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REGULAÇÃO - Tribunal de Contas da União

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<strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> <strong>da</strong> União<br />

foi abandonado o sistema <strong>de</strong> autofinanciamento do setor, pois se constituía em<br />

barreira à entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> novos usuários <strong>de</strong>vido ao alto custo <strong>da</strong>s linhas;<br />

foi adotado um mo<strong>de</strong>lo tarifário baseado em incentivos à eficiência empresarial 14<br />

em <strong>de</strong>trimento <strong>da</strong>s tarifas por custos <strong>de</strong> serviços anteriormente aplica<strong>da</strong>s;<br />

a privatização foi acompanha<strong>da</strong> <strong>de</strong> plano <strong>de</strong> metas <strong>de</strong> universalização, com<br />

obrigações atribuí<strong>da</strong>s aos novos concessionários;<br />

foi <strong>de</strong>linea<strong>da</strong> uma cadência para abertura à competição do setor;<br />

foram manti<strong>da</strong>s atribuições inerentes à formulação <strong>de</strong> políticas e diretrizes na<br />

administração direta 15 ;<br />

foi cria<strong>da</strong> uma agência reguladora setorial – a Agência Nacional <strong>de</strong><br />

Telecomunicações (Anatel).<br />

SETOR DE ENERGIA ELÉTRICA<br />

86<br />

A primeira meta<strong>de</strong> do século XIX foi marca<strong>da</strong> por uma intensa urbanização e pelo<br />

aumento <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> por energia elétrica como insumo essencial para movimentar o<br />

parque industrial brasileiro. Nesse mesmo período, consoli<strong>da</strong>va-se a hidreletrici<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

como base <strong>da</strong> matriz <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> energia no Brasil, diferentemente <strong>de</strong> outras nações<br />

<strong>da</strong> vanguar<strong>da</strong> industrial, em que prepon<strong>de</strong>rava a termeletrici<strong>da</strong><strong>de</strong>. Nessa época, duas<br />

empresas estrangeiras monopolizavam os serviços <strong>de</strong> geração e <strong>de</strong> distribuição nos<br />

principais centros urbanos brasileiros, a cana<strong>de</strong>nse Brazilian Traction, Light and Power<br />

Company (Light) e a norte-americana American & Foreign Power Company (Amforp).<br />

Para superar pontos <strong>de</strong> estrangulamento na geração e transmissão <strong>de</strong> eletrici<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

Getúlio Vargas, a partir <strong>de</strong> seu segundo man<strong>da</strong>to presi<strong>de</strong>ncial, passou a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a<br />

intervenção estatal no setor. A Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobrás) – holding estatal<br />

para a geração <strong>de</strong> energia – foi cria<strong>da</strong> em junho <strong>de</strong> 1962, já no governo <strong>de</strong> Jânio<br />

Quadros, apesar <strong>de</strong> o projeto <strong>da</strong> lei que as instituiu ter sido encaminhado ao Congresso<br />

Nacional por Getúlio Vargas, na primeira meta<strong>de</strong> <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 50.<br />

Com o advento <strong>da</strong> Eletrobrás, começava-se a produzir levantamentos coor<strong>de</strong>nados<br />

dos potenciais energéticos nacionais. Também foi <strong>da</strong>do início a um processo <strong>de</strong> aquisição<br />

<strong>da</strong>s empresas priva<strong>da</strong>s num movimento <strong>de</strong> estatização do setor elétrico. Durante o regime<br />

militar, a Eletrobrás viria a se consoli<strong>da</strong>r como agência planejadora e financiadora, além<br />

<strong>de</strong> holding <strong>de</strong> empresas fe<strong>de</strong>rais (Eletrobrás, 2004).<br />

O que se observa, a partir <strong>da</strong> intervenção estatal no setor elétrico brasileiro<br />

–principalmente a partir <strong>de</strong> meados <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 60 –, é uma forte regulação técnica,<br />

para <strong>de</strong>finir padrões <strong>de</strong> operação 16 , o agrupamento <strong>de</strong> diversas empresas em torno <strong>de</strong><br />

concessões estaduais e a consoli<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> uma matriz institucional capaz <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nar<br />

as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> indústria <strong>de</strong> eletrici<strong>da</strong><strong>de</strong>, bem como sua expansão, em todo o Território<br />

Nacional. Nesse contexto, surgem o Sistema Nacional <strong>de</strong> Eletrificação, o Conselho<br />

Nacional <strong>de</strong> Águas e Energia Elétrica (CNAE), o Departamento Nacional <strong>de</strong> Águas e<br />

Energia (DNAE), o Comitê Coor<strong>de</strong>nador para Operação Interliga<strong>da</strong> (CCOI), o Centro<br />

<strong>de</strong> Pesquisas <strong>de</strong> Energia Elétrica (Cepel) e o Grupo Coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Planejamento dos<br />

Sistemas Elétricos (GCPS).

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