08.04.2014 Views

patrícia moreira sampaio - Uece

patrícia moreira sampaio - Uece

patrícia moreira sampaio - Uece

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

96<br />

Aluno 2 ( estudo 3):<br />

FIGURA 84- Tira 08. Tradução de um aluno do Estudo 3.<br />

Relatório<br />

“Felipe dá uma flor à Mafalda, e de repente vê que ela tem muitas<br />

flores, isso traz a idéia de dar uma coisa para quem já tem muito aquela coisa<br />

e, portanto, não precisa. Ele fala do açúcar para Fidel Castro, porém se<br />

deixarmos essa comparação, algumas pessoas podem não entender que Cuba<br />

era um grande produtor de açúcar e que por isso não precisava ganhar açúcar.<br />

Baseando-se nessa idéia, essa expressão deve ser substituída por outra com a<br />

mesma idéia. Eu substituí por: como dar mel para as abelhas.”<br />

Além desses, apareceram outras comparações, tais como: “Foi como dar uma telesena<br />

para o Sílvio Santos”; “Foi como dar um computador ao Bil Gates”; “Foi como dar um<br />

chocolate ao dono da Nestlé”; dentre outras.<br />

Baseado no que foi exposto sobre essa tirinha, pode-se observar que os alunos<br />

seguiram o caminho adequado para a sua tradução. Primeiro, interpretaram-na para detectar<br />

onde residia o ponto culminante do humor (o gatilho), para, só então, traduzi-la da forma como<br />

acharam melhor. Em geral, eles se acostumaram a seguir esses passos antes de efetuar a<br />

tradução de qualquer uma das tiras que lhes foram apresentadas. O fato de atualizar ou não a<br />

referência a “Fidel Castro” não foi em nenhum momento instigada pelo professor, assim como<br />

no exemplo anterior “EUA X URSS”. Porém, a escolha dessas tiras foi justamente na<br />

expectativa de que esse questionamento surgisse entre os participantes, como de fato<br />

aconteceu. Em nenhum momento, também, se definiu a atualização como um mecanismo de<br />

tradução certo ou errado. Apenas se debateu essa questão e cada um construiu ou reforçou a<br />

sua própria opinião sobre o assunto.<br />

A tira 9 põe em foco a importância de o tradutor de enunciados humorísticos<br />

conhecer as expressões coloquiais convencionais (Tagnin, 2005) da língua de partida para<br />

tentar traduzi-las por uma expressão também convencional da língua de chegada,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!