Determina ao da Dose em Radiodiagnostico
Determina ao da Dose em Radiodiagnostico
Determina ao da Dose em Radiodiagnostico
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<strong>Determina</strong>ção <strong>da</strong> <strong>Dose</strong> <strong>em</strong><br />
Radiodiagnóstico<br />
Maria Carmen de Sousa<br />
Serviço de Física Médica<br />
IPO Coimbra FG, EPE<br />
Workshop sobre “Metrologia <strong>da</strong>s Radiações Ionizantes e Aplicações Clínicas” IST/ITN 16 de Nov<strong>em</strong>bro de 2012
Estrutura <strong>da</strong> apresentação<br />
1. Especifici<strong>da</strong>des <strong>da</strong> exposição à radiação ionizante <strong>em</strong><br />
radiodiagnóstico<br />
2. Propósito <strong>da</strong> medição de dose <strong>em</strong> radiodiagnóstico<br />
3. Requisitos para a incerteza associa<strong>da</strong> à medição<br />
conforme o propósito<br />
4. Calibração do feixe de raios X no âmbito do controlo<br />
de quali<strong>da</strong>de dos equipamentos<br />
5. Da avaliação de dose paciente <strong>ao</strong> cálculo de dose<br />
nos órgãos<br />
<br />
<br />
<br />
Caso dos exames simples de radiologia convencional<br />
Caso dos exames de mamografia<br />
Caso dos exames de TC
Especifici<strong>da</strong>des <strong>da</strong> exposição à radiação<br />
ionizante <strong>em</strong> radiodiagnóstico<br />
Quanti<strong>da</strong>de do feixe de raios<br />
X caracteriza<strong>da</strong> pelo<br />
rendimento à saí<strong>da</strong> <strong>da</strong> ampola<br />
(<strong>em</strong> inglês, x-ray tube output)<br />
Quali<strong>da</strong>de do feixe de raios X<br />
Radiologia convencional: 50 –<br />
150 kV e HVL entre 1 e 5 mm Al<br />
<br />
Mamografia: 20 - 50 kV e HVL<br />
entre 0,25 e 1 mm Al<br />
Geometria de irradiação: feixe<br />
divergente, colimação do feixe<br />
(centro e tamanho do campo),<br />
uso de filtrações adicionais,<br />
rotação <strong>da</strong> ampola <strong>em</strong> TC,<br />
etc.<br />
Nº de fotões<br />
Energia dos fotões (keV)
Especifici<strong>da</strong>des <strong>da</strong> exposição à radiação<br />
ionizante <strong>em</strong> radiodiagnóstico<br />
No caso <strong>da</strong> avaliação <strong>da</strong> dose paciente, a escolha <strong>da</strong><br />
grandeza dosimétrica adequa<strong>da</strong> e do instrumento de<br />
medição/método de avaliação <strong>da</strong> dose depende<br />
<br />
<br />
do tipo de procedimento radiológico<br />
Exames simples de radiologia convencional (1 ou 2 incidências,<br />
s/fluoroscopia)<br />
Exames complexos de radiologia convencional (várias imagens e<br />
uso <strong>da</strong> fluoroscopia)<br />
Procedimentos complexos de radiologia de intervenção<br />
Mamografia<br />
TC<br />
<br />
<br />
Helicoi<strong>da</strong>l unicorte vs MSCT<br />
Aplicações especificas: mama, dentário, RT<br />
Exames de raios X dentário (intra-oral e panorâmica dentária)<br />
Casos especiais<br />
Protecção do feto durante a exposição in utero <strong>da</strong> mulher grávi<strong>da</strong><br />
Crianças (maior radiosensibili<strong>da</strong>de e maior esperança de vi<strong>da</strong>)<br />
<strong>Dose</strong>s eleva<strong>da</strong>s <strong>da</strong> radiologia de intervenção
Propósito <strong>da</strong> medição de dose <strong>em</strong><br />
radiodiagnóstico<br />
<br />
<br />
Programa de garantia <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de – Ex<strong>em</strong>plos:<br />
Controlo do des<strong>em</strong>penho dos equipamentos radiológicos e <strong>da</strong> sua estabili<strong>da</strong>de <strong>ao</strong> longo do<br />
t<strong>em</strong>po (controlo de quali<strong>da</strong>de) [DL180/2002]: calibração do feixe de raios X a partir <strong>da</strong><br />
medição do output (<strong>da</strong> taxa de dose a entra<strong>da</strong> do intensificador de imag<strong>em</strong> <strong>em</strong><br />
fluoroscopia) e determinação do HVL<br />
Comparar diferentes equipamentos de uma mesma marca, diferentes marcas de<br />
equipamentos, etc.:. - uso de fantomas para simular um “paciente padrão”<br />
Estudos de optimização <strong>da</strong> técnica radiográfica e do posicionamento do doente:<br />
Guidelines europeias EUR 16260, 16261, 16262, etc.<br />
Estudos de optimização <strong>da</strong> dose vs quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> imag<strong>em</strong> – utilização de fantomas<br />
Estabelecimento dos NRDs “nacionais” (survey). Avaliação <strong>da</strong> dose tipicamente<br />
recebi<strong>da</strong> pelos pacientes na prática clínica e comparação com os NRDs europeus<br />
na ausência de NRDs “nacionais” [DL180/2002]<br />
Níveis de Referência de Diagnóstico: Níveis de investigação [ICRP 60] [ICRP 73]
O NRD é um nível de investigação…<br />
Ex<strong>em</strong>plo do exame de abdómen AP (inquérito britânico<br />
1988-95 para 270 instalações)<br />
Número de instalações<br />
50<br />
<strong>Dose</strong> de referência = 10 mGy<br />
45<br />
40<br />
35<br />
30<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
Prática aceitável<br />
(75% <strong>da</strong>s instalações)<br />
Prática que justifica uma<br />
reflexão para reduzir as doses<br />
(25% <strong>da</strong>s instalações)<br />
0<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20<br />
<strong>Dose</strong> média na pele (<strong>em</strong> mGy)
Propósito <strong>da</strong> medição de dose <strong>em</strong><br />
radiodiagnóstico<br />
<br />
<br />
Programa de garantia <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de – Ex<strong>em</strong>plos:<br />
Controlo do des<strong>em</strong>penho dos equipamentos radiológicos e <strong>da</strong> sua estabili<strong>da</strong>de <strong>ao</strong> longo do<br />
