09.03.2014 Views

REGULAÇÃO - Tribunal de Contas da União

REGULAÇÃO - Tribunal de Contas da União

REGULAÇÃO - Tribunal de Contas da União

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> <strong>da</strong> União<br />

<strong>de</strong>mais setores que movimentam a economia do Brasil. Assim, há uma gran<strong>de</strong> preocupação<br />

do governo e dos empresários quanto a matriz enérgica brasileira e sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

acompanhar o crescimento do País, para que esse setor não se torne um obstáculo para o<br />

nosso <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

O Estado <strong>de</strong>ve assegurar os investimentos necessários para a expansão e<br />

manutenção <strong>da</strong> planta elétrica, seja através <strong>de</strong> recursos públicos ou <strong>de</strong> recursos privados.<br />

No entanto, a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> investimento do setor público é reduzi<strong>da</strong> e, assim, o governo<br />

optou pela <strong>de</strong>legação dos serviços <strong>de</strong> energia elétrica ao setor privado.<br />

Essa ação está respal<strong>da</strong><strong>da</strong> pela Constituição Fe<strong>de</strong>ral, que tem previsão expressa <strong>de</strong><br />

que o serviço <strong>de</strong> energia elétrica é <strong>de</strong> competência <strong>da</strong> União, po<strong>de</strong>ndo esta <strong>de</strong>legar a sua<br />

prestação a entes privados.<br />

O setor elétrico po<strong>de</strong> ser dividido nos setores <strong>de</strong> geração, transmissão e<br />

distribuição.<br />

O setor <strong>de</strong> geração refere-se à exploração dos potenciais energéticos (hídricos,<br />

eólicos ou combustíveis) para a geração <strong>de</strong> energia e sua reven<strong>da</strong> para empresas do<br />

setor <strong>de</strong> distribuição. O setor <strong>de</strong> transmissão é responsável pelo transporte <strong>da</strong> energia <strong>da</strong>s<br />

geradoras até as empresas distribuidoras.<br />

O setor <strong>de</strong> distribuição é responsável pela entrega <strong>da</strong> energia elétrica diretamente às<br />

indústrias e às residências, sendo esta a parte <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> produção que li<strong>da</strong> diretamente<br />

com os usuários.<br />

320<br />

Aspectos Gerais <strong>da</strong>s Concessões <strong>de</strong> Distribuição <strong>de</strong> Energia Elétrica<br />

O serviço <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> energia comporta-se como um monopólio natural, pois<br />

é mais viável economicamente, em função dos custos e dos investimentos necessários, o<br />

serviço ser prestado através <strong>de</strong> uma única re<strong>de</strong> do que duplicar a re<strong>de</strong> existente usa<strong>da</strong> na<br />

distribuição <strong>da</strong> energia até as casas, como os postes, transformadores e condutores. Esta é<br />

a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> brasileira, embora já se comece a <strong>de</strong>senhar uma alternativa <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong>sse<br />

setor em um cenário <strong>de</strong> competição para os chamados consumidores livres, que são aqueles<br />

com alta <strong>de</strong>man<strong>da</strong> e que recebem energia em alta tensão, como indústrias e si<strong>de</strong>rúrgicas.<br />

Em face <strong>de</strong>ssa característica monopolística <strong>de</strong> prestação do serviço <strong>de</strong> distribuição<br />

<strong>de</strong> energia elétrica e ao seu caráter essencial à socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, com as empresas <strong>de</strong><br />

distribuição aten<strong>de</strong>ndo quarenta e sete milhões <strong>de</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s consumidoras, <strong>da</strong>s quais 85%<br />

consumidores resi<strong>de</strong>nciais, cabe ao Estado regular a prestação do serviço, e, em particular,<br />

perseguir o princípio <strong>da</strong> eficiência e <strong>da</strong> modici<strong>da</strong><strong>de</strong> tarifária, tendo assim a obrigação <strong>de</strong><br />

acompanhar o equilíbrio econômico-financeiro <strong>de</strong>ssas concessões.<br />

Contudo, a garantia <strong>da</strong> remuneração a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> aos concessionários também<br />

<strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>, <strong>de</strong> forma que esses sejam incentivados a realizar investimentos que<br />

garantam a prestação do serviço com quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, sem interrupções freqüentes <strong>de</strong> energia<br />

e <strong>de</strong>ntro dos padrões técnicos que garantam segurança aos consumidores, e permitam o<br />

crescimento do País sem a preocupação do gargalo <strong>de</strong> fornecimento <strong>de</strong> energia e risco <strong>de</strong><br />

apagão, como já ocorrido anteriormente.<br />

Esse fato gerou o <strong>de</strong>sequilíbrio econômico-financeiro <strong>da</strong>s empresas <strong>de</strong> distribuição,<br />

uma vez que em face <strong>da</strong> insuficiência <strong>de</strong> recursos energéticos, o governo tomou ações que

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!