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N.º 24 - PDF - Instituto Politécnico de Castelo Branco

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sões <strong>de</strong> 35 x 35 x 75 cm, tecto amovível e pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong> re<strong>de</strong><br />

com malha <strong>de</strong> 1 mm para permitir a entrada do sol. No seu<br />

interior, dispõe duma caixa <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, com as dimensões<br />

<strong>de</strong> 30 x 30 x 4 cm, com terra previamente crivada com crivo<br />

<strong>de</strong> malha inferior à dimensão dos ovos, para recolha das<br />

posturas. Simultaneamente, acompanhou-se um insectário<br />

em <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong>, no qual se colocou um tule sobre a<br />

terra da caixa com o objectivo <strong>de</strong> mais facilmente se <strong>de</strong>tectarem<br />

as primeiras posturas.<br />

Figura 4. Pormenor dos ovos envolvidos em partículas <strong>de</strong> terra.<br />

Resultados e discussão<br />

Figura 2. Estação meteorológica automática (EMA) em Chãodo-Galego,<br />

Proença-a-Nova.<br />

Segundo Balachowsky (1962), as posturas iniciam-se a<br />

partir dos 26ºC, facto confirmado por vários investigadores.<br />

Nesta região, essa temperatura, por vezes, é atingida<br />

em Maio. Assim, a partir <strong>de</strong> Maio, crivou-se semanalmente<br />

a terra do insectário, passando-a no crivo com malha <strong>de</strong> 0,8<br />

mm. A separação, isolamento e contagem dos ovos fez-se<br />

com a ajuda duma agulha <strong>de</strong> metal, pincel e lupa binocular<br />

(Figura 4). Os ovos isolados conservaram-se em caixas <strong>de</strong><br />

Petri à temperatura ambiente do laboratório e sem controlo<br />

<strong>de</strong> humida<strong>de</strong>.<br />

Figura 3. Dados meteorológicos <strong>de</strong> precipitação e temperatura<br />

(máxima, média e mínima) em Chão do Galego, Proença-a-<br />

Nova, <strong>de</strong> Janeiro a Setembro <strong>de</strong> 2009.<br />

Os primeiros adultos hibernantes foram observados a<br />

19 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2009, coincidindo com o primeiro dia <strong>de</strong><br />

observações <strong>de</strong> campo. Nesta primeira saída, <strong>de</strong>tectaram-se<br />

três insectos ainda em hibernação, no solo, e capturaramse<br />

mais <strong>de</strong>z na copa e tronco <strong>de</strong> amendoeiras no segundo<br />

ano <strong>de</strong> plantação, o que parece confirmar a afirmação <strong>de</strong><br />

Balachowsky (1962) sobre a activida<strong>de</strong> do adulto ser nula<br />

abaixo <strong>de</strong> 15ºC e muito fraca entre 15ºC e 20ºC. Em Chãodo-Galego,<br />

a temperatura média <strong>de</strong> 15ºC atingiu-se a 7 <strong>de</strong><br />

Março, mantendo-se acima dos 15ºC e abaixo dos 20ºC até<br />

perto do final do mês. Garrido Vivas (1984) observou adultos<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> finais <strong>de</strong> Fevereiro até princípios <strong>de</strong> Novembro,<br />

ressalvando que se as temperaturas forem baixas, a saída<br />

da hibernação po<strong>de</strong> atrasar-se até finais <strong>de</strong> Março. Observaram-se<br />

adultos nas árvores praticamente durante todo o<br />

período em que <strong>de</strong>correu o trabalho. O espaço <strong>de</strong> tempo em<br />

que não se visualizaram insectos, nomeadamente no período<br />

<strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Junho a 29 <strong>de</strong> Julho, po<strong>de</strong> estar relacionado com<br />

a ocultação <strong>de</strong>stes pela ramagem das copas mais <strong>de</strong>nsas do<br />

que em Março/Abril, bem como pelo período <strong>de</strong> acasalamento<br />

e postura noutros locais.<br />

O adulto tem dois períodos em que a alimentação é mais<br />

intensa: um que antece<strong>de</strong> a hibernação, para acumulação <strong>de</strong><br />

substâncias <strong>de</strong> reserva, e outro que antece<strong>de</strong> a postura, para<br />

obtenção da energia necessária para a maturação sexual e<br />

continuação do ciclo evolutivo. Observaram-se os primeiros<br />

sintomas do ataque a 27 <strong>de</strong> Março, aproximadamente 20 dias<br />

após se atingir a temperatura média <strong>de</strong> 15-20ºC, com maior<br />

incidência em raminhos tenros que murcham <strong>de</strong>vido às incisões<br />

anelares na base, feitas pelos adultos hibernantes. A 5<br />

<strong>de</strong> Agosto observou-se, pela primeira vez com gran<strong>de</strong> intensida<strong>de</strong>,<br />

a existência <strong>de</strong> pecíolos sem folhas, particularmente<br />

n.º <strong>24</strong> Ano 18, 2010 19

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