09.03.2014 Views

REGULAÇÃO - Tribunal de Contas da União

REGULAÇÃO - Tribunal de Contas da União

REGULAÇÃO - Tribunal de Contas da União

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

2.2 Amortização <strong>de</strong> Empréstimos<br />

3 Fluxo <strong>de</strong> Caixa do Período = [(1) - (2)]<br />

Taxa <strong>de</strong> Interna <strong>de</strong> Retorno do Investimentos – TIR<br />

Não alavanca<strong>da</strong><br />

Alavanca<strong>da</strong><br />

Alguns dos editais exigiam somente a apresentação <strong>da</strong> TIR alavanca<strong>da</strong>, em outros<br />

a concessionária apresentou as duas taxas <strong>de</strong> retorno do investimento. No próximo item<br />

apresentar-se-á sobre a alavancagem financeira no fluxo <strong>de</strong> caixa <strong>de</strong> rodovias fe<strong>de</strong>rias e<br />

no item posterior discorrer-se-á sobre a TIR.<br />

2.5 A alavancagem financeira nos fluxos <strong>de</strong> caixa <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> rodovia<br />

fe<strong>de</strong>ral<br />

Inicialmente cabe comentar o que seja o fluxo <strong>de</strong> caixa numa empresa nãoalavanca<strong>da</strong>:<br />

Uma empresa não-alavanca<strong>da</strong> não tem dívi<strong>da</strong>s e, portanto, não se obriga a<br />

pagamentos <strong>de</strong> juros e principal. Em compensação, também financia todo<br />

<strong>de</strong>sembolso <strong>de</strong> capital e as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> capital <strong>de</strong> giro com patrimônio<br />

líquido. (DAMODARAN, 1997, p.124)<br />

Já para uma empresa alavanca<strong>da</strong>, o mesmo autor assim leciona:<br />

Uma empresa alavanca<strong>da</strong> necessita, além <strong>de</strong> realizar todos os dispêndios feitos<br />

por uma empresa não-alavanca<strong>da</strong>, gerar fluxos <strong>de</strong> caixa para cobrir <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong><br />

juros e pagamentos <strong>de</strong> principal. Uma empresa alavanca<strong>da</strong>, entretanto, também<br />

financia parte <strong>de</strong> seus <strong>de</strong>sembolsos <strong>de</strong> capital e necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> capital <strong>de</strong> giro<br />

com dívi<strong>da</strong>, reduzindo, assim, o investimento em patrimônio líquido necessário.<br />

(DAMODARAN, 1997, p.124)<br />

227<br />

Ressalte-se que, na operação normal <strong>de</strong> um projeto, financiar todo o investimento<br />

por ele requerido com capital próprio, ou seja, com um fluxo <strong>de</strong> caixa All Equity Cost<br />

of Capital, é praticamente inviável. Assim, a maioria dos investimentos exige para a<br />

sua viabilização uma relação otimiza<strong>da</strong> entre o nível <strong>de</strong> capital próprio e o <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong>,<br />

alcançando, assim, a conveniente alavancagem financeira do empreendimento.<br />

Dessa forma, ao se consi<strong>de</strong>rar a parcela <strong>de</strong> capital <strong>de</strong> terceiros na composição do<br />

capital total <strong>de</strong> um empreendimento, tem-se o fluxo <strong>de</strong> caixa na ótica do acionista. Ao se<br />

consi<strong>de</strong>rar somente a participação <strong>de</strong> capital próprio, tem-se o fluxo <strong>de</strong> caixa do projeto.<br />

Dessa forma, existem dois fluxos <strong>de</strong> caixa in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, portanto, <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>rados<br />

separa<strong>da</strong>mente: o fluxo <strong>de</strong> caixa do projeto e o fluxo <strong>de</strong> caixa do financiamento.<br />

A alavancagem financeira nos fluxos <strong>de</strong> caixa <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> rodovia fe<strong>de</strong>ral<br />

consiste no procedimento incorreto <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar as rubricas relativas ao financiamento,<br />

ou seja, ao capital <strong>de</strong> terceiros – rubrica Juros Empréstimos no Resultado Contábil<br />

(obras civis e equipamentos) e rubricas Empréstimos e Amortização <strong>de</strong> Empréstimos no<br />

Resultado Financeiro – no fluxo <strong>de</strong> caixa do projeto. O fluxo <strong>de</strong> caixa sem consi<strong>de</strong>rar as<br />

cita<strong>da</strong>s rubricas (Juros Empréstimos, Empréstimos e Amortização <strong>de</strong> Empréstimos) é tido<br />

como não-alavancado.<br />

Regulação <strong>de</strong> serviços públicos e controle externo

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!