Como restaurar a conectividade em paisagens fragmentadas ?
Como restaurar a conectividade em paisagens fragmentadas ?
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<strong>Como</strong> <strong>restaurar</strong> a<br />
<strong>conectividade</strong> <strong>em</strong> <strong>paisagens</strong><br />
<strong>fragmentadas</strong> ?<br />
“The next century will, I believe, be the era of restoration<br />
in ecology” - E.O. Wilson (1972)
<strong>Como</strong> <strong>restaurar</strong> a <strong>conectividade</strong> <strong>em</strong> <strong>paisagens</strong> <strong>fragmentadas</strong> ?<br />
Introdução: conceitos básicos de restauração<br />
fragmentação versus <strong>conectividade</strong><br />
quando é necessário <strong>restaurar</strong> a <strong>conectividade</strong> ?<br />
Estratégias para aumentar a <strong>conectividade</strong> da paisag<strong>em</strong><br />
Adensamento e melhoria da rede de corredores<br />
Aumento da permeabilidade da matriz<br />
Estratégias compl<strong>em</strong>entares: diminuindo o risco de extinção<br />
<strong>Como</strong> escolher a melhor estratégia ?<br />
Um plano de ação baseado num conjunto de espécies<br />
"guarda-chuva"<br />
<strong>Como</strong> impl<strong>em</strong>entar as estratégias ?<br />
Por onde começar ?<br />
Simulações<br />
Revegetação ou regeneração ?<br />
Integrando a população local nas ações de restauração<br />
Concluindo
Introdução: conceitos básicos de restauração<br />
Degradação: alteração resultante da ação do Hom<strong>em</strong> na estrutura e<br />
função de um ecossist<strong>em</strong>a, com perda da capacidade de manter o sist<strong>em</strong>a<br />
estável (i.e., <strong>em</strong> equilíbrio dinâmico)<br />
Integridade perturbação<br />
Alterado<br />
Natural<br />
Subnatural<br />
cultural<br />
T<strong>em</strong>po
Introdução: conceitos básicos de restauração<br />
Gradiente de degradação :<br />
Ecossist<strong>em</strong>a<br />
intacto (primitivo)<br />
Sist<strong>em</strong>a<br />
cultural<br />
Limiar de degradação<br />
1. Perda total de resiliência (capacidade do sist<strong>em</strong>a retornar ao<br />
“equilíbrio” após um distúrbio)<br />
2. Eliminação dos meios de perpetuação das populações;<br />
processo irreversível com colapso das comunidades
Introdução: conceitos básicos de restauração<br />
Ambientes naturais : onde predominam<br />
processos naturais<br />
Ambientes sub-naturais : alterados<br />
esporadicamente pela ação do Hom<strong>em</strong>;<br />
Ambientes alterado : onde o impacto<br />
humano é constante ou persistente; onde há<br />
uma modificação completa da vegetação<br />
natural;<br />
Ambientes culturais : áreas completamente<br />
dependentes do Hom<strong>em</strong>.<br />
39-50% da<br />
Terra está<br />
intensamente<br />
degradada<br />
pelo Hom<strong>em</strong><br />
Vitousek et al. 1997, Science
Estrutura<br />
Introdução: conceitos básicos de restauração<br />
Reabilitação<br />
estrutural<br />
Ecossist<strong>em</strong>a<br />
intacto (primitivo)<br />
Restauração<br />
Ecossist<strong>em</strong>a<br />
degradado<br />
Reabilitação<br />
funcional<br />
Função
Estrutura<br />
Reabilitação<br />
estrutural -<br />
ex<strong>em</strong>plo:<br />
corredor.<br />
Introdução: conceitos básicos de restauração<br />
Ecossist<strong>em</strong>a<br />
intacto (primitivo)<br />
Restauração<br />
Ecossist<strong>em</strong>a<br />
degradado<br />
Reabilitação<br />
funcional - ex<strong>em</strong>plo:<br />
restabelecimento de<br />
fluxo de indivíduos.<br />
Função
Escala espacial<br />
Paisag<strong>em</strong><br />
Introdução: conceitos básicos de restauração<br />
- Restauração da heterogeneidade da<br />
paisag<strong>em</strong><br />
- Minimização dos efeitos de borda<br />
- Restabelecimento do regime natural<br />
