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Percepção dos moradores e avaliação da arborização em bairros ...

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Avaliação <strong>da</strong> arborização <strong>dos</strong> Bairros Caravágio, Gethal e Penha<br />

A partir do inventário <strong>da</strong>s árvores nos mesmos <strong>bairros</strong>,<br />

procurou-se relacionar a percepção <strong>dos</strong> <strong>moradores</strong> e a<br />

arborização urbana existente. No Bairro Caravágio foram<br />

encontra<strong>dos</strong> 55 indivíduos arbóreos nas ruas amostra<strong>da</strong>s,<br />

pertencentes a nove espécies, no Bairro Gethal foram<br />

encontra<strong>dos</strong> 52 indivíduos pertencentes a dez espécies e<br />

no Bairro Penha 60 árvores distribuí<strong>da</strong>s <strong>em</strong> 15 espécies<br />

(Tabelas 7, 8 e 9). A percepção <strong>dos</strong> <strong>moradores</strong> <strong>em</strong> relação<br />

à intensi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> arborização reflete estes valores de<br />

abundância encontra<strong>dos</strong>, considerado, pela maioria,<br />

razoável nos <strong>bairros</strong> do Caravágio e Penha, e “pouco<br />

arboriza<strong>da</strong>”, no Bairro do Gethal.<br />

Ligustrum lucidum W.T. Aiton. (família Oleaceae) foi a<br />

espécie de maior ocorrência nos três <strong>bairros</strong> avalia<strong>dos</strong>,<br />

possuindo a densi<strong>da</strong>de relativa de 32,73% no Bairro<br />

Caravágio, 40,38% no Bairro Gethal e 30,0% no Bairro<br />

Penha. Esta espécie ultrapassou a recomen<strong>da</strong>ção de<br />

Santamour Junior (1990) de porcentag<strong>em</strong> máxima de<br />

ocorrência de indivíduos de uma espécie, que é de 10%<br />

<strong>da</strong> arborização total. Também ultrapassou a<br />

recomen<strong>da</strong>ção para o gênero, que é de 20% e, no caso<br />

<strong>dos</strong> Bairros Caravágio e Gethal, também a recomen<strong>da</strong>ção<br />

para família botânica, que é de 30%. Segundo Santamour<br />

Junior (1990), estas porcentagens são o limite máximo<br />

recomen<strong>da</strong>do para garantir maior diversi<strong>da</strong>de de espécies<br />

arbóreas na paisag<strong>em</strong> urbana a fim de se ter maior<br />

proteção contra pragas e doenças. Além disso, de acordo<br />

com Moser et al. (2009), a maior diversi<strong>da</strong>de permite que<br />

as árvores exerçam melhor sua função ecológica de<br />

fornecimento de hábitat e alimento para a fauna, pois<br />

permite maior varie<strong>da</strong>de nas relações ecológicas.<br />

Tabela 7. Espécies amostra<strong>da</strong>s e respectivas variáveis mensura<strong>da</strong>s no Bairro Caravágio <strong>em</strong> Lages, SC<br />

Table 7. Sampled species and their respective variables measured in Caravágio neighborhood in the municipality of Lages, SC<br />

O Família Nome científico N o CAP H<br />

N Anacardiaceae Schinus terebinthifolius Raddi 1 33 7<br />

N Araucariaceae Araucaria angustifolia (Bert.) Kuntze 5 129 15<br />

N Arecaceae Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman 10 108 9<br />

E Cupressaceae Cupressus lusitanica Miller 3 169 13<br />

E Lythraceae Lagerstro<strong>em</strong>ia indica L. 6 54 3,5<br />

E Meliaceae Melia aze<strong>da</strong>rach L. 5 132 8<br />

E Oleaceae Ligustrum lucidum W.T. Aiton. 18 61 5<br />

E Rosaceae Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl. 6 18 9<br />

E Rutaceae Citrus limon (L.) Burm. f. 1 17 3,6<br />

O = orig<strong>em</strong>; N = nativa do Brasil; E = exótica; N o = número de árvores; CAP = valor médio <strong>da</strong> circunferência a altura<br />

do peito, <strong>em</strong> cm; H = altura média, <strong>em</strong> m.<br />

Aline Gross et al..<br />

32<br />

Soc. Bras. de Arborização Urbana REVSBAU, Piracicaba – SP, v.7, n.2, p.24-36, 2012

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