pdf - Laboratório de Ecologia do Ictioplâncton - Furg

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184 não deve ter mais do que 1,5 a 2,0 m de altura. Bagre, pescada, castanha, pescada olhuda, corvina, redes com 4 a 5 m e até 7 metros de altura. 3.6. Dragas Este método é usado principalmente para a captura de moluscos bivalves tais como ostras, e vieiras do fundo marinho, embora também é usado para a coleta de ouriçosdo-mar. Este aparelho tem evoluído por séculos, desde o simples aparelho acionado à mão até sofisticadas dragas com sistemas de esguichos d’água para desenterrar moluscos. Basicamente a draga é um cesto de metal, moldado sobre uma armação de aço, com o fundo composto por anéis de aço conectados ou por redes de arame. A borda dianteira inferior da armação possui uma barra que pode ser dentada ou não, o desenho depende das características das espécies a serem capturadas. Uma pesada rede de aço posicionada logo atrás da barra dianteira serve para reter a captura. A barra dentada é enterrada no fundo marinho e arrastada pela embarcação, com a qual os mariscos são arrastados da areia ou lama e depositados na rede. As embarcações de maior capacidade arrastam várias dragas em ambos os lados (Fig. 15). Nas dragas de sucção e hidráulicas, jatos de água são direcionados aos sedimentos, deslocando os mariscos que são coletados em uma rede (draga hidráulica) o succionados da superfície através de um tubo (draga de sucção). 4. Amostragem biológica No estudo de avaliação do estado de exploração de recursos pesqueiros, a principal fonte de dados são as próprias pescarias. A composição específica das capturas e os seus respectivos volumes e estruturas de tamanhos são dados essenciais. Os cruzeiros oceanográficos de prospecção de recursos pesqueiros são vantajosos para a coleta deste tipo de dados, pois em desembarques comerciais, parte da captura que não possui interesse é descartada no mar. Num cruzeiro científico os principais métodos de coleta de peixes são as redes de arrasto de fundo e de meia água. As capturas com estes métodos de pesca podem ser volumosas, sendo necessário dividir ou quartear a captura em pequenas subamostras para a coleta dos dados. Para tanto, toda a captura é pesada em balaios ou monoblocos, enchidos com todas as espécies misturadas e apanhadas de forma aleatória. Uma subamostra considerada representativa do total capturado é de aproximadamente 20% em peso deste total (Sparre & Venema, 1993). Assim, depois de pesada toda captura, escolhe-se o número de monoblocos que somam 20% do

185 peso da captura para determinar a sua composição específica, o percentual em peso representado por cada espécie e outros dados biológicos. Se a captura for muito grande, a subamostra pode ainda ser subdividida, com as respectivas proporções para a estimativa do total da espécie. Figura 15. Exemplos de dragas utilizadas na pesca de moluscos bivalves, e ilustração de várias dragas sendo arrastadas de forma simultânea para maior eficiência da operação de pesca (Fonte: fao.org). Na imagem apresenta-se a draga operada no N/Oc Atlântico Sul. 4.1. Amostragem biológica dos peixes Para determinar a estrutura de tamanhos realiza-se primeiro a triagem das espécies na subamostra. Os indivíduos de cada espécie são medidos e pesados individualmente. As medidas de comprimento de uso comum em peixes são: o comprimento total (CT), o comprimento furcal (CF) e o comprimento padrão (CP) (Fig. 16). O CT é medido da ponta do focinho do peixe ao extremo distal da nadadeira caudal. O CF é medido desde o focinho ao vértice do ângulo formado entre os lobos superior e inferior da nadadeira caudal. O CP é medido desde o focinho até o extremo distal da coluna vertebral nos peixes ósseos, ou até o inicio da nadadeira caudal nos tubarões. Nas raias são usados o comprimento total ou a largura do disco.

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peso da captura para <strong>de</strong>terminar a sua composição específica, o percentual em peso<br />

representa<strong>do</strong> por cada espécie e outros da<strong>do</strong>s biológicos. Se a captura for muito<br />

gran<strong>de</strong>, a subamostra po<strong>de</strong> ainda ser subdividida, com as respectivas proporções para<br />

a estimativa <strong>do</strong> total da espécie.<br />

Figura 15. Exemplos <strong>de</strong> dragas utilizadas na pesca <strong>de</strong> moluscos bivalves, e ilustração <strong>de</strong> várias<br />

dragas sen<strong>do</strong> arrastadas <strong>de</strong> forma simultânea para maior eficiência da operação <strong>de</strong><br />

pesca (Fonte: fao.org). Na imagem apresenta-se a draga operada no N/Oc Atlântico Sul.<br />

4.1. Amostragem biológica <strong>do</strong>s peixes<br />

Para <strong>de</strong>terminar a estrutura <strong>de</strong> tamanhos realiza-se primeiro a triagem das espécies<br />

na subamostra. Os indivíduos <strong>de</strong> cada espécie são medi<strong>do</strong>s e pesa<strong>do</strong>s<br />

individualmente. As medidas <strong>de</strong> comprimento <strong>de</strong> uso comum em peixes são: o<br />

comprimento total (CT), o comprimento furcal (CF) e o comprimento padrão (CP) (Fig.<br />

16). O CT é medi<strong>do</strong> da ponta <strong>do</strong> focinho <strong>do</strong> peixe ao extremo distal da nada<strong>de</strong>ira<br />

caudal. O CF é medi<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o focinho ao vértice <strong>do</strong> ângulo forma<strong>do</strong> entre os lobos<br />

superior e inferior da nada<strong>de</strong>ira caudal. O CP é medi<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o focinho até o extremo<br />

distal da coluna vertebral nos peixes ósseos, ou até o inicio da nada<strong>de</strong>ira caudal nos<br />

tubarões. Nas raias são usa<strong>do</strong>s o comprimento total ou a largura <strong>do</strong> disco.

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