de perturbação<br />
- Restabelecimento de uma beleza cênica<br />
Ecossist<strong>em</strong>a<br />
Comunidade<br />
- Recomposição florística de uma mata<br />
- Recuperação de um lago eutrofizado<br />
- Manejo de lianas e espécies exóticas<br />
Pontual<br />
- Recuperação do solo<br />
- Despoluição de um trecho de um rio<br />
Escala t<strong>em</strong>poral
<strong>Como</strong> <strong>restaurar</strong> a <strong>conectividade</strong> <strong>em</strong> <strong>paisagens</strong> <strong>fragmentadas</strong> ?<br />
Introdução: conceitos básicos de restauração<br />
fragmentação versus <strong>conectividade</strong><br />
quando é necessário <strong>restaurar</strong> a <strong>conectividade</strong> ?<br />
Estratégias para aumentar a <strong>conectividade</strong> da paisag<strong>em</strong><br />
Adensamento e melhoria da rede de corredores<br />
Aumento da permeabilidade da matriz<br />
Estratégias compl<strong>em</strong>entares: diminuindo o risco de extinção<br />
<strong>Como</strong> escolher a melhor estratégia ?<br />
Um plano de ação baseado num conjunto de espécies<br />
"guarda-chuva"<br />
<strong>Como</strong> impl<strong>em</strong>entar as estratégias ?<br />
Por onde começar ?<br />
Simulações<br />
Revegetação ou regeneração ?<br />
Integrando a população local nas ações de restauração<br />
Concluindo
Introdução: conceitos básicos de restauração<br />
Foco desta apresentação : Ações de restauração relacionadas a<br />
um dos processos de degradação da paisag<strong>em</strong>: a fragmentação<br />
de ambientes naturais.<br />
Encolhimento<br />
Encolhimento<br />
Perforação<br />
Fragmentação<br />
Usura
Fragmentação<br />
Fragmentação e <strong>conectividade</strong><br />
No fragmento<br />
(efeito local):<br />
Ruptura na<br />
continuidade<br />
• diminuição de área<br />
Depende da escala de<br />
observação e da<br />
percepção das espécies<br />
Na paisag<strong>em</strong><br />
(efeito de contexto):<br />
• aumento da bordas<br />
• diminuição da<br />
<strong>conectividade</strong><br />
Aumento do risco<br />
de extinção local<br />
Diminuição das possibilidades<br />
de recolonização local<br />
= EXTINÇÃO
Fragmentação<br />
Ruptura na<br />
continuidade<br />
Fragmentação e <strong>conectividade</strong><br />
Restauração<br />
Restabelecimento da<br />
conexão entre os fragmentos<br />
Aumento do risco<br />
de extinção local<br />
extinção local<br />
Aumento das possibilidades<br />
de recolonização local<br />
recolonização local
<strong>Como</strong> <strong>restaurar</strong> a <strong>conectividade</strong> <strong>em</strong> <strong>paisagens</strong> <strong>fragmentadas</strong> ?<br />
Introdução: conceitos básicos de restauração<br />
fragmentação versus <strong>conectividade</strong><br />
quando é necessário <strong>restaurar</strong> a <strong>conectividade</strong> ?<br />
Estratégias para aumentar a <strong>conectividade</strong> da paisag<strong>em</strong><br />
Adensamento e melhoria da rede de corredores<br />
Aumento da permeabilidade da matriz<br />
Estratégias compl<strong>em</strong>entares: diminuindo o risco de extinção<br />
<strong>Como</strong> escolher a melhor estratégia ?<br />
Um plano de ação baseado num conjunto de espécies<br />
"guarda-chuva"<br />
<strong>Como</strong> impl<strong>em</strong>entar as estratégias ?<br />
Por onde começar ?<br />
Simulações<br />
Revegetação ou regeneração ?<br />
Integrando a população local nas ações de restauração<br />
Concluindo
Quando é necessário <strong>restaurar</strong> a <strong>conectividade</strong> ?<br />
- Quando a distância média entre os fragmentos torna-se maior<br />
do que a distância média (máxima) que uma espécie é<br />
capaz da atravessar fora de seu habitat;<br />
- Quando a paisag<strong>em</strong> não percola mais.
