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Novos Critérios Diagnóstico Nacionais de Infecção em ...

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<strong>Novos</strong> Critérios<br />

Diagnósticos <strong>Nacionais</strong> <strong>de</strong><br />

Infecção <strong>em</strong> Neonatologia<br />

Paula Sossai Rizzo<br />

Infectologista<br />

5 a Oficina <strong>de</strong> Indicadores Epi<strong>de</strong>miológicos <strong>de</strong> IH<br />

Nov<strong>em</strong>bro 2010<br />

Esta aula foi apresentada na Oficina <strong>de</strong> Capacitação para a utilização do Sist<strong>em</strong>a Formsus na<br />

notificação dos indicadores <strong>de</strong> Infecção Hospitalar ocorrida <strong>em</strong> 25 e 26/11/2010 <strong>em</strong> Cuiabá-<br />

MT e gentilmente cedida pela autora para disponibilização no site da SES-MT.


Introdução<br />

Avanços tecnológicos → ↑ sobrevida <strong>de</strong> RN com<br />

doenças graves e pr<strong>em</strong>aturos<br />

CVC, nutrição parenteral e VM faz<strong>em</strong> parte <strong>de</strong>ste<br />

sucesso, mas associam-se se às Infecções Relacionadas à<br />

Assistência à Saú<strong>de</strong> (IRAS), além do peso ao nascer<br />

Características ímpares:<br />

Ausência <strong>de</strong> flora endógena protetora ao nascimento e aquisição <strong>de</strong><br />

agentes a que estão expostos <strong>em</strong> UTI Neonatal<br />

Fragilida<strong>de</strong> da pele<br />

Imaturida<strong>de</strong> do sist<strong>em</strong>a imune<br />

APECIH, 2002


Introdução


Introdução<br />

Índices <strong>de</strong> IRAS nas UTI neonatais sejam os mais<br />

elevados do hospital, s<strong>em</strong>elhantes a pacientes<br />

imuno<strong>de</strong>primidos graves<br />

IRAS acomet<strong>em</strong> 30% dos neonatos<br />

5X mais que crianças maiores<br />

Brasil ~ 60% da mortalida<strong>de</strong> infantil no período<br />

neonatal (sepse neonatal)<br />

Prevenção <strong>de</strong> IRAS <strong>em</strong> Neonatologia – um dos<br />

maiores <strong>de</strong>safios da equipe <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> infecção


Introdução<br />

2 a versão documento da ANVISA – set<strong>em</strong>bro 2010<br />

Ausência <strong>de</strong> dados nacionais consolidados sobre<br />

incidência <strong>de</strong> IRAS <strong>em</strong> unida<strong>de</strong>s neonatais<br />

Sist<strong>em</strong>atização e atualização da vigilância <strong>de</strong> IRAS <strong>em</strong><br />

Neonatologia<br />

Objetiva prevenção dos agravos à saú<strong>de</strong> neonatal


Introdução<br />

IRAS:<br />

Relacionadas à falha na assistência<br />

Prevenção, diagnóstico e tratamento (infecções<br />

transplacentárias e infecção precoce neonatal <strong>de</strong><br />

orig<strong>em</strong> materna)<br />

PREVENÇÃO mais abrangente:<br />

Período Pré-Natal<br />

Período Perinatal<br />

Período Neonatal


Introdução<br />

IRAS:<br />

Transplacentárias<br />

Precoce<br />

- orig<strong>em</strong> materna<br />

- hospitalar<br />

Tardia


IRAS Transplacentárias<br />

Acometimento intra-útero<br />

Herpes simples<br />

Toxoplasmose<br />

Rubéola<br />

Citomegalovírus<br />

Sífilis<br />

Hepatite B<br />

HIV


IRAS Precoce<br />

(provável orig<strong>em</strong> materna)<br />

Diagnóstico (clínico/laboratorial/microbiológico) nas 1 as 48h <strong>de</strong><br />

vida + fator <strong>de</strong> risco materno:<br />

Bolsa rota > 18h<br />

Cerclag<strong>em</strong><br />

Trabalho <strong>de</strong> parto <strong>em</strong> gestação < 35 s<strong>em</strong><br />

Procedimentos <strong>de</strong> medicina fetal nas últimas 72h<br />

ITU materna s<strong>em</strong> tratamento ou <strong>em</strong> tratamento a menos <strong>de</strong><br />

