pdf - Laboratório de Ecologia do Ictioplâncton - Furg
pdf - Laboratório de Ecologia do Ictioplâncton - Furg
pdf - Laboratório de Ecologia do Ictioplâncton - Furg
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
181<br />
Figura 13. Exemplos <strong>de</strong> covos <strong>de</strong> uso comum na pesca artesanal (Fonte: fao.org).<br />
3.5. Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> emalhar<br />
As re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> emalhar são artes <strong>de</strong> pesca passiva <strong>de</strong> uso universal e apresentam<br />
diversida<strong>de</strong> nos méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> captura (Campos 1980). Este tipo <strong>de</strong> méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> captura<br />
<strong>de</strong> peixes consiste basicamente em uma longa pare<strong>de</strong> <strong>de</strong> re<strong>de</strong>, que po<strong>de</strong> ser lançada<br />
sobre o fun<strong>do</strong> <strong>do</strong> corpo <strong>de</strong> água, quan<strong>do</strong> o objetivo é capturar espécies <strong>de</strong>mersais, ou<br />
em qualquer profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a meia-água até a superfície quan<strong>do</strong> é <strong>de</strong>sejada a<br />
captura <strong>de</strong> espécies pelágicas (Fig. 14). A captura é <strong>de</strong>terminada pelo encontro fortuito<br />
<strong>do</strong>s peixes com a re<strong>de</strong>. Estas re<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>ixadas fixas, geralmente em regiões<br />
próximas ao litoral em águas rasas, sen<strong>do</strong> colocadas âncoras em seus extremos, ou<br />
po<strong>de</strong>m também ser <strong>de</strong>ixadas à <strong>de</strong>riva, on<strong>de</strong> as marés e os ventos <strong>de</strong>terminam o seu<br />
<strong>de</strong>slocamento.<br />
As re<strong>de</strong>s são dispostas verticalmente na água, sustentadas por uma tralha superior<br />
com bóias e <strong>de</strong> uma tralha inferior com lastro, tracionan<strong>do</strong> o pano para baixo. O pano<br />
trabalha como uma cortina, fican<strong>do</strong> espaços por <strong>de</strong>ntro da malha aberta. Os peixes,<br />
por sua forma hidrodinâmica e <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a sua organização muscular, nadam para frente,<br />
<strong>de</strong>slocam-se por movimentos ondulatórios <strong>do</strong> corpo, e ao tentarem passar por entre os<br />
espaços das malhas, estas se amoldam e tomam a forma <strong>do</strong> perímetro <strong>do</strong> peixe,<br />
penetran<strong>do</strong> na pele ou pressionan<strong>do</strong>, nas reentrâncias e nas saliências <strong>do</strong> corpo<br />
(nada<strong>de</strong>ira peitoral e nada<strong>de</strong>ira <strong>do</strong>rsal), ou enredan<strong>do</strong>-se na panagem ou pren<strong>de</strong>n<strong>do</strong>se<br />
pelos <strong>de</strong>ntes. Este tipo <strong>de</strong> apetrecho é eficiente na seletivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> indivíduos, pois<br />
os menores po<strong>de</strong>m nadar entre os espaços vazios das malhas, e os maiores não