<strong>Como</strong> <strong>restaurar</strong> a <strong>conectividade</strong> <strong>em</strong> <strong>paisagens</strong> <strong>fragmentadas</strong> ?<br />
Introdução: conceitos básicos de restauração<br />
fragmentação versus <strong>conectividade</strong><br />
quando é necessário <strong>restaurar</strong> a <strong>conectividade</strong> ?<br />
Estratégias para aumentar a <strong>conectividade</strong> da paisag<strong>em</strong><br />
Adensamento e melhoria da rede de corredores<br />
Aumento da permeabilidade da matriz<br />
Estratégias compl<strong>em</strong>entares: diminuindo o risco de extinção<br />
<strong>Como</strong> escolher a melhor estratégia ?<br />
Um plano de ação baseado num conjunto de espécies<br />
"guarda-chuva"<br />
<strong>Como</strong> impl<strong>em</strong>entar as estratégias ?<br />
Por onde começar ?<br />
Simulações<br />
Revegetação ou regeneração ?<br />
Integrando a população local nas ações de restauração<br />
Concluindo
Estratégias para aumentar a <strong>conectividade</strong> da paisag<strong>em</strong><br />
Corredores<br />
Matriz<br />
Pontos de<br />
ligação<br />
Ação de restauração
Estratégias para aumentar a <strong>conectividade</strong> da paisag<strong>em</strong><br />
Perguntas práticas:<br />
Onde restabelecer um corredor e stepping stones? Onde aumentar a<br />
permeabilidade da matriz?<br />
- Utilizar as trilhas de dispersão dos grandes mamíferos (“Onças<br />
como detetives da paisag<strong>em</strong>” - Cullen & Pádua 1999)<br />
-Utilizar as áreas ripárias<br />
Que largura? Que espaçamento? Que resistência?<br />
-Quanto mais largo, mais próximo, menos resistente, melhor:<br />
espécies de interior só dev<strong>em</strong> usar corredores com interior;
Estratégias compl<strong>em</strong>entares: diminuindo o risco de extinção<br />
Quando há apenas fragmentos pequenos e de baixa qualidade, o<br />
restabelecimento do fluxo não é suficiente<br />
estratégias que vis<strong>em</strong> diminuir o risco de extinção<br />
Área<br />
Borda<br />
Ação de restauração
Estratégias compl<strong>em</strong>entares: diminuindo o risco de extinção<br />
Aumentando a área de habitat<br />
Incorporando a qualidade/forma do patch<br />
Ae = A . Qi / Qmax<br />
Ae: área efetiva do patch<br />
Qi: qualidade/forma do patch “i”<br />
Qmax: qualidade máxima do habitat (=1)<br />
ou forma mais arredondada
Estratégias compl<strong>em</strong>entares: diminuindo o risco de extinção<br />
Aumentando a área de habitat<br />
Ações para um aumento da área efetiva:<br />
• proteção do entorno;<br />
• controle de cipós;<br />
• controle de espécies invasoras;<br />
• enriquecimento com nativas;<br />
• controle do pastejo;<br />
• atração da fauna dispersora e polinizadora.<br />
Obs.: São ações locais ou no nível de ecossist<strong>em</strong>as.
Estratégias compl<strong>em</strong>entares: diminuindo o risco de extinção<br />
Diminuindo o efeito de borda<br />
Zona tampão: com nativas ou Eucaliptus ? (“abraço verde” no<br />
Pontal do Paranapan<strong>em</strong>a).
<strong>Como</strong> <strong>restaurar</strong> a <strong>conectividade</strong> <strong>em</strong> <strong>paisagens</strong> <strong>fragmentadas</strong> ?<br />
Introdução: conceitos básicos de restauração<br />
fragmentação versus <strong>conectividade</strong><br />
quando é necessário <strong>restaurar</strong> a <strong>conectividade</strong> ?<br />
Estratégias para aumentar a <strong>conectividade</strong> da paisag<strong>em</strong><br />
Adensamento e melhoria da rede de corredores<br />
Aumento da permeabilidade da matriz<br />
Estratégias compl<strong>em</strong>entares: diminuindo o risco de extinção<br />
<strong>Como</strong> escolher a melhor estratégia ?<br />
Um plano de ação baseado num conjunto de espécies<br />
"guarda-chuva"<br />
<strong>Como</strong> impl<strong>em</strong>entar as estratégias ?<br />
Por onde começar ?<br />
Simulações<br />
Revegetação ou regeneração ?<br />
Integrando a população local nas ações de restauração<br />
Concluindo
<strong>Como</strong> escolher a melhor estratégia ?<br />
<strong>Como</strong> escolher a melhor estratégia ?<br />
- Reduzir os riscos de extinção local ou aumentar a <strong>conectividade</strong><br />
da paisag<strong>em</strong> ?<br />
- Onde concentrar esforços de restauração : nos fragmentos de<br />
alto risco de extinção ou fragmentos com piores conexões ?<br />
Ou apenas nos fragmentos <strong>em</strong> condições intermediárias<br />
de degradação ?