t<strong>em</strong>po (controlo de quali<strong>da</strong>de) [DL180/2002]: calibraç<strong>ao</strong> do feixe de raios X a partir <strong>da</strong><br />
medição do output (<strong>da</strong> taxa de dose a entra<strong>da</strong> do intensificador de imag<strong>em</strong> <strong>em</strong><br />
fluoroscopia) e determinação do HVL<br />
Comparar diferentes equipamentos de uma mesma marca, diferentes marcas de<br />
equipamentos, etc.:. - uso de fantomas para simular um “paciente padrão”<br />
Estudos de optimização <strong>da</strong> técnica radiográfica e do posicionamento do doente:<br />
Guidelines europeias EUR 16260, 16261, 16262, etc.<br />
Estudos de optimização <strong>da</strong> dose vs quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> imag<strong>em</strong> – utilização de fantomas<br />
Estabelecimento dos NRDs “nacionais” (survey). Avaliação <strong>da</strong> dose tipicamente<br />
recebi<strong>da</strong> pelos pacientes na prática clínica e comparação com os NRDs europeus<br />
na ausência de NRDs “nacionais” [DL180/2002]<br />
Níveis de Referência de Diagnóstico: Níveis de investigação [ICRP 60] [ICRP 73]<br />
Aplica-se <strong>ao</strong>s exames de radiodiagnóstico mais frequentes<br />
Procedimento especifico (tamanho <strong>da</strong> amostra de pacientes, paciente padrão, grandezas<br />
dosimétricas específicas)<br />
Ao contrário dos EUA, a tendência na Europa é realizar a avaliação de dose <strong>em</strong> pacientes<br />
<strong>em</strong> vez de fantomas
O conceito de NRD aplica-se para os exames mais<br />
frequentes… as grandezas dosimétricas são específicas…<br />
Dados britânico (1999)<br />
Exames simples de radiologia<br />
convencional (ESD, mGy)<br />
PA or AP skull<br />
LAT Skull<br />
PA chest<br />
LAT chest<br />
AP Abdomen<br />
AP or PA Lumbar Spine<br />
LAT Lumbar Spine<br />
AP Pelvis<br />
5<br />
3<br />
0,3<br />
1,5<br />
10<br />
10<br />
30<br />
10<br />
Exames complexos de radiologia<br />
convencional (DAP, Gy.cm 2 )<br />
Barium En<strong>em</strong>a<br />
Barium Meal<br />
Intervenous Urography<br />
Exames de<br />
mamografia<br />
(MGD, <strong>em</strong> mGy)<br />
MLO Breast<br />
CC Breast<br />
2<br />
25<br />
60<br />
25<br />
40<br />
Exames de TC<br />
(CTDI w <strong>em</strong> mGy e DLP, <strong>em</strong> mGy.cm)<br />
Routine Head CT<br />
Routine Chest CT<br />
Routine Abdomen CT<br />
Routine Pelvis CT<br />
60<br />
30<br />
35<br />
35<br />
1050<br />
650<br />
800<br />
600<br />
Fonte: http://www.icrp.org/docs/DRL_for_web.pdf
Propósito <strong>da</strong> medição de dose <strong>em</strong><br />
radiodiagnóstico<br />
<br />
<br />
<br />
Programa de garantia <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de – Ex<strong>em</strong>plos:<br />
Controlo do des<strong>em</strong>penho dos equipamentos radiológicos e <strong>da</strong> sua estabili<strong>da</strong>de <strong>ao</strong> longo do<br />
t<strong>em</strong>po (controlo de quali<strong>da</strong>de) [DL180/2002]: calibraç<strong>ao</strong> do feixe de raios X a partir <strong>da</strong><br />
medição do output (<strong>da</strong> taxa de dose a entra<strong>da</strong> do intensificador de imag<strong>em</strong> <strong>em</strong><br />
fluoroscopia) e determinação do HVL<br />
Comparar diferentes equipamentos de uma mesma marca, diferentes marcas de<br />
equipamentos, etc.:. - uso de fantomas para simular um “paciente padrão”<br />
Estudos de optimização <strong>da</strong> técnica radiográfica e do posicionamento do doente:<br />
Guidelines europeias EUR 16260, 16261, 16262, etc.<br />
Estudos de optimização <strong>da</strong> dose vs quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> imag<strong>em</strong> – utilização de fantomas<br />
Estabelecimento dos Níveis de Referência de Diagnóstico “nacionais” (survey).<br />
Avaliação <strong>da</strong> dose tipicamente recebi<strong>da</strong> pelos pacientes na prática clínica e<br />
comparação com os NRDs europeus na ausência de NRDs “nacionais”<br />
[DL180/2002]<br />
Níveis de Referência de Diagnóstico: Níveis de investigação [ICRP 60] [ICRP 73]<br />
Aplica-se <strong>ao</strong>s exames de radiodiagnóstico mais frequentes<br />
Procedimento especifico (tamanho <strong>da</strong> amostra de pacientes, paciente padrão, grandezas<br />
dosimétricas específicas)<br />
Ao contrário dos EUA, a tendência na Europa é realizar a avaliação de dose <strong>em</strong> pacientes<br />
<strong>em</strong> vez de fantomas<br />
Risco radio-induzido<br />
Estimativa <strong>da</strong>s doses nos órgãos (caso <strong>da</strong> exposição do feto in utero)<br />
Calculo <strong>da</strong> dose efectiva com o intuito de comparar a exposição à radiação ionizante para<br />
várias mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des de radiodiagnóstico
A dose efectiva permite comparar <strong>em</strong> termos de um único<br />
indicador de dose comum diferentes mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des de<br />
radiodiagnóstico…<br />
Radiodiagnóstico (exposição externa)<br />
Radiografia pulmonar:<br />
H pulmões = 0,08 mSv<br />
E = 0,04 mSv, ou seja 0,017.RN<br />
T.C. pélvico:<br />
H ovários = 15 mSv<br />
E = 7 mSv, ou seja 2,9.RN<br />
Radiografia dentária (20 imagens):<br />
H glândulas salivares = 4,82 mSv<br />
H tiróide = 0,45 mSv<br />
E = 0,34 mSv, ou seja 0,14.RN<br />
Medicina Nuclear (exposição interna)<br />
Cíntigrafia <strong>da</strong> tiróide:<br />
para 20 MBq de 99m Tc<br />
E = 0,24 mSv, ou seja 0,1.RN<br />
Cíntigrafia óssea:<br />
para 700 MBq de 99m Tc<br />
E = 4 mSv, ou seja 1,6.RN<br />
Cíntigrafia do miocárdio:<br />
para 100 MBq de 201 Tl<br />
E = 23 mSv, ou seja 9,6.RN
Propósito <strong>da</strong> medição de dose <strong>em</strong><br />
radiodiagnóstico<br />
<br />
<br />
<br />
