eletrodo
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CQ049 : FQ IV - Eletroquímica<br />
CQ049 – FQ<br />
Eletroquímica<br />
prof. Dr. Marcio Vidotti<br />
mvidotti@ufpr.br<br />
www.quimica.ufpr.br/mvidotti<br />
Terça / Quarta: 15:30 – 17:30
Espontaneidade de reações<br />
eletroquímicas<br />
CQ049 : FQ IV - Eletroquímica<br />
redução<br />
A + e - → A -<br />
oxidação<br />
A → A + + e -
Eletrodos de Referência<br />
CQ049 : FQ IV - Eletroquímica<br />
“<strong>eletrodo</strong> de vidro” (pH)<br />
Ag/AgCl/Cl - (sat)<br />
Hg/Hg 2 Cl 2 /Cl - (sat)<br />
0 0,197 V 0,242 V<br />
NHE Ag/AgCl ECS<br />
Potenciais dos <strong>eletrodo</strong>s medidos em relação ao NHE
Células Eletroquímicas<br />
CQ049 : FQ IV - Eletroquímica<br />
célula de dois <strong>eletrodo</strong>s<br />
célula de três <strong>eletrodo</strong>s<br />
UMEs
Fatores que afetam a reação na<br />
superfície do <strong>eletrodo</strong><br />
CQ049 : FQ IV - Eletroquímica<br />
Considerando uma reação geral, mostrada abaixo, que ocorre na superfície do <strong>eletrodo</strong>:<br />
Alguns fatores devem ser levados em consideração para que a reação possa ocorrer:<br />
1. Transporte de massa;<br />
2. Transferência de elétrons na superfície do <strong>eletrodo</strong>;<br />
3. Reações químicas intermediárias;<br />
4. Reações de interface, como adsorção e dessorção.
dupla camada elétrica<br />
CQ049 : FQ IV - Eletroquímica<br />
interface <strong>eletrodo</strong> | solução<br />
Camada mais interna /<br />
imediatamente ao lado do <strong>eletrodo</strong><br />
<strong>eletrodo</strong><br />
Camadas paralelas de solução
dupla camada elétrica<br />
CQ049 : FQ IV - Eletroquímica<br />
Inner Helmholtz plane (distância x 1 e potencial f 1 )<br />
Outer Helmholtz plane (distância x 2 e potencial f 2 )<br />
• A espessura da camada difusa<br />
depende da concentração da<br />
solução;<br />
• O valor do potencial também se<br />
altera ao longo da região da dupla<br />
camada.<br />
• A estrutura da dupla camada pode<br />
afetar a taxa das reações de<br />
<strong>eletrodo</strong>.<br />
Região de íons especificamente<br />
adsorvidos, cuja carga (camada)<br />
vale s i (mC cm -2 )<br />
Região de íons não-especificamente adsorvidos, estes íons<br />
solvatados interagem com o metal por atrações eletrostáticas<br />
de longo alcance. Esta região (3D) é chamada de camada<br />
difusa e se estende da OHP até o seio da solução. A carga<br />
desta região vale s d (mC cm -2 )
dupla camada elétrica<br />
CQ049 : FQ IV - Eletroquímica<br />
Helmholtz<br />
O modelo mais simples que descreve a região da dupla camada<br />
elétrica foi desenvolvido por Helmoltz e Perrin. Eles<br />
imaginaram que a carga na superfície do <strong>eletrodo</strong> iria produzir<br />
uma “contra-camada” de carga oposta ao <strong>eletrodo</strong>. Nesta<br />
situação, a região pode ser aproximada como duas camadas<br />
paralelas de carga oposta, como um capacitor, onde o potencial<br />
varia linearmente entre as camadas.<br />
Porém, para sistemas reais, essa variação de potencial não é<br />
constante e varia de acordo com a concentração de íons em<br />
solução, além do potencial que é aplicado na superfície do<br />
<strong>eletrodo</strong>.<br />
Mesmo que a carga do <strong>eletrodo</strong> esteja confinada na superfície<br />
do <strong>eletrodo</strong>, em solução, a carga é distribuída de forma<br />
diferente, onde a camada difusa deve ser levada em<br />
consideração.
