pdf - Laboratório de Ecologia do Ictioplâncton - Furg

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21.02.2014 Views

112 cerca de 10 Mn (18,52 km) a uma velocidade de cruzeiro de 20 nós em profundidades entre 6 e 10 metros. LHPR O Longhurst-Hardy Plankton Recorder foi uma modificação inovadora do CPR idealizada por Longhurst et al (1966). Um par de redes de 50 cm de diâmetro foi montado lado a lado em uma armação. Junto ao copo coletor de uma das redes está um registrador de plâncton com um túnel entrando no centro e dividindo-se em duas secções que passam pelas laterais da caixa e saem pela sua porção posterior. Dois rolos com tiras de náilon (330 e 500 µm de abertura de malha) são passados através do túnel logo após a divisão filtrando os organismos planctônicos. As tiras de náilon são enroladas em um carretel simples que está localizada entre a divisão do túnel. O carretel coletor avança de acordo com um tempo programado (15-60 s) por um sistema elétrico montado na armação comprimindo os organismos entre duas tiras de náilon. Dados de pressão, temperatura e volume são também armazenados. O LHPR é arrastado entre 1,5 e 2,5 nós e pode coletar até 100 amostras. Foi idealizado para recolher dados precisos de distribuição vertical e depois de algumas modificações também foi utilizado para análise de distribuição horizontal do plâncton. ARIES Uma evolução do LHPR é o Autosampling and Recording Instrumental Environmental Sampler (ARIES) descrito por Dunn et al,1993a. Este amostrador de plâncton tem 35 cm de diâmetro com um cone que se expande a 76 cm de diâmetro. Com a armação são três sistemas de coleta. Uma rede de plâncton na porção posterior do cone antecede o sistema coletor múltiplo que consiste em uma rede de 200 cm de comprimento equipado de um cinto de 16 cm de largura com 110 pequenos coletores de 6 cm de diâmetro com malha de 200 µm. Um motor periodicamente aumenta o cinto, movendo as redes para um alimentador na posição de coleta com 60 garrafas de 250 mL que estão num carrossel parecido com um amostrador tipo roseta. Temperatura, condutividade, pressão, volume e tempo de amostra que varia de 1 seg. a 60 min. são registrados. A informação sobre a profundidade do arrasto é transmitida acusticamente em tempo real para o monitoramento da coleta. A velocidade de arrasto é de 4 a 5 nós. UOR Como o CPR tem a desvantagem de coletar só horizontalmente as camadas mais superficiais do oceano, Bruce & Aiken (1975) desenvolveram o Undulating

113 Oceanographic Recorder (UOR), quer é baseado no CPR, com forma hidrodinâmica de 98 cm de largura, 75 cm de altura e 156 cm de comprimento, com 180 kg de peso. Pode ser programado para ondular entre 7 e 15 a 70 m (comprimento de onda de 3 a 30 km) a uma velocidade de arrasto de 7 a 15 nós. O UOR pode levar sensores programados para medir temperatura, salinidade, profundidade e armazenar dados coletados com intervalos de até 2 segundos. Cada lance de coleta pode durar 12 horas. Figura 19. Continuous Plankton Recorder (CPR). A, Carcaça protetora; B, Partes componentes: 1, abertura; 2, carretel de gase filtrante, 3, túnel. 4, carretel de gase de cobertura; 5, tanque coletor; 6, engrenagem de movimentação; 7, hélice. (Fonte: A, Sahfos; B, adaptado de Hardy, 1926). 6. Sistemas Ópticos Os sistemas ópticos foram desenvolvidos para quantificar a abundância e identificar organismos planctônicos e outras partículas na coluna da água. As primeiras tentativas de quantificar o plâncton com o auxílio óptico ocorreram durante a década de 1950 (Jaffe, 2005). Recentemente, a revolução tecnológica e a fácil aquisição de componentes ópticos modernos permitiram que engenheiros ópticos desenvolvessem uma nova geração de sistemas de amostragem. Dois sistemas são identificados de maneira básica: os sistemas de imagem ativos e passivos. No caso dos passivos, o objeto não é iluminado pelo sistema. Assim, alguma fonte alternativa de luz, ou