Programa de garantia <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de – Ex<strong>em</strong>plos:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Controlo do des<strong>em</strong>penho dos equipamentos radiológicos e <strong>da</strong> sua estabili<strong>da</strong>de <strong>ao</strong><br />
longo do t<strong>em</strong>po (controlo de quali<strong>da</strong>de) [DL180/2002]: calibraç<strong>ao</strong> do feixe de raios<br />
X a partir <strong>da</strong> medição do output (<strong>da</strong> taxa de dose a entra<strong>da</strong> do intensificador de<br />
imag<strong>em</strong> <strong>em</strong> fluoroscopia) e determinação do HVL<br />
Comparar diferentes equipamentos de uma mesma marca, diferentes marcas de<br />
equipamentos, etc.:. - uso de fantomas para simular um “paciente padrão”<br />
Estudos de optimização <strong>da</strong> técnica radiográfica e do posicionamento do doente:<br />
Guidelines europeias EUR 16260, 16261, 16262, etc.<br />
Estudos de optimização <strong>da</strong> dose vs quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> imag<strong>em</strong> – utilização de fantomas<br />
Estabelecimento dos Níveis de Referência de Diagnóstico “nacionais”<br />
(survey). Avaliação <strong>da</strong> dose tipicamente recebi<strong>da</strong> pelos pacientes na prática<br />
clínica e comparação com os NRDs europeus na ausência de NRDs<br />
“nacionais” [DL180/2002]<br />
Risco radio-induzido<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Estimativa <strong>da</strong>s doses nos órgãos (caso <strong>da</strong> exposição do feto in utero)<br />
Calculo <strong>da</strong> dose efectiva com o intuito de comparar a exposição à radiação<br />
ionizante para várias mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des de radiodiagnóstico<br />
Avaliação <strong>da</strong> exposição <strong>da</strong> população devido <strong>ao</strong>s exames médicos de<br />
radiodiagnóstico [DL165/2002] [RP154] (http://www.itn.pt/projs/ddm2-portugal/)<br />
<strong>Dose</strong> absorvi<strong>da</strong> na pele no âmbito dos procedimentos de radiologia de<br />
intervenção (ocorrência de reacções tecidulares tais como queimaduras na pele)
Requisitos para a incerteza associa<strong>da</strong> à<br />
medição conforme o propósito<br />
Incerteza expandi<strong>da</strong>/global relativa (k = 2) [AAPM, 1992]<br />
[ICRU74, 2005] [IAEA TRS457, 2007]<br />
± 5% para a calibração do dosímetro num laboratório padrão<br />
± 7%<br />
<br />
para doses mais eleva<strong>da</strong>s (risco de efeitos determinísticos)<br />
radiopediatria e dose no feto associa<strong>da</strong> à exposição in utero<br />
estudos comparativos de dose (ex: comparação de várias marcas e<br />
modelos de tomógrafos, dose num fantoma padrão para vários<br />
mamógrafos, doses para várias mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des de radiodiagnóstico)<br />
estudo do output <strong>em</strong> função <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de do feixe (kV e HVL)<br />
medição <strong>da</strong> taxa de dose a entra<strong>da</strong> do II (programa de CQ)<br />
± 20% para a determinação <strong>da</strong>s doses nos órgãos no domínio<br />
<strong>da</strong>s doses baixas (efeitos biológicos estocásticos)
Calibração do feixe de raios X no âmbito do<br />
controlo de quali<strong>da</strong>de dos equipamentos<br />
<br />
<br />
Parâmetros de dose que caracterizam a quanti<strong>da</strong>de de radiação<br />
<strong>em</strong>iti<strong>da</strong> pela ampola de raios X [DL180/2002]:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Radiologia geral & Fluoroscopia<br />
Medição do output <strong>em</strong> condições de referência (80 kV, 1 m)<br />
Reprodutibili<strong>da</strong>de do output <strong>ao</strong> longo do t<strong>em</strong>po (constância)<br />
Variação do output <strong>em</strong> função <strong>da</strong> corrente<br />
Variação do output <strong>em</strong> função dos mAs<br />
TC<br />
<br />
Medição do Índice de <strong>Dose</strong> de Tomografia Computoriza<strong>da</strong><br />
Radiologia dentária (excl. equip. panoramica dentaria)<br />
Medição do output <strong>em</strong> condições de referência (50 a 70 kV, 1 m)<br />
Mamografia<br />
<br />
Medição do débito de dose à distância foco-receptor de imag<strong>em</strong><br />
Protocolo de medição:<br />
<br />
Protocolos <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>des cientificas (por ex<strong>em</strong>plo, SEFM)
Calibração do feixe de raios X no âmbito do<br />
controlo de quali<strong>da</strong>de dos equipamentos<br />
<br />
<br />
Escolha do instrumento de medição de dose<br />
Câmara de ionização (CI) ou detector a s<strong>em</strong>icondutor<br />
Requisitos de fabrico e des<strong>em</strong>penho conforme a norma IEC 61674<br />
[IAEA-TRS457] [ICRU74] [Portaria 1106/2009]<br />
<br />
Ex<strong>em</strong>plo do equipamento <strong>da</strong> PTW e <strong>da</strong> CI <strong>da</strong> Radcal<br />
Calibração do instrumento de referência [AAPM, 1992] [ICRU74]<br />
[IAEA TRS457] / verificação metrológica [Portaria 1106/2009]<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Os dosímetros usados no radiodiagnóstico são calibrados <strong>em</strong> termos de<br />
kerma no ar, livre no ar (K a<br />
, <strong>em</strong> mGy)<br />
Num laboratório secundário de dosimetria padrão - SSDL<br />
Certificado de calibração deve especificar: factor de calibração,<br />
condições de referência (quali<strong>da</strong>de do feixe, geometria de exposição,<br />
taxa de kerma no ar, T&P se CI, etc.), incerteza associa<strong>da</strong> à medição<br />
Incerteza expandi<strong>da</strong> requeri<strong>da</strong> ≤ ±5% (k=2)<br />
Periodici<strong>da</strong>de: de 2 <strong>em</strong> 2 anos e s<strong>em</strong>pre que ocorre uma avaria<br />