dupla camada elétrica<br />
CQ049 : FQ IV - Eletroquímica<br />
Gouy-Chapman<br />
Neste modelo, a concentração do eletrólito é levada em consideração, onde a maior quantidade<br />
de espécies estariam imediatamente ao lado do <strong>eletrodo</strong>, de forma que a atração eletrostática<br />
são superiores aos efeitos térmicos. Progressivamente, a concentração de espécies diminui com<br />
a distância do <strong>eletrodo</strong>, estes efeitos são chamados de camada de carga difusa. O efeito da<br />
concentração também é afetado pela carga aplicada ao <strong>eletrodo</strong>, pois com seu aumento, a cada<br />
difusa tende a ficar mais compacta. Neste modelo, os íons são considerados cargas puntiformes.
dupla camada elétrica<br />
CQ049 : FQ IV - Eletroquímica<br />
Stern<br />
O modelo proposto por Stern é, na realidade, uma união dos dois modelos descritos<br />
anteriormente, onde ele admitiu a existência de uma camada compacta de íons nas<br />
proximidades do <strong>eletrodo</strong> seguida por uma camada difusa de íons, aproximando o tratamento<br />
matemático para a existência de dois capacitores ligados em série, representando<br />
respectivamente as camadas compacta e difusa.
Cinética eletroquímica<br />
CQ049 : FQ IV - Eletroquímica<br />
A velocidade de transferência de carga<br />
Nesta parte do curso, vamos estudar a velocidade da reação eletroquímica na superfície do<br />
<strong>eletrodo</strong>, onde alguns conceitos básicos de cinética química serão apresentados brevemente.<br />
Velocidade de uma reação química: Variação de reagentes / produtos em função do tempo:<br />
a A+ b B → produtos<br />
v = k [A] x [B] y<br />
Lei de velocidade<br />
k: constante de velocidade da reação (relacionado com G)<br />
x e y: ordem de reação (relacionado com choques entre as moléculas)<br />
A lei de velocidades é obtida experimentalmente !!!
Determinação da lei de<br />
velocidade<br />
CQ049 : FQ IV - Eletroquímica<br />
Exemplo: Na decomposição térmica de “A” obtiveram-se os seguintes dados da variação da concentração com o tempo:<br />
t / 10 3 s 0 2 4 6 8 10 2<br />
[A] / mol L -1 1,10 0,86 0,67 0,52 0,41 0,32 0,25<br />
Determinar a lei de velocidade desta reação:<br />
A → PRODUTOS<br />
[A] / mol L -1<br />
1.2<br />
1.0<br />
0.8<br />
0.6<br />
0.4<br />
0.2<br />
Devemos então encontrar os valores de<br />
k e a.<br />
De posse dos dados fornecidos, é<br />
possível calcular as velocidades<br />
instantâneas:<br />
0 2 4 6 8 10 12<br />
tempo / 10 3 s
Determinação da lei de<br />
velocidade<br />
CQ049 : FQ IV - Eletroquímica<br />
Desta forma:<br />
v P ([A] = 0.86 mol L -1 ) = 0.13 x 10 -3 mol L -1 s -1<br />
v Q ([A] = 0.41 mol L -1 ) = 0.05 x 10 -3 mol L -1 s -1<br />
1.2<br />
1.0<br />
(P): d[A]/dt = -0,13 x 10 -3 mol L -1 s -1<br />
Substituindo nas equações:<br />
v = k [A] a<br />
[A] / mol L -1<br />
0.8<br />
0.6<br />
0.4<br />
0.2<br />
(Q): d[A]/dt = -0,05 x 10 -3 mol L -1 s -1<br />
0 2 4 6 8 10 12<br />
tempo / 10 3 s<br />
(P): 0.13 x 10 -3 = k (0.86) a<br />
(Q): 0.05 x 10 -3 = k (0.41) a<br />
Chegando a um sistema de duas equações e<br />
duas incógnitas:<br />
Resolvendo:<br />
a = 1 e k = 0.13 s -1<br />
LEI CINÉTICA: v = 0.13 [A] 1
Lei de velocidades integradas<br />
CQ049 : FQ IV - Eletroquímica<br />
Para uma reação de primeira ordem:<br />
Para uma reação de segunda ordem:<br />
Tempo de meia-vida para uma reação de primeira ordem:
