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REGULAÇÃO - Tribunal de Contas da União

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<strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> <strong>da</strong> União<br />

Gráfico 5 – Coeficientes <strong>de</strong> concentração para o acesso a telefones no Brasil.<br />

0,700<br />

0,600<br />

0,500<br />

0,400<br />

C fone fixo<br />

C fixo e cel<br />

0,300<br />

C eletrici<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

0,200<br />

0,100<br />

1992 1994 1996 1998 2000 2002<br />

1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2001 c/cel. 2002 c/cel.<br />

C fone fixo 0,601 0,604 0,598 0,557 0,533 0,493 0,444 0,311 0,307<br />

0,277 0,264<br />

C eletrici<strong>da</strong><strong>de</strong> 0,074 0,069 0,060 0,051 0,050 0,044 0,037 0,028 0,024<br />

Fonte: IBGE, PNADs 1992 a 2002 em micro<strong>da</strong>dos.<br />

A partir do Gráfico 5 é possível verificar que a redução na <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong> ao acesso<br />

dos serviços <strong>de</strong> telefonia iniciou-se entre 1995 e 1996, como resultado <strong>da</strong> preparação do<br />

setor para o processo <strong>de</strong> privatização. Ao longo do período 1995-2001, observa-se uma<br />

redução mais acentua<strong>da</strong> nos coeficientes <strong>de</strong> concentração <strong>de</strong> telefonia, diferentemente do<br />

observado para energia elétrica, em que a lenta redução <strong>de</strong>ste coeficiente é manti<strong>da</strong>.<br />

414<br />

Além dos efeitos <strong>da</strong> regulação, é possível observar que a introdução <strong>de</strong> novas<br />

tecnologias (no caso, a telefonia celular) também contribuiu para tornar mais eqüitativa<br />

a distribuição <strong>de</strong> telefones. Ao calcular o coeficiente <strong>de</strong> concentração incluindo o acesso<br />

a telefones celulares, verifica-se que o valor é inferior ao do coeficiente calculado apenas<br />

para telefones fixos no ano <strong>de</strong> 2002. Assim, é possível concluir que a telefonia celular<br />

contribui positivamente para a universalização dos serviços <strong>de</strong> telefonia.<br />

A aparente estagnação do coeficiente <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong> no acesso a telefones fixos<br />

verifica<strong>da</strong> em 2002 (é preciso dispor <strong>de</strong> mais anos para confirmar a tendência) po<strong>de</strong> ser<br />

sinal <strong>de</strong> que, a partir <strong>da</strong>í, a barreira mais relevante ao acesso a telefones fixos não seja<br />

mais a oferta, mas a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> pelos serviços. Uma explicação para isso po<strong>de</strong> ser o fato<br />

<strong>de</strong> telefones fixos terem uma tarifa <strong>de</strong> acesso, diferentemente <strong>de</strong> celulares pré-pagos, cujo<br />

crescimento especialmente entre a classe média e baixa continua sendo expressivo.<br />

EVOLUÇÃO POR REGIÕES<br />

É fun<strong>da</strong>mental correlacionar a análise regional <strong>da</strong> expansão dos serviços com<br />

a análise por faixa <strong>de</strong> ren<strong>da</strong>. Os 20% mais pobres <strong>da</strong> população brasileira, que ain<strong>da</strong><br />

apresentam taxas <strong>de</strong> acesso à energia elétrica significativamente menores que os <strong>de</strong>mais é<br />

em sua absoluta maioria composta por habitantes <strong>da</strong> zona rural. Como era <strong>de</strong> se esperar, a<br />

expansão dos serviços <strong>de</strong> energia elétrica na zona rural segue o mesmo padrão verificado<br />

para os 20% mais pobres, em relação aos <strong>de</strong>mais: apesar <strong>da</strong> cobertura na zona rural<br />

crescer mais doque para a zona urbana, o ritmo <strong>de</strong> expansão manteve-se praticamente<br />

estável ao longo do período 1992-2002, com ligeira que<strong>da</strong> após as reformas.

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