<strong>Como</strong> escolher a melhor estratégia ?<br />
Estratégia<br />
Perda de área<br />
produtiva<br />
Ganho <strong>em</strong><br />
conservação<br />
Corredores Média - Alta sp. de borda e até<br />
de interior (?)<br />
Permeabilidade da Nenhuma sp que usam matriz<br />
matriz<br />
Stepping stone Pequena sp com capacidade<br />
de cruzar matriz<br />
Área do fragmento Alta sp de interior<br />
Qualidade do<br />
Nenhuma sp de interior<br />
fragmento<br />
Proteção de bordas Pequena sp de interior
<strong>Como</strong> escolher a melhor estratégia ?<br />
Multi-species umbrella approach<br />
(Lambeck 1997, Hobbs 1999)<br />
<strong>Como</strong> as espécies mais exigentes interag<strong>em</strong> com os el<strong>em</strong>entos da<br />
paisag<strong>em</strong> ?<br />
Tipo de espécie guarda-chuva<br />
Indicação oferecida<br />
Exigência de área<br />
Limitação de deslocamento<br />
Especialista (habitat – recurso)<br />
Tamanho mínimo do maior<br />
fragmento<br />
Espaçamento ótimo entre<br />
fragmentos<br />
Manutenção de unidades raras
Multi-species umbrella approach<br />
(Lambeck 1997, Hobbs 1999)<br />
<strong>Como</strong> escolher a melhor estratégia ?<br />
Da “sombrinha ao guarda-sol” <strong>em</strong> função do grau de degradação<br />
da paisag<strong>em</strong><br />
Exigência de área<br />
Grandes carnívoros (felinos)<br />
Grandes aves frugívoras (Jacuguaçu, tucanos)<br />
Grandes Contingideos (Pavó) e Trogons<br />
(Mata Atlântica: Silva & Tabarelli 2000, Nature)<br />
Paisag<strong>em</strong> mais conservada<br />
Paisag<strong>em</strong> mais fragmentada
<strong>Como</strong> escolher a melhor estratégia ?<br />
Onde concentrar esforços de restauração : nos fragmentos de alto<br />
risco de extinção ou fragmentos com piores conexões ?<br />
Área<br />
III<br />
I<br />
A min<br />
IV<br />
II<br />
Conectividade<br />
C min<br />
Ações de restauração
<strong>Como</strong> <strong>restaurar</strong> a <strong>conectividade</strong> <strong>em</strong> <strong>paisagens</strong> <strong>fragmentadas</strong> ?<br />
Introdução: conceitos básicos de restauração<br />
fragmentação versus <strong>conectividade</strong><br />
quando é necessário <strong>restaurar</strong> a <strong>conectividade</strong> ?<br />
Estratégias para aumentar a <strong>conectividade</strong> da paisag<strong>em</strong><br />
Adensamento e melhoria da rede de corredores<br />
Aumento da permeabilidade da matriz<br />
Estratégias compl<strong>em</strong>entares: diminuindo o risco de extinção<br />
<strong>Como</strong> escolher a melhor estratégia ?<br />
Um plano de ação baseado num conjunto de espécies<br />
"guarda-chuva"<br />
<strong>Como</strong> impl<strong>em</strong>entar as estratégias ?<br />
Por onde começar ?<br />
Simulações<br />
Revegetação ou regeneração ?<br />
Integrando a população local nas ações de restauração<br />
Concluindo
<strong>Como</strong> impl<strong>em</strong>entar as estratégias ?<br />
Por onde começar ?<br />
No âmbito internacional: Conservation International (CI)<br />
“Hotspots”:<br />
• áreas de concentração de espécies endêmicas (0,5% do total das<br />
espécies do mundo)<br />
• com perdas significativas de áreas de habitat (< 30%)<br />
(baixa similaridade<br />
entre as áreas)
<strong>Como</strong> impl<strong>em</strong>entar as estratégias ?<br />
Por onde começar ?<br />
No caso da Mata Atlântica:<br />
Corredores ecológicos: alta<br />
concentração de diversidade<br />
biológica ou áreas de<br />
end<strong>em</strong>ismo<br />
Corredor do descobrimento<br />
Corredor da Serra do Mar
<strong>Como</strong> impl<strong>em</strong>entar as estratégias ?<br />
Por onde começar ?<br />
Numa escala regional:<br />
1. Áreas de Preservação Permanente são áreas de vegetação:<br />
- ao longo de cursos ou corpos d’água (artificiais ou naturais);<br />
- ao redor de nascentes;<br />
