pdf - Laboratório de Ecologia do Ictioplâncton - Furg
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3.3. Linha e anzol......................................................................................................... 175 3.3.1. Pesca com linha de mão e com vara ou caniço................................................ 176 3.3.2. Vara e isca viva................................................................................................. 177 3.3.3. Espinheis........................................................................................................... 178 3.4. Covos.................................................................................................................... 180 3.5. Redes de emalhar................................................................................................. 181 3.6. Dragas.................................................................................................................. 184 4. Amostragem biológica............................................................................................. 184 4.1. Amostragem biológica dos peixes....................................................................... 185 4.2. Amostragem biológica dos crustáceos................................................................. 187 5. Referências bibliográficas........................................................................................ 190 vi
1 I. O ensino de Graduação em Oceanografia no Brasil Luiz Carlos Krug A criação de cursos de Oceanografia no Brasil pode ser dividida em três ciclos. O primeiro teve início com a criação do curso de Oceanologia da FURG em 1971 (ano de ingresso da primeira turma) e se estendeu até pouco além da metade da década de 90. Neste período foram criados outros dois cursos, um na Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ (Rio de Janeiro/RJ), em 1977, e o outro na Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI (Itajaí/SC), em 1992. A criação destes cursos teve por base a convicção de que o mar era um manancial inesgotável de recursos, pesqueiros em particular, razão pela qual havia necessidade de formação de um profissional capaz de contribuir para a exploração ordenada destas riquezas. O segundo ciclo foi desencadeado pela aprovação da Lei N° 9.394 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB), de 20.12.96, que garantiu às instituições reconhecidas como universidades e centros universitários autonomia para criar cursos de graduação. Até então, todas as instituições tinham que solicitar autorização prévia ao Ministério da Educação – MEC. Num momento em que a preocupação com as questões ambientais começava a ganhar cada vez mais espaço junto à sociedade, para o que muito contribuiu a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento – CNUMAD (ECO’92/Rio’92), a criação de novos cursos que tinham como foco principal a preservação e a exploração sustentável de recursos aquáticos ocorreu como um processo natural. Assim, foram criados cursos de Oceanografia no Centro Universitário Monte Serrat – UNIMONTE (Santos/SP), em 1998, na Universidade Federal do Espírito Santo – UFES (Vitória/ES), em 2000, na Universidade Federal do Pará – UFPA (Belém/PA), também em 2000, na Universidade de São Paulo – USP (São Paulo/SP), em 2002, na Universidade Federal da Bahia – UFBA (Salvador/BA), em 2004 e, naquele mesmo ano, na Universidade Federal do Paraná – UFPR (Pontal do Sul/PR). Neste período também foi criado um curso da modalidade na Faculdade Metropolitana de Camaçari (Camaçari/BA) (Parecer N° 234/2006 SESu - Portaria MEC N° 500, de 10/02/2006). No entanto, até o presente não houve o ingresso de nenhuma turma de estudantes. Ainda em andamento, o terceiro ciclo foi desencadeado pela decisão governamental de implantar o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), que tem por objetivo criar condições para a ampliação do acesso e permanência na educação superior, no nível de graduação, nas universidades federais. Neste contexto, algumas instituições que tinham grupos de
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I. O ensino <strong>de</strong> Graduação em Oceanografia no Brasil<br />
Luiz Carlos Krug<br />
A criação <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> Oceanografia no Brasil po<strong>de</strong> ser dividida em três ciclos. O<br />
primeiro teve início com a criação <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> Oceanologia da FURG em 1971 (ano <strong>de</strong><br />
ingresso da primeira turma) e se esten<strong>de</strong>u até pouco além da meta<strong>de</strong> da década <strong>de</strong><br />
90. Neste perío<strong>do</strong> foram cria<strong>do</strong>s outros <strong>do</strong>is cursos, um na Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro – UERJ (Rio <strong>de</strong> Janeiro/RJ), em 1977, e o outro na Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />
Vale <strong>do</strong> Itajaí – UNIVALI (Itajaí/SC), em 1992. A criação <strong>de</strong>stes cursos teve por base a<br />
convicção <strong>de</strong> que o mar era um manancial inesgotável <strong>de</strong> recursos, pesqueiros em<br />
particular, razão pela qual havia necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> um profissional capaz <strong>de</strong><br />
contribuir para a exploração or<strong>de</strong>nada <strong>de</strong>stas riquezas.<br />
O segun<strong>do</strong> ciclo foi <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>a<strong>do</strong> pela aprovação da Lei N° 9.394 (Lei <strong>de</strong> Diretrizes e<br />
Bases da Educação Nacional – LDB), <strong>de</strong> 20.12.96, que garantiu às instituições<br />
reconhecidas como universida<strong>de</strong>s e centros universitários autonomia para criar cursos<br />
<strong>de</strong> graduação. Até então, todas as instituições tinham que solicitar autorização prévia<br />
ao Ministério da Educação – MEC. Num momento em que a preocupação com as<br />
questões ambientais começava a ganhar cada vez mais espaço junto à socieda<strong>de</strong>,<br />
para o que muito contribuiu a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e<br />
o Desenvolvimento – CNUMAD (ECO’92/Rio’92), a criação <strong>de</strong> novos cursos que<br />
tinham como foco principal a preservação e a exploração sustentável <strong>de</strong> recursos<br />
aquáticos ocorreu como um processo natural. Assim, foram cria<strong>do</strong>s cursos <strong>de</strong><br />
Oceanografia no Centro Universitário Monte Serrat – UNIMONTE (Santos/SP), em<br />
1998, na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Espírito Santo – UFES (Vitória/ES), em 2000, na<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – UFPA (Belém/PA), também em 2000, na Universida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> São Paulo – USP (São Paulo/SP), em 2002, na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia –<br />
UFBA (Salva<strong>do</strong>r/BA), em 2004 e, naquele mesmo ano, na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong><br />
Paraná – UFPR (Pontal <strong>do</strong> Sul/PR). Neste perío<strong>do</strong> também foi cria<strong>do</strong> um curso da<br />
modalida<strong>de</strong> na Faculda<strong>de</strong> Metropolitana <strong>de</strong> Camaçari (Camaçari/BA) (Parecer N°<br />
234/2006 SESu - Portaria MEC N° 500, <strong>de</strong> 10/02/2006). No entanto, até o presente<br />
não houve o ingresso <strong>de</strong> nenhuma turma <strong>de</strong> estudantes.<br />
Ainda em andamento, o terceiro ciclo foi <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>a<strong>do</strong> pela <strong>de</strong>cisão governamental<br />
<strong>de</strong> implantar o Programa <strong>de</strong> Apoio a Planos <strong>de</strong> Reestruturação e Expansão das<br />
Universida<strong>de</strong>s Fe<strong>de</strong>rais (REUNI), que tem por objetivo criar condições para a<br />
ampliação <strong>do</strong> acesso e permanência na educação superior, no nível <strong>de</strong> graduação,<br />
nas universida<strong>de</strong>s fe<strong>de</strong>rais. Neste contexto, algumas instituições que tinham grupos <strong>de</strong>