruturas m entais - Fundação Heinrich Böll
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6 Finitude dos recusros e morte<br />
cada vez mais para a fronteira funcional do sistema, próximo do colapso, não<br />
estaremos falando apenas das manifestações externas da cultura do crescimento<br />
– infraestuturas construídas ou perenizadas em regulamentos e processos –, e<br />
sim do enraizamento do conceito de crescimento nas ideias mais elementares<br />
que temos sobre nós mesmos.<br />
Vale mencionar, nesse contexto, que os antigos países socialistas, incluindo<br />
a Alemanha Oriental, também estavam imbuídos do fetiche do crescimento –<br />
não apenas o Ocidente. Todos se compreendiam como etapa anterior ao mundo<br />
sadio comunista, e os indicadores de crescimento sinalizavam a estrada (infinita)<br />
até lá (Weiding 1986). O lema “überholen ohne einzuholen“ (ultrapassar sem<br />
alcançar) – dito pelo primeiro-ministro Walter Ulbricht já em 1959 a fim de<br />
anunciar o crescimento ilimitado como prioridade do Estado também nos países<br />
socialistas – é paradigmático.<br />
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