72h<br />

Febre materna nas últ. 48h<br />

Corioamnionite<br />

Colonização por estreptococo B <strong>em</strong> gestante, s<strong>em</strong><br />

quimioprofilaxia intra-parto, quando indicada


IRAS Precoce<br />

(hospitalar)<br />

IRAS precoce s<strong>em</strong> fator <strong>de</strong> risco materno, e<br />

pacientes submetidos a procedimentos invasivos<br />

= consi<strong>de</strong>rar como provável orig<strong>em</strong> hospitalar<br />

Infecção Hospitalar Precoce


IRAS Tardia (orig<strong>em</strong> hospitalar)<br />

Após 1 as 48h <strong>de</strong> vida<br />

Enquanto paciente internado na UTI Neonatal<br />

OU<br />

Após alta hospitalar:


Não notificar:<br />

RN com infecção na admissão ou <strong>em</strong> 48h, mas com<br />

nascimento domiciliar, exceto se infecção associada a<br />

algum procedimento invasivo da internação<br />

IRAS <strong>em</strong> até 48h <strong>de</strong> internação <strong>de</strong> RN vindos <strong>de</strong> outra<br />

instituição


IRAS <strong>em</strong> Neonatologia<br />

TRANSPLACENTÁRIA<br />

(Infecção Congênita)<br />

PRECOCE<br />

≤ 48h<br />

Provável Orig<strong>em</strong> Materna<br />

TARDIA<br />

> 48h<br />

Orig<strong>em</strong> Hospitalar<br />

Os indicadores das IRAS transplacentárias <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser avaliados separadamente das<br />

IRAS precoce ou tardia


Diagnóstico Clínico <strong>de</strong> Infecção<br />

<strong>em</strong> Neonatologia<br />

É difícil pois a maioria dos sintomas do RN são<br />

inespecíficos, po<strong>de</strong>ndo ser do quadro clínico <strong>de</strong> outras<br />

doenças<br />

Queda do estado geral (hipoativida<strong>de</strong>) - sinal<br />

inespecífico e subjetivo no quadro <strong>de</strong> sepse neonatal<br />

Sono, acabou <strong>de</strong> mamar, manipulação<br />

Hipotermia, uso <strong>de</strong> sedativos, infecção<br />

Conclusão: antes <strong>de</strong> pensar <strong>em</strong> infecção, pensar <strong>em</strong><br />

outros fatores, não valorizar este dado isoladamente,<br />

reavaliação da criança várias vezes


Diagnóstico Clínico <strong>de</strong> Infecção<br />

<strong>em</strong> Neonatologia<br />

Instabilida<strong>de</strong> Térmica/Distermia -<br />

t<strong>em</strong>peratura cutânea < 36,0ºC (hipotermia) e ><br />

37,5ºC (hipertermia)<br />

Em infecção = t<strong>em</strong>peratura normal, ↑ ou ↓<br />

Hipotermia - mais freqüente <strong>em</strong> RN pr<strong>em</strong>aturos<br />

Hipertermia - RN a termo<br />

Outras possibilida<strong>de</strong>s (não infecciosas) - t<strong>em</strong>peratura<br />

elevada da incubadora, excesso <strong>de</strong> roupa e/ou baixa<br />

ingesta


Diagnóstico Clínico <strong>de</strong> Infecção<br />

<strong>em</strong> Neonatologia<br />

<br />

Hiperglic<strong>em</strong>ia - glicose > 125mg/dL no sangue total ou<br />

145mg/dL no plasma<br />

RN pr<strong>em</strong>aturos, nos quadros sépticos e diabetes mellitus<br />

neonatal<br />

ária ao estresse cirúrgico, uso <strong>de</strong> teofilina e cafeína, infusão<br />

exógena <strong>de</strong> glicose ou lipídios, hipóxia<br />

2 ária<br />

Em pr<strong>em</strong>aturos ppmte, > velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> infusão <strong>de</strong> glicose ou<br />

gotejamento contendo glicose acima do prescrito = ↑ glic<strong>em</strong>ia,<br />

s<strong>em</strong> doença associada<br />

<br />

Conclusão: hiperglic<strong>em</strong>ia po<strong>de</strong> ser quadro clínico <strong>de</strong> infecção,<br />

porém <strong>de</strong>scartar outras causas


Diagnóstico Clínico <strong>de</strong> Infecção<br />

<strong>em</strong> Neonatologia<br />

Apnéia - Pausa respiratória > 20 seg ou <strong>de</strong> menor duração<br />

com bradicardia (FC


Diagnóstico Clínico <strong>de</strong> Infecção<br />

<strong>em</strong> Neonatologia<br />

Desconforto respiratório - g<strong>em</strong>ência, taquipnéia, ↑ FR,<br />

retração do esterno e/ou subcostal, e cianose<br />

Logo após nascer, <strong>de</strong>vido à síndrome do <strong>de</strong>sconforto respiratório<br />

