sumário - Instituto Politécnico de Viseu
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No concurso nacional <strong>de</strong> acesso ao ensino superior do<br />
corrente ano foram disponibilizadas 51.500 vagas,<br />
tendo-se candidatado, apenas, 41.800 estudantes.<br />
Ficaram, por isso, 9.700 vagas por preencher, com<br />
especial <strong>de</strong>staque para os cursos <strong>de</strong> engenharia que<br />
tiveram os piores resultados.<br />
Esta situação, associada à falta <strong>de</strong> financiamento, tem<br />
contribuído para ser criada na opinião pública a convicção<br />
da necessida<strong>de</strong> da reestruturação da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino<br />
superior.<br />
Recentemente, tive a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer uma análise<br />
comparativa, por cada um dos distritos, do número <strong>de</strong><br />
candidatos <strong>de</strong>les provenientes e do número <strong>de</strong> vagas<br />
disponibilizadas pelas instituições públicas <strong>de</strong> ensino<br />
superior aí localizadas.<br />
Verifiquei que:<br />
- Na Zona Norte do país havia um equilíbrio relativo<br />
<strong>de</strong> vagas e candidatos, e como tal um equilíbrio na<br />
mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro da região.<br />
- Na Zona Centro verifica-se um <strong>de</strong>sequilíbrio significativo,<br />
com particular <strong>de</strong>staque para Coimbra com mais 3 100<br />
vagas que candidatos. A mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro da região<br />
está <strong>de</strong>sequilibrada. Verifica-se um maior fluxo do interior<br />
para o litoral o que po<strong>de</strong>rá estar a contribuir para a<br />
<strong>de</strong>sertificação do interior do País.<br />
- Na Zona do Alentejo o <strong>de</strong>sequilíbrio existente é muito<br />
pouco significativo.<br />
- Na Zona <strong>de</strong> Lisboa volta a verificar-se uma diferença<br />
significativa entre vagas e candidatos. Lisboa apresenta<br />
mais 4.300 vagas. Confirma-se, assim a existência dum<br />
gran<strong>de</strong> fluxo do interior para Lisboa com implicações<br />
negativas em especial nos distritos <strong>de</strong> Setúbal, Santarém<br />
e da região do Alentejo.<br />
SUMÁRIO<br />
I<strong>de</strong>ntificado o <strong>de</strong>sajustamento global <strong>de</strong> mais 9.700<br />
vagas do que candidatos é, agora, necessário procurar<br />
i<strong>de</strong>ntificar as suas causas.<br />
As mais frequentemente apontadas são a redução da taxa<br />
<strong>de</strong> natalida<strong>de</strong>, a crise, a emigração dos jovens.<br />
Numa classificação ABC, utilizada frequentemente na<br />
gestão, estes fatores constituirão, do meu ponto <strong>de</strong> vista,<br />
a classe C do problema, a <strong>de</strong> menor importância.<br />
Julgo que esta redução po<strong>de</strong>rá ser, nos próximos<br />
anos, compensada pelo alargamento da escolarida<strong>de</strong><br />
obrigatória para o 12º ano.<br />
Do meu ponto <strong>de</strong> vista, o fator fundamental, o <strong>de</strong> classe<br />
A, tem a ver com a falta <strong>de</strong> regulação do subsistema,<br />
fundamentalmente em dois aspetos:<br />
- O primeiro pren<strong>de</strong>-se com o aumento significativo <strong>de</strong><br />
vagas no ensino diurno.<br />
Até há dois anos, só era possível aumentar vagas e<br />
cursos no ensino noturno e pós-laboral tendo em vista<br />
o reforço da formação <strong>de</strong> ativos. A partir <strong>de</strong> 2012, foi<br />
possível transitar essas vagas e cursos para o regime<br />
diurno, começando aqui, neste regime, o <strong>de</strong>sajustamento<br />
<strong>de</strong> vagas em relação ao número <strong>de</strong> candidatos.<br />
- O segundo problema pren<strong>de</strong>-se com a alteração das<br />
condições <strong>de</strong> acesso aos cursos <strong>de</strong> engenharia, operada<br />
igualmente em 2012, com a entrada em vigor da Portaria<br />
n.º 1031/2009. Passou-se do elenco Matemática ou Física<br />
ou Biologia para Matemática e Física.<br />
Em 2013 realizaram a prova <strong>de</strong> ingresso <strong>de</strong> Matemática<br />
A, 47.500 estudantes, tendo 80% ficado aprovados à<br />
disciplina.<br />
52.600 estudantes realizaram a prova <strong>de</strong> Física e<br />
Química, dos quais 76% ficaram, igualmente, aprovados<br />
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