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129 finais, vimos que tais alunos tentaram traduzi-la por meio da recriação. Esse fato demonstra uma clara evolução no que se refere à concepção de tradução desses alunos. Por meio das traduções realizadas no decorrer do curso, observamos que as traduções dos participantes foram se mostrando mais adequadas com o passar do tempo, as últimas traduções se apresentaram mais elaboradas e coerentes, levando-se em consideração os diferentes níveis de dificuldade que apresentavam. Pela análise dos relatórios, observamos que os participantes, no início, eram muito limitados em suas considerações, destacando principalmente as dificuldades encontradas na hora da tradução, mas a partir da segunda metade do curso, já apresentavam considerações mais consistentes. Além das dificuldades, discorriam sobre as soluções encontradas por eles mesmos e/ou por seus colegas. Os resultados sugerem que, para se ensinar a traduzir enunciados humorísticos de uma maneira tal que os alunos apreendam conceitos e objetivos práticos e se tornem profissionais competentes nesse tipo de tradução, são necessárias atividades que propiciem a reflexão, a discussão e a reescritura. De todas as abordagens de ensino, o enfoque por tarefas foi aquele que trouxe mais benefícios para o tipo de aprendizagem pretendida. Com tudo o que foi exposto, esperamos contribuir, significativamente, não só com investigações acadêmicas voltadas para o Ensino da Tradução do Humor, como também para os estudos do Humor e da Tradução. E deixamos clara a necessidade de outros trabalhos que busquem novos caminhos para auxiliar o trabalho do tradutor e o ensino de tradutores aprendizes.
130 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGUIAR, Francisca Azevedo de. Traduzindo o humor sem perder a graça. 1994. 158f. Dissertação (Mestrado em Língua Inglesa e Literaturas Inglesa e Norte-Americana) Universidade de São Paulo, São Paulo, 1994 ALBIR, Amparo Hurtado. Enseñar a traducir: metodología en la formación de traductores e intérpretes. Espanha: Edelsa,1999. ATTARDO, Salvatore. Humor in context. Linguistic theories of humor. Berlim, Mouton De Gruyter, 1994, 293-334. BARBA, Mariana Della. Pequena Notável. Aventuras na História para Viajar no Tempo, Rio de Janeiro,p.54-57, 2006. BARBOSA, Alexandre. et al. Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2004. BERGSON, Henri. O riso: ensaio sobre a significação da comicidade. São Paulo: Martins Fontes, 2001. BREZOLIN, Adauri. Humor: sim, é possível traduzi-lo e ensinar a traduzi-lo. Tradterm: Revista do Centro Interdepartamental de Tradução e Terminologia – FFLCH/USP, São Paulo, v.04, n.1, p.15-30,1997. EISNER, Will. Quadrinhos e arte seqüencial. São Paulo: Martins Fontes, 2001. FREUD, Sigmund. Os Chistes e sua Relação com o Insconsciente, obras psicológicas completas, vol .8, Rio de Janeiro: Imago, 1977. GOTTLIEB, Henrik. You got the picture? On the polysemiotics of subtitling wordplay. Traductio: essays in punning and translation, Manchester: St. Jerome Publishing, p.207- 232, 1997. LINS, Maria da Penha Pereira. Quadrinnhos: estruturalidade que gera humor: um estudo sobre as tiras da Mafalda. Signum. Espírito Santo, ano III, n.3, p.135-147, jan/jun, 2002.
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