(doença <strong>de</strong> m<strong>em</strong>brana hialina), taquipnéia transitória ou por uma<br />

pneumonia <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> materna<br />

Em 1 o momento, difícil <strong>de</strong>scartar infecção, necessário conhecer<br />

os fatores <strong>de</strong> risco maternos para infecção e realizar triag<strong>em</strong><br />

infecciosa


Diagnóstico Clínico <strong>de</strong> Infecção<br />

<strong>em</strong> Neonatologia<br />

Intolerância alimentar - resíduo alimentar, resíduos<br />

biliosos, vômitos, distensão abdominal ou alças visíveis<br />

no abdome<br />

Po<strong>de</strong> estar presente nas infecções graves com íleo<br />

infeccioso, obstrução intestinais e distúrbios<br />

metabólicos


Diagnóstico Clínico <strong>de</strong> Infecção<br />

<strong>em</strong> Neonatologia<br />

Sangramento, coagulação intravascular<br />

diss<strong>em</strong>inada (CIVD) – po<strong>de</strong> ser quadro clínico <strong>de</strong><br />

infecção<br />

Enterocolite necrosante - presença <strong>de</strong> sangue nas fezes<br />

observada com freqüência<br />

Ingestão <strong>de</strong> sangue pelo RN durante o parto, fissura <strong>em</strong><br />

mamilo, <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> vit. K, trombocitopenia imune,<br />

intoxicação exógena por heparina po<strong>de</strong>m causar vômitos ou<br />

evacuação com sangue, s<strong>em</strong> necessariamente ter infecção<br />

Sangramentos <strong>de</strong> causa vascular


Diagnóstico Clínico <strong>de</strong> Infecção<br />

<strong>em</strong> Neonatologia<br />

Instabilida<strong>de</strong> h<strong>em</strong>odinâmica/Choque – disfunção<br />

circulatória aguda que resulta <strong>em</strong> transporte <strong>de</strong> oxigênio<br />

e nutrientes insuficiente para satisfazer as necessida<strong>de</strong>s<br />

Taquicardia, hipotensão, pali<strong>de</strong>z cutânea, má perfusão<br />

periférica, extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong>s frias, redução da diurese e letargia<br />

Em pr<strong>em</strong>aturos po<strong>de</strong> ocorrer hipotensão com bradicardia<br />

Além do choque séptico, afastar choque cardiogênico,<br />

neurogênico e hipovolêmico


Definição <strong>de</strong> Critérios <strong>de</strong> Infecção<br />

Neonatal por Topografia<br />

Foco central das vigilâncias epi<strong>de</strong>miológicas <strong>de</strong> IRAS<br />

neonatal:<br />

Infecções primárias <strong>de</strong> corrente sanguínea<br />

Pneumonias<br />

Enterocolites necrosantes<br />

Meningites<br />

Infecções do trato urinário<br />

Infecções do sítio cirúrgico


Infecção Primária da Corrente Sanguínea<br />

Laboratorial (IPCSL) com Confirmação<br />

Microbiológica<br />

<br />

Um dos critérios:<br />

1) 1 ou + HMCs positivas por microorganismos não<br />

contaminantes <strong>de</strong> pele e que o microorganismo não<br />

esteja relacionado à infecção <strong>em</strong> outro sítio;<br />

OU


Infecção Primária da Corrente Sanguínea<br />

Laboratorial (IPCSL) com<br />

Confirmação Microbiológica<br />

2) Pelo menos 1 dos seguintes sinais e sintomas s<strong>em</strong> outra causa não infecciosa<br />

reconhecida e s<strong>em</strong> relação com infecção <strong>em</strong> outro local (discutir com médico<br />

assistente do RN):<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Instabilida<strong>de</strong> térmica<br />

Bradicardia<br />

Apnéia<br />

Intolerância alimentar<br />

Hipoativida<strong>de</strong>/letargia<br />

Instabilida<strong>de</strong> h<strong>em</strong>odinâmica<br />

Intolerância à glicose<br />

Piora do <strong>de</strong>sconforto respiratório<br />

<br />

<br />

E pelo menos 1 dos seguintes:<br />

Microrganismos contaminantes comuns da pele (difterói<strong>de</strong>s, Proprionebacterium<br />

spp., Bacillus spp., Staphylococcus coagulase negativa/SCN ou micrococos)<br />

cultivados <strong>em</strong> pelo menos 2 h<strong>em</strong>oculturas colhidas <strong>em</strong> 2 locais diferentes, com<br />

intervalo máximo <strong>de</strong> 48 horas entre as coletas<br />

SCN cultivado <strong>em</strong> pelo menos 01 h<strong>em</strong>ocultura periférica <strong>de</strong> paciente com<br />

cateter vascular central (CVC)