ln k<br />
Arrhenius - Temperatura<br />
CQ049 : FQ IV - Eletroquímica<br />
Normalmente, a velocidade de uma reação aumenta com a temperatura. Observa-se<br />
experimentalmente uma dependência linear de ln k com 1/T. Este comportamento é descrito pela<br />
equação de Arrhenius:<br />
Onde:<br />
k = constante de velocidade<br />
A = fator de frequência (taxa de colisões)<br />
E A = Energia de ativação (estado de transição)<br />
coef. linear = ln A<br />
coef. angular = -E A / R<br />
1/T
Taxa de colisões<br />
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Para uma reação química ocorrer é necessário o choque entre os reagentes, porém, nem todas essas colisões são<br />
realmente efetivas. Para a reação ocorrer, este choque deve obedecer dois parâmetros básicos:<br />
(a) As espécies reagentes devem ter uma energia mínima necessária para rearranjar os elétrons nas quebras das ligações<br />
químicas e na formação de novas ligações;<br />
(b) As espécies devem ter uma orientação perfeita na momento da colisão.<br />
Zn (fita)<br />
Zn (pedaços)<br />
2H + (aq) + Zn(s) → H 2(g) + Zn 2+ (aq)<br />
Aumento da área superficial<br />
Teoria das colisões (k)<br />
P = fator de probabilidade<br />
Z = frequência de colisões<br />
T = energia mínima das moléculas
Energia G<br />
Estado de transição<br />
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complexo ativado<br />
*<br />
E A<br />
Avanço da reação
<strong>eletrodo</strong><br />
Região da dupla camada elétrica<br />
Solução [espécie eletroativa]<br />
Cinética eletroquímica<br />
CQ049 : FQ IV - Eletroquímica<br />
A reação heterogênea entre o <strong>eletrodo</strong> as espécies em solução podem ser consideradas de<br />
primeira ordem e tem a forma:<br />
Fluxo de produtos = k [espécie eletroativa]<br />
A concentração da espécie eletroativa é a molaridade da solução vizinha ao<br />
<strong>eletrodo</strong>, imediatamente na face externa da dupla camada. Consideraremos a<br />
seguinte reação geral:<br />
Ox + e -<br />
k C<br />
k A<br />
Red<br />
Ox + e- → Red<br />
Red → Ox + e -<br />
i j =<br />
A = corrente<br />
área<br />
i C > i A<br />
corrente catódica<br />
i A > i C<br />
corrente anódica
Cinética eletroquímica<br />
CQ049 : FQ IV - Eletroquímica<br />
A velocidade de redução de Ox pode ser<br />
descrita como:<br />
v C = k C [Ox]<br />
Ox + e -<br />
k C<br />
k A<br />
Red<br />
A velocidade de oxidação de Red pode<br />
ser descrita como:<br />
v A = k A [Red]<br />
Para uma reação eletroquímica devemos expressar as velocidades das reações em<br />
termos de densidade de corrente (j X ):<br />
j C = F k C [Ox]<br />
j A = F k A [Red]<br />
A corrente líquida no <strong>eletrodo</strong> (j) é dada pela diferença entre as correntes<br />
j = j A – j C = F k A [Red] – F k C [Ox]<br />
Se j > 0, a corrente é considerada anódica e se j < 0 teremos uma corrente catódica
Cinética eletroquímica<br />
CQ049 : FQ IV - Eletroquímica<br />
Para que uma espécie possa sofrer uma reação redox na<br />
superfície do <strong>eletrodo</strong>, é necessário:<br />
(i) perder as moléculas de solvatação;<br />
(ii) migrar através da dupla camada elétrica;<br />
(iii) ajustar a sua esfera de hidratação ao receber / fornecer<br />
elétrons.<br />
(iv) Da mesma maneira, uma espécie no plano interno de<br />
Helmholtz deve desprender-se do <strong>eletrodo</strong> e migrar para o<br />
seio da solução.<br />
