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Rastros Freudianos em Mário de Andrade - Universidade Federal ...

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do teu livro, o abatido do teu apraz, o ungido do teu incenso, o diploma do teu voto, o<br />

anjo da tua trombeta, o pobre do teu arraial, o inocente <strong>de</strong> tua guarda, o mensageiro do<br />

teu sonido, o <strong>de</strong>creto do teu edito, os olhos <strong>de</strong> tuas pálpebras, o adorno da tua morada,<br />

o teor do teu ofício, o pupilo do teu ventre, o nome <strong>de</strong> tua aliança, o infante <strong>de</strong> tua<br />

gran<strong>de</strong>za, o órfão <strong>de</strong> tua dor, o escravo da tua justiça, a lágrima <strong>de</strong> tua misericórdia, o<br />

bramido da casa Oriente, a boca no teu grito, o g<strong>em</strong>ido do teu encanto, o cativo do teu<br />

carinho, o manifesto da tua frase, o bafejo do teu hálito, o hino do teu louvor, a fadiga<br />

<strong>de</strong> tuas entranhas, o vôo do teu segredo, a flor <strong>de</strong> tua alegria, o cravo do teu jardim, o<br />

ar da tua respiração, o arrimo do teu Trono, a cabeça <strong>de</strong> tua coroa, o que medita no teu<br />

entendimento santo, o que palpita no teu generoso coração, o pequenino herói da tua<br />

gran<strong>de</strong> al<strong>de</strong>ia; ouça-me ó meu Santo Tabernáculo-vivente, tu és sábio dos sábios,<br />

contigo está toda ciência; se te apraz , há diante <strong>de</strong> ti, o teu servo humil<strong>de</strong> e se não é<br />

injusto o meu rogo suplico-te a interpretação <strong>de</strong> quatro coisas; qual o encanto da<br />

minha existência ? Qual o sábio que não pousa a mosca ? Qual o caminho da nau ?<br />

Qual o fruto do tronco ? Abre, ó meu Santo Tabernáculo-vivente, o segredo dos teus<br />

encantos benignos e recebe do Príncipe Vagabundo, Guerreiro do Terçado-Santo, o<br />

prêmio da benção divina; <strong>de</strong> repente a<strong>de</strong>jou na glória infinita o Santo Tabernáculovivente<br />

dizendo: diga ao encanto <strong>de</strong> tua existência que tu és o Filho legítimo do Santo<br />

Tabernáculo-vivente habita <strong>em</strong> um mistério profundo <strong>de</strong> genial gran<strong>de</strong>za; diga à nau<br />

que o vivente guia; diga à carne do sábio que a ciência está no espírito; diga ao tronco<br />

que no cárcere habitou a vida; eis aqui, ó meu Santo Tabernáculo-Vivo Oriente, o que,<br />

o Rei das águas-vivas anuncia-te: és bendito <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o dia do teu nascimento e <strong>de</strong><br />

eternida<strong>de</strong> <strong>em</strong> eternida<strong>de</strong> s<strong>em</strong> fim, Amém.<br />

Eu, o Real Príncipe dos Príncipes Oriente, o legítimo Filho do Santo<br />

Tabernáculo- vivente; o que, testifico e dou test<strong>em</strong>unho <strong>de</strong>sta gran<strong>de</strong> b<strong>em</strong>aventurança.<br />

Eis-me aqui, me tens diante <strong>de</strong> ti, ó meu Fiel Diad<strong>em</strong>a Excelso; já que,<br />

misteriosamente nado não eram os dias, o ser supr<strong>em</strong>o dos mundos condutor, viajava<br />

dos reinos ao paraíso <strong>em</strong> cordões <strong>de</strong> lindas rosas falava o rei meu senhor; copiosos<br />

eram os frutos da terra, perfumadas as flores e luxuriante eram o seu verdor, nos<br />

formosos ramos pousavam as avezinhas do Céu <strong>em</strong> alegria vertiam glória a seu<br />

Criador; representando um garboso test<strong>em</strong>unho; diante do meu Sacro-Santo Trono-<br />

Vivo; eis a influência caridosa <strong>de</strong> um po<strong>de</strong>r formidável, o Fiel Diad<strong>em</strong>a Excelso,<br />

chocando a um dos planetas, arrebatou o Menino-Vivo Oriente, o her<strong>de</strong>iro <strong>de</strong> um<br />

Santo Tabernáculo vivente que, s<strong>em</strong> <strong>de</strong>scanso noite e dia profetiza dizendo: é vindo<br />

do nascente o meu legítimo Filho acompanhado <strong>de</strong> seu fiel Diad<strong>em</strong>a Excelso; neste<br />

santo oráculo <strong>de</strong> bojo infinito venerado; abre, ó meu Fiel Diad<strong>em</strong>a Excelso, o segredo<br />

do teu piedoso encanto e recebe do Príncipe Vagabundo, Guerreiro do Terçado-Santo,<br />

o prêmio da benção divina; rapidamente, nasceu o fogo no canal da vida, o Fiel<br />

Diad<strong>em</strong>a Excelso abriu a sua virtuosa boca dizendo: Filho das águas-vivas, quando o<br />

quinto anjo <strong>de</strong>rramou a taça <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição no trono da besta, foi esfacelado o reino<br />

maldito, os três espíritos <strong>de</strong> d<strong>em</strong>ônios foram chamados a juiz, o anjo das trevas<br />

<strong>de</strong>clarou-se impotente, o fumo do abismo subiu escureceram-se o ar e o Sol, o anjo da<br />

Luz <strong>de</strong>u alarme, a grã pressa o Terçado-Santo <strong>de</strong>u a nova dizendo: que tu, ó grão<br />

Príncipe do Fogo, <strong>de</strong>rramou as entranhas do dragão maldito <strong>de</strong>ntro da própria<br />

Fortaleza da escurida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> repente, o anjo da Luz <strong>de</strong>u outra nova dizendo: rebentouse<br />

as entranhas daqueles que levantaram-se contra o Real Príncipe dos Príncipes<br />

Oriente, veio o anjo fiel do Santuário dizendo: foram reduzidos <strong>em</strong> pó, os que<br />

<strong>de</strong>sonraram o lugar da Santificação do Príncipe da Fortaleza, o legítimo her<strong>de</strong>iro do<br />

Trono da Vida; enquanto a criação da vida eterna aos mortais, ó meu querido Filho,<br />

liv

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