Infecção Primária da Corrente Sanguínea<br />

Laboratorial (IPCSL) com<br />

Confirmação Microbiológica<br />

ATENÇÃO<br />

<br />

Se isolado SCN <strong>em</strong> somente 01 h<strong>em</strong>ocultura:<br />

valorizar a evolução clínica<br />

exames (h<strong>em</strong>ograma e PCR)<br />

crescimento nas 1 as 48 horas <strong>de</strong> incubação. Após isto sugere<br />

contaminação<br />

se a amostra positiva for somente <strong>de</strong> CVC não valorizar<br />

como causador da infecção


Infecção Primária da Corrente Sanguínea<br />

Laboratorial (IPCSL) com<br />

Confirmação Microbiológica<br />

<br />

ATENÇÃO<br />

Coletar preferencialmente 2 amostras <strong>de</strong> HMC, com anti-sepsia<br />

validada pela CCIH e 1 mL por amostra. Colher antes do início do<br />

antibiótico ou no caso <strong>de</strong> estar <strong>em</strong> uso, colher antes da próxima dose<br />

<br />

Sinais e sintomas <strong>de</strong> IPCS são inespecíficos no RN e po<strong>de</strong>m estar<br />

relacionados a causas não infecciosas, daí a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

reavaliação do caso <strong>em</strong> 72 h com o médico assistente. Se diagnóstico<br />

<strong>de</strong> IPCS <strong>de</strong>scartado, é importante a suspensão <strong>de</strong> antibióticos, e<br />

assim NÃO notificar como infecção<br />

HEMOCULTURA É MUITO IMPORTANTE!!!!


Infecção Primária da Corrente Sanguínea<br />

Clínica (IPCSC) s<strong>em</strong> Confirmação<br />

Microbiológica OU Sepse Clínica<br />

1) Pelo menos 1 dos seguintes s<strong>em</strong> outra causa reconhecida (discutir com<br />

médico assistente):<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Instabilida<strong>de</strong> térmica<br />

Bradicardia<br />

Apnéia<br />

Intolerância alimentar<br />

Hipoativida<strong>de</strong>/letargia<br />

Instabilida<strong>de</strong> h<strong>em</strong>odinâmica<br />

Intolerância à glicose<br />

Piora do <strong>de</strong>sconforto respiratório<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

E todos os seguintes critérios:<br />

H<strong>em</strong>ograma com ≥ 3 parâmetros alterados e/ou Proteína C Reativa<br />

quantitativa alterada<br />

H<strong>em</strong>ocultura não realizada ou negativa<br />

Ausência <strong>de</strong> evidência <strong>de</strong> infecção <strong>em</strong> outro sítio<br />

ATBterapia iniciada e mantida pelo médico assistente


Infecção Primária da Corrente Sanguínea<br />

Clínica (IPCSC) s<strong>em</strong> Confirmação<br />

Microbiológica OU Sepse Clínica<br />

ATENÇÃO<br />

<br />

<br />

Com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suspen<strong>de</strong>r ATB recomenda-se reavaliar<br />

evolução clínica, culturas e novo h<strong>em</strong>ograma e PCR <strong>em</strong> 72 horas<br />

após início do tratamento<br />

Valor normal da PCR < 1mg/dL (métodos quantitativos). Os<br />

métodos pelo látex não estão validados. Consi<strong>de</strong>rar que causas<br />

não infecciosas po<strong>de</strong>m elevar a PCR: síndrome do <strong>de</strong>sconforto<br />

respiratório, síndrome da aspiração do mecônio e outros<br />

processos inflamatórios


H<strong>em</strong>ograma<br />

Leucograma – série branca do h<strong>em</strong>ograma<br />

Células <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa<br />

Neutrófilos:<br />

Segmentado (maduro)<br />

Bastonete<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Metamielócito<br />

