N.º 24 - PDF - Instituto Politécnico de Castelo Branco
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ACTIVIDADE CIENTÍFICA<br />
INTERCEPÇÃO DA PRECIPITAÇÃO EM MONTADOS<br />
DE SOBREIRO E AZINHEIRA<br />
Fernando Manuel Leite Pereira<br />
Tese <strong>de</strong> doutoramento apresentada no <strong>Instituto</strong> Superior <strong>de</strong> Agronomia<br />
da Universida<strong>de</strong> Técnica <strong>de</strong> Lisboa<br />
Resumo<br />
A hipótese base do presente trabalho é a <strong>de</strong> que em florestas<br />
abertas do tipo savana, a evaporação é mais a<strong>de</strong>quadamente<br />
caracterizada ao nível da árvore individual e que o<br />
seu escalonamento ao povoamento po<strong>de</strong> ser feito através do<br />
somatório das contribuições individuais. Nesta base, uma<br />
nova metodologia foi <strong>de</strong>senvolvida para estimar a evaporação<br />
da precipitação interceptada em árvores isoladas. A<br />
aproximação adoptada sustenta-se na verificação, teórica<br />
e experimental, que a temperatura da copa molhada <strong>de</strong><br />
uma árvore isolada é <strong>de</strong>terminada pela energia disponível,<br />
aproximando-se da temperatura do bolbo húmido quando<br />
esta é reduzida. Este resultado permite estimar a evaporação<br />
da água interceptada por uma copa isolada através <strong>de</strong><br />
uma simples equação <strong>de</strong> difusão que, em conjunto com o<br />
mo<strong>de</strong>lo analítico <strong>de</strong> Gash, constituiu a base para a nova<br />
abordagem <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lação da perda por intercepção em árvores<br />
isoladas.<br />
Um novo processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
armazenamento da copa foi também <strong>de</strong>senvolvido, evitando<br />
a subjectivida<strong>de</strong> inerente ao tradicional método <strong>de</strong><br />
Leyton. A validação da metodologia <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lação proposta<br />
realizou-se através da comparação <strong>de</strong> valores mo<strong>de</strong>lados<br />
e observados da perda por intercepção em dois montados<br />
<strong>de</strong> sobreiro e azinheira, no sul <strong>de</strong> Portugal. Em ambos os<br />
casos, os valores mo<strong>de</strong>lados apresentaram uma boa a<strong>de</strong>rência<br />
às observações, indicando que o mo<strong>de</strong>lo é apropriado<br />
para a simulação da perda por intercepção em árvores<br />
isoladas e em florestas esparsas, tipo savana.<br />
POSSE, GESTÃO E USO DE RECURSOS EM REGIME DE PROPRIEDADE<br />
COMUM - OS BALDIOS DO NORTE DE PORTUGAL<br />
Resumo<br />
Paulo Fernando dos Santos Caldinho Gomes<br />
Tese <strong>de</strong> doutoramento apresentada no <strong>Instituto</strong> Superior <strong>de</strong> Agronomia<br />
da Universida<strong>de</strong> Técnica <strong>de</strong> Lisboa<br />
Reconhecido o regime <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> comum dos terrenos<br />
<strong>de</strong>signados em Portugal como baldios, por serem <strong>de</strong><br />
uso e proprieda<strong>de</strong> particulares <strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong> local,<br />
proce<strong>de</strong>-se ao estudo dos principais aspectos teóricos relacionados<br />
com a respectiva génese e estatuto actual.<br />
Partindo do tratamento dos dados <strong>de</strong> um inquérito realizado<br />
em 2000, que abrange todos os 820 baldios i<strong>de</strong>ntificados<br />
na região norte <strong>de</strong> Portugal, constrói-se um quadro <strong>de</strong> análise<br />
das formas <strong>de</strong> gestão a que se encontram presentemente<br />
sujeitos. O quadro <strong>de</strong> análise elaborado cruza informação relativa<br />
às modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gestão com os aspectos funcionais<br />
do aproveitamento (na vertente florestal) e a administração<br />
dos baldios ao longo do último quarto <strong>de</strong> século.<br />
As seis formas principais <strong>de</strong> gestão que se i<strong>de</strong>ntificam<br />
são analisadas e tipificadas na sua origem histórica e legislativa<br />
e com base nas evidências recolhidas é traçado o seu<br />
perfil em termos da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerar benefícios <strong>de</strong> forma<br />
sustentável, modo <strong>de</strong> apropriação dos benefícios pelos<br />
compartes e relevância colectiva <strong>de</strong>sses benefícios.<br />
As diferenças encontradas entre modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gestão<br />
ilustram as condições <strong>de</strong> exercício das suas funções, ditadas<br />
pelas características e evolução do baldio, pelo estatuto<br />
que têm face à lei e pela relação estabelecida com o Estado<br />
através dos serviços florestais.<br />
n.º <strong>24</strong> Ano 18, 2010 37