sumário - Instituto Politécnico de Viseu

SUMÁRIO
XI Encontro Micológico da ESAV
repleto de entusiastas
José Manuel Costa
Organização do Evento e Docente da ESAV - IPV
jmcosta@esav.ipv.pt
A Escola Superior Agrária de Viseu (ESAV) organizou
mais uma vez um evento que marca há onze anos
consecutivos, com uma procura crescente, a agenda das
atividades de partilha entre a ciência e a natureza, sempre
num contexto de sensibilização ambiental.
O XI Encontro Micológico da ESAV decorreu no dia 15 de
novembro e contou com a participação de centenas de
entusiastas.
“Fungi”, um reino à parte, que faz parte de outro reino, o
dos sentidos. Jogos de cores, aromas, texturas e sabores,
despertam em silêncio entre a folhagem molhada. A
adrenalina da busca, o mistério do oculto, o perigo do
desconhecido, o pretexto para a ciência, como se esta
precisasse dele, coisas sérias que brincam com os
nossos sentidos e nos deixam apaixonados, amadores,
fiéis repetidores de rituais de outono. Convívios em redor
de um cogumelo, anel de fadas que bebem no micélio
subterrâneo da nossa infância escondida.
Em mais um dia dedicado à micologia, a ESAV voltou
ao campo. E que campo! Um paraíso na Terra, tão perto
e tão longe. Um público cada vez mais interessado,
que atingiu este ano um número total superior às três
centenas, participou nas atividades deste dia memorável,
onde se registou a presença de alunos e professores do
IPV, de escolas secundárias e profissionais da região
e público em geral, com entusiastas do fenómeno da
micologia provenientes de todo o país. Mentes despertas
para estes chamamentos da Terra, que aceitaram o
convite para experimentar ou repetir uma manhã de
momentos únicos no Parque Botânico “Arbutus do Demo”,
entre silêncios e cores que inundam e transbordam do
cesto das nossas emoções.
Até já chegava para aquecer a alma, mas o dia continuou.
Primeiro, à volta da Lagoa das Garças, já na ESAV,
onde se trocaram palavras e sorrisos por petiscos.
Depois, numa mesa com cores quentes, salpicadas de
nomes estranhos para coisas bonitas, o momento da
identificação taxonómica e toxicológica dos cogumelos
recolhidos pela manhã. Foi a ciência vespertina para abrir
o apetite de outros voos noturnos, um jantar micológico
para encerrar na perfeição um dia de convívio que já se
enraizou na tradição destas gentes aficionadas.
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