Pontos de calibração de referência (quali<strong>da</strong>de do feixe): 3 pontos para a<br />
radiologia e mamografia e 2 pontos para a TC<br />
<br />
Ex<strong>em</strong>plo <strong>da</strong> radcal
Calibração do feixe de raios X no âmbito do<br />
controlo de quali<strong>da</strong>de dos equipamentos<br />
Contra-calibração do instrumento de campo: procedimento<br />
descrito no código de pratica [IAEA-TRS457]<br />
Testes de constância [AAPM, 1992]<br />
<br />
O equipamento <strong>da</strong> PTW traz uma source check constancy<br />
Experiência no IGR: CI usa<strong>da</strong> como instrumento de referência<br />
(calibração no SSDL) e detector a s<strong>em</strong>icondutor usado como<br />
instrumento de campo (contra-calibração in situ)<br />
<br />
<br />
CI como sist<strong>em</strong>a de referência: razoes históricas (instrumento de<br />
referência usado nos PSDL). Vantag<strong>em</strong>: melhor des<strong>em</strong>penho <strong>em</strong><br />
termos de resposta <strong>em</strong> energia. Inconvenientes: frágil, correcção de<br />
T&P<br />
Detector a s<strong>em</strong>icondutor - vantagens: mais robusto, tamanho reduzido,<br />
versátil. Inconvenientes (tradicionalmente): menor precisão <strong>da</strong><br />
medição, pior resposta <strong>em</strong> energia e resposta direccional<br />
(sensibili<strong>da</strong>de variável conforme a direcção de incidência <strong>da</strong> radiação)
Da avaliação <strong>da</strong> dose paciente <strong>ao</strong> calculo <strong>da</strong> dose nos<br />
órgãos: Exames simples de radiologia convencional<br />
A grandeza de kerma no ar incidente K a,i<br />
Ampola de raios X (kV, mAs, mm Al, cm 2 )<br />
Foco <strong>da</strong> ampola<br />
Distancia Foco-Superficie<br />
de entra<strong>da</strong> do paciente (d FSD<br />
)<br />
Distancia Foco-Detector (d)<br />
Colimador<br />
kerma no ar, K a (d), <strong>em</strong> mGy <strong>em</strong> inglês, “Air Kerma free-inair”<br />
ou “Absorbed <strong>Dose</strong> to air free-in-air”<br />
Rendimento à saí<strong>da</strong> <strong>da</strong> ampola, <strong>em</strong> inglês “dose yield” ou<br />
“X-ray tube output”, output(d), <strong>em</strong> mGy/mAs<br />
Ka<br />
output =<br />
nKa<br />
=<br />
uni<strong>da</strong>de: Gy/mAs<br />
mA.<br />
s<br />
kerma no ar incidente (s<strong>em</strong> retrodispersão)<br />
K a,i (d FSD ), <strong>em</strong> mGy<br />
<strong>em</strong> inglês, “Incident Air Kerma” ou “Incident Absorbed <strong>Dose</strong>”<br />
Mesa do paciente<br />
Receptor de imag<strong>em</strong><br />
Feixe primário<br />
K<br />
a<br />
2<br />
⎛ d ⎞ ⎛ d<br />
,<br />
( ) ( )<br />
⎟ ⎞<br />
⎜<br />
⎟ = × ⋅ ×<br />
⎜<br />
i<br />
= Ka<br />
d ×<br />
nKa<br />
d mA s<br />
⎝ d<br />
FSD⎠<br />
⎝ d<br />
FSD⎠<br />
Lei do inverso quadrado <strong>da</strong> distância<br />
2<br />
uni<strong>da</strong>de: Gy
Da avaliação <strong>da</strong> dose paciente <strong>ao</strong> calculo <strong>da</strong> dose nos<br />
órgãos: Exames simples de radiologia convencional<br />
A grandeza de kerma no ar a superficie de entra<strong>da</strong> K a,e<br />
Ampola de raios X (kV, mAs, mm Al, cm 2 )<br />
Foco <strong>da</strong> ampola<br />
Distancia Foco-Superficie<br />
de entra<strong>da</strong> do paciente (d FSD<br />
)<br />
Paciente/fantoma<br />
Radiação dispersa<br />
Mesa do paciente<br />
Receptor de imag<strong>em</strong><br />
Feixe primário<br />
Distancia Foco-Detector (d)<br />
Colimador<br />
kerma no ar, K a (d), <strong>em</strong> mGy <strong>em</strong> inglês, “Air Kerma free-inair”<br />
ou “Absorbed <strong>Dose</strong> to air free-in-air”<br />
Rendimento à saí<strong>da</strong> <strong>da</strong> ampola, <strong>em</strong> inglês “dose yield” ou<br />
“X-ray tube output”, output(d), <strong>em</strong> mGy/mAs<br />
Ka<br />
output =<br />
nKa<br />
=<br />
uni<strong>da</strong>de: Gy/mAs<br />
mA.<br />
s<br />
kerma no ar a superfície de entra<strong>da</strong> (com retrodispersão)<br />
K a,e (d FSD ), <strong>em</strong> mGy<br />
<strong>em</strong> inglês, “Entrance Surface Air Kerma (ESAK)” ou<br />
“Entrance Surface <strong>Dose</strong> (ESD)”<br />
⎛ d ⎞<br />
Ka , e<br />
= Ka,<br />
i<br />
× B =<br />
nKa<br />
⎜<br />
×<br />
d ⎟<br />
⎝ FSD⎠<br />
( d ) × mA⋅<br />
s×<br />
⎜ ⎟ B<br />
B: factor de retrodispersão (<strong>em</strong> inglês, backscatter factor)<br />
2<br />
uni<strong>da</strong>de: Gy
Da avaliação <strong>da</strong> dose paciente <strong>ao</strong> calculo <strong>da</strong> dose nos<br />
órgãos: Exames simples de radiologia convencional<br />
Mediç<strong>ao</strong> directa no paciente ou calculo de K a,e<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Geralmente o output é medido para uma distância foco-detector<br />
d = 1 m<br />
K a,e pode ser medido directamente na superfície <strong>da</strong> pele do<br />
paciente com dosimetros termoluminescentes (TLDs)<br />
Escolha do tipo de TLD e calibração dos TLDs [EUR 19604]<br />
K a,e pode ser calculado a partir do output<br />
<br />
Estudo prévio de output = f(kV, mAs, filtração, etc.), levantamento<br />
dos <strong>da</strong>dos dos pacientes e <strong>da</strong> técnica radiográfica utiliza<strong>da</strong> para<br />
ca<strong>da</strong> paciente e aplicação de um valor adequado de B publicado na<br />
literatura [ICRU 74]<br />
A estimativa de K a,e a partir do output apresenta uma incerteza<br />
associa<strong>da</strong> comparável com aquela obti<strong>da</strong> com dosimetria directa<br />
por TLD [IAEA TRS457]. Apresenta ain<strong>da</strong> a vantag<strong>em</strong> de<br />
interferir pouco com o paciente o que permite aumentar o<br />
tamanho <strong>da</strong> amostra de pacientes.
