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REGULAÇÃO - Tribunal de Contas da União

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<strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> <strong>da</strong> União<br />

ao sistema <strong>de</strong> telefonia fixa – serviço público exercido em regime <strong>de</strong> concessão que <strong>de</strong>ve<br />

ser obrigatoriamente garantido pelo Estado.<br />

A TPPR analisa a regulação como um mercado formado por <strong>de</strong>man<strong>da</strong>ntes e<br />

ofertantes <strong>de</strong> regulação, aplicando os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> escolha pública e do principal-agente<br />

à <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> funções regulatórias a reguladores e ao relacionamento estabelecido<br />

entre Po<strong>de</strong>res Executivo, Legislativo, Judiciário e grupos <strong>de</strong> pressão na geração, exercício,<br />

fiscalização e controle <strong>da</strong> regulação.<br />

Uma auditoria operacional realiza<strong>da</strong> pelo <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> <strong>da</strong> União na Anatel<br />

sobre o acompanhamento <strong>da</strong>s metas <strong>de</strong> universalização, foi principal referência para este<br />

trabalho e a análise dos resultados obtidos foi apresenta<strong>da</strong> com o enfoque <strong>da</strong> TPPR.<br />

O artigo está dividido em seis seções: na seção 2 é apresenta<strong>da</strong> uma contextualização<br />

do tema e o embasamento teórico <strong>da</strong> TPPR; a seção 3, <strong>de</strong>screve o Plano Geral <strong>de</strong> Metas<br />

<strong>de</strong> Universalização (PGMU) e analisa suas implicações para as concessionárias e para<br />

o Regulador; na seção 4 é feito um diagnóstico <strong>da</strong> cobertura dos serviços <strong>de</strong> telefonia<br />

realizado a partir <strong>de</strong> bases <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos produzi<strong>da</strong>s pelo Instituto Nacional <strong>de</strong> Geografia<br />

e Estatística (IBGE), consi<strong>de</strong>rando aspectos socioeconômicos e regionais <strong>da</strong> população<br />

brasileira, e analisa a evolução <strong>de</strong>sta cobertura para períodos pré e pós-privatização; a<br />

seção 6 trata do processo <strong>de</strong> fiscalização <strong>da</strong> Anatel, o que envolve uma avaliação dos<br />

processos, ferramentas e procedimentos utilizados pela Agência e <strong>de</strong>monstra como seria<br />

um processo <strong>de</strong> fiscalização com o apoio <strong>de</strong> um Sistema <strong>de</strong> Informações Georreferencia<strong>da</strong>s<br />

(SIG). Ao final, são apresenta<strong>da</strong>s a correlação entre os paradigmas <strong>da</strong> TPPR e os principais<br />

achados e consi<strong>de</strong>rações finais.<br />

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A problematização <strong>de</strong>ste artigo consiste no fato <strong>de</strong> que o cumprimento <strong>da</strong>s metas<br />

<strong>de</strong> universalização consi<strong>de</strong>ra uma série <strong>de</strong> aspectos, que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> até<br />

a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos acessos aos serviços <strong>de</strong> telefonia pública, correlacionados com a<br />

ren<strong>da</strong> <strong>da</strong> população, conforme critérios estabelecidos pelo IBGE. Então, as seguintes<br />

questões se apresentam: Quem realmente está tendo acesso aos serviços <strong>de</strong> telefonia<br />

fixa individual e coletiva no Brasil? Como a Anatel fiscaliza o cumprimento <strong>da</strong>s metas <strong>de</strong><br />

universalização? Como estão sendo aplica<strong>da</strong>s as sanções no caso <strong>de</strong> não-cumprimento?<br />

Que atores <strong>de</strong>terminaram a atual conformação dos serviços, <strong>de</strong> que forma e em nome<br />

<strong>de</strong> quais interesses? Quais foram, em última instância, as conseqüências do processo <strong>de</strong><br />

privatização em termos <strong>da</strong> universalização dos serviços <strong>de</strong> telecomunicações no Brasil?<br />

2 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA<br />

Antes <strong>de</strong> prosseguir, cabe esclarecer que, em gran<strong>de</strong> medi<strong>da</strong>, as constatações e<br />

resultados apresentados nessa monografia foram colhidos no <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

profissionais <strong>de</strong>ste pesquisador como Analista <strong>de</strong> Controle Externo do <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong><br />

<strong>da</strong> União (TCU), atuando na Secretaria <strong>de</strong> Fiscalização <strong>de</strong> Desestatização (Sefid).<br />

Os trabalhos <strong>de</strong>senvolvidos no TCU relacionados ao acompanhamento <strong>da</strong><br />

privatização e <strong>da</strong> regulação são <strong>de</strong> diversas naturezas: avaliação <strong>da</strong> mo<strong>de</strong>lagem<br />

econômico-financeira <strong>da</strong>s empresas a privatizar e <strong>de</strong> novos planos <strong>de</strong> <strong>de</strong>legação <strong>de</strong><br />

serviços públicos, auditorias operacionais e <strong>de</strong> conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> nas agências reguladoras,<br />

acompanhamento <strong>de</strong> revisões tarifárias, análises <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação institucional e<br />

macro-regulação, entre outros.

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