pdf - Laboratório de Ecologia do Ictioplâncton - Furg

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156 Nas dragas-âncora (Fig. 5B) placas metálicas horizontais na boca podem apresentar um ângulo inclinado em relação à superfície do sedimento, provocando a penetração no substrato que pode ser ou não limitada. Em geral não são arrastados por longas distâncias. São baixados ao fundo com embarcação a deriva ou em baixa velocidade. A B Figura 5. Draga. A, tipo Piccard; B, Âncora de Sanders. Uma desvantagem destas dragas é que em fundos arenosos compactados o preenchimento da draga se efetua após um maior percurso de arrasto em relação ao curto percurso em que se completa o enchimento nos fundos lamosos, devido à maior escavação da draga. Estas condições determinam diferenças consideráveis na avaliação da abundância de organismos entre locais que apresentam diferentes tipos de substrato. Este inconveniente pode ser atenuado modificando o desenho ou incorporando estruturas, que limitem a excessiva profundidade de escavação em fundos lamosos. Estas modificações são mais efetivas nas chamadas dragas âncora, que são desenhadas para escavar profundamente no substrato através de lâminas inclinadas. Sua eficiência de escavação depende do tamanho, peso, largura das lâminas e ângulo de inclinação. Para as dragas de arrasto qualitativas ou semi-quantitativas é importante padronizar o tempo e a velocidade de arrasto e evitar a repleção do sedimento. 3.2.2. Cilindros (mergulho), tubos extratores, placas metálicas Estes equipamentos fornecem estimativas quantitativas bastante precisas das assembléias, ainda mais quando é padronizada a profundidade de enterramento. Os tubos extratores permitem a retirada de seções transversais da amostra.

157 3.2.3. Amostradores que funcionam por sucção Utilizados em áreas onde é possível o mergulho autônomo, estes amostradores são operados manualmente. A aspiração se realiza por injeção de ar comprimido no extremo inferior de um tubo de maneira que as bolhas arrastam a água através dele, aspirando o substrato junto com os organismos. A ponta do tubo possui um cilindro amostrador que o mergulhador enterra para delimitar a amostra a ser aspirada. A amostra é recolhida no extremo superior em um recipiente de malha fina (0,5 a 1mm) conectado em um saco plástico onde os organismos ficam retidos. 3.2.4. Pegadores de fundo Os pegadores de fundo são desenhados para funcionar descendo verticalmente através de um cabo e quando o pegador toca no fundo é acionado um mecanismo de desengate, após o qual, a força exercida pelo cabo, ao ser puxado verticalmente, aciona o fechamento do pegador. Estes instrumentos são considerados quantitativos por coletar um número de organismos correspondentes a uma determinada unidade de área. Pegadores mordentes ou de garras Neste sistema de amostragem o aparelho é lançado a partir de um cabo vertical e morde o substrato de modo similar a uma escavadeira. Os pegadores tipo Petersen (Fig. 6A) funcionam bem em fundos pouco compactados. Apresenta problemas de fechamento em locais mais firmes, pois depende do peso do aparelho para o enterramento. Já os pegadores tipo van Veen (Fig. 6B) tem o funcionamento facilitado pela existência de braços fusionados a cada pá que funcionam como um sistema de alavancas. Testes indicaram que o pegador de van Veen apresenta maior eficiência de captura que o de Petersen. Mesmo com esta vantagem, os dois tipos de pegadores apresentam problemas de eficiência de captura em substratos arenosos, onde os aparelhos têm menor penetração. A capacidade de penetração destes modelos de pegadores pode ser melhorada com o uso de lastros de chumbo que aumentam o peso do instrumento. Os pegadores tipo Smith-McIntyre (Fig. 6C) possuem seu sistema montado no interior de uma estrutura metálica que aumenta a estabilidade do pegador no fundo. As pás são enterradas no substrato através do disparo de duas molas.