Da avaliação <strong>da</strong> dose paciente <strong>ao</strong> calculo <strong>da</strong> dose nos<br />
órgãos: Exames simples de radiologia convencional<br />
A grandeza do produto kerma no ar-superficie, P KA<br />
Ampola de raios X (kV, mAs, mm Al, cm 2 )<br />
Foco <strong>da</strong> ampola<br />
Distancia Foco-Detector (d)<br />
Colimador<br />
Câmara de ionização KAP/DAP meter<br />
Produto kerma no ar-superfície P KA , <strong>em</strong> Gy.cm 2<br />
<strong>em</strong> inglês, “Air Kerma-Area Product (KAP)” ou<br />
“<strong>Dose</strong>-Area Product (DAP)”<br />
kerma no ar, K a , <strong>em</strong> mGy<br />
<strong>em</strong> inglês, “Air Kerma free-in-air” ou<br />
“Absorbed <strong>Dose</strong> to air free-in-air”<br />
( A) dA = K ( d ) A( d )<br />
PKA = ∫ Ka<br />
a<br />
×<br />
uni<strong>da</strong>de: Gy.cm 2<br />
A<br />
Mesa do paciente<br />
Receptor de imag<strong>em</strong><br />
Feixe primário<br />
Para campos de tamanho pequeno
Da avaliação <strong>da</strong> dose paciente <strong>ao</strong> calculo <strong>da</strong> dose nos<br />
órgãos: Exames simples de radiologia convencional<br />
A mediç<strong>ao</strong> do produto kerma no ar-superficie, P KA<br />
Medição do P KA<br />
<br />
<br />
Uso de uma câmara de ionização de transmissão monta<strong>da</strong> à<br />
saí<strong>da</strong> <strong>da</strong> ampola ou <strong>em</strong>buti<strong>da</strong> na cabeça <strong>da</strong> ampola<br />
Requisitos de fabrico e des<strong>em</strong>penho conforme a norma IEC<br />
60580 [IAEA-TRS457] [ICRU74] [Portaria 1106/2009]<br />
Calibração do KAP meter in situ contra uma CI de referência<br />
calibra<strong>da</strong> para as energias considera<strong>da</strong>s [ICRU74] [IAEA<br />
TRS457]<br />
Informação do P KA disponível no display do monitor de<br />
visualização ou no cabeçalho DICOM (uni<strong>da</strong>des de<br />
raios X digitais modernas )<br />
<br />
A fiabili<strong>da</strong>de dos valores indicados deve ser verifica<strong>da</strong><br />
(calibração in situ)
Da avaliação <strong>da</strong> dose paciente <strong>ao</strong> calculo <strong>da</strong> dose nos<br />
órgãos: Exames simples de radiologia convencional<br />
A grandeza de dose no órgão D T e de dose efectiva E<br />
<br />
<br />
<br />
<strong>Dose</strong> média absorvi<strong>da</strong> no<br />
órgão/<strong>Dose</strong> no órgão<br />
∫<br />
m<br />
D ⋅dm<br />
T<br />
DT<br />
= =<br />
m<br />
T<br />
E<br />
m<br />
<strong>Dose</strong> equivalente no<br />
órgão/<strong>Dose</strong> equivalente<br />
=∑<br />
R<br />
H<br />
T<br />
WR<br />
DT<br />
, R<br />
<strong>Dose</strong> efectiva<br />
E<br />
=∑W T<br />
⋅ H T<br />
T<br />
T<br />
T<br />
uni<strong>da</strong>de: J/kg<br />
ou gray (Gy)<br />
uni<strong>da</strong>de: J/kg ou<br />
sievert (Sv)<br />
uni<strong>da</strong>de: J/kg ou<br />
sievert (Sv)<br />
W T : factor de ponderação tecidular<br />
0,08 Góna<strong>da</strong>s<br />
0,12 Medula óssea<br />
0,12 Cólon<br />
0,12 Pulmão<br />
0,12 Estômago<br />
0,12 Mama<br />
0,04 Bexiga<br />
0,04 Fígado<br />
0,04 Esófago<br />
0,04 Tiróide<br />
0,01 Pele<br />
0,01 Superfície Óssea<br />
0,01 Cérebro<br />
0,01 Glândulas salivares<br />
0,12 Resto do organismo<br />
(glândulas supra-renais, região extra-torácica,<br />
bexiga (Gall), coração, rim, nódulos linfáticos,<br />
músculo, mucosa oral, pâncreas, prostata ( ),<br />
intestino delgado, baço, timo e útero/colo ( ))
Da avaliação <strong>da</strong> dose paciente <strong>ao</strong> calculo <strong>da</strong> dose nos<br />
órgãos: Exames simples de radiologia convencional<br />
O calculo de D T e E<br />
<br />
Conforme a precisão requeri<strong>da</strong>, uso de aplicações informáticas ou estimativa a<br />
partir de coeficientes de conversão publicados na literatura [ICRU 74]<br />
Aplicação informática<br />
PCXMC<br />
kttp://www.stuk.fi/pcxmc<br />
ODS-60<br />
http://ethesis.helsinki.fi/julkaisut/mat/<br />
fysii/vk/lampinen/calculat.pdf<br />
Eff<strong>Dose</strong><br />
kttp://www.sis.dk<br />
Modelização<br />
computacional do<br />
corpo humano<br />
ORNL (5 tamanhos de<br />
fantoma mat<strong>em</strong>ático<br />
criança e um de adulto)<br />
Alderson-Rando<br />
MIRD (fantoma<br />
mat<strong>em</strong>ático adulto<br />
hermafrodita)<br />
Grandeza de<br />
normalização<br />
K a,i e P KA<br />
K a,i<br />
P KA<br />
Caracterização<br />
• do feixe de raios X<br />
kV, FT e inclinação do<br />
ânodo<br />
kV e FT (filtração total<br />
<strong>da</strong> ampola)<br />
kV e FT<br />
• do paciente<br />
Peso, altura, i<strong>da</strong>de (0,<br />
1, 5, 10, 15 ou adulto)<br />
Peso, altura, sexo<br />