Mielócito<br />

Promielócito<br />

Blasto<br />

imaturos


H<strong>em</strong>ograma no RN


H<strong>em</strong>ograma no RN


Escore H<strong>em</strong>atológico (Rodwell)<br />

1 ponto para cada parâmetro:<br />

Leucocitose (≥ 25.000 ao nascimento, ≥ 30.000 entre 12 e 24 h e<br />

acima <strong>de</strong> 21.000 ≥ 48 h) ou leucopenia (≤ 5.000)<br />

Neutrofilia (↑)<br />

ou neutropenia (↓)<br />

Elevação <strong>de</strong> neutrófilos imaturos<br />

Razão neutrófilos imaturos/totais ≥ 0,2<br />

Razão dos neutrófilos imaturos/segmentados ≥ a 0,3<br />

Alterações <strong>de</strong>generativas nos neutrófilos (vacuolização e<br />

granulação tóxica)<br />

Plaquetopenia (


Infecção Primária da Corrente Sanguínea<br />

Clínica (IPCSC) s<strong>em</strong> Confirmação<br />

Microbiológica OU Sepse Clínica<br />

1) Pelo menos 1 dos seguintes s<strong>em</strong> outra causa reconhecida (discutir com<br />

médico assistente):<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Instabilida<strong>de</strong> térmica<br />

Bradicardia<br />

Apnéia<br />

Intolerância alimentar<br />

Hipoativida<strong>de</strong>/letargia<br />

Instabilida<strong>de</strong> h<strong>em</strong>odinâmica<br />

Intolerância à glicose<br />

Piora do <strong>de</strong>sconforto respiratório<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

E todos os seguintes critérios:<br />

H<strong>em</strong>ograma com ≥ 3 parâmetros alterados e/ou Proteína C Reativa<br />

quantitativa alterada<br />

H<strong>em</strong>ocultura não realizada ou negativa<br />

Ausência <strong>de</strong> evidência <strong>de</strong> infecção <strong>em</strong> outro sítio<br />

ATBterapia iniciada e mantida pelo médico assistente


Infecção Associada a Cateter Venoso<br />

<br />

Consi<strong>de</strong>rar como infecção associada ao CVC se este estiver<br />

presente no momento do diagnóstico ou este feito até 48 horas<br />

após sua r<strong>em</strong>oção<br />

<br />

Não há t<strong>em</strong>po mínimo <strong>de</strong> permanência do CVC para consi<strong>de</strong>rá-<br />

lo como associado à IPCSC


Infecções relacionadas à<br />

Assistência à Saú<strong>de</strong> do<br />

Trato Respiratório


Pneumonia Clínica


Pneumonia associada à<br />

Ventilação Mecânica<br />

Em casos <strong>de</strong> pneumonia conforme critérios <strong>de</strong>finidos:<br />

RN sob ventilação mecânica (VM) ou até 48 h <strong>de</strong><br />

extubação<br />

Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica<br />

Não há t<strong>em</strong>po mínimo <strong>de</strong> permanência <strong>de</strong> VM para<br />

associar à pneumonia


Infecções do Sist<strong>em</strong>a<br />

Nervoso Central


Meningite<br />

Pelo menos 1 critério:<br />

1. Microorganismo isolado no LCR E<br />

início <strong>de</strong> terapia ATB específica pelo médico<br />

assistente<br />

No caso <strong>de</strong> agentes contaminantes da<br />

pele (difterói<strong>de</strong>s, Propionebacterium spp,<br />

Bacillus spp, , SCN ou micrococos), valorizar<br />

evolução clínica<br />

2. Pelo menos 1 s<strong>em</strong> outra causa reconhecida:<br />

• Instabilida<strong>de</strong> térmica<br />

• Apnéia<br />

• Bradicardia<br />

• Abaulamento <strong>de</strong> fontanela anterior<br />

• Sinais <strong>de</strong> envolvimento <strong>de</strong> pares cranianos<br />

• Irritabilida<strong>de</strong><br />

• Convulsão<br />

• Início <strong>de</strong> ATB para meningite pelo médico<br />

• Assistente<br />

E pelo menos 1 dos seguintes:<br />

- LCR alterado com ↑ neutrófilos<br />

E pelo menos 1:<br />

- ↑ proteínas ou ↓ glicose<br />

OU<br />

- Bacterioscopia positiva no LCR


Infecção do Trato<br />

Urinário


Infecção do Trato Urinário<br />

1) Presença <strong>de</strong> 1 dos seguintes s<strong>em</strong> causa reconhecida:<br />

