pdf - Laboratório de Ecologia do Ictioplâncton - Furg

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21.02.2014 Views

76 Algumas variações podem ser devidas a processos biológicos como o crescimento, a reprodução, a morte ou a migração nas populações, e outras podem estar relacionadas a processos físicos de mistura ou transporte. A estimativa da abundância pode variar também devido a problemas amostrais como o escape ou a distribuição agrupada (heterogeneidade espacial em densidade e composição) da comunidade planctônica. A influência dos ritmos diários e de maré nesta variação pode significar um problema quando da interpretação dos dados de plâncton provenientes de amostras feitas em intervalos regulares de um dia ou mais longo e um vício pode ser gerado. Por exemplo, quando efeitos de maré e/ou lunares são importantes, amostras regulares mensais podem perder eventos biológicos importantes causados pelos ritmos de maré/lunar. 5. Equipamento de coleta O sucesso de amostragem é dependente da estratégia, da seleção do equipamento coletor, do tamanho de malha utilizada, e do tempo de coleta. O equipamento deve ser utilizado levando-se em consideração os objetivos da investigação. A captura de organismos planctônicos em ambientes aquáticos envolve, de uma maneira geral, quatro procedimentos: 1) coleta por meio de garrafas; 2) sucção através de bombas; 3) filtragem por redes e; 4) observação através de equipamentos ópticos. 5.1. Garrafa Amostrador utilizado principalmente para coletar organismos muito pequenos ou com pouca mobilidade. É mais utilizado para estudos do Fento, Pico, Nano e Microplâncton. Uma garrafa deve ser de preferência de material não tóxico como policloreto de vinila (PVC), polietileno de alta densidade (PEAD), acrílico ou polimetilmetacrilato (PMMA), teflon ou politetrafluoretileno (PTFE) para não contaminar a amostra. A capacidade do volume coletado depende da dimensão da garrafa podendo variar de 1 até 30 litros. Garrafa com capacidade de 5 ou 10 litros são as mais comuns. ´Pode ser classificada em aberta e fechada. 5.1.1. Garrafa aberta É descida aberta até a profundidade desejada, e depois fechada, através de um mensageiro.

77 Garrafa dos tipos Niskin (Fig. 4A), Van Dorn (Fig. 4B) ou Kammerer (Fig. 4C), são as mais utilizadas para coleta tanto em superfície como em profundidade. Em geral estas garrafas são compostas por um cilindro com ambas as extremidades abertas, normalmente feitas de PVC. Estas garrafas têm capacidade que varia de 1,7 a 20 litros. As tampas dos seus extremos são ligadas por uma mangueira em geral de látex bem esticada que passa pelo cilindro. Para coletar a mostra estas tampas são presas do lado de fora do cilindro por fios de náilon enganchados num liberador permitindo a livre passagem da água pelo cilindro. Através de um mensageiro lançado contra o liberador, as tampas fecham as extremidades coletando uma porção de água da profundidade desejada, de acordo com sua capacidade. O plâncton coletado, por ser muito pequeno, é concentrado por sedimentação, centrifugação ou fina filtração. Figura 4. Garrafa de coleta de água. A, Niskin; B, Van Dorn e C, Kammerer. (Fonte: Danilo Calazans). 5.1.2. Garrafa fechada Este tipo de garrafa “Go-Flow” é descida fechada até a profundidade desejada e só então um mecanismo abre a garrafa para a coleta d’água. Outro mecanismo fecha a garrafa após um determinado tempo. Evita-se, desta forma, a contaminação com água de níveis superiores.

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Garrafa <strong>do</strong>s tipos Niskin (Fig. 4A), Van Dorn (Fig. 4B) ou Kammerer (Fig. 4C), são as<br />

mais utilizadas para coleta tanto em superfície como em profundida<strong>de</strong>. Em geral estas<br />

garrafas são compostas por um cilindro com ambas as extremida<strong>de</strong>s abertas,<br />

normalmente feitas <strong>de</strong> PVC. Estas garrafas têm capacida<strong>de</strong> que varia <strong>de</strong> 1,7 a 20<br />

litros. As tampas <strong>do</strong>s seus extremos são ligadas por uma mangueira em geral <strong>de</strong> látex<br />

bem esticada que passa pelo cilindro. Para coletar a mostra estas tampas são presas<br />

<strong>do</strong> la<strong>do</strong> <strong>de</strong> fora <strong>do</strong> cilindro por fios <strong>de</strong> náilon engancha<strong>do</strong>s num libera<strong>do</strong>r permitin<strong>do</strong> a<br />

livre passagem da água pelo cilindro. Através <strong>de</strong> um mensageiro lança<strong>do</strong> contra o<br />

libera<strong>do</strong>r, as tampas fecham as extremida<strong>de</strong>s coletan<strong>do</strong> uma porção <strong>de</strong> água da<br />

profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejada, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com sua capacida<strong>de</strong>. O plâncton coleta<strong>do</strong>, por ser<br />

muito pequeno, é concentra<strong>do</strong> por sedimentação, centrifugação ou fina filtração.<br />

Figura 4. Garrafa <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> água. A, Niskin; B, Van Dorn e C, Kammerer. (Fonte: Danilo<br />

Calazans).<br />

5.1.2. Garrafa fechada<br />

Este tipo <strong>de</strong> garrafa “Go-Flow” é <strong>de</strong>scida fechada até a profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejada e só<br />

então um mecanismo abre a garrafa para a coleta d’água. Outro mecanismo fecha a<br />

garrafa após um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> tempo. Evita-se, <strong>de</strong>sta forma, a contaminação com água<br />

<strong>de</strong> níveis superiores.

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