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cerca <strong>de</strong> 10 Mn (18,52 km) a uma velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cruzeiro <strong>de</strong> 20 nós em profundida<strong>de</strong>s<br />

entre 6 e 10 metros.<br />

LHPR<br />

O Longhurst-Hardy Plankton Recor<strong>de</strong>r foi uma modificação inova<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> CPR<br />

i<strong>de</strong>alizada por Longhurst et al (1966). Um par <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 50 cm <strong>de</strong> diâmetro foi<br />

monta<strong>do</strong> la<strong>do</strong> a la<strong>do</strong> em uma armação. Junto ao copo coletor <strong>de</strong> uma das re<strong>de</strong>s está<br />

um registra<strong>do</strong>r <strong>de</strong> plâncton com um túnel entran<strong>do</strong> no centro e dividin<strong>do</strong>-se em duas<br />

secções que passam pelas laterais da caixa e saem pela sua porção posterior. Dois<br />

rolos com tiras <strong>de</strong> náilon (330 e 500 µm <strong>de</strong> abertura <strong>de</strong> malha) são passa<strong>do</strong>s através<br />

<strong>do</strong> túnel logo após a divisão filtran<strong>do</strong> os organismos planctônicos. As tiras <strong>de</strong> náilon<br />

são enroladas em um carretel simples que está localizada entre a divisão <strong>do</strong> túnel. O<br />

carretel coletor avança <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com um tempo programa<strong>do</strong> (15-60 s) por um<br />

sistema elétrico monta<strong>do</strong> na armação comprimin<strong>do</strong> os organismos entre duas tiras <strong>de</strong><br />

náilon. Da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> pressão, temperatura e volume são também armazena<strong>do</strong>s. O LHPR<br />

é arrasta<strong>do</strong> entre 1,5 e 2,5 nós e po<strong>de</strong> coletar até 100 amostras. Foi i<strong>de</strong>aliza<strong>do</strong> para<br />

recolher da<strong>do</strong>s precisos <strong>de</strong> distribuição vertical e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> algumas modificações<br />

também foi utiliza<strong>do</strong> para análise <strong>de</strong> distribuição horizontal <strong>do</strong> plâncton.<br />

ARIES<br />

Uma evolução <strong>do</strong> LHPR é o Autosampling and Recording Instrumental Environmental<br />

Sampler (ARIES) <strong>de</strong>scrito por Dunn et al,1993a. Este amostra<strong>do</strong>r <strong>de</strong> plâncton tem 35<br />

cm <strong>de</strong> diâmetro com um cone que se expan<strong>de</strong> a 76 cm <strong>de</strong> diâmetro. Com a armação<br />

são três sistemas <strong>de</strong> coleta. Uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> plâncton na porção posterior <strong>do</strong> cone<br />

antece<strong>de</strong> o sistema coletor múltiplo que consiste em uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> 200 cm <strong>de</strong><br />

comprimento equipa<strong>do</strong> <strong>de</strong> um cinto <strong>de</strong> 16 cm <strong>de</strong> largura com 110 pequenos coletores<br />

<strong>de</strong> 6 cm <strong>de</strong> diâmetro com malha <strong>de</strong> 200 µm. Um motor periodicamente aumenta o<br />

cinto, moven<strong>do</strong> as re<strong>de</strong>s para um alimenta<strong>do</strong>r na posição <strong>de</strong> coleta com 60 garrafas<br />

<strong>de</strong> 250 mL que estão num carrossel pareci<strong>do</strong> com um amostra<strong>do</strong>r tipo roseta.<br />

Temperatura, condutivida<strong>de</strong>, pressão, volume e tempo <strong>de</strong> amostra que varia <strong>de</strong> 1 seg.<br />

a 60 min. são registra<strong>do</strong>s. A informação sobre a profundida<strong>de</strong> <strong>do</strong> arrasto é transmitida<br />

acusticamente em tempo real para o monitoramento da coleta. A velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> arrasto<br />

é <strong>de</strong> 4 a 5 nós.<br />

UOR<br />

Como o CPR tem a <strong>de</strong>svantagem <strong>de</strong> coletar só horizontalmente as camadas mais<br />

superficiais <strong>do</strong> oceano, Bruce & Aiken (1975) <strong>de</strong>senvolveram o Undulating

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