Hom<strong>em</strong> de referência<br />
<strong>da</strong> ICRP 23<br />
(70 kg, 1,70 m)<br />
• <strong>da</strong> geometria de<br />
exposição<br />
FSD, campo (tamanho<br />
e centro), inclinação <strong>da</strong><br />
ampola<br />
FSD, campo (tamanho<br />
e centro), inclinação<br />
<strong>da</strong> ampola<br />
Tipo de exame,<br />
incidência (68 à<br />
escolha – NRPB-R262)
Da avaliação <strong>da</strong> dose paciente <strong>ao</strong> calculo <strong>da</strong> dose nos<br />
órgãos: Exames de mamografia<br />
As grandezas usa<strong>da</strong>s na mamografia<br />
cátodo<br />
ampola de raios X<br />
(kV, mAs, cm 2 ,<br />
ânodo/filtração)<br />
ânodo<br />
filtração adicional<br />
Grandezas usa<strong>da</strong>s na mamografia:<br />
o kerma no ar K a (medição do<br />
output)<br />
Distancia Foco - Mesa ∼ 600 mm<br />
o kerma no ar incidente K a,i<br />
(cálculo <strong>da</strong> <strong>Dose</strong> Glandular Média)<br />
o kerma no ar a superfície de<br />
entra<strong>da</strong> K a,e (estabelecimento e<br />
verificação dos Níveis de Referência<br />
de Diagnóstico)
Da avaliação <strong>da</strong> dose paciente <strong>ao</strong> calculo <strong>da</strong> dose nos<br />
órgãos: Exames de mamografia<br />
Calculo <strong>da</strong> dose glandular media<br />
<br />
<br />
<br />
Na perspectiva <strong>da</strong> avaliação do risco radio-induzido, não faz<br />
sentido calcular a “dose efectiva” uma vez que a mama é o único<br />
órgão exposto à radiação<br />
Foi introduzi<strong>da</strong> uma grandeza específica chama<strong>da</strong> <strong>Dose</strong><br />
Glandular Média, D G , <strong>em</strong> mGy (<strong>em</strong> inglês, “Mean Glandular <strong>Dose</strong><br />
- MGD” ou “Average Glandular <strong>Dose</strong> - AGD”) que permite avaliar<br />
o risco de cancro <strong>da</strong> mama radio-induzido a partir de um factor de<br />
risco específico para a i<strong>da</strong>de e sexo<br />
D G não pode ser medi<strong>da</strong> directamente mas pode ser calcula<strong>da</strong>:<br />
D<br />
G<br />
Ka, i<br />
× cG,<br />
K a , i<br />
= uni<strong>da</strong>de: Gy<br />
K a,i<br />
= f(kV, mAs, ânodo/filtração)<br />
C<br />
G K a , i<br />
,<br />
= f(kV, ânodo/filtração, HVL, espessura <strong>da</strong> mama comprimi<strong>da</strong>, glandulari<strong>da</strong>de <strong>da</strong> mama) [ICRU74]
Da avaliação <strong>da</strong> dose paciente <strong>ao</strong> calculo <strong>da</strong> dose nos<br />
órgãos: Exames de mamografia<br />
Medição directa no paciente ou calculo <strong>da</strong>s grandezas<br />
Geometria <strong>da</strong> exposição para a medição do output e<br />
do HVL [EUR 16263]<br />
K a,i pode ser calculado a partir do output<br />
<br />
Estudo prévio do output = f(kV, mAs, ânodo/filtração, etc.)<br />
[EUR 16263]<br />
K a,e pode ser calculado a partir de K a,i e de um valor<br />
adequado de B [EUR 16263] ou medido directamente<br />
na paciente com dosímetros termoluminescentes<br />
(TLDs)<br />
Escolha do tipo de TLD e calibração dos TLDs [EUR 19604]<br />
Aplicação informática: CalDosisMamo.xls<br />
(http://www.sefm.es/)
Da avaliação <strong>da</strong> dose paciente <strong>ao</strong> calculo <strong>da</strong> dose nos<br />
órgãos: Exames de TC<br />
As grandezas especificas usa<strong>da</strong>s na TC<br />
<br />
A principal quanti<strong>da</strong>de dosimétrica usa<strong>da</strong><br />
<strong>em</strong> TC e o “Índice de kerma no ar/<strong>Dose</strong><br />
de Tomografia Computoriza<strong>da</strong>”, C K<br />
<strong>em</strong><br />
mGy (<strong>em</strong> inglês, “CT Air Kerma/<strong>Dose</strong><br />
Index free-in-air (CTDI a<br />
)” definido pelo<br />
integral do perfil de kerma no ar, K a<br />
(z), <strong>ao</strong><br />
longo de uma linha paralela <strong>ao</strong> eixo de<br />
rotação, z, dividido pela colimação do<br />
feixe nominal <strong>em</strong> z (<strong>em</strong> MSCT, produto do<br />
número de cortes, N, pela espessura de<br />
corte, T) para uma única rotação <strong>da</strong><br />
ampola e uma posição fixa <strong>da</strong> mesa<br />
C<br />
+∞<br />
1<br />
∫<br />
K<br />
Ka<br />
( z)<br />
N × T<br />
−∞<br />
= dz<br />
uni<strong>da</strong>de: Gy
Da avaliação <strong>da</strong> dose paciente <strong>ao</strong> calculo <strong>da</strong> dose nos<br />
órgãos: Exames de TC<br />
As grandezas especificas usa<strong>da</strong>s na TC<br />
<br />
Na prática, o Índice de kerma no ar de TC é medido com uma<br />
câmara de ionização do tipo lápis, de 100 mm de comprimento,<br />
calibra<strong>da</strong> <strong>em</strong> kerma no ar<br />
C<br />
K<br />
+ 50<br />
