pdf - Laboratório de Ecologia do Ictioplâncton - Furg
pdf - Laboratório de Ecologia do Ictioplâncton - Furg pdf - Laboratório de Ecologia do Ictioplâncton - Furg
176 Existem vários tipos de anzol podendo ser classificados como: 1) Simples, com um anzol; 2) duplos, com dois anzóis; ou 3) triplo, com três anzóis (garatéia, com farpas externas ou internas). A numeração dos anzóis varia segundo o tamanho dos mesmos, mais comumente de #1 a #17, sendo o anzol #1 o de maior tamanho e o #17 o de menor. O material normalmente é aço ou aço inoxidável, no entanto alguns fabricantes acrescentam carbono, obtendo maior resistência e menor diâmetro, o que melhora a qualidade do anzol. Muito importante nos anzóis é a sua resistência à deformação por forças provenientes dos peixes ou da manobra de pesca. Os anzóis são utilizados de forma individual ou em grupos. Os aparelhos que usam anzóis de forma individual são a pesca com linha, a pesca com vara e molinete, a pesca com vara e isca viva. No entanto, nestas modalidades é possível aumentar o número de anzóis para melhorar a probabilidade de captura dos peixes. Os aparelhos que usam os anzóis de forma agrupada são conhecidos com o nome de espinheis, que serão descritos mais adiante. 3.3.1. Pesca com linha de mão e com vara ou caniço Neste método de captura de peixes existe uma variedade de apetrechos de pesca, desde a simples linha de pesca até o uso de varas. Inclui-se neste grupo a pesca com isca viva e a grande maioria das pescarias praticadas por lazer. Na pesca com linha de mão, utiliza-se linha de náilon, com um ou vários anzóis colocados na sua extremidade. Neste tipo de pesca podem ser utilizados flutuadores próximos ao anzol, quando o objetivo é capturar peixes da coluna de água. Para capturar peixes no fundo ou em águas com correnteza, usam-se chumbadas de diferentes pesos. A pesca com vara é a prática mais comum na pesca esportiva, que pode ser realizada desde embarcações ou às margens de rios, portos e praias. Este método de coleta de peixes é amplamente usado na pesca de espécies costeiras e de águas interiores. É uma metodologia apropriada para capturar peixes em ambientes rochosos ou coralinos. Quando realizada desde embarcações com o barco em movimento é conhecida como pesca de corrico (Fig. 11), e destina-se à captura de dourados, cavalas e alguns atuns que são atraídos pelas iscas em movimento. Basicamente em qualquer uma das modalidades, o aparelho de pesca consiste de uma vara ou caniço, linha, alça e anzol. Nas comunidades pesqueiras artesanais são usadas varas de bambú, e na pesca esportiva na atualidade são usadas varas de materiais mais sofisticados, como fibra de vidro ou titânio, e as varas são equipadas com molinetes que facilitam o lançamento e recolhimento dos anzóis. Muitos
177 pescadores dispensam o uso de vara, e operam as linhas e os anzóis diretamente com as mãos. Figura 11. Pesca de corrico na qual, com o barco em movimento, são rebocadas linhas com anzóis iscados (Fonte: fao.org). 3.3.2. Vara e isca viva A pesca com isca viva é uma pesca realizada também com vara e anzol executada em alto mar. O apetrecho de captura é semelhante à pesca de vara apresentada anteriormente, mas difere na metodologia de atração dos peixes, sendo primeiro, mediante o lançamento de pequenos peixes vivos ao mar que servem como chamariz das espécies alvo. As iscas vivas se movimentam na superfície da água provocando turbulência, o que atrai os cardumes alvo. Para manter a concentração de espécies alvo, lança-se no mar água em forma de chuva (com chuveiros) imitando a turbulência das iscas vivas ao se movimentarem na superfície da água. Os anzóis são desprovidos de farpa e isca (quando possuem iscas são artificiais), e presos às varas por meio de linha de náilon de 0,1 a 0,2 mm de diâmetro. As espécies alvo são atraídas pelo brilho dos anzóis. As varas de pesca, de fibra ou de bambu com 3 a 5 m de comprimento, são levantadas pelos pescadores (cada vara é operada por um tripulante) e os peixes ao caírem no convés, soltam-se dos anzóis sem barbelas. No deslocamento até os locais de pesca, é necessário garantir alta taxa de sobrevivência das iscas, que são acondicionadas em tinas nas embarcações. Estas iscas são constituídas principalmente por pequenas sardinhas, que são capturadas em baias ou enseadas. Esta metodologia de captura é utilizada principalmente para atuns, mas também são capturados dourados.
