patrícia moreira sampaio - Uece

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mantinham uma estreita relação com a imagem daquilo que se pretendia representar, como é o
caso dos hieróglifos e da escrita japonesa.
Contudo, com o passar do tempo e o advento do alfabeto fonético, a imagem
passou a ter uma menor importância como elemento de comunicação entre os homens, já que
o novo sistema aumentou, quase que ilimitadamente, as possibilidades de composição e
transmissão de mensagens e o ser humano chegou a um nível de comunicação que o desenho,
isoladamente, não conseguia atingir.
Porém, como o acesso à palavra escrita, inicialmente, chegou apenas às parcelas
mais privilegiadas da população, a imagem gráfica foi garantindo o seu espaço, embora
menor, como elemento de comunicação entre os homens.
Depois de algum tempo, com o aparecimento da imprensa e, posteriormente, com
a evolução da indústria tipográfica e o surgimento de grandes cadeias jornalísticas, foram se
criando as condições necessárias para o aparecimento das histórias em quadrinhos como meio
de comunicação de massa. Segundo Barbosa (2004):
Ainda que histórias ou narrativas gráficas contendo os principais elementos da
linguagem dos quadrinhos possam ser encontrados, paralelamente, em várias regiões
do mundo, é possível afirmar que o ambiente mais propício para o seu florescimento
localizou-se nos Estados Unidos do final do século XIX, quando todos os elementos
tecnológicos e sociais encontravam-se devidamente consolidados para que as
histórias em quadrinhos se transformassem em produto de consumo massivo, como
de fato ocorreu.
Inicialmente, predominavam os quadrinhos cômicos, com desenhos satíricos e
personagens caricaturais que circulavam nos jornais apenas aos domingos. Porém, com o
passar do tempo, as publicações passaram a ser diárias e devido às limitações de espaço dos
jornais, surgiu um novo tipo de quadrinho formado, em geral, por no máximo cinco quadros
dispostos horizontalmente e que, apesar de pequenos, contavam uma história completa, as
tiras de quadrinhos.
Ainda hoje as tiras aparecem nas páginas de alguns jornais diários, mas também de
revistas e em outros meios de divulgação, tendo grande popularidade junto ao público leitor.
A temática dessas tiras continua, predominantemente, tratada de uma forma cômica.
Exemplos disso, são Frank & Ernest, Mafalda, Níquel Náusea, Snoopy, Garfield, Charlie
Brown etc.