Instabilida<strong>de</strong> térmica<br />

Apnéia<br />

Bradicardia<br />

Baixo ganho pon<strong>de</strong>ral<br />

Hipoativida<strong>de</strong>/letargia<br />

Vômitos<br />

E<br />

Urocultura positiva (≥ a 10 5 colônias/mL) com não<br />

mais que 02 espécies <strong>de</strong> microrganismos


Infecção do Trato Urinário<br />

E pelo menos 1 dos seguintes:<br />

2) Presença <strong>de</strong> 1 dos seguintes s<strong>em</strong> causa<br />

reconhecida:<br />

- Instabilida<strong>de</strong> térmica<br />

- Apnéia<br />

- Bradicardia<br />

- Baixo ganho pon<strong>de</strong>ral<br />

- Hipoativida<strong>de</strong>/letargia<br />

- Vômitos<br />

- Piúria*<br />

- Bacterioscopia + pelo GRAM<br />

- Nitrito +<br />

- Pelo menos 2 uroculturas com o mesmo<br />

uropatógeno (bacilo Gram-negativo ou<br />

S. saprophyticus) ) e contag<strong>em</strong> <strong>de</strong> ≥ 10 2<br />

colônias/mL, colhidas através <strong>de</strong> punção<br />

supra-púbica púbica ou por cateterismo vesical<br />

- Urocultura com contag<strong>em</strong> ≤ 10 5<br />

colônias/mL <strong>de</strong> um único uropatógeno <strong>em</strong><br />

pacientes sob uso <strong>de</strong> ATB<br />

Piúria: automatizado (≥ 10 leucócitos/mm 3<br />

ou ≥ a 3 leucócitos/campo)<br />

ou por sedimento urinário (≥ 5 leucócitos/<br />

campo)


Infecção do Trato Urinário<br />

Não cultivar a ponta do cateter urinário<br />

Obter urocultura com técnica apropriada<br />

Nos RN colher urina por cateterismo vesical ou aspiração<br />

supra-púbica. púbica. Se urocultura + colhida com saco coletor,<br />

confirmar através <strong>de</strong> cateterismo vesical ou aspiração<br />

supra-púbica púbica e, se +, notificar IRAS<br />

Qualquer crescimento bacteriano <strong>em</strong> urina por punção<br />

supra-púbica púbica é significativo. Em cateterismo vesical<br />

consi<strong>de</strong>ra-se se >10 3 UFC para qualquer uropatógeno<br />

Caso não tenha a espécie do SCN, consi<strong>de</strong>rar coleta <strong>de</strong> 2 a<br />

amostra para afastar possível contaminação


Infecção do Sist<strong>em</strong>a<br />

Gastrointestinal


Enterocolite Necrosante<br />

1) Pelo menos 02 dos sinais ou sintomas s<strong>em</strong> outra causa reconhecida:<br />

<br />

<br />

<br />

Vômitos<br />

Distensão abdominal<br />

Resíduos pré-alimentares ou sangue nas fezes<br />

Pelo menos 01 das seguintes alterações radiológicas abdominais:<br />

• Pneumoperitônio<br />

• Pneumatose intestinal<br />

E<br />

• Alças do intestino <strong>de</strong>lgado “imóveis” (que não se alteram <strong>em</strong> exames<br />

radiológicos seriados)<br />

Obs.: Para fechar critério diagnóstico, aguardar o resultado do intra-<br />

operatório nos casos cirúrgicos


Infecções do Sítio<br />

Cirúrgico


Infecção do Sítio Cirúrgico<br />

Incisional Superficial<br />

<br />

Pelo menos um dos critérios abaixo:<br />

1) Drenag<strong>em</strong> purulenta pela incisão superficial<br />

2) Microrganismo isolado <strong>de</strong> cultura obtida assepticamente da<br />

secreção <strong>de</strong> incisão superficial<br />

3) Presença <strong>de</strong> pelo menos um dos seguintes: dor, sensibilida<strong>de</strong>,<br />

e<strong>de</strong>ma, calor ou rubor localizado E incisão superficial<br />

<strong>de</strong>liberadamente aberta pelo cirurgião, exceto se a cultura da incisão<br />

negativa; nesta situação, a coleta da cultura <strong>de</strong> incisão é obrigatória<br />

para auxiliar <strong>de</strong>cisão da notificação<br />

4) Diagnóstico <strong>de</strong> infecção do sítio cirúrgico feito pelo médico<br />

assistente


Infecção do Sítio Cirúrgico<br />

Incisional Profunda<br />

<br />

Pelo menos um dos critérios abaixo:<br />

1) Secreção purulenta na incisão, acometendo fáscia ou tecidos<br />

subjacentes<br />

2) Incisão com <strong>de</strong>iscência espontânea ou <strong>de</strong>liberadamente aberta pelo<br />

cirurgião quando o paciente apresentar um dos seguintes: febre, dor<br />

ou sensibilida<strong>de</strong> localizada, a menos que a cultura da incisão seja<br />

negativa<br />

2)<br />

3) Abscesso ou outra evidência <strong>de</strong> infecção envolvendo a incisão<br />

profunda <strong>de</strong>tectada durante a reoperação, exame radiológico ou<br />

histológico<br />

4) Diagnóstico da ISC profunda feito pelo cirurgião


Infecção do Sítio Cirúrgico <strong>de</strong><br />

Órgão ou Espaço<br />

Pelo menos um dos seguintes critérios:<br />

1) Infecção <strong>em</strong> até 30 dias após cirurgia ou até 1 ano caso tenha implante e infecção<br />

pareça estar relacionada à cirurgia<br />

2) Infecção que envolva qualquer parte do corpo, excluindo-se a incisão da pele,<br />

fáscia e camadas musculares, que seja aberta ou manipulada durante a cirurgia<br />