- Page 134 and 135: 126 7.4. Mecanismo de fechamento Eq
- Page 136 and 137: 128 9. Métodos de trajeto 9.1. Ver
- Page 138 and 139: 130 Observar a inclinação do cabo
- Page 140 and 141: 132 Para arrasto de fundo, a profun
- Page 142 and 143: 134 Protocolo de coleta para trajet
- Page 144 and 145: 136 se os copos coletores estão be
- Page 146 and 147: 138 FICHA DE COLETA VERTICAL Embarc
- Page 148 and 149: 140 FICHA DE ARRASTO OBLÍQUO CRUZE
- Page 150 and 151: 142 Bé, A.W.H. (1962). Quantitativ
- Page 152 and 153: 144 Weikert, H., & John, H.C. (1981
- Page 154 and 155: 146 2.2. Classificação quanto ao
- Page 156 and 157: 148 Entre os organismos sedentário
- Page 158 and 159: 150 Organismos perfurantes Perfuran
- Page 160 and 161: 152 decorrente da estiagem que ocor
- Page 162 and 163: 154 relação entre o comprimento d
- Page 164 and 165: 156 Nas dragas-âncora (Fig. 5B) pl
- Page 166 and 167: 158 A limitação dos pegadores de
- Page 168 and 169: 160 VII. Organismos Nectônicos San
- Page 170 and 171: 162 2.1.2. Pescarias de pequena esc
- Page 172 and 173: 164 Figura 2. Produção pesqueira
- Page 174 and 175: 166 enredados ou presos (Hubert, 19
- Page 176 and 177: 168 Sistema de abertura horizontal:
- Page 178 and 179: 170 camarão possuem fios e malhas
- Page 180 and 181: 172 Figura 7. Rede de arrasto de vi
- Page 182 and 183: 174 3.2.3 Rede de arrasto de portas
- Page 186 and 187: 178 3.3.3. Espinheis O equipamento
- Page 188 and 189: 180 samburá pescavam de forma impr
- Page 190 and 191: 182 conseguem ultrapassar o pano, o
- Page 192 and 193: 184 não deve ter mais do que 1,5 a
- Page 194 and 195: 186 Entretanto, algumas destas medi
- Page 196 and 197: 188 grupos da mesma espécie, que p
- Page 198 and 199: 190 Figura 19. Resultado final da c
176<br />
Existem vários tipos <strong>de</strong> anzol po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ser classifica<strong>do</strong>s como: 1) Simples, com um<br />
anzol; 2) duplos, com <strong>do</strong>is anzóis; ou 3) triplo, com três anzóis (garatéia, com farpas<br />
externas ou internas). A numeração <strong>do</strong>s anzóis varia segun<strong>do</strong> o tamanho <strong>do</strong>s<br />
mesmos, mais comumente <strong>de</strong> #1 a #17, sen<strong>do</strong> o anzol #1 o <strong>de</strong> maior tamanho e o #17<br />
o <strong>de</strong> menor. O material normalmente é aço ou aço inoxidável, no entanto alguns<br />
fabricantes acrescentam carbono, obten<strong>do</strong> maior resistência e menor diâmetro, o que<br />
melhora a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> anzol. Muito importante nos anzóis é a sua resistência à<br />
<strong>de</strong>formação por forças provenientes <strong>do</strong>s peixes ou da manobra <strong>de</strong> pesca.<br />
Os anzóis são utiliza<strong>do</strong>s <strong>de</strong> forma individual ou em grupos. Os aparelhos que usam<br />
anzóis <strong>de</strong> forma individual são a pesca com linha, a pesca com vara e molinete, a<br />
pesca com vara e isca viva. No entanto, nestas modalida<strong>de</strong>s é possível aumentar o<br />
número <strong>de</strong> anzóis para melhorar a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> captura <strong>do</strong>s peixes. Os aparelhos<br />
que usam os anzóis <strong>de</strong> forma agrupada são conheci<strong>do</strong>s com o nome <strong>de</strong> espinheis,<br />
que serão <strong>de</strong>scritos mais adiante.<br />
3.3.1. Pesca com linha <strong>de</strong> mão e com vara ou caniço<br />
Neste méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> captura <strong>de</strong> peixes existe uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> apetrechos <strong>de</strong> pesca,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a simples linha <strong>de</strong> pesca até o uso <strong>de</strong> varas. Inclui-se neste grupo a pesca com<br />
isca viva e a gran<strong>de</strong> maioria das pescarias praticadas por lazer. Na pesca com linha<br />
<strong>de</strong> mão, utiliza-se linha <strong>de</strong> náilon, com um ou vários anzóis coloca<strong>do</strong>s na sua<br />
extremida<strong>de</strong>. Neste tipo <strong>de</strong> pesca po<strong>de</strong>m ser utiliza<strong>do</strong>s flutua<strong>do</strong>res próximos ao anzol,<br />
quan<strong>do</strong> o objetivo é capturar peixes da coluna <strong>de</strong> água. Para capturar peixes no fun<strong>do</strong><br />
ou em águas com correnteza, usam-se chumbadas <strong>de</strong> diferentes pesos. A pesca com<br />
vara é a prática mais comum na pesca esportiva, que po<strong>de</strong> ser realizada <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
embarcações ou às margens <strong>de</strong> rios, portos e praias. Este méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> peixes<br />
é amplamente usa<strong>do</strong> na pesca <strong>de</strong> espécies costeiras e <strong>de</strong> águas interiores. É uma<br />
meto<strong>do</strong>logia apropriada para capturar peixes em ambientes rochosos ou coralinos.<br />
Quan<strong>do</strong> realizada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> embarcações com o barco em movimento é conhecida como<br />
pesca <strong>de</strong> corrico (Fig. 11), e <strong>de</strong>stina-se à captura <strong>de</strong> <strong>do</strong>ura<strong>do</strong>s, cavalas e alguns atuns<br />
que são atraí<strong>do</strong>s pelas iscas em movimento.<br />
Basicamente em qualquer uma das modalida<strong>de</strong>s, o aparelho <strong>de</strong> pesca consiste <strong>de</strong><br />
uma vara ou caniço, linha, alça e anzol. Nas comunida<strong>de</strong>s pesqueiras artesanais são<br />
usadas varas <strong>de</strong> bambú, e na pesca esportiva na atualida<strong>de</strong> são usadas varas <strong>de</strong><br />
materiais mais sofistica<strong>do</strong>s, como fibra <strong>de</strong> vidro ou titânio, e as varas são equipadas<br />
com molinetes que facilitam o lançamento e recolhimento <strong>do</strong>s anzóis. Muitos