pdf - Laboratório de Ecologia do Ictioplâncton - Furg
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<strong>de</strong>corrente da estiagem que ocorreu no Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul no verão <strong>de</strong> 2005. Esta<br />
espécie seguiu ocorren<strong>do</strong> em gran<strong>de</strong> número e causan<strong>do</strong> prejuízos durante 2006 e<br />
2007, haven<strong>do</strong> localida<strong>de</strong>s habitadas por pesca<strong>do</strong>res, como a Torotama, em que<br />
100% <strong>do</strong>s calões <strong>do</strong>s trapiches e 50% <strong>do</strong> fun<strong>do</strong> das embarcações tiveram que ser<br />
troca<strong>do</strong>s <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> as perfurações <strong>de</strong> B. fimbriatula (que é <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong> “broca” pelos<br />
pesca<strong>do</strong>res artesanais).<br />
Para evitar as infestações são utilizadas pinturas com tintas tóxicas, que vão<br />
lentamente liberan<strong>do</strong> substâncias tóxicas na água. O estu<strong>do</strong> da biologia da espécie<br />
torna o controle <strong>do</strong> assentamento mais econômico e menos prejudicial ao meio<br />
ambiente. É importante conhecer quais são as espécies infestantes, qual o efeito das<br />
mesmas, a taxa <strong>de</strong> crescimento, a época da reprodução, a duração da vida larval, a<br />
profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maior ataque, a face <strong>de</strong> maior infestação e a cor <strong>do</strong> substrato<br />
(fototaxia da larva).<br />
3. Amostragem <strong>do</strong>s organismos bentônicos<br />
Os estu<strong>do</strong>s em ecologia aquática visam principalmente conhecer os fatores<br />
responsáveis pela distribuição e abundância <strong>do</strong>s organismos. Dentre as distintas<br />
etapas que envolvem os trabalhos científicos em ecologia aquática a etapa <strong>de</strong><br />
obtenção <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s ou amostras, a amostragem, é consi<strong>de</strong>rada fundamental. A<br />
eficácia <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> amostragem está relacionada com a possibilida<strong>de</strong> que se<br />
ofereça uma generalização satisfatória da população, a partir da obtenção <strong>de</strong><br />
amostras.<br />
A qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s através da amostragem é que irá <strong>de</strong>terminar o nível<br />
<strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s alcança<strong>do</strong>s pelo trabalho. Tratamentos estatísticos refina<strong>do</strong>s ou uma<br />
redação elegante não po<strong>de</strong>rão qualificar da<strong>do</strong>s ou amostras incorretas ou <strong>de</strong> baixa<br />
confiabilida<strong>de</strong>.<br />
Um embasamento teórico sobre amostragem é necessário para evitar o <strong>de</strong>sperdício<br />
<strong>de</strong> esforço amostral em excesso ou pela obtenção <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s praticamente sem<br />
utilida<strong>de</strong> ou inconclusivos. Para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um plano amostral <strong>de</strong>ve haver a<br />
preocupação com: o que amostrar; o quanto amostrar; como e on<strong>de</strong> amostrar.<br />
3.1. Tipos <strong>de</strong> amostragem<br />
A amostragem em ecologia aquática <strong>de</strong>ve, inicialmente, ser caracterizada quanto aos<br />
seus objetivos e as condições em que po<strong>de</strong> ser efetuada.