1<br />
, 100<br />
=<br />
×<br />
∫ Ka<br />
( z)<br />
N T<br />
−50<br />
uni<strong>da</strong>de: Gy<br />
dz<br />
10 cm de comprimento<br />
<br />
P<br />
K<br />
A CI pode estar calibra<strong>da</strong> <strong>em</strong> termos de kerma no ar, K a , ou <strong>em</strong><br />
termos de “produto kerma no ar-comprimento”, P K,100 , <strong>em</strong> Gy.cm<br />
(<strong>em</strong> inglês, “Air kerma-lenght product”). O valor de C K,100 é<br />
calculado a partir do resultado <strong>da</strong> leitura e <strong>da</strong> colimação nominal<br />
do feixe (N x T para MSCT) conforme a expressão seguinte:<br />
+ 50<br />
, 100<br />
= ∫ Ka<br />
( L)<br />
dL = Ka<br />
× 10<br />
−50<br />
uni<strong>da</strong>de: Gy.cm<br />
Válido se K a<br />
(L) constante <strong>ao</strong> longo de L e nulo fora<br />
C<br />
K ,100<br />
=<br />
P<br />
K ,100<br />
N × T<br />
=<br />
Ka<br />
× 10<br />
N × T
Da avaliação <strong>da</strong> dose paciente <strong>ao</strong> calculo <strong>da</strong> dose nos<br />
órgãos: Exames de TC<br />
As grandezas especificas usa<strong>da</strong>s na TC<br />
O “Índice de kerma no ar de TC<br />
ponderado”, C K,PMMA,w , <strong>em</strong> mGy (<strong>em</strong><br />
inglês, “Weighted CT Air Kerma/<strong>Dose</strong><br />
Index, CTDI w ”) é medido num fantoma de<br />
dosimetria de TC padrão e é definido pela<br />
soma pondera<strong>da</strong> do Índice de kerma no<br />
ar de TC medido no centro (C K,PMMA,100,c )<br />
e na periferia (C K,PMMA,100,p ) do fantoma,<br />
sendo que o Índice de kerma no ar de TC<br />
medido com uma câmara de tipo lápis de<br />
10 cm de comprimento num fantoma<br />
padrão de dosimetria de TC de PMMA é<br />
anotado C K,PMMA,100<br />
C<br />
+ 50<br />
1<br />
K , PMMA,100<br />
=<br />
×<br />
∫ Ka,<br />
PMMA(<br />
z)<br />
N T<br />
−50<br />
dz<br />
C<br />
K , PMMA,<br />
w<br />
=<br />
C<br />
K , PMMA,100,<br />
c<br />
+<br />
2 × CK.<br />
PMMA,100,<br />
p<br />
3<br />
uni<strong>da</strong>de: Gy<br />
uni<strong>da</strong>de: Gy<br />
• A medição de C K,PMMA,w dá-nos uma estimativa <strong>da</strong> dose media num fantoma de TC padrão para uma rotação <strong>da</strong><br />
ampola e dá-nos a uma informação quantitativa acerca <strong>da</strong> selecção dos parâmetros de exposição<br />
• A dose media no plano de rotação <strong>da</strong> ampola não mu<strong>da</strong> com o comprimento do varrimento, mas o risco para o<br />
paciente mu<strong>da</strong>, <strong>da</strong>í…
Da avaliação <strong>da</strong> dose paciente <strong>ao</strong> calculo <strong>da</strong> dose nos<br />
órgãos: Exames de TC<br />
As grandezas especificas usa<strong>da</strong>s na TC<br />
“Índice de kerma no ar de TC volume”, C K,PMMA,vol , <strong>em</strong><br />
mGy (<strong>em</strong> inglês, “Volume CT Air Kerma/<strong>Dose</strong> Index,<br />
CTDI vol ”):<br />
C<br />
C<br />
K , PMMA,<br />
w<br />
K , PMMA,<br />
vol<br />
=<br />
uni<strong>da</strong>de: Gy<br />
pitch<br />
pitch<br />
=<br />
∆d<br />
N × T<br />
Pitch: Razão entre o avanço <strong>da</strong> mesa<br />
∆d (<strong>em</strong> mm) e a colimação do feixe (Nº<br />
de cortes x espessura do corte por<br />
ca<strong>da</strong> rotação <strong>da</strong> ampola para MSCT)
Da avaliação <strong>da</strong> dose paciente <strong>ao</strong> calculo <strong>da</strong> dose nos<br />
órgãos: Exames de TC<br />
As grandezas especificas usa<strong>da</strong>s na TC<br />
<br />
“Produto kerma no ar de TC-comprimento”, P KL,CT , <strong>em</strong> Gy.cm,<br />
(<strong>em</strong> inglês, “CT air kerma/dose-length product (DLP)” para um<br />
exame completo de TC:<br />
Varrimento sequencial/axial<br />
=∑<br />
j<br />
P<br />
KL,<br />
CT nCK<br />
, PMMA,<br />
wj<br />
T<br />
uni<strong>da</strong>de: Gy.cm<br />
Varrimento helicoi<strong>da</strong>l<br />
j<br />
N<br />
j<br />
mAs<br />
j<br />
• j: ca<strong>da</strong> varrimento do estudo completo<br />
• n<br />
C K,PMMA,wj<br />
: C K,PMMA,wj<br />
medido no fantoma de<br />
cabeça/corpo, normalizado <strong>ao</strong>s mAs j<br />
(mGy/mAs)<br />
para kV j<br />
e T j<br />
usados no varrimento j<br />
• N j<br />
: número de cortes<br />
• T j<br />
: espessura nominal do corte (cm)<br />
• mAs j<br />
: produto <strong>da</strong> corrente <strong>da</strong> ampola pelo t<strong>em</strong>po<br />
de exposição usado para ca<strong>da</strong> corte<br />
P<br />
KL,<br />
CT<br />
∑<br />
=<br />
nCK<br />
, PMMA,<br />
wj<br />
j<br />
T<br />
uni<strong>da</strong>de: Gy.cm<br />
j<br />
mA<br />
j<br />
t<br />
j<br />
• T j<br />
: espessura nominal do corte (cm)<br />
• mA j<br />
