pdf - Laboratório de Ecologia do Ictioplâncton - Furg

pdf - Laboratório de Ecologia do Ictioplâncton - Furg pdf - Laboratório de Ecologia do Ictioplâncton - Furg

21.02.2014 Views

164 Figura 2. Produção pesqueira discriminada por país (Fonte: FAO, 2007). As capturas por espécie registram um aumento drástico nas estatísticas dos camarões e cefalópodes (47,2% e 28,4%) e ao final da última década ambos atingiram a marca de aproximadamente 4 milhões de toneladas cada. Entretanto, a espécie mais capturada mundialmente, é de longe, a anchoveta do Pacífico, atingindo valores de aproximadamente 11 milhões de toneladas (Fig. 3). Figura 3. Produção pesqueira das principais espécies individuais mundialmente capturadas (Fonte: FAO, 2007). Durante as últimas três décadas o número de pescadores e aqüicultores cresceu a uma taxa mais elevada do que o crescimento da população mundial e mais do que o crescimento da oferta de trabalho na agricultura. Em 2004 estima-se que 41 milhões de pessoas trabalharam produzindo pescado (pesca mais aqüicultura), sendo a

165 maioria em países em desenvolvimento. Destes 41 milhões, aproximadamente 10 milhões estiveram empregados na aqüicultura. A frota pesqueira mundial está estimada em 4 milhões de barcos, sendo 1,3 milhões cabinados e 2,7 milhões de embarcações abertas. Muitos países adotaram medidas para limitar o crescimento das frotas nacionais, como forma de manter a pesca economicamente viável para as empresas que exploram o recurso. Assim como o esforço pesqueiro parece estar estabilizado, o nível de exploração dos estoques também parece estar estável. Ao longo dos últimos 10-15 anos, a proporção de estoques sobre-explorados se manteve constante, após mostrar um drástico aumento durante as décadas de 70 e 80. Aproximadamente ¼ dos estoques pesqueiros estão sub-explorados e poderiam produzir mais, enquanto que metade dos estoques já se encontram em sua capacidade máxima de exploração. Algumas décadas atrás, os esforços públicos foram concentrados no sentido de desenvolver as pescarias e a aqüicultura mundial, assegurando o crescimento da produção e do consumo de produtos pesqueiros. Até que na década de 80, à medida que vários recursos ficaram plenamente explorados e sobre-explorados, os órgãos tomadores de decisão começaram a mudar o foco da produção para o manejo sustentável dos estoques pesqueiros. A aqüicultura continua a se desenvolver mundialmente, enquanto que a pesca parece ter atingido o seu potencial máximo. 3. Métodos de coleta de nécton Para fins científicos, os métodos de coleta de nécton são os mesmos disponíveis na pesca comercial ou esportiva. De acordo com Sainsbury (1996), vários fatores devem ser considerados para a escolha do método. Entre os principais aspectos estão: 1) a especificidade do grupo de peixes a ser coletado, pois as espécies variam nos seus padrões de atividade, nas suas necessidades ecológicas e nos seus hábitos e comportamento; 2) as características do ambiente a ser amostrado, pois a eficiência dos métodos de pesca está diretamente relacionada a este fator; 3) a profundidade de coleta, pois diferentes métodos de pesca estão desenhados para atuar em determinadas camadas de profundidade; 4) aspectos técnicos como a seletividade dos aparelhos de pesca. Uma classificação encontrada na literatura agrupa os métodos de pesca em passivos e ativos. Os métodos de coleta passiva incluem aparelhos que não são movimentados pelo homem ou por máquinas, nos quais os peixes ou outros animais aquáticos ficam

165<br />

maioria em países em <strong>de</strong>senvolvimento. Destes 41 milhões, aproximadamente 10<br />

milhões estiveram emprega<strong>do</strong>s na aqüicultura.<br />

A frota pesqueira mundial está estimada em 4 milhões <strong>de</strong> barcos, sen<strong>do</strong> 1,3 milhões<br />

cabina<strong>do</strong>s e 2,7 milhões <strong>de</strong> embarcações abertas. Muitos países a<strong>do</strong>taram medidas<br />

para limitar o crescimento das frotas nacionais, como forma <strong>de</strong> manter a pesca<br />

economicamente viável para as empresas que exploram o recurso.<br />

Assim como o esforço pesqueiro parece estar estabiliza<strong>do</strong>, o nível <strong>de</strong> exploração <strong>do</strong>s<br />

estoques também parece estar estável. Ao longo <strong>do</strong>s últimos 10-15 anos, a proporção<br />

<strong>de</strong> estoques sobre-explora<strong>do</strong>s se manteve constante, após mostrar um drástico<br />

aumento durante as décadas <strong>de</strong> 70 e 80. Aproximadamente ¼ <strong>do</strong>s estoques<br />

pesqueiros estão sub-explora<strong>do</strong>s e po<strong>de</strong>riam produzir mais, enquanto que meta<strong>de</strong> <strong>do</strong>s<br />

estoques já se encontram em sua capacida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> exploração.<br />

Algumas décadas atrás, os esforços públicos foram concentra<strong>do</strong>s no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolver as pescarias e a aqüicultura mundial, asseguran<strong>do</strong> o crescimento da<br />

produção e <strong>do</strong> consumo <strong>de</strong> produtos pesqueiros. Até que na década <strong>de</strong> 80, à medida<br />

que vários recursos ficaram plenamente explora<strong>do</strong>s e sobre-explora<strong>do</strong>s, os órgãos<br />

toma<strong>do</strong>res <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão começaram a mudar o foco da produção para o manejo<br />

sustentável <strong>do</strong>s estoques pesqueiros. A aqüicultura continua a se <strong>de</strong>senvolver<br />

mundialmente, enquanto que a pesca parece ter atingi<strong>do</strong> o seu potencial máximo.<br />

3. Méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> nécton<br />

Para fins científicos, os méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> nécton são os mesmos disponíveis na<br />

pesca comercial ou esportiva. De acor<strong>do</strong> com Sainsbury (1996), vários fatores <strong>de</strong>vem<br />

ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s para a escolha <strong>do</strong> méto<strong>do</strong>. Entre os principais aspectos estão: 1) a<br />

especificida<strong>de</strong> <strong>do</strong> grupo <strong>de</strong> peixes a ser coleta<strong>do</strong>, pois as espécies variam nos seus<br />

padrões <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>, nas suas necessida<strong>de</strong>s ecológicas e nos seus hábitos e<br />

comportamento; 2) as características <strong>do</strong> ambiente a ser amostra<strong>do</strong>, pois a eficiência<br />

<strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> pesca está diretamente relacionada a este fator; 3) a profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

coleta, pois diferentes méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> pesca estão <strong>de</strong>senha<strong>do</strong>s para atuar em<br />

<strong>de</strong>terminadas camadas <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>; 4) aspectos técnicos como a seletivida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s<br />

aparelhos <strong>de</strong> pesca.<br />

Uma classificação encontrada na literatura agrupa os méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> pesca em passivos<br />

e ativos. Os méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> coleta passiva incluem aparelhos que não são movimenta<strong>do</strong>s<br />

pelo homem ou por máquinas, nos quais os peixes ou outros animais aquáticos ficam

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!