patrícia moreira sampaio - Uece

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No português, essa brincadeira não foi possível. Para adequar essa tirinha
foi preciso, como comentou a professora, mudar a história, onde o jogo de
palavras, agora, é a polissemia da palavra solução, que em português é bem
rica. Mas antes de a professora comentar isso, a turma expressou suas idéias e
divulgou suas traduções, a maioria, inclusive eu, traduzi literalmente e cometi
um assassinato no humor da tirinha que se perdeu por completo, ficou , pois,
incoerente.”
Aluno 2 ( estudo 3):
FIGURA 112- Tira 16. Tradução de um aluno do Estudo 3.
Relatório
“Manolito está com soluço e Susanita tenta confortá-lo usando palavras
que começam com o mesmo som do soluço dele. Na hora de se traduzir essa
tirinha não se deve perder esse jogo de sons. No caso, eu optei pelo jogo
entre soluço e solução. O humor se concentra nesse jogo, além desse fator,
eu optei também por substituir os personagens importantes para a história
como Santos Dumont e Einstein, que apresentaram grandes soluções para
nós. Acrescentei também a palavra ‘financiadoras’, já que Manolito é
capitalista. Apesar de ter conseguido traduzir um pouco melhor do que os
meus colegas, ainda não sei se ficou bom.”
Analisando essas traduções e os respectivos relatórios, percebe-se que a segunda
foi mais adequada que a primeira. Essa ficou sem sentido, já que a palavra “hipo” não tem
nenhum significado em português. A opção de traduzir literalmente a tirinha não é uma opção
válida nesse caso. O próprio aluno percebeu isso ao afirmar: “...a maioria, inclusive eu, traduzi
literalmente e cometi um assassinato no humor da tirinha que se perdeu por completo, ficou ,
pois, incoerente.” Realmente, como afirma esse aluno, a grande maioria dos participantes, não
só do estudo 2, como também do estudo 3, traduziu a tirinha literalmente, resultando em algo
incoerente. Já o segundo exemplo, foi um caso singular, o aluno conseguiu traduzir bem a tira,
encontrou uma palavra em português que permitiu o jogo de palavras. Ficou bem parecida com