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patrícia moreira sampaio - Uece

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primeiro encontro, foram entregues aos alunos para que as traduzissem em casa. No segundo,<br />

os alunos trocaram as suas traduções com as de seus colegas, discutiram juntos as soluções de<br />

tradução encontradas e escreveram um relatório baseados nessas discussões. O relatório foi<br />

entregue ao professor. Em seguida, os alunos refizeram as traduções em casa, usando as<br />

sugestões dos colegas. E finalmente, no terceiro encontro, todos revisaram as traduções<br />

seguindo as diretrizes do professor e os dados dos relatórios. Uma cópia final foi preparada,<br />

levando em conta novamente as sugestões dadas.<br />

Segundo o autor, nesse tipo de atividade desenvolvida por ele, ao compartilhar<br />

com o professor e os colegas suas tomadas de decisão enquanto traduz seu texto, o aluno é<br />

levado a uma maior reflexão sobre o ato tradutório. Além disso, é conduzido a resultados mais<br />

aceitáveis. Referindo-se à possibilidade de tradução de um texto humorístico, ele comenta o<br />

seguinte:<br />

[...] para nós, traduzir um texto humorístico ou não-humorístico não se baseia em<br />

teorias de tradução que tentam, a todo custo, recuperar o significado do original.<br />

Dessa maneira, nossa visão de tradução tenta percorrer caminhos que desmascarem<br />

a ilusão de que podemos compreender o original somente por intermédio dos<br />

significantes que nossos olhos perscrutam na hora da leitura. (BREZOLIN, 1997,<br />

p.17)<br />

Essa foi a concepção de tradução surgida da realização da atividade relatada<br />

anteriormente. Acreditamos que a atividade suscitou esse tipo de visão por parte dos alunos de<br />

Brezolin , pois eles usaram a recriação como solução de tradução para uma piada que Schmitz<br />

(1996) considerou impossível de traduzir:<br />

Famed Chinese diplomat attended gala reception in Washington in early part of the<br />

day. Senate lady, trying to make polite conversation, asked, “Dr. Wong, what<br />

‘nese’ are you? Chinese, Japanese, or Javanese? “Chinese”, he replied, “and you,<br />

madam? What ‘kee’ are you? Monkey, donkey, or yankee?” (LAURIAN,<br />

1992:114, apud BREZOLIN, 1997:26)<br />

Tradução:<br />

Um famoso diplomata chinês chega à recepção de gala em Brasília e é recebido<br />

pela senhora que tenta puxar papo perguntando: - Que tipo de nês o senhor é,<br />

Dr.Wong? Chinês ou japonês? – Chinês – respondeu não muito satisfeito com a<br />

pergunta. – E a senhora, que tipo de eira é? Toupeira ou brasileira? (BREZOLIN,<br />

1997, p.27)<br />

Baseando-nos nas considerações expostas anteriormente, e partindo da afirmação<br />

de Brezolin de que tanto a tradução do humor quanto seu ensino são possíveis resolvemos<br />

desenvolver um estudo para tentar encontrar uma forma de ensinar a traduzir o texto cômico.<br />

Trabalho que se espelha no de Brezolin (1997), porém com algumas diferenças importantes.

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