- no topo dos morros, <strong>em</strong> montanhas e serras <strong>em</strong> altitudes<br />
superiores a 1.800 metros;<br />
- nas encostas com mais de 45 graus de declividade;<br />
- <strong>em</strong> bordas de tabuleiros e chapadas;<br />
- nas restingas.<br />
2. Reservas Legais : porcentag<strong>em</strong> da área produtiva de cada<br />
propriedade onde não é permitido o corte raso rural<br />
- Sul e Sudeste: 20% - 35% (Cerrado)<br />
- Centro-Oeste: 50%<br />
- Amazônia Legal: 80%
Simulações<br />
<strong>Como</strong> impl<strong>em</strong>entar as estratégias ?<br />
Se t<strong>em</strong>os dinheiro para implantar 50 “stepping-stones”, como<br />
determinar qual é a melhor localização possível para o aumento<br />
dos fluxos biológicos na paisag<strong>em</strong> ?<br />
Fragmentos<br />
Stepping stones<br />
- Considerando capacidades<br />
de deslocamento da espécie,<br />
é possível simular a melhor<br />
distribuição dos “steppingstones”.<br />
- A restauração pode ser<br />
vista como uma forma de<br />
testar o modelo<br />
pesquisa e ação
Revegetação ou regeneração ?<br />
<strong>Como</strong> impl<strong>em</strong>entar as estratégias ?<br />
• Custo para revegetar uma área : o projeto de reabilitação das<br />
matas ciliares do rio Jacaré-Pepira (Joly 1994) mostrou que esse<br />
custo pode se elevar a US$ 2.600,00 por hectare.<br />
• Parece ser consenso que a melhor estratégia para se revegetar<br />
uma determinada região é o estímulo à regeneração natural do<br />
ecossist<strong>em</strong>a:<br />
- plantação de árvores frutíferas nativas para atrair a fauna<br />
dispersora de s<strong>em</strong>entes;<br />
- introdução de poleiros artificiais na paisag<strong>em</strong>;<br />
- enriquecimento de “ilhas de regeneração” com árvores de<br />
crescimento rápido.
<strong>Como</strong> impl<strong>em</strong>entar as estratégias ?<br />
Integrando a população local nas ações de restauração<br />
• O Hom<strong>em</strong> é parte da paisag<strong>em</strong> e uma restauração da paisag<strong>em</strong><br />
não pode ser b<strong>em</strong> sucedida s<strong>em</strong> sua participação.<br />
• Ex<strong>em</strong>plos:<br />
• Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São<br />
Paulo junto à prefeitura de São Roque (Victor 1998), onde<br />
jovens adolescentes de regiões de transição entre ambientes<br />
urbanos e rurais são envolvidos <strong>em</strong> atividades agroflorestais<br />
• No Pontal do Paranapan<strong>em</strong>a, pequenos agricultores <strong>em</strong><br />
assentamentos de s<strong>em</strong>-terra são estimulados a implantar áreas<br />
florestais tampão no entorno da Reserva do Morro do Diabo,<br />
ou então a plantar “quintais agroflorestais" que poderiam<br />
funcionar como “stepping-stones” (Instituto de Pesquisa<br />
Ecológica)
Concluindo<br />
O ideal, na realidade, é não ter que fazer restauração, e<br />
sim de se fragmentar a paisag<strong>em</strong> de forma inteligente<br />
(Laurance & Gascon 1997, Forman & Collinge 1997)
Concluindo<br />
Manter ou <strong>restaurar</strong> os<br />
el<strong>em</strong>entos essenciais de<br />
uma “paisag<strong>em</strong> guardachuva”:<br />
- grandes fragmentos;<br />
- rede corredores ripários<br />
largos;<br />
- manutenção de vegetação<br />
florestal <strong>em</strong> áreas de risco<br />
de erosão;<br />
- proteção de mananciais;<br />
Ex<strong>em</strong>plo de transformação planejada da paisag<strong>em</strong><br />
- manutenção de uma<br />
matriz porosa.
Concluindo<br />
• A restauração pode ser uma ocasião única de testar ou validar<br />
alguns modelos sobre o funcionamento de uma paisag<strong>em</strong>.<br />
• Essa é uma oportunidade singular de se gerar conhecimento e, ao<br />
mesmo t<strong>em</strong>po, contribuir para <strong>restaurar</strong> uma paisag<strong>em</strong> saudável.