08.04.2014 Views

patrícia moreira sampaio - Uece

patrícia moreira sampaio - Uece

patrícia moreira sampaio - Uece

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

30<br />

último, sempre superior. Para eles a tradução deve reproduzir o texto fonte e para isso deve-se<br />

buscar os termos equivalentes entre o texto traduzido e o texto original e alcançar a<br />

homogeneidade entre os dois.<br />

Dentre os teóricos que postularam idéias sobre o assunto, podemos citar Jakobson<br />

(1977) apud Camargo (1994) que afirma que existem duas mensagens equivalentes em dois<br />

códigos diferentes envolvidos no ato tradutório e que toda experiência cognitiva pode ser<br />

traduzida em qualquer língua existente. Além dele, também podemos citar Catford (1980)<br />

apud Camargo (1994) que expõe que a equivalência semântica entre dois textos significa a<br />

relação dos dois textos com os mesmos aspectos da realidade extralingüística.<br />

Essas teorias que privilegiam a fidelidade e a equivalência dão conta somente dos<br />

aspectos lingüísticos envolvidos na tradução deixando de lado os elementos culturais e sociais<br />

das línguas envolvidas no ato tradutório e a interferência do tradutor enquanto leitor e<br />

intérprete do texto fonte. Porém, estudos revelam que o conhecimento por parte do tradutor,<br />

não só das línguas, mas também das culturas envolvidas na tradução é essencial na execução<br />

do seu trabalho. E, além disso, o seu conhecimento de mundo influencia significativamente no<br />

resultado desse trabalho.<br />

Nesse sentido, a recriação surge como um mecanismo de tradução essencial, já que<br />

traduzir deixa de ser uma atividade puramente mecânica, na qual, um tradutor, conhecedor de<br />

duas línguas, vai substituindo, uma por uma, as palavras de um texto numa determinada<br />

língua A por seus equivalentes na língua B, para ser uma atividade seletiva e reflexiva,<br />

encarada dentro de um contexto. Dessa forma, muitas vezes é necessário modificar certos<br />

elementos da língua de partida para que se adaptem á cultura da língua de chegada e nessa<br />

tarefa o tradutor tem papel preponderante já que é ele quem efetua as escolhas e decide que<br />

elementos devem ser modificados.<br />

Baseando-nos nessa concepção, percebemos como a tradução de enunciados<br />

humorísticos é mais desafiadora que a de outros gêneros textuais, visto que, em primeiro<br />

lugar, caberá ao tradutor reconhecer os elementos envolvidos na produção do efeito cômico<br />

do texto de partida para só então refletir e selecionar a melhor opção para traduzir tais<br />

elementos na língua de chegada, sempre os adequando ao contexto da mesma.<br />

Para a elaboração do nosso estudo, nos baseamos em alguns trabalhos sobre<br />

Tradução de Humor como os de Zabalbescoa (1996), Gottlieb (1997), Luque (2003), Silva<br />

(2006), Aguiar (1994), Sousa (1997) e Rosas (2002). Cada um com as suas devidas<br />

peculiaridades, nos fez perceber que para traduzir o humor é necessário criatividade, bom<br />

senso e acima de tudo, fazer uso da recriação e da adaptação sempre que necessário. Porém,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!