: corrente <strong>da</strong> ampola usa<strong>da</strong> para ca<strong>da</strong> rotaç<strong>ao</strong><br />
• t j<br />
: t<strong>em</strong>po de aquisição total (s) usado para o<br />
varrimento j
Da avaliação <strong>da</strong> dose paciente <strong>ao</strong> calculo <strong>da</strong> dose nos<br />
órgãos: Exames de TC<br />
As grandezas especificas usa<strong>da</strong>s na TC<br />
Para TC multi-cortes (MSCT):<br />
= C × ( NT ) × n mAs<br />
, CT ∑ n K , PMMA wj<br />
j j<br />
×<br />
j uni<strong>da</strong>de: Gy.cm<br />
P<br />
KL<br />
,<br />
j<br />
• j: ca<strong>da</strong> varrimento do estudo completo<br />
• n C K,PMMA,wj : C K,PMMA,wj normalizado <strong>ao</strong>s mAs j (mGy/mAs)<br />
• NT j : colimação nominal do feixe <strong>ao</strong> longo do eixo de rotação z (cm), i.e., produto do<br />
número de secções tomográficas pela espessura nominal de ca<strong>da</strong> secção, T (mm),<br />
adquiri<strong>da</strong>s com uma única rotação <strong>da</strong> ampola<br />
• n j : número de rotações <strong>da</strong> ampola<br />
• mAs j : produto <strong>da</strong> corrente <strong>da</strong> ampola de raios X pelo t<strong>em</strong>po de exposição<br />
L<br />
P<br />
KL,<br />
CT<br />
= ∑ × L<br />
j<br />
∑ CK<br />
, PMMA,<br />
w,<br />
j<br />
× = CK<br />
, PMMA,<br />
vol,<br />
j<br />
j<br />
pitchj<br />
j<br />
j<br />
uni<strong>da</strong>de: Gy.cm<br />
• L: comprimento do varrimento (cm). Para varrimentos helicoi<strong>da</strong>is, L inclui as<br />
rotações adicionais realiza<strong>da</strong>s nas extr<strong>em</strong>i<strong>da</strong>des do comprimento do varrimento<br />
programado, que serv<strong>em</strong> para a interpolação dos <strong>da</strong>dos. Para varrimentos axiais, L é<br />
a distância entre as margens externas do 1º e último corte do varrimento.<br />
• A monitorização de P KL,CT dá-nos uma informação quantitativa acerca <strong>da</strong> exposição total para o exame completo de TC.<br />
• P KL,CT está relacionado com o risco radiológico.
Da avaliação <strong>da</strong> dose paciente <strong>ao</strong> calculo <strong>da</strong> dose nos<br />
órgãos: Exames de TC<br />
NRDs avaliados <strong>em</strong> termos de C K,PMMA,w por<br />
varrimento e P KL,CT para o exame completo<br />
Na prática, estudo prévio do C K,PMMA,w <strong>em</strong> função dos<br />
parâmetros de exposição e cálculo do C K,PMMA,w<br />
especifico para ca<strong>da</strong> paciente de acordo com os<br />
parâmetros usados durante o exame<br />
Na impossibili<strong>da</strong>de de usar um fantoma, o Índice de<br />
kerma no ar de TC ponderado (C K,PMMA,w ) pode ser<br />
estimado a partir do Índice de kerma no ar de TC<br />
C K,100 e de factores de conversão que foram tabulados<br />
para alguns modelos de tomógrafos pelo ImPACT<br />
(www.impactscan.org)
Da avaliação <strong>da</strong> dose paciente <strong>ao</strong> calculo <strong>da</strong> dose nos<br />
órgãos: Exames de TC<br />
<br />
<br />
<br />
O DLP para o exame completo é calculado a partir <strong>da</strong> soma dos<br />
DLPs por ca<strong>da</strong> varrimento e os DLPs por varrimento são aditivos<br />
se respeitar<strong>em</strong> <strong>ao</strong> mesmo fantoma padrão (cabeça ou corpo).<br />
Conforme a precisão requeri<strong>da</strong>, a dose nos órgãos e a dose<br />
efectiva pod<strong>em</strong> ser calcula<strong>da</strong>s usando aplicações informáticas<br />
(CTDosimetry.xls, CT-Expo, CT <strong>Dose</strong>…) ou a dose efectiva pode<br />
ser estima<strong>da</strong> a partir de coeficientes de conversão publicados na<br />
literatura [ICRU 74].<br />
A informação de dose paciente está disponível na consola do<br />
operador (no caso dos tomógrafos, interessa o valor afixado na<br />
consola no final do exame) ou no arquivo do cabeçalho DICOM. É<br />
importante verificar a fiabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s grandezas e dos valores<br />
indicados (calibração in situ). A utilização desses valores torna<br />
muito mais fácil a realização de um survey sobre a dose paciente.
Documentos de referência<br />
ICRU Report 74: Patient Dosimetry for X Rays<br />
used in Medical Imaging, 2005<br />
Normalização <strong>da</strong>s grandezas de dose e uni<strong>da</strong>des<br />
usa<strong>da</strong>s no radiodiagnóstico<br />
IAEA TRS457: Dosimetry in Diagnostic<br />
Radiology: An International Code of Practice,<br />
2007<br />
Formalismo dosimétrico (determinação <strong>da</strong>s<br />
grandezas dosimétricas e estimativa <strong>da</strong> incerteza<br />
associa<strong>da</strong>)<br />
Código de prática para a determinação de dose na<br />
prática clínica, i.e., “como fazer”