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3.2.3. Amostra<strong>do</strong>res que funcionam por sucção<br />

Utiliza<strong>do</strong>s em áreas on<strong>de</strong> é possível o mergulho autônomo, estes amostra<strong>do</strong>res são<br />

opera<strong>do</strong>s manualmente. A aspiração se realiza por injeção <strong>de</strong> ar comprimi<strong>do</strong> no<br />

extremo inferior <strong>de</strong> um tubo <strong>de</strong> maneira que as bolhas arrastam a água através <strong>de</strong>le,<br />

aspiran<strong>do</strong> o substrato junto com os organismos. A ponta <strong>do</strong> tubo possui um cilindro<br />

amostra<strong>do</strong>r que o mergulha<strong>do</strong>r enterra para <strong>de</strong>limitar a amostra a ser aspirada. A<br />

amostra é recolhida no extremo superior em um recipiente <strong>de</strong> malha fina (0,5 a 1mm)<br />

conecta<strong>do</strong> em um saco plástico on<strong>de</strong> os organismos ficam reti<strong>do</strong>s.<br />

3.2.4. Pega<strong>do</strong>res <strong>de</strong> fun<strong>do</strong><br />

Os pega<strong>do</strong>res <strong>de</strong> fun<strong>do</strong> são <strong>de</strong>senha<strong>do</strong>s para funcionar <strong>de</strong>scen<strong>do</strong> verticalmente<br />

através <strong>de</strong> um cabo e quan<strong>do</strong> o pega<strong>do</strong>r toca no fun<strong>do</strong> é aciona<strong>do</strong> um mecanismo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sengate, após o qual, a força exercida pelo cabo, ao ser puxa<strong>do</strong> verticalmente,<br />

aciona o fechamento <strong>do</strong> pega<strong>do</strong>r. Estes instrumentos são consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s quantitativos<br />

por coletar um número <strong>de</strong> organismos correspon<strong>de</strong>ntes a uma <strong>de</strong>terminada unida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> área.<br />

Pega<strong>do</strong>res mor<strong>de</strong>ntes ou <strong>de</strong> garras<br />

Neste sistema <strong>de</strong> amostragem o aparelho é lança<strong>do</strong> a partir <strong>de</strong> um cabo vertical e<br />

mor<strong>de</strong> o substrato <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> similar a uma escava<strong>de</strong>ira. Os pega<strong>do</strong>res tipo Petersen<br />

(Fig. 6A) funcionam bem em fun<strong>do</strong>s pouco compacta<strong>do</strong>s. Apresenta problemas <strong>de</strong><br />

fechamento em locais mais firmes, pois <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>do</strong> peso <strong>do</strong> aparelho para o<br />

enterramento. Já os pega<strong>do</strong>res tipo van Veen (Fig. 6B) tem o funcionamento facilita<strong>do</strong><br />

pela existência <strong>de</strong> braços fusiona<strong>do</strong>s a cada pá que funcionam como um sistema <strong>de</strong><br />

alavancas.<br />

Testes indicaram que o pega<strong>do</strong>r <strong>de</strong> van Veen apresenta maior eficiência <strong>de</strong> captura<br />

que o <strong>de</strong> Petersen. Mesmo com esta vantagem, os <strong>do</strong>is tipos <strong>de</strong> pega<strong>do</strong>res<br />

apresentam problemas <strong>de</strong> eficiência <strong>de</strong> captura em substratos arenosos, on<strong>de</strong> os<br />

aparelhos têm menor penetração. A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> penetração <strong>de</strong>stes mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />

pega<strong>do</strong>res po<strong>de</strong> ser melhorada com o uso <strong>de</strong> lastros <strong>de</strong> chumbo que aumentam o<br />

peso <strong>do</strong> instrumento.<br />

Os pega<strong>do</strong>res tipo Smith-McIntyre (Fig. 6C) possuem seu sistema monta<strong>do</strong> no interior<br />

<strong>de</strong> uma estrutura metálica que aumenta a estabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> pega<strong>do</strong>r no fun<strong>do</strong>. As pás<br />

são enterradas no substrato através <strong>do</strong> disparo <strong>de</strong> duas molas.

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