E pelo menos um dos seguintes:<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Drenag<strong>em</strong> purulenta pelo dreno da incisão cirúrgica no órgão ou espaço<br />

Microrganismo isolado <strong>de</strong> material obtido <strong>de</strong> forma asséptica <strong>de</strong> um órgão ou<br />

espaço<br />

Abscesso ou outra evidência <strong>de</strong> infecção que envolva órgão ou espaço visto<br />

<strong>em</strong> exame direto durante reoperação ou através <strong>de</strong> exame radiológico ou<br />

histopatológico<br />

Diagnóstico da ISC <strong>de</strong> Órgão ou Espaço feito pelo cirurgião<br />

<br />

Ex<strong>em</strong>plos - Neurocirurgia - abscesso cerebral, meningite ou ventriculite.


Infecções do Sist<strong>em</strong>a<br />

Cardiovascular


Infecção relacionada ao acesso vascular<br />

ou infecção do sist<strong>em</strong>a arterial ou venoso<br />

Pelo menos um dos seguintes critérios:<br />

1) Pelo menos dois dos seguintes s<strong>em</strong> nenhuma outra causa reconhecida:<br />

Tax > 37,5 °C C ou < 36,0°C<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Apnéia<br />

Bradicardia<br />

Letargia/hipoativida<strong>de</strong><br />

Sinais flogísticos no local do acesso vascular (dor, erit<strong>em</strong>a, calor)<br />

E também os dois dos seguintes:<br />

Mais <strong>de</strong> 15 UFC (Unida<strong>de</strong> formadora <strong>de</strong> colônias) da ponta do cateter<br />

H<strong>em</strong>ocultura não realizada ou negativa<br />

2) Drenag<strong>em</strong> purulenta do local vascular envolvido E h<strong>em</strong>ocultura não realizada ou<br />

negativa<br />

- Se h<strong>em</strong>ocultura + → notificar como IPCSL (com confirmação microbiológica)


Infecções do Sist<strong>em</strong>a Cardiovascular<br />

Endocardite<br />

Miocardite ou Peridardite<br />

Mediastinite


Outras Infecções<br />

Relacionadas à<br />

Assistência à Saú<strong>de</strong> do<br />

Trato Respiratório


Bronquite, Traqueobronquite,<br />

Bronquiolite, Traqueíte<br />

(s<strong>em</strong> Pneumonia)<br />

1) Não haver evidência clínica n<strong>em</strong> radiológica <strong>de</strong> pneumonia<br />

E pelo menos dois dos seguintes s<strong>em</strong> outra causa reconhecida:<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Tax>37,5°C<br />

Tosse<br />

Produção nova ou aumentada <strong>de</strong> escarro<br />

Roncos<br />

Apnéia<br />

Bradicardia ou <strong>de</strong>sconforto respiratório<br />

E pelo menos um dos seguintes:<br />

Cultura + <strong>de</strong> material colhido por broncoscopia<br />

Teste <strong>de</strong> antígeno + das secreções respiratórias


Outras Infecções Relacionadas à<br />

Assistência à Saú<strong>de</strong> do Trato<br />

Respiratório<br />

Infecção do Trato Respiratório Alto (Faringite,<br />

Laringite e Epiglotite)<br />

Infecção da Cavida<strong>de</strong> Oral (Boca, Língua e Gengivas)<br />

Sinusite


Outras Infecções do<br />

Sist<strong>em</strong>a Nervoso Central


Infecção Intracraniana (Abscesso<br />

Cerebral, Infecção Subdural ou<br />

Pelo menos 1 critério:<br />

Epidural, Encefalite)<br />

1) Microrganismos cultivados do tecido cerebral<br />

2) Paciente com abscesso ou evidências <strong>de</strong> infecção intracraniana durante cirurgia ou exame<br />

histopatológico<br />

3) Pelo menos 2 dos seguintes s<strong>em</strong> outra causa reconhecida:<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Febre ou hipotermia<br />

Apnéia<br />

Bradicardia<br />

Sinais neurológicos <strong>de</strong> localização ou mudança no nível <strong>de</strong> consciência<br />

