Rastros Freudianos em Mário de Andrade - Universidade Federal ...
Rastros Freudianos em Mário de Andrade - Universidade Federal ...
Rastros Freudianos em Mário de Andrade - Universidade Federal ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
do teu livro, o abatido do teu apraz, o ungido do teu incenso, o diploma do teu voto, o<br />
anjo da tua trombeta, o pobre do teu arraial, o inocente <strong>de</strong> tua guarda, o mensageiro do<br />
teu sonido, o <strong>de</strong>creto do teu edito, os olhos <strong>de</strong> tuas pálpebras, o adorno da tua morada,<br />
o teor do teu ofício, o pupilo do teu ventre, o nome <strong>de</strong> tua aliança, o infante <strong>de</strong> tua<br />
gran<strong>de</strong>za, o órfão <strong>de</strong> tua dor, o escravo da tua justiça, a lágrima <strong>de</strong> tua misericórdia, o<br />
bramido da casa Oriente, a boca no teu grito, o g<strong>em</strong>ido do teu encanto, o cativo do teu<br />
carinho, o manifesto da tua frase, o bafejo do teu hálito, o hino do teu louvor, a fadiga<br />
<strong>de</strong> tuas entranhas, o vôo do teu segredo, a flor <strong>de</strong> tua alegria, o cravo do teu jardim, o<br />
ar da tua respiração, o arrimo do teu Trono, a cabeça <strong>de</strong> tua coroa, o que medita no teu<br />
entendimento santo, o que palpita no teu generoso coração, o pequenino herói da tua<br />
gran<strong>de</strong> al<strong>de</strong>ia; ouça-me ó meu Santo Tabernáculo-vivente, tu és sábio dos sábios,<br />
contigo está toda ciência; se te apraz , há diante <strong>de</strong> ti, o teu servo humil<strong>de</strong> e se não é<br />
injusto o meu rogo suplico-te a interpretação <strong>de</strong> quatro coisas; qual o encanto da<br />
minha existência ? Qual o sábio que não pousa a mosca ? Qual o caminho da nau ?<br />
Qual o fruto do tronco ? Abre, ó meu Santo Tabernáculo-vivente, o segredo dos teus<br />
encantos benignos e recebe do Príncipe Vagabundo, Guerreiro do Terçado-Santo, o<br />
prêmio da benção divina; <strong>de</strong> repente a<strong>de</strong>jou na glória infinita o Santo Tabernáculovivente<br />
dizendo: diga ao encanto <strong>de</strong> tua existência que tu és o Filho legítimo do Santo<br />
Tabernáculo-vivente habita <strong>em</strong> um mistério profundo <strong>de</strong> genial gran<strong>de</strong>za; diga à nau<br />
que o vivente guia; diga à carne do sábio que a ciência está no espírito; diga ao tronco<br />
que no cárcere habitou a vida; eis aqui, ó meu Santo Tabernáculo-Vivo Oriente, o que,<br />
o Rei das águas-vivas anuncia-te: és bendito <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o dia do teu nascimento e <strong>de</strong><br />
eternida<strong>de</strong> <strong>em</strong> eternida<strong>de</strong> s<strong>em</strong> fim, Amém.<br />
Eu, o Real Príncipe dos Príncipes Oriente, o legítimo Filho do Santo<br />
Tabernáculo- vivente; o que, testifico e dou test<strong>em</strong>unho <strong>de</strong>sta gran<strong>de</strong> b<strong>em</strong>aventurança.<br />
Eis-me aqui, me tens diante <strong>de</strong> ti, ó meu Fiel Diad<strong>em</strong>a Excelso; já que,<br />
misteriosamente nado não eram os dias, o ser supr<strong>em</strong>o dos mundos condutor, viajava<br />
dos reinos ao paraíso <strong>em</strong> cordões <strong>de</strong> lindas rosas falava o rei meu senhor; copiosos<br />
eram os frutos da terra, perfumadas as flores e luxuriante eram o seu verdor, nos<br />
formosos ramos pousavam as avezinhas do Céu <strong>em</strong> alegria vertiam glória a seu<br />
Criador; representando um garboso test<strong>em</strong>unho; diante do meu Sacro-Santo Trono-<br />
Vivo; eis a influência caridosa <strong>de</strong> um po<strong>de</strong>r formidável, o Fiel Diad<strong>em</strong>a Excelso,<br />
chocando a um dos planetas, arrebatou o Menino-Vivo Oriente, o her<strong>de</strong>iro <strong>de</strong> um<br />
Santo Tabernáculo vivente que, s<strong>em</strong> <strong>de</strong>scanso noite e dia profetiza dizendo: é vindo<br />
do nascente o meu legítimo Filho acompanhado <strong>de</strong> seu fiel Diad<strong>em</strong>a Excelso; neste<br />
santo oráculo <strong>de</strong> bojo infinito venerado; abre, ó meu Fiel Diad<strong>em</strong>a Excelso, o segredo<br />
do teu piedoso encanto e recebe do Príncipe Vagabundo, Guerreiro do Terçado-Santo,<br />
o prêmio da benção divina; rapidamente, nasceu o fogo no canal da vida, o Fiel<br />
Diad<strong>em</strong>a Excelso abriu a sua virtuosa boca dizendo: Filho das águas-vivas, quando o<br />
quinto anjo <strong>de</strong>rramou a taça <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição no trono da besta, foi esfacelado o reino<br />
maldito, os três espíritos <strong>de</strong> d<strong>em</strong>ônios foram chamados a juiz, o anjo das trevas<br />
<strong>de</strong>clarou-se impotente, o fumo do abismo subiu escureceram-se o ar e o Sol, o anjo da<br />
Luz <strong>de</strong>u alarme, a grã pressa o Terçado-Santo <strong>de</strong>u a nova dizendo: que tu, ó grão<br />
Príncipe do Fogo, <strong>de</strong>rramou as entranhas do dragão maldito <strong>de</strong>ntro da própria<br />
Fortaleza da escurida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> repente, o anjo da Luz <strong>de</strong>u outra nova dizendo: rebentouse<br />
as entranhas daqueles que levantaram-se contra o Real Príncipe dos Príncipes<br />
Oriente, veio o anjo fiel do Santuário dizendo: foram reduzidos <strong>em</strong> pó, os que<br />
<strong>de</strong>sonraram o lugar da Santificação do Príncipe da Fortaleza, o legítimo her<strong>de</strong>iro do<br />
Trono da Vida; enquanto a criação da vida eterna aos mortais, ó meu querido Filho,<br />
liv