Ou seja, estes processos requerem uma energia extra e da<br />
mesma forma que descrito para o complexo ativado, essa<br />
energia extra (DG*) deverá ser incorporada à constante de<br />
velocidade da seguinte forma:<br />
k = B e −∆G∗ RT<br />
Que incorporada à equação de fluxo de corrente:
<strong>eletrodo</strong><br />
<strong>eletrodo</strong><br />
OHP<br />
solução<br />
Cinética eletroquímica<br />
CQ049 : FQ IV - Eletroquímica<br />
j = jA − jC = F B A Red e −∆ A G∗<br />
RT − F B C Ox e −∆ C G∗<br />
RT<br />
Nesta expressão, as energias de Gibbs de ativação podem ser diferentes nos<br />
processos catódico e anódico.<br />
Seja a reação catódica:<br />
Ox + e - → Red<br />
f M<br />
e -<br />
Ox<br />
Df<br />
Potencial Galvani<br />
Red<br />
f S
<strong>eletrodo</strong><br />
<strong>eletrodo</strong><br />
OHP<br />
solução<br />
D A G*<br />
<strong>eletrodo</strong><br />
OHP<br />
F Df<br />
D C G*<br />
Energia de ativação (DG*)<br />
CQ049 : FQ IV - Eletroquímica<br />
f M<br />
Ox + e- → Red<br />
Df<br />
Potencial Galvani<br />
f S<br />
ET*<br />
(estado de<br />
transição)<br />
D C G* (0)<br />
e -<br />
Ox<br />
D A G* (0)<br />
G M<br />
’<br />
G S<br />
DG* = DG* (0) + F Df<br />
G M<br />
Red
<strong>eletrodo</strong><br />
<strong>eletrodo</strong><br />
<strong>eletrodo</strong><br />
Energia de ativação (DG*)<br />
CQ049 : FQ IV - Eletroquímica<br />
Ox + e- → Red<br />
reação catódica<br />
DG* = DG* (0) + F Df<br />
ET(1)<br />
ET(2)<br />
e -<br />
ET<br />
Ox<br />
Red<br />
a<br />
a = coeficiente de transferência<br />
valor entre 0 e 1<br />
D C G* = D C G* (0) + a F Df<br />
e -<br />
Red → Ox + e -<br />
reação anódica<br />
ET<br />
Ox<br />
Red<br />
D A G* = D A G* (0) – (1-a) F Df<br />
Substituindo os dois valores de DG* (anódico e catódico) na equação da densidade de corrente:<br />
j = jA − jC = F BA Red e −∆ A G∗<br />
RT − F BC Ox e −∆ C G∗<br />
RT
Energia de ativação (DG*)<br />
CQ049 : FQ IV - Eletroquímica<br />
Chegamos a:<br />
j = jA − jC = F BA Red e −∆ G A 0<br />
RT e 1−α Δφ F RT − F BC Ox e −∆ G C 0<br />
∗<br />
Esta é uma equação que embora complicada, mostra como a corrente irá variar devido à<br />
diferença de potencial galvani (Df) aplicada ao <strong>eletrodo</strong>.<br />
Podemos fazer uma simplificação na equação, admitindo que f = F / RT, substituindo na<br />
equação acima:<br />
j = jA − jC = F BA Red e −∆ G A 0<br />
RT e 1−α f Δφ − F BC Ox e −∆ G C 0<br />
∗<br />
∗<br />
RT e −α Δφ F RT<br />
∗<br />
RT −α f Δφ<br />
e<br />
Ou se quisermos separar nas correntes catódica e anódica:<br />
j A = F BA Red e −∆ A G 0<br />
∗<br />
RT e<br />
1−α f Δφ j<br />
C = F BC Ox e −∆ C G 0<br />
∗<br />
RT e−α f Δφ
Corrente de troca j 0<br />
Ox + e- → Red<br />
Red → Ox + e -<br />
CQ049 : FQ IV - Eletroquímica<br />
i C > i A<br />
i A > i C<br />
corrente catódica Df C<br />
corrente anódica Df A<br />
i A = i C<br />
A corrente de troca é igual a j 0 = j A = j C<br />
Para tanto, foi aplicado um potencial “E”<br />
Substituindo nas expressões de densidade de corrente:
Butler-Volmer<br />
CQ049 : FQ IV - Eletroquímica<br />
j = jA − jC = F BA Red e −∆ G A 0<br />
RT e 1−α f E − F BC Ox e −∆ G C 0<br />
∗<br />
(i) Na situação de corrente de troca j 0 (aplicando-se um potencial “E”), temos<br />
que j 0 = j C = j A , onde vários termos podem ser simplificados e rearranjados em<br />
uma nova equação;<br />