Crise convulsiva<br />

E<br />

- Início ATB pelo médico e pelo menos 1 dos seguintes: microrganismo no tecido cerebral<br />

ou do abscesso obtido através <strong>de</strong> aspiração por agulha, biópsia durante cirurgia ou<br />

necrópsia; Evidência radiológica <strong>de</strong> infecção<br />

- Se houver meningite com abscesso cerebral = notificar infecção intracraniana (a mais<br />

grave)


Outras Infecções do<br />

Trato Urinário


Outras Infecções do Trato Urinário<br />

(Rim, Ureter, Bexiga, Uretra ou Tecidos<br />

Circundantes Retroperitoneais ou<br />

Espaço Perinéfrico)<br />

1) Pelo menos um dos seguintes s<strong>em</strong> outra causa reconhecida:<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Febre<br />

Hipotermia<br />

Apnéia<br />

Bradicardia<br />

Letargia ou vômitos<br />

E pelo menos um dos seguintes:<br />

- Drenag<strong>em</strong> purulenta do sítio afetado e cultura positiva com germe compatível com o sítio<br />

da infecção suspeita<br />

- Evidência radiológica <strong>de</strong> infecção<br />

- Diagnóstico ou tratamento <strong>de</strong>sta infecção feito pelo médico assistente<br />

2) Abscesso ou outra evidência <strong>de</strong> infecção vistos na cirurgia ou <strong>em</strong> exame histopatológico


Outras Infecções do Sist<strong>em</strong>a<br />

Gastroenterite<br />

Gastrointestinal<br />

Infecção Intrabdominal: Vesícula Biliar, Fígado<br />

(exceto hepatite viral), Baço, Pâncreas, Peritônio,<br />

Espaço Subdiafragmático ou Outros Tecidos<br />

Abdominais


Infecções <strong>em</strong> Olhos,<br />

Ouvidos, Nariz, Garganta<br />

e Boca


Conjuntivite<br />

Pelo menos um dos seguintes critérios:<br />

1) Exsudato purulento na conjuntiva ou tecidos contíguos<br />

2) Dor ou hiper<strong>em</strong>ia da conjuntiva ou peri-orbital<br />

<br />

<br />

<br />

E pelo menos um dos seguintes:<br />

Bacterioscopia com microrganismo do exsudato do olho e presença <strong>de</strong><br />

leucócitos<br />

Cultura + obtida <strong>de</strong> conjuntiva ou tecidos contíguos<br />

Teste <strong>de</strong> antígeno + (por ex. Chlamydia trachomatis, , Herpes simples,<br />

a<strong>de</strong>novírus) do exsudato ou raspado conjuntival<br />

Cultura <strong>de</strong> vírus +<br />

Obs.: Não notificar conjuntivite química (ex: nitrato <strong>de</strong> prata) como conjuntivite<br />

hospitalar, n<strong>em</strong> aquela <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> virose sistêmica (ex: sarampo, varicela)


Infecções <strong>em</strong> Olhos, Ouvidos, Nariz,<br />

Garganta e Boca<br />

Otite Externa<br />

Otite Média<br />

Mastoidite


Pele e Tecido Celular<br />

Subcutâneo (Fasceíte<br />

Necrosante, Gangrena<br />

Infecciosa, Celulite<br />

Necrosante, Miosite<br />

Infecciosa, Linfa<strong>de</strong>nite ou<br />

Linfangites)


Onfalite<br />

Pelo menos um dos seguintes critérios:<br />

1) Erit<strong>em</strong>a e drenag<strong>em</strong> purulenta do coto umbilical<br />

2) Erit<strong>em</strong>a e/ou drenag<strong>em</strong> serosa do umbigo<br />

<br />

E pelo menos um dos seguintes:<br />

Cultura + do material drenado ou colhido por aspiração com agulha<br />

H<strong>em</strong>ocultura +<br />

Obs.1: Notificar as infecções <strong>de</strong> artérias ou veia umbilical por cateterismo<br />

umbilical como infecção relacionada ao acesso vascular, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a<br />

h<strong>em</strong>ocultura seja negativa. Se a h<strong>em</strong>ocultura positiva = notificar como<br />

infecção primária da corrente sanguínea<br />

Obs.2: Notificar como IRAS também aquela que ocorrer até 7 dias após a<br />

alta hospitalar


Pele e Tecido Celular Subcutâneo<br />

Pustulose da Infância ou Impetigo


Infecções Osteoarticulares<br />

Osteomielite<br />

Artrite Séptica


Outras Infecções<br />

Infecção da Circuncisão do RN


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