(ii) Porém, devemos aplicar um potencial (ou seja, fornecer energia ao <strong>eletrodo</strong>)<br />
diferente de E, para que ocorra, ou a oxidação (corrente anódica) ou a<br />
redução (corrente catódica), este potencial é chamado de sobretensão (h);<br />
(iii) De posse dessas informações, podemos adequadamente rearranjar a equação<br />
acima, chegando a:<br />
∗<br />
RT −α f E<br />
e<br />
j = j 0 e 1−α f η) − e−α f η<br />
Que é a equação de Butler-Volmer
Butler-Volmer<br />
CQ049 : FQ IV - Eletroquímica<br />
j = j 0 e 1−α f η) − e−α f η<br />
O limite da sobretensão baixa:<br />
Se h for baixo, o produto entre f h será bem<br />
menor do que 1, desta forma, as exponenciais<br />
da equação B-V podem ser desenvolvidas em<br />
série, uma vez que:<br />
e x = 1 + x + ...<br />
E a equação se torna:<br />
j = j 0 { 1 + (1 - a) fh + ... + (1 - a f h + ...)}<br />
Que pode ser aproximado para:<br />
j = j 0 f h; ou rearranjando de forma<br />
conveniente<br />
h = RT j / F j 0<br />
Obs. Nessas situações, h < 0,01 V<br />
O limite da sobretensão alta:<br />
Se h for alta e positiva, a segunda exponencial<br />
da equação B-V é muito menor que a primeira<br />
e pode, desta forma, ser desprezada:<br />
j = j 0 e[(1-a)fh]; rearranjando adequadamente:<br />
lnj = ln j 0 + (1-a) f h<br />
Se h for alta e negativa, a primeira exponencial<br />
pode ser desprezada, desta forma:<br />
j = -j 0 e[-afh]; rearranjando-a:<br />
ln(-j) = ln j 0 – afh<br />
A curva entre ln j x h é o de gráfico de Tafel<br />
Obs. Nessas situações, n > |0,12 V|
O gráfico de Tafel<br />
CQ049 : FQ IV - Eletroquímica<br />
Exemplo: Os dados da tabela seguinte dão a corrente anódica num <strong>eletrodo</strong> de platina, de 2,0 cm 2 de<br />
área, em contato com solução aquosa de íons Fe 3+ e Fe 2+ , a 298 K. Estimar a densidade de corrente de<br />
troca e o coeficiente de transferência do processo no <strong>eletrodo</strong>.<br />
h / mV 50 100 150 200 250<br />
i / mA 8,8 25,0 58,0 131 298<br />
Como as correntes são positivas, temos um processo anódico que<br />
corresponde à reação:<br />
Fe 2+ → Fe 3+ + 1e -<br />
Pela equação: ln j = ln j 0 + (1-a) f h<br />
Sabendo que a densidade de corrente j equivale a i/A, plota-se um<br />
gráfico de ln j vs h, onde o coeficiente angular corresponde a (1-a)f e o<br />
coeficiente linear vale ln j 0 :<br />
ln j / A cm -2<br />
Com isso, encontramos a = 0,58 e j 0 = 2,5 mA cm -2 .<br />
Obs. Para valores de sobretensão menores que 100 mV, o gráfico não é<br />
tão retilíneo, uma vez que a aproximação afh >> 1 não é válida.<br />
h / V
<strong>eletrodo</strong><br />
Energia de ativação (DG*)<br />
CQ049 : FQ IV - Eletroquímica<br />
Exemplo: Calcular as variações das densidades de corrente catódica e anódica em um <strong>eletrodo</strong><br />
quando a diferença de potencial passa de 1,0 V para 2,0 V, a 25 o C. Admitindo a = 0,5.<br />
e -<br />
Ox<br />
Temos duas situações distintas, onde são aplicados os potenciais Df(1,0 V) e<br />
Df’(2,0V), para cada situação haverá a alteração das correntes catódica /<br />
anódica relacionadas, que podem ser calculadas:<br />
Red<br />
A relação pode ser obtida a partir de j C ’ / j C e j A ’ / j A . Sabemos que a = 0,5 e<br />
Df’ – Df = 1,0 V;<br />
j C = F BC Ox e −∆ C G 0<br />
∗<br />
RT e −α f Δφ R: j C ’ / j C = 4 x 10 -9<br />
j A = F BA Red e −∆ A G 0<br />
∗<br />
RT e<br />
1−α f Δφ<br />
j A ’ / j A = 3 x 10 8